Caso 5: Ictéricia Flashcards

1
Q

porque Aproximadamente 60% dos RN a termo e 80% dos pré-termos apresentam hiperbilirrubinemia clinicamente visível na primeira semana de vida?

A

Os níveis séricos de bilirrubinas em recém-nascidos (RN) são crescentes logo após o nascimento.

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2
Q

Na maioria das situações, o quadro de icterícia pode ser considerado benigno. No entanto, o aumento além dos níveis considerados normais da bilirrubinemia pode ocasionar a

A

encefalopatia bilirrubínica aguda (EBA)

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3
Q

A rápida identificação da hiperbilirrubinemia grave nos RN ≥ 35 semanas de idade gestacional (IG), definida como bilirrubina total (BT) maior que X mg/dL, é importante para prevenção de quadros potencialmente graves.

A

20

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4
Q

EPIDEMIOLOGIA

A

A encefalopatia bilirrubínica aguda ocorre em todos os continentes, principalmente em países de média e baixa rendas, configurando problema grave de saúde pública global.

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5
Q

-Quais os primeiros sinais de EBA 2
- sintomas quando o quadro progride 4
-As crianças sobreviventes geralmente desenvolvem sequelas neurológicas em longo prazo com disfunção neurológica denominada
- qual relação com a BT

A

Os primeiros sinais da EBA nos RN ≥ 35 semanas de IG são insidiosos e inespecíficos, com dificuldades na sucção e letargia

Quando ela não é identificada e tratada com urgência, o RN progride para quadro de irritabilidade, opistótono, choro agudo e convulsões, muitas vezes evoluindo para o óbito

As crianças sobreviventes geralmente desenvolvem sequelas neurológicas em longo prazo com disfunção neurológica denominada kernicterus

Em correlação direta, quanto maior o nível de BT no RN, maior a chance de sequelas e/ou óbito.

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6
Q

A EBA em RN pré-termos de muito baixo peso ao nascer (RN-PTMBP) pode ser sutil e se manifestar, principalmente, como
- Prematuridade é condição de vulnerabilidade ao

A

A EBA em RN pré-termos de muito baixo peso ao nascer (RN-PTMBP) pode ser sutil e se manifestar, principalmente, como eventos apneicos recorrentes. Prematuridade é condição de vulnerabilidade ao kernicterus, mesmo com níveis séricos considerados baixos de BT, pela imaturidade do sistema nervoso central (SNC) e pelas condições clínicas adversas

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7
Q

Tabela 1 Escore clínico de BIND para disfunção neurológica induzida pela bilirrubina
ver se precisa

A

Tabela 1 Escore clínico de BIND para disfunção neurológica induzida pela bilirrubina

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8
Q

METABOLISMO DA BILIRRUBINA E ICTERÍCIA FISIOLÓGICA

  • a bilirrubina resulta de 2
A

A bilirrubina resulta do catabolismo das proteínas do heme. Cerca de 75% da produção diária da bilirrubina provém da destruição de hemácias no sistema reticuloendotelial. Os outros 25% são consequentes à eritropoiese ineficaz e à destruição de eritrócitos imaturos.

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9
Q

METABOLISMO DA BILIRRUBINA E ICTERÍCIA FISIOLÓGICA

como ocorre o processo de catabolismo das proteínas do heme
como é esse processo no período neonatal
o caracteriza a hiperbillirubinemia como fisiológica

A

No primeiro passo da degradação, heme é convertido em biliverdina na presença da enzima hemeoxigenase, produzindo monóxido de carbono (CO) e Fe2+. Uma molécula de CO é produzida para cada molécula de heme catabolizada em bilirrubina. Assim, quanto maior a hemólise, maior a produção de CO, marcador que pode ser utilizado para diagnóstico.

