CIR 2 (2) Flashcards

1
Q

Qual o checklist pré-operatório?

A

Avaliação do risco cirúrgico
Exames pré-operatórios
Medicamentos em uso
Profilaxia ATB

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2
Q

Descreva o Índice de Risco Cardíaco Revisado (Índice de Lee) e seu uso prático.

A
  1. Coronariopatia
  2. ICC
  3. DM2 em insulina
  4. DRC (Cr >2)
  5. AVC/AIT prévio
  6. Cx torácica, abdominal ou vascular suprainguinal

0 ou 1: risco baixo (operar)
+2: risco alto > METs

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3
Q

Descreva o METs (capacidade funcional) e seu uso prático.

A

<4 METs: comer, vestir, andar em volta de casa = alto risco > teste cardíaco não-inavisvo

+4 METs: subir escadas, andar rápido, trabalho doméstico, esportes = baixo risco (operar)

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4
Q

Descreva o ASA.

A

ASA I: saudável
ASA II: doença sem limitação (HAS controlada, DM controlada, obesidade, gestação, tabagismo)
ASA III: doença que limita (IAM prévio, DM com complicação, AVC prévio, angina estável, obesidade mórbida)
ASA IV: doença que incapacita e traz ameaça constante (IC descompensada, IAM/AVC recente, angina instável, sepse, CIVD)
ASA V: moribundo, expectativa de óbito (ruptura de aneurisma de aorta, AVEh com HIV)
ASA VI: morte cerebral
sufixo e: emergência

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5
Q

Quando está indicada a transfusão de CH pré-operatória?

A

Hb<7 ou Hb<10 + fatores

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6
Q

Qual valor de plaquetopenia contraindica cirurgia?

A

<50.000

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7
Q

Quanto à idade do paciente, quais exames pré-operatórios solicitar?

A

<45: nenhum
H 45-54: ECG
55-70: ECG + HMG
>70: ECG + HMG + glicemia + função renal + eletrólitos

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8
Q

Quando pedir coagulograma no pré-operatório?

A

Perda estimada >2L na cirurgia
Neurocx
Cirurgia torácica

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9
Q

Quais drogas de uso comum podem ser mantidas até o dia da cirurgia?

A

Anti-hipertensivos (inclusive BB!!!!)
Insulina (reduzir dose)
Corticoides
ISRS e ADTs

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10
Q

Quais drogas de uso comum devem ser suspensas no pré-operatório e por quanto tempo?

A

Antidiabéticos orais (última dose na noite anterior)
AAS (7-10d, exceto se coronariopata sem neurocx)
AINEs (1-3d)
NOACs (1-2d)
Varfarina (4-5d)
Fitoterápicos
Estrogênio (até 4 semanas, risco TVP)

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11
Q

Qual o INR para operar o paciente que suspendeu varfarina? O que fazer se o INR permanecar acima desse valor?

A

<1,5

  • vitamina K
  • se emergência, PFC
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12
Q

Como fazer a suspensão da varfarina no paciente que deve operar?

A
Anticoagulação de ponte:
-suspender varfarina
-iniciar heparina
-suspender heparina:
  .HNF: 6h antes
  .HBPM: 24h antes
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13
Q

Quando fazer aspirado gástrico no pré-operatório?

A

Esvaziamento gástrico prejudicado:

  • estenose pilórica
  • oclusão ou suboclusão intestinal
  • emergência
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14
Q

Quando devo fazer ATB profilático na cirurgia, em termos gerais?

A

Grau de contaminação elevado ou alta morbimortalidade se infecção (mesmo se grau baixo de contaminação)

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15
Q

Em que momento e em quantas doses fazer o ATB profilático?

A

Uma dose 30-60min antes da incisão

-segunda dose s/n

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16
Q

Quais os graus de contaminação?

A

Ferida limpa
Ferida potencialmente contaminada (limpa-contaminada)
Ferida contaminada
Ferida infectada

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17
Q

Qual ferida é limpa? Qual a conduta?

