CIR 4 (2) Flashcards

1
Q

Descreva a anatomia dos plexos hemorroidarios.

A

.Linha pectínea:

  • plexo hemorroidario interno
  • plexo hemorroidario externo
  • glândulas de Chiari nas criptas anais > abscessos anorretais
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a causa da doença hemorroidária?

A

.Constipação (fezes muito sólidas, esforço muito grande)

.Hipertensão portal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual a clínica da doença hemorroidária, de acordo com o plexo? Qual a + comum?

A

.Plexo interno (+ comum): sangramento indolor + prolapso

.Plexo externo: trombose > dor perineal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como é o diagnóstico da doença hemorroidária?

A

Clínica + anuscopia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a classificação da doença hemorroidária interna?

A

.I: sem prolapso
.II: prolapso com redução espontânea
.III: prolapso com redução manual
.IV: prolapso irredutível

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual o tratamento da doença hemorroidária interna, de acordo com o grau?

A

.I: dieta rica em fibra + água
.II: ligadura
.III: ligadura, cirurgia se refratário
.IV: cirurgia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Como é a hemorroidectomia da doença hemorroidária interna?

A

.Aberta (Milligan-Morgan): cicatrização por 2a intenção, pior resultado estético, mas menor risco de infecção

.FEchada (FErguson): cicatrização por 1a intenção, melhor resultado estético, mas maior risco de infecção

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Como é o tratamento da doença hemorroidária externa?

A

.<72h: excisão cirúrgica

.>72h: banho de assento (cirurgia não é possível pois está muito friável e alto risco de infecção)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual o ciclo vicioso da fissura anal?

A

Dor > hipertonia do esfíncter > isquemia / déficit de vascularização > dor > cronificação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual a clínica da fissura anal aguda?

A

.Dor ao evacuar
.Sangue no papel
.Avermelhado
.<6 semanas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual o tratamento da fissura anal aguda?

A

Conservador: dieta com fibras e água

*BCC tópicos são comumente usados, mas formalmente indicados apenas na fissura anal crônica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual a clínica da fissura anal crônica?

A

.Dor ao evacuar
.Plicoma anal
.Esbranquiçado
.>6 sem

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual o tratamento da fissura anal crônica?

A

.Esfinctererotomia lateral interna (relaxa esfíncter)

.Medicamentoso: BCC tópico (Diltiazem, Nifedipino)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual a origem do abscesso anorretal?

A

Infecção das glândulas de Chiari nas criptas anais da linha pectínea

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais as topografias do abscesso anorretal?

A

.Interesfincteriano (origem, mas difícil diagnóstico)
.Perianal (+ comum, ddx com hemorroida externa, mas menos arroxeado e com ponto de flutuação)
.Supraelevador (acima do elevador do ânus)
.Isquiorretal (atravessa nádega)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual a clínica do abscesso anorretal?

A

.Dor perianal
.Abaulamento geralmente com flutuação
.Sem sangue, ao contrário de hemorroida e fissura

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual o tratamento do abscesso anorretal?

A

.Drenagem imediata!!! (disseminação rápida, risco de Fournier)
.ATB se sinais sistêmicos ou risco de sepse

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

O que é a fístula anorretal?

A

Cronificação do abscesso anorretal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Como é dividida a fístula anorretal?

A

.Simples: drenagem perto do ânus

  • interesfincteriana (perianal)
  • transesfincteriana (nádega)

.Complexa: drenagem longe do ânus

  • drenagem supraesfincteriana (também em nádega, mas trajeto complexo)
  • extraesfincteriana (também vai no supraelevador, mas drena fora da nádega)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual a trajetória da fístula anorretal: anterior x posterior?

A

Regra de Goodsall-Salmon
.Anterior: retilínea
.Posterior: curvilíneo (tem que contornar o reto)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual a clínica da fístula anorretal?

A

.Dor

.Secreção purulenta

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Como é o tratamento da fístula anorretal?

A

.Simples: fistulotomia/fistulectomia

.Complexa: não fazer fistulotomia pois gera incontinência fecal. Tratamentos diversos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais os FR do Ca do canal anal?

A

.Tabagismo
.HPV
.Imunodeficiência

24
Q

Qual o principal tipo do Ca do canal anal?

A

Carcinoma epidermoide, não adenocarcinoma

25
Q

Qual ponto importante no estadiamento do Ca do canal anal?

