CÂNCER DE ESTÔMAGO E ESÓFAGO Flashcards
Sobre câncer GÁSTRICO: Qual é faixa etária mais acometida?
Pacientes acima de 50 anos.
Etiologia (fatores de risco) do Câncer gástrico:
Dieta muito condimentada, pobre em vegetais e frutas…;
Tabagismo;
História familiar (risco aumenta a 2 a 3x em relação a p.g);
HNPCC (Câncer Colorretal Hereditário Não Polipoide);
Infecção por Helicobacter pylori (3 a 6x);
Anemia perniciosa ( 3 a 5x);
Gastrectomia parcial (15 a 20 anos após cirurgia);
Esófago de Barret;
Doença de Menetrier;
Pólipos vilosos (2% dos pólipos gástricos);
Metaplasia intestinal e gastrite atrófica.
O câncer gástrico é um tumor agressivo?
Sim, é extremamente agressivo. É a segunda causa de morte por câncer no mundo. Apresenta baixa taxa de sobrevida.
Principal tipo histológico de câncer gástrico:
Adenocarcinoma (94%).
Outros tipos: Sarcomas e linfomas
O adenocarcinoma, pode ser classificado histologicamente em:
Intestinal e difuso
O que diferencia os subtipos intestinal e difuso no câncer gástrico?
Subtipo intestinal - Localização: estômago distal (antro), tumor BEM DIFERENCIADO com formação de estruturas glandulares, de MELHOR PROGNÓSTICO e acomete pessoas acima de 50 anos.
Subtipo Difuso - Localização: estômago proximal (cardia), tumor INDIFERENCIADO (células em anel de sinete), de PIOR PROGNÓSTICO e ocorre mais em jovens.
Qual dos subtipos de adenocarcinoma gástrico tem aumentado a sua incidência?
Subtipo difuso. Aumento da incidência de câncer da porção proximal.
Locais mais acometidos no Adenocarcinoma gástrico:
Antro (35%) e junção esôfago gástrica (35%).
Clínica do câncer gástrico:
Perda ponderal (60%) Dor epigástrica e/ou retroesternal (50%) Vômitos (34%) Anorexia (32%) Massa palpável (30%) Hepatomegalia (Metástase-10%) Linfonodomegalia (metástase - Virchow, Irish) Disfagia Estenose pilórica, obstrução intestinal
Exame PADRÃO OURO no diagnóstico do CÂNCER GÁSTRICO:
Endoscopia Digestiva Alta (EDA). Pode auxiliar na terapêutica de tumores iniciais (resecção endoscópica)
Exames que auxiliam no estadiamento do câncer gástrico:
TC de Abdome (extensão da invasão e metástases) USG abdominal ( nódulos hepáticos; metástases abdominais, ascite adenomegalia)
Os marcadores tumorais podem ser utilizados no diagnóstico do câncer gástrico?
Não, porque apresentam baixa sensibilidade
Qual é a forma de apresentação mais comum no adenocarcinoma gástrico?
Ulcerada (75%), apenas 10% são pólipos e 3 a 4 % são cânceres gástricos precoces restritos à mucosa ou submucosa.
Sobre o estadiamento do câncer gástrico: qual estágio apresenta melhor prognóstico?
Estágio 0 (90%), por isso a importância da detecção precoce. Quanto menor estágio maior a chance de cura
Tratamento do câncer gástrico:
Gastrectomia com margens livres (5 a 10cm margem proximal, margem distal de 2cm) associado a Linfadenectomia D2. (PADRÃO OURO)
RXT e QT neoadjuvante (reduz o tamanho do tumor pré op., podendo o tornar ressecável)
Adjuvante evita recidiva pois o comprometimento linfonodal é frequente.
Qual a diferença entre as linfadenectomias D1 e D2?
A D1 tira apenas linfonodos perigástricos, já a D2 tira os linfonodos da periferia do tronco vascular que irriga o orgão.