A

Não penetra tratos corporais (biliar, respiratório, GI, urinário)

  • sem ATB
  • exceção: ossos, próteses/materiais sintéticos, elevada morbimortalidade se infecção (cardíaca, neuro, grandes vasos)
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18
Q

Qual ferida é potencialmente contaminada? Qual a conduta?

A

Penetra tratos corporais (biliar, respiratório, GI, urinário)

  • ATB: Cefazolina 30-60min antes da cirurgia, podendo manter até 24-48h da cirurgia
  • colo/reto: cobrir Gram - e anaeróbios
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19
Q

Qual ferida é contaminada? Qual a conduta?

A

Penetra tratos corporais sem controle, sinais de inflamação aguda (PCR elevado, leucocitose, estrutura inflamada na cirurgia), trauma recente

  • ATB: Cefazolina 30-60min antes da cirurgia, podendo manter até 24-48h da cirurgia
  • colo/reto: cobrir Gram - e anaeróbios
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20
Q

Qual ferida é infectada? Qual a conduta?

A

'’ite’’ com pus, trauma antigo, contaminação fecal
*USP-2018: PACIENTE COM PAF EM ABDOME, FEZES EM PERITÔNIO, MAS SEM PERITONITE!!!! É FERIDA CONTAMINADA, NÃO INFECTADA! SE FOSSE PERITONITE FECAL ENTAO É INFECTADA

-ATB: tratamento 7d (manter após cirurgia)

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21
Q

Cirurgias por vídeo precisam de ATB profilático?

A

Geralmente não

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22
Q

Qual o período de jejum no pré-operatório?

A

Sólidos: 6-8h
Leite materno: 4h
Líquidos claros: 2h

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23
Q

Quais as causas de febre no pré-operatório?

A

Infecções
Reação a droga ou transfusão
Hipertermia maligna

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24
Q

A hipertermia maligna ocorre após exposição de:

A

Anestésicos inalatórios halogenados

Succinilcolina

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25
Q

Qual a fisiopatologia da hipertermia maligna?

A

Abertura de canais de Ca do reticulo sarcoplasmático > contração contínua > hipermetabolismo muscular > hipercapnia, acidose láctica, rabdomiólise, hipertermia

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26
Q

Qual o sinal mais precoce da hipertermia maligna?

A

Hipercapnia resistente ao aumento da VM e taquicardia

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27
Q

CK está elevada na hipertermia maligna?

A

Sim

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28
Q

Qual a conduta diante uma hipertermia maligna?

A
Suspender fármaco
Oxigênio a 100%
Resfriamento
Controle da acidose e hipercalemia
Manter DU >1ml/kg/h (evitar NTA por mioglobinúria)
DANTROLENE
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29
Q

Quais as causas de febre em 24-72h pós-operatório?

A

Atelectasia (+ comum)
Fasciíte necrosante
Lesão inadvertida de alça intestinal
Flebites superficiais

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30
Q

Quais os 2 principais agentes da fasciíte necrosante?

A

Strepto pyogenes

Clostridium perfringens

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31
Q

Qual sinal sugere fasciíte necrosante?

A

Crepitação da ferida

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32
Q

Quais as causas de infecção >72h do pós-operatório?

A
Infecção da ferida operatória (S aureus)
ITU
PNM
Parotidide supurativa (S aureus)
TVP
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33
Q

Qual a definição de hipotermia?

A

Temperatura CENTRAL <35

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34
Q

Quais as consequências da hipotermia?

A

Disfunção plaquetária (sangramentos)
Disfunção de macrófagos (infecções)
Má cicatrização
Aumento do tônus simpático

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35
Q

Quais as complicações da ferida operatória?

A

Seroma
Hematoma
Deiscência aponeurótica
Infecção da ferida operatória

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36
Q

Qual a clínica dos seromas?

A

Abaulamento indolor
Sem sinais flogísticos
Pode drenar líquido claro

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37
Q

Qual o tratamento dos seromas?