A

Sempre palpar linfonodos inguinais, TC tórax + abdome + RNM pelve

26
Q

Como é o tratamento do Ca do canal anal?

A

.RTQT com boa resolutividade

.Cirurgia de Miles se falha (ressecção com margem + colostomia)

27
Q

Explique a fisiologia hormonal da saciedade x fome (normal x obesidade).

A

.Alimentação > adipócitos cheios > secreção de leptina (anorexígenos) > saciedade
.Alimentação > intestino cheio > secreção de colecistoquinina, gliptina (GLP1) e peptídeo YY (anorexígenos) > saciedade
.Alimentação > estômago cheio > interrompe secreção de grelina (OREXÍGENO - FOME) > saciedade

NOS OBESOS: dificuldade em induzir a saciedade
.Níveis muito elevados de GRELINA
.Níveis muito baixos de anorexígenos (leptina, CCK, GLP1, PYY)

28
Q

Qual o principal hormônio orexígeno, isto é, promotor de fome? Onde é produzido?

A

Grelina, secretado pelo estômago

29
Q

Descreva a classificação pelo IMC.

A
25-29,9: sobrepeso
30-34,9: obesidade I
35-39,9: obesidade II
>40: obesidade III
*>50: superobeso
30
Q

Qual a indicação e critérios para elegibilidade da cirurgia bariátrica?

A

.IMC >40
.IMC >35 + comorbidades (inclusive estigmatização social e depressão)
.IMC >30 + DM2 grave

+

.Idade >18 anos ou >16 com autorização e indicação pediátrica

+

.Falha com terapia clínica por 2 anos

+

.Ausência de uso de drogas e etilismo nos últimos 6 meses
.Ausência de distúrbio psiquiátrico descompensado
.Compreensão total do paciente sobre as mudanças radicais pós-operatórias

31
Q

Quais os tipos de cirurgia bariátrica? Quais a + utilizadas? Quais não são mais utilizadas?

A

.Restritiva

  • banda gástrica
  • sleeve (+ utilizado)

.Disabsortiva

.Mista

  • restritiva: bypass gástrico em Y de Roux (2a + utilizado)
  • disabsortiva: Scopinaro (não utilizada)
  • disabsortiva: switch duodena (não utilizada)
32
Q

Qual um problema comum na bariátrica com banda gástrica?

A

Como o anel é regulável, alguns pacientes descobrem como afrouxar o anel para comer mais

33
Q

Quais complicações da bariátrica com banda gástrica?

A

.Reganho de peso

.Deslocamento do anel

34
Q

Como é a técnica da bariátrica de sleeve?

A

Gastrectomia vertical

35
Q

Quais as complicações da bariátrica de sleeve?

A

.Fístula de ângulo de His (junção esofagogástrica - como o esôfago não tem serosa, o aumento da pressão da comida acumulada pode causar deiscência)
.DRGE - QUASE UMA CI DA SLEEVE

36
Q

Como é a técnica da bariátrica de bypass gástrico?

A

Pouch gástrico (pequena porção de estômago - RESTRITIVO)), o grande restante do estômago é retirado do trânsito alimentar, voltando apenas distalmente com o Y de Roux. Todo o segmento de delgado aferente ao Y de Roux não recebe as enzimas digestivas, portanto não absorvem o alimento - DISABSORTIVA

37
Q

Qual o componente mais importante na bariátrica de bypass gástrico: restritivo ou disabsortivo?

A

Restritivo

38
Q

Quais as complicações da bariátrica de bypass gástrico?

A

.Deiscência de anastomose

  • gastrojejunal: sem bile
  • jejunojejunal: bilioso

.Estenose:

  • gastrojejunal: disfagia, vômitos de alimentos sólidos
  • jejunojejunal: dor e distensão, sem vômitos, piora na alimentação (maior secreção de bile), diarreia esverdeada

.Hérnia de Petersen: hérnia interna entre os dois braços do Y de Roux

  • torção > obstrução > dor abdominal recorrente + náuseas + vômitos biliares + dilatação intestinal
  • tratamento cirúrgico

.Deficiência Fe/B12/B1

39
Q

Como funciona as deficiências nutricionais na bariátrica: restritiva x disabsortiva?

A

Ocorre deficiência em ambas as técnicas, mas maior nas disabsortivas

40
Q

Qual a técnica bariátrica preferível na DM2?

A

Bypass gástrico, pois o componente disabsortivo auxilia na redução da glicemia

41
Q

Como é a técnica bariátrica de Scopinaro?