A bilirrubina não conjugada, chamada bilirrubina indireta, circula, na sua maioria, ligada à albumina até ser captada pelo hepatócito, no qual é conjugada por meio da glicuroniltransferase, tornando-se bilirrubina direta e, então, excretada para o intestino

A bilirrubina indireta (BI) é um produto da destruição dos glóbulos vermelhos que se liga à albumina e é conjugada pela enzima glicuroniltransferase no fígado, resultandona bilirrubina direta (BD), a qual é transferida para o intestino e excretada nas fezes. No período neonatal, o metabolismo, a circulação, a conjugação e a excreção da bilirrubina são mais lentos do que em adultos. A concentração de células vermelhas é mais elevada, com meia-vida mais curta, acarretando níveis mais altos de bilirrubinemia. Além disso, a bilirrubina no intestino pode sofrer ação da beta-glicuronidase e retornar ao sangue pela circulação êntero-hepática. Assim, a hiperbilirrubinemia indireta, comum no RN e não lesiva, é denominada “fisiológic

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10
Q

METABOLISMO DA BILIRRUBINA E ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
o que ocorre no metabolismo para aumento da bilirrubina
- Além disso, outros fatores contribuem para o aumento do nível da bilirrubina no RN, como 4

A

Com a deficiência relativa de enzimas bacterianas no intestino do RN, ocorre desconjugação de parte da bilirrubina direta, com consequente reabsorção de bilirrubina indireta pela circulação enterro-hepática, contribuindo para o aumento da bilirrubinemia

Além disso, outros fatores contribuem para o aumento do nível da bilirrubina no RN, como maior volume de glóbulos vermelhos circulantes, menor tempo de sobrevida da hemoglobina fetal, captação deficiente da bilirrubina do plasma e diminuição da conjugação hepática

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11
Q

METABOLISMO DA BILIRRUBINA E ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
o que é a ictéricia fisiológica, porque acontece, e qual valor de bilirrubinemia que caracteriza

A

A bilirrubina do feto é metabolizada pela placenta. Logo após o clampeamento do cordão umbilical, o RN assume a função da degradação da bilirrubina. Consequentemente, há hiperbilirrubinemia transitória, reflexo da combinação dos efeitos de produção, conjugação e circulação enterro-hepática no período neonatal

Essa manifestação clínica, denominada icterícia fisiológica, ocorre após 24 horas de vida com bilirrubinemia acima de 5 mg/dL

Nos RN a termo, a hiperbilirrubinemia indireta pode atingir níveis em torno de 12 mg/dL, em torno de 72 horas

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12
Q

METABOLISMO DA BILIRRUBINA E ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
como se caracteriza a icterícia fisiológica nos RN pré termos < 35 semanas

A

Nos RN pré-termos com IG < 35 semanas, a icterícia é mais intensa e prolongada quando comparada à do RN a termo, atingindo pico mais elevado de BT entre 5 e 6 dias de vida e com permanência da hiperbilirrubinemia, muitas vezes, até 3 semanas de vida.

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13
Q

HIPERBILIRRUBINEMIA NO RECÉM-NASCIDO
Além da etiologia da hiperbilirrubinemia indireta, é necessário investigar a icterícia colestática, quando BT X mg%. A icterícia presente por mais de Y dias constitui indicador de alerta para diagnóstico da colestase

A principal causa a ser afastada é Z, que demanda pronto diagnóstico e cirurgia de Kasai, de preferência antes de 30 dias de vida.

A

> 1,0

14

atresia de vias biliares

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14
Q

HIPERBILIRRUBINEMIA NO RECÉM-NASCIDO
Na investigação clínica, a anamnese precisa ser criteriosa e sempre indagar sobre colúria e hipo/acolia, em urina e fezes de RN aparentemente saudáveis

A hipocolia pode demorar a surgir, após X dias de vida, para, posteriormente, as fezes tornarem-se acólicas.

A

7-10

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15
Q

Tabela 2 Hiperbilirrubinemia neonatal de acordo com mecanismo fisiopatológico

A

Tabela 2 Hiperbilirrubinemia neonatal de acordo com mecanismo fisiopatológico

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16
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional

Fatores de risco para neurotoxicidade bilirrubínica

A

Uma das grandes preocupações é o desenvolvimento da icterícia neonatal nas primeiras 24 horas de vida pós-natal e que deve ser detalhadamente abordada clínica e laboratorialmente. Nesse caso, deve-se considerar a doença hemolítica a principal etiologia.]

Doença hemolítica do RN é causada por incompatibilidade sanguínea materno-fetal decorrente da aloimunização por diferentes sistemas sanguíneos

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17
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica Rh

qual mecanismo fisiopatológico?

Tabela 3 Parâmetros hematológicos fisiológicos, nas primeiras 72 horas, de RNT e RN-PTMB
Tabela 3 apresenta referências para valores hematológicos fisiológicos nos primeiros dias de vida para apoiar a análise clinicolaboratorial dos quadros.