Sobre a linfadenectomia no tratamento do câncer gástrico: Como é feita?
São retirados linfonodos a mais de 3cm de distância. Se positivos→ prognostico reservado.
Retirar no mínimo 16 linfonodos para se estadiar adequadamente.
O tratamento cirúrgico do câncer gástrico depende:
Localização e grau de diferenciação.
Por exemplo se for proximal (1/3 sup) pode ser necessário a esofagectomia distal.
Paciente com tumor gástrico limitado à mucosa, bem diferenciado, não ulcerado e < 2cm. Qual é a conduta?
Mucosectomia por Endoscopia Digestiva Alta.
Quando considerar a esplenectomia e pancreatectomia no câncer gástrico?
A esplenectomia caso invasão da cadeia da artéria esplênica
A pancreatectomia caso invasão linfonodal da cadeia da artéria esplênica
Sobre a etiologia do CÂNCER DE ESÓFAGO: Quais fatores de risco podem levar a doença?
Álcool, tabagismo, ingestão de silica, desnutrição;
Esófago de Barret, Doença de refluxo, déficit de ferro, acalasia, hiperceratose congênita e esclerodermia.
Faixa etária mais acometida no câncer de esófago?
50-60 anos
Qual é a localização mais acometida no câncer de esófago?
Terço inferior (50%)
Tipos histológicos do câncer de esófago (depende da raça):
Carcinoma epidermiode (50%, mais comum em negros)
Adenocarcinoma (50%, mais prevalente em brancos)
Sarcomas são raros
Sobre as formas de disseminação do câncer de esófago: Qual é a mais comum?
Formas de disseminação: Direta (contiguidade), Linfonodal e a distância.
A mais comum é a linfonodal pois representa o 50 % dos casos, pode comprometer linfonodos cervicais , mediastinais e celíacos.
Sobre a disseminação a distância do câncer de esófago: Quais são os orgãos mais acometidos e qual apresenta pior prognóstico?
Pulmão, fígado, osso, supra-renal.
A metástase na supra-renal apresenta pior prognóstico.
Clínica do câncer de esófago:
Evolução rápida (sinais representam fase avançada da doença)
Disfagia progressiva - principal sintoma (80 a 90%)
Odinofagia
Emagrecimento
Sialorréia
Tosse seca (invasão no brônquio?)
Rouquidão
Hematêmese
Adenomegalia (cervical e clavicular)
Hepatomegalia
Pneumonia aspirativa (causa 50% das mortes)
Exame PADRÃO OURO no diagnóstico do CÃNCER DE ESÓFAGO:
Endoscopia Digestiva Alta (EDA).
Se não for possível usar EDA para avaliar estômago, opta-se por REED (Radiografia do Esôfago, Estômago e Duodeno).
O esofagograma avalia o tamanho do tumor e a necessidade de RXT e QT neoadjuvante.
Exames que auxiliam no estadiamento do câncer de esófago:
RX de tórax, TC de tórax e abdominal.
USG endoscópico (avalia linfonodos suspeitos)
Broncoscopia (obrigatório para avaliar invasão pulmonar em lesões do 1/3 médio e superior do esôfago)
Sobre o câncer de esófago: Qual é o exame que avalia a resposta linfonodal pós QT e RXT neo adjuvante?
PET-SCAN
O tratamento do câncer de esófago depende:
Estágio da doença
Tratamento do câncer de esófago:
CIRURGIA se tumores no estádio I e II. QT e RXT NEOADJUVANTE
Tratamento paliativo se invasão a estruturas vizinhas (gastrotomia, jejunostomia e by pass tumoral)
Tumores irresecáveis sao inoperáveis, apenas QT e RXT são únicos tratamento.
Ao respeito do tratamento cirúrgico do câncer de esófago: Qual é a margem cirúrgica e o tipo de cirurgia?
Margem cirúrgica de 10cm, esofagectomia por toracotomia ou toroscopia + linfadenectomia extensa.