A

Aspiração + curativo compressivo

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38
Q

Qual a clínica dos hematomas?

A

Abaulamento azulado ou arroxeado
Doloroso
Pode drenar secreção vermelho-vinho

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39
Q

Qual a complicação dos hematomas?

A

Infecção secundária

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40
Q

Qual o tratamento dos hematomas pequenos?

A

Conservador

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41
Q

Qual o tratamento dos hematomas grandes?

A

Reabrir a ferida, limpar e suturar novamente

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42
Q

Qual a clínica da deiscência aponeurótica?

A

Drenagem de líquido serohemático (água de carne)
Dor
Eventração ou evisceração
Hérnia incisional tardia

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43
Q

Qual o tratamento da deiscência aponeurótica?

A

Reoperar

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44
Q

Qual a definição de infecção da ferida operatória?

A

Infecção no local da ferida até 1 mês após o procedimento (ou 1 ano se prótese)

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45
Q

Quais tecidos acometidos pela infecção da ferida operatória superficial? Qual a clínica?

A

Pele e SC

Febre + dor + flogose + pus

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46
Q

Qual o tratamento da infecção da ferida operatória superficial?

A

Abrir a ferida + desbridamento + drenagem + irrigação diária

NÃO É NECESSÁRIO ATB

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47
Q

Quais tecidos acometidos pela infecção da ferida operatória profunda? Qual a clínica?

A

Fáscia e músculo

Febre + dor + flogose + pus

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48
Q

Qual o tratamento da infecção da ferida operatória profunda?

A

Abrir a ferida + desbridamento + drenagem + irrigação diária

USAR ATB

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49
Q

Quais tecidos acometidos pela infecção da ferida operatória em órgãos e cavidades? Qual a clínica?

A

Órgãos e cavidades (empiema pleural, abscesso subfrênico, meningoencefalite)
Febre + distensão + toxemia

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50
Q

Qual o tratamento da infecção da ferida operatória de órgãos e cavidades?

A

ATB + drenagem

reoperar s/n

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51
Q

Quais as complicações cirúrgicas gastrointestinais?

A

Deiscência da anastomose
Fístulas
Obstrução intestinal

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52
Q

Quais as consequências da deiscência de anastomose do TGI?

A

Peritonite difusa
Fístulas diversas
Abscessos intra-abdominais
Complicações frequentes da ferida operatória

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53
Q

Qual a clínica da deiscência de anastomose do TGI?

A
Taquicardia
Dor e distensão abdominal
Fístulas
Peritonite
Sepse
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54
Q

Quando devo operar uma deiscência de anastomose do TGI?

A

Cirurgia se:

  • peritonite difusa
  • hemorragia
  • evisceração

Drenagem: abscessos

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55
Q

Qual o tratamento conservador da deiscência de anastomose do TGI, se não houver indicação cirúrgica?

A

Dieta zero

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56
Q

Quais as causas de fístulas gastrointestinais?

A

Deiscência da anastomose
Lesão inadvertida do intestino
Drenagem de abscessos ou áreas inflamadas (apêndice, pâncreas, divertículos)

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57
Q

Qual a utilidade do exame radiológico com contraste nas fístulas gastrointestinais?

A

Observar o trajeto da fístula

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58
Q

Quais as opções terapêuticas das fístulas gastrointestinais?

A

Conservador ou cirúrgico

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59
Q

Qual a história natural das fístulas gastrointestinais?

A

Fechamento espontâneo em até 80%

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60
Q

Qual o tratamento conservador das fístulas gastrointestinais?

A

Dieta zero + ATB + correção de distúrbios

eventualmente se inicia nutrição enteral ou parenteral

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61
Q

Quando devo operar fístulas gastrointestinais?

A

Fístulas simples com 3 meses sem fechamento
Fístulas complexas (internas, abscessos, deiscência) com 6-12 meses sem fechamento

.Mau prognóstico (débito >200)

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62
Q

Qual o mecanismo mais comum de obstrução intestinal no pós-operatório?