A

O mecanismo fisiopatológico da doença hemolítica Rh com manifestação clínica no RN ocorre por passagem para a circulação fetal de anticorpos anti-D presentes no plasma de mães sensibilizadas, desencadeando hemólise decorrente da destruição de eritrócitos do feto e posteriormente do RN Rh positivos. Com a destruição das hemácias, há liberação de ferritina, bilirrubina e CO.

feto desenvolve um mecanismo compensatório de produção de eritropoetina e hemácias, com elevação de reticulócitos e eritroblastos, e intensa eritropoiese extramedular. A contagem de reticulócitos pode atingir valores de 30-40% nos casos mais graves. Quando a destruição eritrocitária é muito importante, anemia e hiperbilirrubinemia com icterícia se manifestam precocemente, nas primeiras horas de vida, assim que se inicia o processo intraútero. Nos casos mais graves, o feto pode evoluir com hidropsia, insuficiência cardíaca e/ou óbito.

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18
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica Rh
- a gravidade do acometimento fetal ocorre nas próximas gestações?

A

A gravidade do acometimento fetal é progressiva nas gestações subsequentes de fetos Rh positivos.

so pra saber: Presença simultânea de diferenças antigênicas do sistema ABO e Rh parece conferir certa proteção à doença hemolítica Rh, com a ocorrência de destruição mais rápida de hemácias fetais (A ou B) no sangue materno tipo O.1

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19
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica Rh
diagnóstico durante o pré natal
-quanto ao neonato

A

Para realizar o diagnóstico durante o pré-natal, deve-se detectar a presença de anticorpos séricos anti-D maternos, detectáveis no teste indireto da antiglobulina, o teste de Coombs indireto (CI). Faz necessário o monitoramento da gravidez para intervenção clínica obstétrica e pediátrica, feto-neonatal.

Quanto ao neonato, a tipagem sanguínea (ABO, D e Dfraco) e o teste direto da antiglobulina, Coombs direto (CD), devem ser realizados logo após o nascimento.

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20
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica Rh
o que o CD positivo no feto indica? o que fazer

A

CD positivo indica que as hemácias estão recobertas com anticorpos maternos. Após o advento da imunoglobulina anti-D administrada à gestante e à mãe, a incidência da eritroblastose fetal diminuiu drasticamente, e a causa atual mais frequente de doença hemolítica é a incompatibilidade ABO

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21
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica por incompatibilidade ABO

acontece com quais tipos sanguíneos neonatais e materno
a anemia hemólitica é mais intensa quando o RN é de qual grupo sanguíneo

A

Vale ressaltar que a doença hemolítica por incompatibilidade ABO é limitada ao RN tipo A ou B filho de mãe tipo O – e a anemia hemolítica é mais intensa quando o RN é do grupo B. Genitoras do grupo A ou B com RN do grupo B ou A, respectivamente, produzem anticorpos anti-A ou anti-B predominantemente da classe IgM que não atravessam a barreira transplacentária, o que não causa destruição eritrocitária.

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22
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica por incompatibilidade ABO

a ictéricia aparece após quantas horas de vida
evolução
pico da hiperbilirrubinemia
valor sérico

A

A icterícia aparece nas primeiras 24-36 horas de vida, evolui de forma gradual e persistente nas duas primeiras semanas de vida, com pico da hiperbilirrubinemia em torno do quinto dia de vida. O valor sérico de BI pode alcançar 20 mg/dL com risco de evolução para quadros de encefalopatia bilirrubínica, muito frequentemente diagnosticada após a alta hospitalar

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23
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Doença hemolítica por incompatibilidade ABO

níveis de hemoglobina e hematócrito
dosagem de reticulócitos
realização de CD
testes diagnósticos 2

A

Os níveis de hemoglobina e hematócrito podem estar discretamente diminuídos com alteração da morfologia das hemácias, com presença de esferócitos na análise em lâmina do sangue periférico.

A dosagem dos reticulócitos pode variar entre 10 e 30% no sangue periférico. A realização de CD não contribui para o esclarecimento da gravidade e do diagnóstico da doença hemolítica, diferentemente da incompatibilidade Rh. -> a positividade não se associa à gravidade da hemólise por incompatibilidade ABO.

