CIRURGIA ONCOLÓGICA NO IDOSO Flashcards

1
Q

Definição de Idoso e expectativa de vida no Brasil:

A

Indivíduo com mais de 65 anos. A expectativa de vida tornou-se 78 anos após o surgimento do SUS.

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2
Q

A definição de idoso segundo a OMS:

A

Países desenvolvidos: >65 anos
Países em desenvolvimento: >60 anos

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3
Q

Qual é a porcentagem de idosos no Brasil?

A

13% da população (30 milhões).

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4
Q

Sobre a ocorrência dos tumores sólidos em idosos é possível afirmar que:

A

2/3 dos tumores sólidos ocorrem em pacientes acima de 65 anos.

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4
Q

Sobre a ocorrência dos tumores sólidos em idosos é possível afirmar que:

A

2/3 dos tumores sólidos ocorrem em pacientes acima de 65 anos.

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5
Q

Na cirurgia oncológica temos que tomar em conta que idosos apresentam ________________ em comparação com os mais jovens.

A

menor reserva funcional, menor resposta endócrino-metabólica, cicatrização diferente e mais complicações.

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6
Q

Paciente de 80 anos com câncer de pele melanoma não metastático, o tratamento compreende:

A

Apenas cirurgias de superfície (mais comum), portanto possui menor risco.
Pelo contrário se o melanoma for metastático num paciente na mesma faixa etária, pode ser considerada a imunoterapia (se tiver condição financeira.

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7
Q

Os dados demográficos apontam que:

A

A população de idosos dobrará nos próximos anos.
O risco de desenvolver câncer aumenta com a idade, por isso a importância do rastreamento. -> Incidência de câncer aos 25 anos é de 1:700; aos 65 anos, 1:14; e aos 80 anos, 1:2 (H) e 1:3 (M).
O câncer é a SEGUNDA CAUSA DE MORTE EM IDOSOS..

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8
Q

Sobre os Fatores de risco no paciente cirúrgico: Quais são os riscos relacionados à cirurgia?

A
  1. Tipo de cirurgia: podendo ser eletiva ou de urgência. O idoso suporta mal a emergência.
  2. Porte cirúrgico: refere-se a taxa de risco cirúrgico devido ao grau de estresse da cirurgia. Exemplo: cirurgia de câncer de pele x esofagectomia ou cirurgia abdominal.

*Ambos dependem da resposta inflamatória metabólica.

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9
Q

Sobre os Fatores de risco no paciente cirúrgico:
Quais são os riscos relacionados ao paciente?

A

Idade
Classe funcional
Número de comorbidades

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10
Q

Sobre os riscos relacionados ao paciente:
Um paciente idoso de 80 anos com câncer não deverá ser sometido a cirurgia devido a idade cronológica avançada?

A

Não, já que a idade cronológica isoladamente não influencia na escolha terapêutica e NÃO É UM FATOR PROGNÓSTICO significativo na SOBREVIDA e na MORTALIDADE pós- operatória.
Por tanto NÃO se deve CONTRAINDICAR UMA CIRURGIA no idoso considerando apenas a idade como fator de risco isolado.

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11
Q

Sobre os riscos relacionados ao paciente:
O que significa idade biológica e porque ela é importante na cirurgia oncológica em idosos?

A

A idade biológica não se refere aos anos vividos (idade cronológica). Ela depende da condição clínica, ou seja, das comorbidades e estilo de vida.
Ex: Paciente de 60 anos com uma condição clínica ruim merece um tratamento neoadjuvante para melhorar sua condição antes de ser submetido a cirurgia

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12
Q

O câncer é uma emergência?

A

Não, o câncer é uma urgência.

*O cirurgião deve considerar melhorar a condição clínica do paciente antes de operar.

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13
Q

Os pacientes idosos toleram____ as operações porém____ complicações.

A

bem, mal

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14
Q

Sobre os riscos relacionados ao paciente:
Paciente cardiopata de idade avançada apresenta:

A

Maior morbimortalidade em comparação a um não cardiopata.

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15
Q

Sobre os riscos relacionados ao paciente:
A presença de comorbidades está relacionada a :

A

maior risco de mortalidade

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16
Q

Em um estudo realizado em pacientes com > 80 anos submetidos a cirurgia oncológica: Quais comorbidades foram mais prevalentes?