A

Funcional

63
Q

Quais as causas funcionais de íleo no pós-operatório?

A

Íleo pós-operatório

Íleo adinâmico/paralítico

64
Q

Qual a diferença do íleo pós-operatório do íleo adinâmico?

A

Íleo pós-operatório: sem fator precipitante, retorno precoce

Íleo adinâmico/paralítico: fator precipitante, retorno tardio

65
Q

Qual a fisiopatologia do íleo pós-operatório?

A

Resposta ao trauma
Manipulação de alças (SNS)
Secção do circuito do estímulo marca-passo duodenal

66
Q

Quais os fatores precipitantes do íleo paralítico?

A
Pancreatite
Peritonite
Abscessos
Hemorragia ou inflamação retroperitoneal
DHE
Cx prolongada
PNM
Narcóticos e psicotrópicos
67
Q

As bridas são causas frequentes de obstrução intestinal pós-operatória?

A

Não, é mais tardio.

68
Q

Qual a conduta diante uma obstrução intestinal pós-operatória?

A

Solicitar TC para excluir causas mecânicas, detectar fatores precipitantes de íleo paralítico e localizar o ponto de obstrução

69
Q

Qual o tratamento do íleo pós-operatório?

A

Eritromicina (pró-cinético)

Correção de distúrbios

70
Q

Qual a clínica da broncoaspiração?

A
Vômitos
Dispneia
Tosse
Sibilância
Estertores crepitantes
rX: infiltrado bilateral
SDRA (12%)
71
Q

Qual o tratamento da broncoaspiração?

A

IOT com PP
Aspirar via aérea
ATB se risco de colonização gástrica (obstrução intestinal, gastrite atrófica, inibidores H2)

72
Q

Quais as causas de SDRA?

A
Broncoaspiração
PNM
Contusão pulmonar
Politrauma
Pancreatite
ECMO
Transfusões múltiplas
Sepse
Afogamento
73
Q

Qual a clínica de SDRA?

A
Dispneia intensa e de rápido instalação
Taquipneia
Respiração ruidosa
Desconforto respiratório
rX: infiltrados bilaterais difusos
74
Q

Qual o tratamento de SDRA?

A

Suporte respiratório

75
Q

No que consiste a anestesia geral?

A

Supressão de:

  • consciência (hipnose)
  • dor (analgesia)
  • movimento (relaxamento)
76
Q

Quais os agentes anestésicos?

A

Inalatórios

Endovenosos

77
Q

Quais as características dos anestésicos inalatórios?

A

Promovem boa analgesia e hipnose, mas pouco relaxamento > associar bloqueadores neuromusculares

78
Q

Quais os anestésicos endovenosos mais utilizados? Qual o componente da anestesia que cada um exerce?

A
Tiopental > hipnose
Midazolam > hipnose
Fentanil > analgesia (opioide)
Propofol > hipnose
Etomidato > hipnose
Quetamina > hipnose
79
Q

Comente sobre o Tiopental.

A
  • Barbitúrico
  • diminui PIC (patologias intracranianas)
  • efeitos adversos: depressão miocárdica e respiratória
80
Q

Comente sobre o Midazolam.

A
  • BZD
  • usado como indutor
  • ansiólise e amnésia de curta duração
  • efeitos adversos: depressão miocárdica e resistência vascular periférica
81
Q

Comente sobre o Fentanil.

A
  • opioide
  • analgesia
  • Não é utilizado como sedativo, mas sim como pré-medicação (analgesia + redução da resposta simpática)

-efeitos adversos: depressão respiratória, náuseas e vômitos, depressão sensória

82
Q

Comente sobre o Propofol.

A
  • broncodilatação (pneumopatas)
  • não passa por metabolismo nefro e hepático (nefro e hepatopatas)
  • efeitos adversos: depressão miocárdica (maior queda da PA)
83
Q

Qual anestésico endovenoso gera maior queda da PA?