A detecção de anticorpos anti-A ou anti-B no sangue de cordão ou sangue periférico do RN, o teste do eluato, indica a existência de anticorpos acoplados às hemácias, sem associação com a gravidade da doença

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24
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
deficiência de G6PD
o que é
ocorre após
outra manifestação da doença

A

é uma causa de doença hemolítica não imune, com incidência variada entre diferentes áreas geográficas. Trata-se de doença genética associada ao cromossomo X que pode afetar ambos os sexos. A forma aguda ocasiona hemólise grave em RN após exposição a substâncias e/ou agentes como antimaláricos, naftalina, certos alimentos, dentre outros. Outra manifestação da doença é a forma hemolítica leve associada ao polimorfismo genético com expressão reduzida da glicuroniltransferase e conjugação limitada da bilirrubina, sem a presença de anemia no RN

25
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
relacionada a amamentação

A

Os RN de 35 semanas e 36 semanas, assistidos em alojamento conjunto, apresentam com frequência dificuldade de sucção e/ou coordenação sucção-deglutição-respiração. Dessa maneira, pode ocorrer, nos primeiros dias de vida, interferência no aleitamento materno com perda de peso acentuada e aumento da circulação entero-hepática, além da capacidade diminuída da conjugação da bilirrubina pela imaturidade hepática. RN com IG de 36 semanas apresentam risco oito vezes maior de desenvolver níveis de BT ≥ 20 mg/dL, comparados aos RN de 41 semanas de IG.1,2,8 O apoio efetivo ao aleitamento materno é estratégia importante para a prevenção da hiperbilirrubinemia neonatal significativa com diminuição dos casos de reinternação hospitalar

26
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
Outras causas de aumento de bilirrubina indireta incluem fatores

A

Outras causas de aumento de bilirrubina indireta incluem fatores étnico-raciais, como descendência asiática, irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia, filho de mãe diabética, presença de cefalo-hematoma e equimoses.1 Além dessas condições, deve-se lembrar que o clampeamento de cordão umbilical após 60 segundos do nascimento pode estar associado à hiperbilirrubinemia, um tema ainda controverso relativo à significância clínica

27
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional
ictéricia do leite materno

A

Neste caso, o RN encontra-se bem, com evolução de peso e crescimento adequados e eliminações fisiológicas normais. Acredita-se que os mecanismos para aumento da bilirrubina indireta nessa situação são inibição da atividade da glicuroniltransferase e o tipo de ácidos graxos encontrados no leite materno. O diagnóstico deve ser de exclusão, e ressalta-se que não há indicação de suspender o leite materno exclusivo

surge na primeira semana de vida e persiste por algumas semanas, muitas vezes com níveis de BT elevados

28
Q

BACELAR
POLICITEMIA

A

Na policitemia (hematócrito > 60%) ocorre aumento da produção de bilirrubina com
aparecimento de icterícia, geralmente após as primeiras 48 horas de vida. Policitemia é mais observada em RN pequenos para a idade gestacional, filhos de mãe diabética ou na presença de transfusão feto-fetal ou materno-fetal, clampeamento tardio ou ordenha de cordão.

29
Q

BACELAR
Coleções sanguíneas

A

A hemoglobina que deixa o leito vascular é rapidamente metabolizada pela oxige-nase heme microssômica e a biliverdina-redutase. Por essa razão, RN com coleções san-guíneas extravasculares, como hemorragia intracraniana, pulmonar ou gastrointestinal, hematomas, equimoses, sangue deglutido, hemotórax, entre outros, apresentam níveis variados de hiperbilirrubinemia. Esses níveis variam na dependência da intensidade des-ses sangramentos

30
Q

BACELAR
BD
Atresia das vias biliares
- definição
- -mais prevalente em qual sexo
- manifestação inicial acompanhada de 2
- sintoma que vai se desenvolvendo por hipertensão portal

A

. É
caracterizada pela obliteração ou descontinuidade do sistema biliar extra-hepático. A sua incidência é em torno de 1:15.000 nascidos vivos, sendo um pouco mais comum no sexo feminino. A manifestação clínica inicial é a hiperbilirrubinemia direta, surgindo logo após a
involução da icterícia fisiológica do RN, acompanhada de acolia fecal e colúria. Hepa-toesplenomegalia vai se desenvolvendo com o progresso da doença, sugerindo hiperten-são portal, assim como comprometimento do crescimento

