CATETER NASOGASTRICO Flashcards

1
Q

O QUE É?

A

Consiste na colocação de um cateter curto no estômago através das narinas, passando
pela faringe e esôfago. O cateter, quando introduzido por via oral é conhecido como
orogástrico. É relevante mencionar que a cateterização naso ou orogástrica não é um
procedimento estéril, mas não dispensa os materiais de proteção individual.

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Q

QUAIS AS INDICAÇÕES?

A

Descompressão de conteúdo gástrico ou intestinal, como nas obstruções
intestinais e íleo paralítico.
 Administração de medicamentos no estômago conforme indicação clínica.
 Obtenção de amostras para exames, por exemplo, biópsia.
 Controle de sangramentos estomacais.
 Retirada de conteúdos indesejáveis.
 Identificação do tipo de conteúdo existente no estômago.
 Quantificação do líquido em estase gástrica com finalidade de reposição.
 Aspiração de líquido gástrico para pHmetria.
 Lavagem gástrica e esofágica, por exemplo, em caso de intoxicação.
 Manutenção do pertuito esofágico, por exemplo, em caso de esofagite cáustica

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3
Q

DESCREVA A TECNICA:

A

Verificar o prontuáro para conhecer o paciente e escolher o melhor tipo de
cateter.
2) Preparar o paciente com uma breve conversa para esclarecimento quanto à
importância do procedimento e necessidade de sua colaboração, sempre
demonstrando segurança e tranquilidade. Seguir com exames físicos: sinais
vitais, nível de consciência, seios paranasais, cavidade nasal e oral, tórax,
abdome, extremidade e pele.
3) Acomodar o paciente em posição de Fowler semissentada (45°). Caso não seja
possível, posicioná-lo em decúbito lateral esquerdo com cabeça lateralizada e
conferir material necessário.
4) Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento, óculos de proteção e máscara.
Organizar o material na mesa de cabeceira.
5) Se necessário, instituir anestesia na orofaringe (líquida) ou gargarejá-lo, a fim de
facilitar a passagem da sonda.
6) Verificar se ambas as narinas estão pérvias, por meio da oclusão da narina oposta
e pedindo o paciente que inspire.
7) Medir o comprimento apropriado do cateter pela distância da extremidade do
nariz ao pavilhão auricular e desde até o apêndice xifoide. E, depois, marcar
essa distância.
8) Verificar a integridade do cateter usado.
9) Lubrificar o cateter com óleo mineral, óleo de soja, xilocaína (lidocaína) ou
solução salina 0,9%.
10) Orientar o paciente trasmitindo segurança e tranquilizando-o.
11) Fletir a cabeça do paciente em direção ao tórax.
12) Iniciar a introdução do cateter na narina escolhida, de modo a avançar ao longo
do assoalho do nariz em direção à orelha. Ao atingir a nasofaringe, solicitar ao
paciente que realize a deglutição e continuar a progressão do cateter
lentamente. São indicadas pequenas pausas nos momentos em que o paciente
não estiver deglutindo. Se houver algum obstáculo, o cateter deve ser
delicadamente tracionado, girado e reintroduzido.
13) Examinar a cavidade bucal, a fim de garantir a progressão adequada da sonda no
esôfago.
14) Avançar o cateter até a marcação prévia.
15) Para confirmar o posicionamento correto do cateter, auscultar ruido hidroaéreo
em região epigástrica enquanto se injeta pequena quantidade de ar pelo cateter.
Pode-se ainda solicitar radiografia simples de tórax ou teste de pH.
16) Fixar o cateter com fio não absorvível ou esparadrapo próximo da narina ou
dorso do nariz, lábio superior ou fronte.
17) Explicar ao paciente o correto posicionamento do cateter para evitar necrose de
asa do nariz.
18) Interromper a introdução da sonda se o paciente começar a tossir ou engasgar.
Observar cianose, angústia respiratória e dispneia. Recuar o cateter ligeiramente
para trás se o paciente continuar tossindo.

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4
Q

QUAIS OS CUIDADOS COM O CATETER?

A

Optar pelo cateter mais macio e fino.
 Promover higiene oral e nasal constante do paciente, com o objetivo de impedir
a formação de lesões de boca e nariz. A higiene oral pode ser feita por colutórios,
já a higiene nasal por cotonetes umedecidos após a irrigação com solução salina
0,9%.
 Administrar antiácidos e bloqueadores da secreção ácida estomacal.
 Fixar adequadamente o cateter no nariz do paciente com uma tira de
esparadrapo folgada, o que facilita os movimentos da cabeça e deglutição e não
traciona a asa do nariz.
 Paciente deve permanecer recostado e deve-se evitar o decúbito dorsal, de
modo a prevenir a aspiração.
 Pode ser realizada a lavagem do cateter com água após cada administração de
dieta, a fim de evitar a obstrução. Além disto, é indicada a sua lavagem diária
com solução salina a 0,9%.
 Anotar criteriosamente todo líquido administrado e drenado pelo cateter.
 Avaliar adequadamente as perdas hidroeletrolíticas verificadas pelo cateter e
fazer reposição proporcional
Fazer a manutenção do cateter pelo menor tempo possível. O período de
permanência não deverá ultrapassar cinco dias, a menos que seja um cateter
muito fino, flexível e inerte.
 Quanto mais calibroso o cateter mais precocemente deve ser retirado.
 Diante de qualquer complicação decorrente do cateter, retirá-lo imediatamente.

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5
Q

QUAIS AS COMPLICAÇÕES?

A

Em virtude da abertura constante do esfíncter esofágico inferior, ocorre refluxo
gastroesofágico, estenose faríngea, esofagite e aspiração do conteúdo gástrico
para a árvore traqueobrônquica com concorrente infecção respiratória e
traqueite.
 Podem ocorrer sinusites e otite.
 Perfuração de esôfago.
 Desconforto no paciente.
 Perfuração do estômago com consequente abdome agudo.
 Trauma em estruturas nasais durante a manipulação da sonda.
 Introdução do cateter dentro da cavidade craniana nos casos de fraturas da
lâmina crivosa do osso etmoide.
 A fixação inadequada do cateter pode gerar dermatites, celulites, úlceras
cutâneas, rinites e perfurações do septo nasal.
 A longa permanência do cateter pode evoluir para um quadro de estenose do
vestíbulo nasal, distúrbio do olfato, amigdalite, disfagia, xerostomia, úlceras
gástricas, paralisia de prega vocal, edema de glote, estenose laríngea,
pneumonia, bronquite, atelectasia pulmonar e necrose de asa de nariz.

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