A

Propofol

84
Q

Comente sobre o Etomidato.

A
  • hipnose de ação rápida > IOT sequência rápida

- efeitos adversos: dor intensa na injeção, insuficiência adrenal (hipotensão resistente a vasopressores)

85
Q

Comente sobre a Quetamina.

A
  • único com analgesia + hipnose
  • efeito simpático: broncodilatação (pneumopatas) e melhora PA (hipotensos)
  • efeitos adversos: aumento da FC (coronariopatas), delirium, dissociação (analgesia mas com reflexos da dor -hipertensão e taquicardia, reflexos laríngeos)
86
Q

Quais anestésicos endovenosos mais indicados para cardiopatas e hipotensos?

A

Quetamina e Etomidato

87
Q

Quais anestésicos endovenosos mais indicados para pneumopatas?

A

Proprofol e quetamina

88
Q

Quais anestésicos endovenosos mais indicados para nefro e hepatopatas?

A

Propofol

89
Q

Qual o mecanismo de ação dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes?

A

Ativam o receptor de Ach com ligação forte, provocando miofasciculações inicialmente

90
Q

Qual o bloqueadores neuromusculares despolarizante?

A

Succinilcolina

91
Q

Qual o uso dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes? Por que?

A

IOT sequência rápida, pois possui início e término de ação muito rápido

92
Q

Qual o mecanismo de ação dos bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes?

A

Inibidores do receptor de Ach

93
Q

Quais os bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes?

A

Pancurônio, Tubocurarina, Vecurônio, Rocurônio, Atracúrio

94
Q

Qual o uso dos bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes? Por que?

A

Manutenção da anestesia, pois possuem duração maior

95
Q

Qual o bloqueadores neuromusculares não-despolarizante possui ação rápida, podendo ser usada na IOT de sequência rápida?

A

Rocurônio

96
Q

Qual o mecanismo da anestesia local?

A

Inativação de canais de sódio nas vias álgicas

97
Q

Quais os grupos de anestésicos locais?

A

Amidas: Lidocaína, Bupivacaína
Esteres: Tetracaína, Procaína

98
Q

Quais as indicações da anestesia local?

A

Procedimentos (suturas)
Bloqueios de nervos periféricos ou plexos nervosos (ortopedia)
Peridural ou Raquianestesia

99
Q

Quais os benefícios da adição de adrenalina aos anestésicos locais?

A

Prolonga a anestesia
Evita toxicidade
Reduz a perda sanguínea

100
Q

Quais as contraindicações da adição de adrenalina aos anestésicos locais?

A

Extremidades
Raiz do pênis
Lobo da orelha
Ponta do nariz

101
Q

Como se manifesta a toxicidade por anestésicos locais?

A

Neurológicos: parestesia, gosto metálico, cefaleia, turvação visual, sonolência, convulsão
Cardiovasculares: hipotensão, taquicardia, arritmias, PCR

102
Q

Qual a conduta frente à intoxicação por anestésicos locais?

A

Oxigenioterapia
Considerar IOT
Emulsão lipídica
Atropina se bradicardia

103
Q

Quais as indicações de Raquianestesia?

A

Andar inferior do abdome
Urológicas
Perineais
MMII

104
Q

Como é a técnica da raquianestesia?

A

Infusão de anestésicos locais no espaço aracnoideo ao nível de L2

105
Q

Quais as CI para raquianestesia?

A
Coagulopatia
HIC
Infecção do sítio
Hipovolemia grave
Sepse/bacteremia
106
Q

Quais as vantagens da peridural sobre a raquianestesia?

A

Permanência do cateter (cirurgias longas, analgesia pós-operatória)
Deambulação precoce (menor risco de TVP)
Menor risco de obstrução intestinal

107
Q

Como é o escore de Mallampati?

A

Avaliar a abertura da boca e o tamanho da língua.
I e II: fácil
III: difícil
IV: muito difícil

108
Q

Qual o índice bispectral ideal no EEG durante a anestesia? Qual o risco de valores baixos e valores altos?

