Cir 1 - Trauma abdominal e neurológico Flashcards
Quais os órgãos mais lesados no trauma abdominal?
Trauma fechado: 1o baço, 2o fígado
Trauma penetrante:
- Arma de fogo: intestino delgado
- Fígado é o mais atingido
Como proceder na investigação do trauma PENETRANTE?
Laparotomia exploradora se: instabilidade hemodinâmica, irritação peritoneal (DB/defesa involuntária), evisceração, ferida por armas de fogo
Se ferida tangencial em flanco/hipocôndrio por arma de fogo: LAPAROSCOPIA
Se lesão posterior ou flanco por arma branca: TC triplo contraste
Se lesão anterior por arma branca: exploração digital
Como proceder na investigação do trauma FECHADO?
Instabilidade + politrauma OU estável + dúvidas no EF
- 1o fazer o FAST (hepatorrenal, eesplenorrenal, pelve, pericárdio)
- Pode-se fazer LPD (cateter infraumibilical no peritônio; positivo se aspirar 10mL de sangue ou conteúdo TGI)
Se estável e sem irritação: TC duplo contraste
O que é a intervenção Damage control?
Intervenção breve (compressa, ligaduras, embolização) seguida de 48-72h em CTI com peritoniostomia
Objetivo: prevenir tríade letal (Acidose, hipotermia, coagulopatia)
Traumas específicos: quando operar no trauma de baço? Qual a preocupação após a cirurgia?
Cirurgia se:
1) Extravasamento de TC
2) Instabilidade hemodinâmica
3) Lesão grau 4 (desvascularização > 25%) e 5 (pulverização)
Vacinação contra pneumococo, Haemophilus, Meningococo após a cirurgia
Traumas específicos: quando operar no trauma de Fígado?
Cirurgia se:
1) Instabilidade hemodinâmica
2) Lesão grau 6 (avulsão hepágica)
Traumas específicos: no trauma de fígado, o que é a Manobra de Pringle? Como interpretá-la?
Manobra de Pringle: clampeamento do L. hepatoduodenal (colédoco, a. hepática e v. porta)
Parou: lesão de estrutura clampeada
Não parou: VV. hepáticas ou V. cava retro-hepática
Traumas específicos: qual a classificação dos traumas de Bexiga e como distinguí-los?
Laceração intraperitoneal: trauma com bexiga cheia, contraste em Orelha de Mickey
- TTO: laparotomia e rafia da bexiga
Laceração extraperitoneal: fx pélvica, contraste pré-vesical em chama de vela
- TTO: cateter vesical por 2 semanas
Traumas específicos: quando realizar cirurgia no trauma de vasos abdominais?
Trauma tamponado: formação de hematoma retroperitoneal
Cirurgia se: trauma penetrante, hematoma em expansão ou sangramento, Zona 1 (Epi/Mesogástrio)
Traumas específicos: manobras cirúrgicas na cirurgia no trauma de vasos abdominais?
Mattox: acesso à Esquerda com deslocamento de órgãos para a Direita
Cattel-Braasch: acesso à DIREITA com deslocamento de órgãos para a ESQUERDA
Rocher: mobilização do duodeno, retirando aderências retroperitoneais.
O que é a Sd. compartimental abdominal? Condutas?
PIA > 21mmHg + Lesão de órgãos
Condutas:
- Grau 3 ( PIA 21 -25): posição supina, reposição volêmica cuidadosa, drenagem de coleções intra-abdominal, paracentese.
Se não melhorou/abdome tenso/TCE grave com HIC/IRA: descompressão
- Grau 4 (PIA > 25): descompressão
Quando pedir a TC no TCE?
Se TCE moderado/grave
ECG 13-15 com alteração do nível de consciência, convulsões/vômitos seguidos, amnesia/cefaleia progressiva, suspeita de FX de face ou crânio
Escala de Coma de Glasgow + Avaliação pupilar
VISUAL
FALA
MOTORA
Avaliação pupilar:
-2 se 2 pupilas não reagem à luz
-1 se 1 pupila
0 se duas pupilas reagem
Diferença entre choque neurogênico e choque medular
Ambas são lesões medulares
Choque neurogênico: “hemodinâmico”
- Perda de aferência simpática leva à queda da PA, FC e vasodilatação
Choque medular: neurológico
- Flacidez e arreflexia
Cuidados gerais no TCE grave
Manter pressão de perfusão cerebral > 70mmHg
- PPC = PAM - PIC
- PPC = ([(2 x PD) + PS] / 3) - PIC
Controlar PIC: cabeceira elevada (30-45o), drenagem liquórica, manitol/NaCl 3%, hiperventilação controlada (PCO2 30-35), sedação (propofol é o ideal)
Nunca fazer infusão hipotônica (Diminuição Posmótica causa edema cerebral)