31
Q

BACELAR
BD
COLESTASE
-definição
- caracteriza-se pela triade
- laboratorialmente 3

A

A icterícia por predomínio da bilirrubina indireta em recém-nascidos é comum e,
na maioria das vezes, por causas fisiológicas. Quando há aumento da bilirrubina dire-ta, existe doença hepatocelular ou biliar que necessita de investigação clínica urgente

Colestase significa diminuição ou interrupção da excreção de bile por obstrução do
fluxo através da árvore biliar intra/extra-hepática ou por alteração funcional do hepató-cito. Clinicamente, caracteriza-se pela tríade icterícia, colúria e hipocolia ou acolia fecal, e laboratorialmente por aumento sérico dos sais biliares, colesterol e bilirrubina direta (BD > 2,0 mg/dL ou > 20% da bilirrubina total).

32
Q

Tabela 4 Fatores de risco epidemiológicos e clinicolaboratoriais identificados nas primeiras 48 horas após o nascimento, para evolução de hiperbilirrubinemia com níveis séricos de BT > 17 mg/dL em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional

A

Tabela 4 Fatores de risco epidemiológicos e clinicolaboratoriais identificados nas primeiras 48 horas após o nascimento, para evolução de hiperbilirrubinemia com níveis séricos de BT > 17 mg/dL em recém-nascidos ≥ 35 semanas de idade gestacional

33
Q

Métodos clinicolaboratoriais de triagem
O método clinicolaboratorial de triagem do RN pode ser realizado mediante 3

A

O método clinicolaboratorial de triagem do RN pode ser realizado mediante inspeção visual, avaliação da bilirrubina transcutânea e/ou dosagem sérica da BT e frações.

34
Q

Métodos clinicolaboratoriais de triagem
inspeção visual

A

Classicamente em RN termo, a constatação de icterícia na pele e/ou nas mucosas (mais comumente esclera), expressão clínica da bilirrubinemia, pode variar de acordo com os níveis de BT séricos. A Figura 2 mostra as delimitações das cinco zonas de icterícia visíveis na pele do RN, com base em imagens e estudos de Krammer.

35
Q

Métodos clinicolaboratoriais de triagem
Entretanto, a identificação de icterícia no RN sofre influência de vários fatores, como luminosidade do ambiente, pigmentação de sua pele e experiência do profissional. Estimativa clínica isoladamente não é suficiente para detectar a icterícia no RN, sendo necessária a avaliação criteriosa da história perinatal, verificando fatores de riscos e, em alguns casos, a medida da BT. Dessa maneira, pode-se utilizar o

A

método não invasivo pela bilirrubina transcutânea (BTc).

36
Q

Métodos clinicolaboratoriais de triagem
O que é o método transcutâneo de estimativa de bilirrubina (BTc) e como é realizado

A

O método transcutâneo de estimativa de bilirrubina (BTc) é rápido e prático; é realizado pela colocação do dispositivo na região do esterno do RN, como método de triagem e acompanhamento. Estudos recentes avaliam a possibilidade do uso de aplicativo no smartphone através de imagens das escleras e/ou da pele como futuro método de acompanhamento da icterícia

37
Q

Métodos clinicolaboratoriais de triagem
O exame padrão-ouro para identificar a hiperbilirrubinemia no RN é a

A

O exame padrão-ouro para identificar a hiperbilirrubinemia no RN é a dosagem sérica da BT, com utilização de técnicas laboratoriais com coleta do sangue realizada com proteção do frasco.

38
Q

Para o acompanhamento da hiperbilirrubinemia do RN ≥ 35 semanas de IG, foi desenvolvido o nomograma norte-americano de Bhutani et al. (Figura 3) com os percentis 40, 75 e 95 de acordo com os níveis de BT e as horas de vida do RN.