A

HAS (60%)
DAC (30%)
Doenças neurológicas (29%)
DPOC (23%)
Outros: Arritmias prévias, ICC, Diabetes

17
Q

Em um estudo realizado em pacientes com > 80 anos submetidos a cirurgia oncológica, concluiu-se que:

A

*2 ou mais comorbidades geram AUMENTO de complicações;
1 comorbidade NÃO GERA AUMENTO de complicações;

*80% dos idosos possuem ao menos 1 comorbidade e 20% dos idosos possuem 3 ou mais comorbidades

18
Q

Para a otimização do paciente onco geriátrico é necessário :

A
  1. Correto estadiamento (precisa estadiar todos os idosos),
  2. Equipe multidisciplinar e interdisciplinar
  3. Avaliação clínica pré operatória do paciente idoso (mais importante)
19
Q

Sobre a otimização clínica do paciente geriátrico:
A AVALIAÇÃO CLÍNICA PRÉ-OPERATÓRIA do paciente idoso compreende:

A

Capacidade funcional (avaliada por meio do PERDORMANCE STATUS ou escala de Zubrod)
Comorbidades
Status cognitivo (se for ruim gera problemas no pós-operatório)

20
Q

PERFORMANCE STATUS(PS)- Escala de Zubrod:
PS é independente da Idade Cronológica

A

PS0: Assintomático
PS1: Sintomas da doença, porém realiza suas atividades diárias.
PS2: Fora do leito > 50% do tempo
PS3: No leito >50% do tempo, necessitando de cuidados diários
PS4: Não sai do leito

21
Q

Sobre a avaliação pré-operatória do paciente idoso: Qual é a relação entre o PERFORMANCE STATUS e o tipo de tratamento (em relação à cirurgia de grande porte):

A

Pacientes idosos com PS0 e PS1: Oferecer o mesmo tratamento radical do paciente jovem.
Pacientes idosos com PS2: Tratamento menos agressivo proporciona bons resultados e não expõe o paciente aos riscos de tratamento radical.
Pacientes idosos com PS3 e PS4: NÃO SÃO CANDIDATOS A RESECÇÃO!!!!!!

22
Q

A todos os pacientes oncogeriátricos deve ser oferecido um tratamento ótimo dependendo do seu ____________ e não da sua ____________.

A

Performance Status, idade cronológica.

23
Q

Sobre a avaliação pré-operatória do paciente idoso:
Quais profissionais conformam a equipe multidisciplinar?

A

CIRURGIÃO EXPERIENTE, anestesista, intensivista, clínico, oncologista, radioterapeuta, terapia nutricional, fisioterapeuta (pré e pós operatória focada no sistema respiratorio), fonoaudiologa, psicologia, instituição hospitalar, família.

24
Q

Considerações na cirurgia oncológica no idoso:

A

Aumento da expectativa de vida= Aumento na incidência de câncer.
A pedra angular do tratamento do câncer sólido é a ressecção.

25
Q

Sobre o tratamento cirúrgico do câncer de esófago em idosos, estudos demonstaram que:

A

Pacientes com mais de 80 anos a depender da sua condição clínica podem ser submetidos à conduta agressiva (esofagectomia).
A idade tem pouca influência na EVOLUÇÃO e SOBREVIDA de pacientes submetidos a esofagectomia por câncer de esófago.

26
Q

Sobre o câncer gástrico em idosos:

A

Há maior prevalência no TERÇO DISTAL;
o tipo INTESTINAL é o mais comum (no jovem há maior prevalência do difuso que é mais agressivo)- o tipo intestinal apresenta MELHOR PROGNÓSTICO E É MENOS AGRESIVO;
Mais comum o MODERADAMENTE DIFERENCIADO (G2).

27
Q

Sobre o tratamento cirúrgico do câncer gástrico em idosos, estudos demonstraram que:

A

*IDADE NÃO É CONTRAINDICAÇÃO PARA LINFADENECTOMIA D2.
*Morbidade e mortalidade operatória semelhantes após gastrectomia entre idosos e jovens.
*Taxas de sobrevida em 5 anos equivalentes entre idosos e jovens.