A

40-60
<40: risco de dano cerebral
>60: risco de despertar

109
Q

Descreva os passos da IOT de sequência rápida.

A

TOPZERA
.Tudo pronto: checar materiais, checar acesso venoso, preparar aspirador, posicionar paciente, plano B

.Oxigenação: O2 a 100% em bolsa-válvula-máscara a 15L/min por 3 minutos. Outras opções para pacientes com maior dificuldade (obesos, pneumopatas) é VNI ou oxigenação apneica (CN com alta vazão durante ISR)

.Primeiro otimiza: corrigir hipotensão e dessaturação, usar pré-medicação se necessário.

.Zero consciência, zero reflexos: hipnótico + bloqueador neuromuscular.

.Eixo alinhado: alinhamento dos eixos oral-laríngeo-faríngeo (meato auditivo com manúbrio esternal). Coxins abaixo do dorso e cabeça ou deixar a cabeça do paciente passar a extremidade da maca e elevar cabeceira a 30-45o.

.Rápida introdução: visualizar tubo passando entre as cordas vocais e introduzir até que o cuff também passe. Depois retirar o fio-guia e insuflar o cuff.

.Avaliação pós-tubo: ausculta pulmonar, capnografia e rX para confirmar posicionamento correto. Depois, fixar o tubo e conectar à VM.

110
Q

Qual o mecanismo de ação dos barbitúricos, BZD, etomidato e propofol?

A

.Ativa receptores GABA > abertura dos canais de Cl > hiperpolarização > sedação e hipnose

111
Q

Qual o objetivo da oxigenação pré-ISR?

A

Evitar rápida dessaturação do paciente, o que levaria a necessidade de ventilação com pressão positiva, que por sua vez leva a um aumento do estômago e, desse modo, maior probabilidade de broncoaspiração se houver vômito

112
Q

Qual a utilidade da pré-medicação na ISR? Quando está indicada? Qual agente?

A

.Geralmente usado Fentanil ou Lidocaína tópica
.Objetivo de diminuir a resposta simpática à laringoscopia para pacientes que não a suportaria: aumento da FC, aumento da PAS, aumento da PIC

113
Q

Qual a vantagem da ISR?

A

Comparada com a intubação com sedação apenas (sem BNM), proporciona condições muito melhores para o procedimento e reduz complicações

114
Q

Qual desses não é FR para deiscência da FO?

a) Cirurgia de urgência
b) DM
c) HAS
d) Tabagismo
e) Neoplasia

A

HAS não é FR para deiscência da FO

115
Q

Qual a diferença da eventração vs evisceração?

A

.Eventração: deiscência da aponeurose, contida pelos pontos da pele
.Evisceração: deiscência da aponeurose e pele

116
Q

Qual a conduta na instabilidade esternal?

A

Ressutura

117
Q

Mulher 40a pós operatório de polipectomia em parede duodenal posterior em 2a porção do duodeno, evolui com hipotensao limítrofe, dor epigástrica a palpação profunda, sem sinais de peritonite. Qual o dx e exame?

A

Retropneumoperitoneo

Rx simples

118
Q

Qual a sequência de perda de sensibilidade com anestésicos locais?

A

Dor - frio - calor - tato - motor

119
Q

Qual a clínica da cefaléia pós raquianestesia?

A

Cefaléia intensa até 7 dias da raquianestesia, melhor ao deitar e pior aí sentar ou levantar

120
Q

Qual o tratamento da cefaléia pós raquianestesia?

A

. Hidratação EV

.Se refratário: blood patch ou tampão sanguíneo no espaço peridural

121
Q

Qual tipo de secreção de fístula é pior: seroso, fecaloide, purulento ou bilioso?

