Choque e Manejo Hemodinâmico Flashcards
Definição
Insuficiência circulatória aguda com má distribuição generalizada do fluxo sanguíneo, que implica falência de oferta e/ou utilização do O2 nos tecidos
Tipos
Hipovolêmico - perda hídrica, hemorragia
Obstrutivo - fatores de risco para TEP, tamponamento cardiaco, pneumotorax hipertensivo
Cardiogênico- IAM, cardiopatia, alteração ECG
Anafilático - hipersensibilidade a drogas, exposição a toxinas
Séptico - infecção
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Abordagem inicial
A e B: vias aereas e respiração
C: circulação
D: exame neurologico
E: exposição
Sonda urinaria para monitorar perfusão renal
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Circulação e controle de hemorragia
Controle da hemorragia externa
Acesso venoso calibroso - 2 cateteres iv peeriféricos (minimo: 16)
Amostra de sangue para tipagem e prova cruzada, exames laboratoriais, estudos toxicologicos e BHCG
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Busca por focos de hemorragia
Raio-x de torax e pelve
TC
FAST
LPD (lavagem peritoneal diagnóstica)
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - LPD
Criterios de positividade:
- saida de + de 10 ml na aspiração inicial apos abertura do peritonio
- saida de sangue à drenagem do liquido infundido
- mais de 100.000 hemacias por ml ou 500 leucocitos por ml no exame de liquido de retorno
- saida de restos alimentares, bile ou material fecal
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Reposição liquida inicial
Solições eletrolíticas isotônicas: Ringer lactato ou solução salina fisiologica
Regra 3:1
Rápido:
- 1-2L em adultos
- 20ml/kg em kids
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Reposição de sangue
Transfusão: perda > 30% (III)
Concentrado de hemácias x sangue total
Aquecimento de liquidos (plasma e cristaloides): 39ºC
Autotransfusão - hemotorax volumoso
Coagulopatia
URGÊNCIA:
40 min pra liberar. Não é feita prova de compatibilidade
O medico se responsabiliza
Sangue “O” quando não sabe o tipo, Rh negativo para meninas e mulheres em idade fertil
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Considerações especiais
- Equiparação da PA ao DC: uso de vasopressores
- Idade
- Atletas
- Gravidez
- Medicamentos
- Hipotermia
- Marca-passo
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Reavaliação da resposta do doente
- Hemorragia contínua
- Hiperidratação
- Monitorização da PVC:
- - CVC
- - Capacidade das camaras direitas do coração de aceitar carga liquida
- - Decisões sobre adm de fluidos ou diuréticos - Reavaliação constante
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Classe I
Volume perdido: <750ml Porcentagem perdida: <15% FC: < 100 FR: 14-20 PA: normal Pressão de pulso: normal ou diminuida Débito urinário: > 30ml/h Estado Neurológico: ansioso Reposição volêmica: CRISTALOIDE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - Classe II
Volume perdido: 750-1500ml Porcentagem perdida: 15-30% FC: > 100 FR: 20-30 PA: normal Pressão de pulso: diminuida Débito urinário: 20-30 ml/h Estado Neurológico: ansioso/letargico Reposição volêmica: CRISTALOIDE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO -
Volume perdido: 1500 - 2000 ml Porcentagem perdida: 30-40% FC: > 120 FR: 30-40 PA: diminuida Pressão de pulso: diminuida Débito urinário: 0,5-15ml/h Estado Neurológico: ansioso /confuso Reposição volêmica: CRISTALOIDE/SANGUE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO -
Volume perdido: > 2000ml Porcentagem perdida: > 40% FC: > 140 FR: > 35 PA: diminuida Pressão de pulso: diminuida Débito urinário: ausente Estado Neurológico: confuso/letargico Reposição volêmica: CRISTALOIDE/SANGUE
CHOQUE NEUROGÊNICO
Hipotensão associada a bradicardia, por interrupção traumática da eferência simpática (T1-L2)
Etiologia: perda de controle autonômico por lesões medulares ou anestesia regional
CHOQUE NEUROGÊNICO - Fisiopatologia
Diminuição do tônus venoso
Diminuição da pressão venosa
Diminuição das pressões de enchimento do coração
Diminuição do DC
CHOQUE NEUROGÊNICO - Quadro Clínico
Pressão de pulso normal
Alerta, orientado e lúcido, porem sem reflexos
Bradicardia
Hipotensão
CHOQUE SÉPTICO
Mortalidade de 39-60%
Critérios: -Temp: >38 ou < 36 - FR > 24 - FC > 90 Contagem leucograma > 12000 ou < 4000 ou bastões > 10%
Hipotensão refratária a reposição volêmica, associada a sinais de disfunção orgânica ou sinais de hipoperfusão
CHOQUE SÉPTICO - Achados sugestivos
- Taquicardia
- Disúria
- Febre
- Hematúria
- Tosse produtiva
- Mialgia
- Rash
- Alteração do estado mental
- Fotofobia
outros
CHOQUE CARDIOGÊNICO
Hipoperfusão de orgãos-alvo devido à falência cardíaca
Estima-se uma taxa de mortalidade de 50-80% por IAM
CHOQUE CARDIOGÊNICO - Etiologias
Aneurisma ventricular Arritmias Defeitos mecânicos Disfunção de condução Falência ventricular esquerda IAM Lesões valvares Miocardite e cardiomiopatias Shunt arteriovenoso
CHOQUE CARDIOGÊNICO - Conduta
Manter PA adequada
Dopa é a droga de escolha, pois atua como inotrópico e vasopressor
Nora é mais potente como vasoconstritor e pode ser usado em pcts com hipotensão severa
Intervenção percutânea coronária primária
Cirurgias de revascularização
Fibrinolíticos
CHOQUE ANAFILÁTICO
Extravasamento de fluidos e vasodilatação
Volume sanguíneo circulante pode diminuir até 35% dentro de 10min devido ao extravasamento
Pode ocorrer vasodilatação grave resistente à adm de adrenalina
Diagnóstico clinico, dosagem de triptanase
Dosagem de histamina, pesquisa in vitro de IgE, testes cutâneos ou de provocação
CHOQUE ANAFILÁTICO - Manejo
Tredelenburg, O2, manutenção de via aerea e ventilação
Adm epinefrina na coxa e obter acesso calibroso
Iniciar ressuscitação rápida de volume
Se hipotensão: epinefrina IV, atropina em bolus de bradicardia, vasoconstritor
CHOQUE ANAFILÁTICO - PCR
Volume: 2 acessos de grosso calibre com infusão rápida (4-8L)
Epinefrina em altas doses
Anti-histamínicos: difenidramina e ranitidina
Corticosteroide: metilpredinisolona
CHOQUE OBSTRUTIVO
- Coarctação da aorta
- Embolia pulmonar - anticoagulação plena
- Pneumotorax hipertensivo - toracostomia 2º espaço na linha hemiclavicular. drenagem torácica fechada
- Tamponamento cardíaco - pericardiocentese