A

Gastrectomia horizontal + Y de Roux distal + Colecistectomia profilática (emagrecimento rápido)

É como se fosse um bypass gástrico, mas o Y de Roux é muito mais distal, com pouco delgado capaz de absorver

42
Q

Qual o componente da técnica de bariátrica de Scopinaro: disabsortivo x restritivo?

A

Disabsortivo

43
Q

Por que não é mais utilizada a bariátrica de Scopinaro?

A

.Deiscência

.Desnutrição importante

44
Q

Como é a técnica da bariátrica com switch duodenal?

A

Gastrectomia vertical + Y de Roux um pouco menos distal + Colecistectomia + Apendicectomia profilática

Parece um Scopinaro, mas com gastrectomia vertical ao invés de horizontal e Y de Roux mais proximal

45
Q

Por que não é mais utilizada a técnica de bariátrica com switch duodenal?

A

.Cirurgia de alta complexidade, muitas vezes realizada em 2 tempos
.Vários pacientes faltavam ao 2o tempo da cirurgia, pois melhoravam bem apenas com a gastrectomia no 1o tempo

46
Q

Quais as principais complicações pós-bariátricas:

a) Sleeve
b) Bypass
c) Ambas

A

a) Sleeve: estenose, fístula de His
b) Bypass: estenose, fístula/deiscência alimentar ou biliar, colelitíase/coledocolitíase, hérnia de Petersen
c) Ambas: hemorragia, reganho de peso, intolerância alimentar, deficiência vitamínica

47
Q

Como conduzir no pós-bariátrico a estenose?

A

EDA > dilatação com balão >
se for sleeve, converte para bypass gástrico
se for bypass, reconstruir o trânsito de outra forma

48
Q

Como conduzir no pós-bariátrico a fístula/deiscência?

A

.Precoce (<6sem): stent +/- dilatação distal à fístula para melhorar fluxo

.Tardia (>6sem): secreção encapsulada > septotomia + dilatação distal

49
Q

Como conduzir no pós-bariátrico a coledocolitíase?

A

Problema: EDA/CPRE impossível…

CVL + exploração da via biliar

50
Q

Como conduzir no pós-bariátrico o reganho de peso?

A

.EDA ou esofagografia: identificar local de dilatação > plasma de argônio > estenose

51
Q

Qual técnica bariátrica escolher?

A

.Sleeve: preferível no déficit nutricional (sem disabsorção) ou pólipo/tumor/HF gástrico (no bypass o estômago fica retirado do trânsito alimentar, sem acesso endoscópico)

.Bypass: preferível no DM2 (disabsorção) e DRGE (sem estenose em junção esofagogástrica)

52
Q

Qual a melhor cirurgia para tratamento de DRGE no paciente obeso?

A

Não é a fundoplicatura, é a bariátrica em bypass gástrico!

53
Q

Qual o tratamento do CCR em reto?

A

SEMPRE LEMBRAR DE QTRT NEOADJUVANTE!!!
QTRT neo + cirurgia + QT adjuvante
>5cm da borda anal: preserva esfíncter
<5cm da borda anal: amputação

-se T1-T2 e N0 no reto baixo: excisão endoscópica

54
Q

Homem 58a com abdome agudo obstrutivo, diagnosticado CCR a 6cm da borda anal. Qual a conduta cirúrgica imediata?

A

Colostomia em alça (transversostomia) para resolucionar quadro obstrutivo agudo, depois resolver quadro oncológico

55
Q

Pensando nas complicações da cirurgia bariátrica, a presença vs ausência de vômitos me indica o que?

A

.Com vômitos: alças alimentares (gastrojejunal e comum)

.Sem vômitos: alça biliopancreática

56
Q

Homem 67a submetido a Hartmann por CCR em reto superior retorna para reconstrução de trânsito. Risco cirúrgico já avaliado e paciente liberado para cirurgia. Cite 4 exames que você, cirurgião, deverá solicitar para este paciente antes da operação.

A

1- TC de abdome e pelve: metástases (hepática?)
2- Colonoscopia pela colostomia: tumores sincrônicos
3- Retossigmoidoscopia: tumores sincrônicos
4- CEA: marcador laboratorial

57
Q

Por que ocorre deficiência de B12 no bypass gástrico?

A

Deficiência de fator intrínseco

O FI é produzido pelo estômago, passa para a alça biliodigestiva e alcança a alça comum, mas sobra pouco tempo para que o FI faça seu efeito para absorver toda a B12 necessária