A

.Bilioso, pois é irritativo às visceras e indica lesão de via biliar (baixa chance de resolução sem reoperação)

.as outras secreções indicam lesão enterica que possui boa chance de resolução com dreno e ATB apenas

122
Q

Homem 55a pós operatório de laparotomia exploradora por PAF. Evolui bem, mas apresentou saída de secreção em água de carne pela FO. Qual o dx e conduta?

A

.Deiscência da FO

.Exploração digital e ressutura

123
Q

Qual a dose máxima da lidocaína sem e com adrenalina?

A

.Sem: 5-7mg/kg

.Com: 7-10mg/kg

124
Q

Qual a duração da lidocaína sem e com adrenalina?

A

.Sem: até 120min

.Com: até 180min

125
Q

Qual o espectro de tecidos acometidos na infecção de sítio cirúrgico?

A

.Superficial: pele e subcutâneo
.Profundo: músculo e aponeurose
.Órgãos e cavidades (abdominal, articular, etc)

126
Q

Homem 58a PO de cirugia de colocação de tela para hérnia incisional de longa data. Evolui com hipotensao e oliguria. Qual o dx e exame?

A

.SCA

. Medida da pressão intravesical

127
Q

Cirurgia para lise de bridas evolui com sofrimento de alça e ressecção intestinal. Qual a classificação de risco infeccioso?

A

Potencialmente contaminada

128
Q

Paciente PO bariátrica com Y de Roux, evolui com taquicardia, leuco 17.000 e PCR elevada. Sem febre, alterações do exame abdominal ou outras queixas. Qual o dx?

A

Deiscência de anastomose, sugerida pela presença de taquicardia + inflamação no PO

129
Q

Quais as semelhanças e diferenças da estenose de laringe vs traqueia? Qual a conduta?

A

.Ambas são complicações da IOT

.Estenose de laringe: mais precoce (2-5 dias)

.Estenose de traqueia: mais tardia (semanas a meses)

.Conduta:

  • insuficiência respiratória: IOT ou traqueostomia
  • estáveis: observação, exames complementares, stent/balão s/n
130
Q

Quando posso retirar um dreno subcutâneo?

A

.Drenagem serosa

.Drenagem <50ml/24h

131
Q

Mulher 57a portadora de DPOC e FA, em uso de varfarina, queixa-se de abaulamento doloroso em abdome. TC revela massa hipodensa biconvexa em topografia de reto abdominal. Qual o dx e conduta?

A

.Hematoma espontâneo de reto abdominal (varfarina + tosse crônica)
.Conduta conservadora, sem necessidade de drenagem

132
Q

Qual o problema da morfina na IRC? Quais as alternativas opioides?

A

.Os metabólitos ativos da morfina dependem da excreção renal > depressão respiratória em IRC avançada

.Fentanil e Metadona geram metabólitos inativos, portanto possuem menor risco em IRC

133
Q

O que é a E coli ESBL?

A

E coli produtora de betalactamase de espectro estendido (resistente aos inibidores de betalactamase - Clavulonato, Sulfobactam, Tazobactam), tratados com carbapenêmicos

134
Q

Homem 56a submetido a gastrectomia por Ca de estômago, evolui no 1 PO com febre e dor epigástrica moderada, FO com bom aspecto. Qual o dx principal?

A

Atelectasia

135
Q

Qual o mecanismo da atelectasia pós-operatório?

A

Paciente faz hipoventilação por dor ou receio de dor, principalmente em cirurgias torácicas ou de andar superior do abdome

136
Q

Qual cuidado devemos ter na evisceração, até o momento da cirurgia?

A

.Cobrir alças com compressa estéril úmida

137
Q

Qual a conduta no paciente em uso de varfarina que necessita cirurgia de emergência?

A

.Certa divergência na literatura…

.1a opção: complexo protrombínico + vitK

.Opções:

  • complexo protrombínico isolado
  • PFC + vitK
138
Q

O que é a escala de performance de Karnofsky?

A

.Escala que varia de 0-100%, indicando o grau de dependência do indivíduo, sendo 0% o moribundo com perspectiva de óbito e 100% o indivíduo sadio

139
Q

Qual a conduta na atelectasia pós-operatória?