*Pacientes abaixo de 75 anos e acima de 75 anos com condições clínicas semelhantes submetidos a gastrectomia laparoscópica possuem complicações muito semelhantes e não apresentaram mortalidade.

28
Q

Sobre o tratamento cirúrgico do câncer gástrico em idosos, frente a impossibilidade realizar a linfadenectomia D2, qual é a opção terapêutica a ser realizada?

A

Linfadenectomia D1 plus (retirada dos linfonodos perigástricos junto com a gastrectomia e ligar a artéria gástrica esquerda, mas não fazer a linfadenectomia ao redor dos troncos vasculares).

29
Q

A terapêutica deve ser modificada pelo ____________e pelas patologias associadas, não pela _________________.

A

Performance status, idade cronológica.

30
Q

Sobre o câncer de pâncreas em idosos:

A

80% dos casos ocorrem em pacientes entre 60 e 80 anos de idade.

31
Q

Sobre o tratamento cirúrgico do câncer de pâncreas em idosos, estudos demostraram que:

A

*A mortalidade após gastroduodenopancreatectomia(GDP) foi 2x maior em hospitais comuns em relação a centros especializados portanto a estrutura hospitalar deve ser levada em consideração na escolha do tratamento, além da expertise do cirurgião, da doença e das comorbidades.
*Necessidade de radiologista intervencionista caso complicações pós-operatórias que devem ser tratadas com métodos não invasivos.

32
Q

Sobre o tratamento cirúrgico do câncer de pâncreas em idosos, estudo realizado em octagenários sometidos à duodenopancreatectomia demonstrou que:

A

Houve menor mortalidade e maior morbidade no grupo maior de 80 anos.

33
Q

Sobre o tratamento cirúrgico do câncer de pâncreas, estudo realizado em muito idosos sometidos à gastroduodenopancreatectomia (GDP) demonstrou que:

A

A GDP pode ser realizada com segurança em pacientes ≥ 80 anos, sendo que a idade sozinha não deve contraindicar a resecção pancreática.
A otimização dos resultados cirúrgicos associado ao envelhecimento da população resultará no aumento significativo do número de GDP realizadas nas próximas décadas.

A videolaparoscopia é pior em paciente com VF1 < 30

34
Q

Qual é o câncer de TGI mais comum em idosos?

A

Câncer colorretal

35
Q

Sobre o câncer colorretal em idosos, o tratamento cirúrgico nessa população diminui a sobrevida e qualidade de vida?

A

Não, pelo contrário demonstrou sobrevida e qualidade de vida semelhante entre idosos e jovem que foram operados. Portanto, não fazer cirurgia diferente no idoso e no jovem.

A cirurgia compreende a RAR(resecção anterior do reto) + EMT ( excisão total do mesorreto)

36
Q

Sobre o câncer colorretal em idosos, estudos demonstraram que a laparoscopia no tratamento do CCR é benéfica para pacientes com mais de 80 anos?

A

A mesma cirurgia por videolaparoscopia é feita no jovem, no idoso e no superidoso e não existem diferença na morbimortalidade, amenos que existe alguma comorbidade associada (EX: DPOC).

37
Q

O tratamento cirúrgico de metástases hepáticas do CCR é contraindicado em idosos?

A

Se a metástase for ressecável, devemos ao máximo tentar fazer cirurgia de ressecção no paciente com metástase hepática. A idade do paciente não é contraindicação.

38
Q

Pode ser indicado a exenteração pélvica em CCR de difícil tratamento (sem resposta com quimio e/ou radio em idosos?

A

Não é indicado já que é uma cirurgia que gera maiores complicações por conta da grande quantidade de anastomoses e perda sanguínea.

39
Q

QUAL É A TRIADE DA CIRURGIA ONCOLÓGICA NO IDOSO?

A

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, SELEÇÃO ADEQUADA E HOSPITAL.

40
Q

O que a SELEÇÃO ADEQUADA da tríade da cirurgia oncológica no idoso significa?

A

A seleção adequada refere-se a avaliação do idoso (avaliação física, definição do PS, avaliação cognitiva), expertise do cirurgião e diagnóstico precoce.