A

.Analgesia

.Fisioterapia respiratória

140
Q

Qual o melhor tipo de agulha para sutura de pele: triangular ou cilíndrica?

A

Triangular

141
Q

Qual o cuidado cirúrgico perioperatório no paciente em uso de corticoide?

A

.Se dose de corticoide supressora do eixo HHA (>5mg/dia por >3s), é necessário substituir Prednisona por Hidrocortisona no período perioperatório, pois a REMIT exigirá produção de cortisol e, nestes pacientes, as adrenais estão atrofiadas

142
Q

Cite exemplos de causas que gerariam no paciente entubado uma capnografia:

a) Curva ascendente
b) Sem curva
c) Curva descendente

A

a) Curva ascendente: depressão respiratória
b) Sem curva: intubação esofágica (sem troca gasosa)
c) Curva descendente: hipotensão arterial, obstrução do tubo, desconexão do sistema, TEP maciço

143
Q

Homem 37a com hérnia incisional há 3 anos, suspeita de encarceramento há 2 horas, com dor abdominal aliviada com sintomáticos, sem outras alterações. Qual a melhor conduta?

A

.Cirurgia de urgência ou tentativa de redução manual

144
Q

Qual o grau de contaminação de uma cirurgia por apendicite aguda necrosada e perfurada?

A

Contaminada

Seria infectada apenas se abscesso ou pus!!

145
Q

Qual agente etiológico deve ser coberto na fasceíte necrotizante?

A

S pyogenes

146
Q

Homem 34a submetido a herniorrafia, evolui no 5o PO com cefaleia, sem outros achados. Qual o dx provável e conduta?

A

.Cefaleia pós-raquianestesia

.Blood patch (retira 15ml de sangue em veia periférica e injeta no espaço epidural)

147
Q

A cefaleia pós-raqui pode surgir até quanto tempo depois da punção lombar?

A

Até 7 dias depois e pode durar até 14 dias!

148
Q

Mulher 13a em PO de apendicectomia fase gangrenosa, em uso de Genta + Metro, evolui com febre + secreção purulenta na FO. Qual a conduta quanto ao ATB e FO?

A

.Manter ATB

.Abrir FO e explorar manualmente para descartar acometimento de fáscia e músculo, manter aberta para drenagem

149
Q

Qual a diferença na técnica da laringoscopia com lâmina reta vs curva?

A

.Reta: acima da epiglote para abaixá-la

.Curva: na valécula

150
Q

Por que o fio absorvível não é tão adequado assim para sutura em pele?

A

Faz mais reação inflamatória que o fio inabsorvível

151
Q

Homem 23a em recuperação pós-anestésica evolui com SpO2 50%, FR baixa, pCO2 50mmHg, pupilas mióticas. Qual a conduta?

A

Naloxona

152
Q

Mulher 45a intubada é submetida a AVC em jugular direita, evolui com dessaturação e MV ausente em hemitórax esquerdo. Qual o diagnóstico e conduta?

A

Intubação seletiva (deslocou o tubo durante o AVC) > corrigir posicionamento
-a pegadinha era pensar em PTX, mas observe que o AVC foi no lado oposto

153
Q

Homem 35a submetido a anestesia geral, evolui na recuperação pós-anestésica com respiração superficial, taquipneia, pCO2 49mmHg, SpO2 90%. Qual o dx e conduta?

A

BNM residual

Neostigmina (aumenta Ach na fenda)

154
Q

Lactente de 18m com FCC em face com indicação de sutura. Qual a melhor opção de SEDOANALGESIA?

a) MDZ
b) Cetamina
c) Meperidina
d) Propofol

A

b) Cetamina: sedação + analgesia, curta duração, estabilidade hemodinâmica

MDZ é apenas sedação, Meperidina é apenas analgesia, Propofol é os dois mas com maior risco cardio/respiratório