Com base nos percentis, o RN é avaliado quanto ao risco de evoluir para bilirrubina sérica > 17,5 mg/dL.

qual percentil há maior probabilidade de fototerapia

A

Nos percentis acima de 75, há maior probabilidade de fototerapia, nesse caso, o RN deve ser avaliado e/ou tratado

39
Q

Tabela 6 Fatores de risco para neurotoxicidade da bilirrubina em recém-nascidos pré-termos

A

Tabela 6 Fatores de risco para neurotoxicidade da bilirrubina em recém-nascidos pré-termos

40
Q

Hiperbilirrubinemia indireta em RN < 35 semanas de idade gestacional ao nascer

A

Prematuros com IG < 35 semanas apresentam, comumente, hiperbilirrubinemia indireta. Além disso, situações especiais, principalmente em RN pré-termos com complicações da prematuridade, elevam o risco de neurotoxicidade bilirrubínica. Na Tabela 5, estão listados os principais fatores de risco para possível impregnação bilirrubínica cerebral no RN pré-termo.3
Boas condições de nascimento, assegurando processos fisiológicos de transição da vida intrauterina à extrauterina durante a golden hour e primeiras horas de vida, com estabilidade térmica, suporte respiratório, cardiocirculatório e metabólico, nutrição enteral e parenteral, são práticas clínicas efetivas de prevenção das complicações induzidas pela bilirrubina na primeira semana do RN pré-termo.3

O tempo ideal para determinar a BT no RN < 35 semanas não está bem estabelecido, recomendando-se em geral a primeira dosagem entre 24 e 36 horas de vida com acompanhamento a cada 24 horas até a estabilidade da bilirrubina. Quanto menor a IG, maior a frequência de indicação de tratamento da hiperbilirrubinemia. A indicação da fototerapia profilática em RN pré-extremo (< 28 semanas) não é consenso na literatura. O início da fototerapia nesses RN deve ser precoce, assim que for detectada a icterícia

41
Q

Tabela 5 Exames laboratoriais para investigar a etiologia da hiperbilirrubinemia indireta no recém-nascido

A

Tabela 5 Exames laboratoriais para investigar a etiologia da hiperbilirrubinemia indireta no recém-nascido

42
Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
qual padrão ouro

A

A terapêutica padrão-ouro é a fototerapia, uma intervenção frequente e eficaz, sendo raramente necessário associá-la à exsanguineotransfusão (EST). Há 60 anos, a fototerapia é utilizada na neonatologia e, com os avanços tecnológicos dos equipamentos, houve mudança relevante na história do tratamento das hiperbilirrubinemias críticas.

43
Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
Mecanismo de ação fototerapia

A

A fototerapia atua nos capilares e nos espaços intersticiais superficiais da pele e do tecido subcutâneo, tornando a BI (bilirrubina não conjugada) hidrossolúvel. Dessa maneira, esse composto pode ser excretado na urina e na bile sem ser necessária a formação da bilirrubina conjugada pelo fígado.2,16,17 Sob a ação da luz, em especial no espectro de onda azul e verde, após a reação fotoquímica, são formados os fotoisômeros configuracionais e estruturais, além de elementos foto-oxidantes, que aparecem rapidamente, antes mesmo do declínio da bilirrubina

44
Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
efetividade do tratamento fototerapia

A

A eficácia da fototerapia é avaliada, após algum tempo de exposição da luz sob a pele do RN, pelo declínio da BT. Alguns fatores interferem diretamente na efetividade do tratamento. Fatores relacionados à aplicação dos equipamentos de fototerapia, como o tipo de luz, a superfície corpórea exposta à luz e a irradiância espectral, assim como fatores relacionados ao RN, como IG ao nascer, idade pós-natal, nível inicial da BI e etiologia da icterícia.2,16,17 Para o melhor efeito terapêutico, a luz precisa agir na maior superfície corpórea (área exposta à luz), com comprimentos de onda adequados para penetrar na pele, ser absorvida pela bilirrubina e produzir os derivados para serem excretados.

45
Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
efetividade do tratamento fototerapia
O pico de absorção da energia pela bilirrubina ocorre em qual luz?
como ampliar a área exposta à luz

A

O pico de absorção da energia pela bilirrubina ocorre na luz azul com comprimento na faixa de 460 nm. Estudo recente sugere que o uso de luz LED azul-esverdeada (pico de emissão em 480 nm) comparada à luz azul mostrou-se mais eficaz no tratamento de hiperbilirrubinemia neonatal.18 Assim, a área de superfície corpórea exposta à luz associada ao comprimento de onda ideal (luz azul) está diretamente relacionada à velocidade de declínio da bilirrubinemia.

Na prática clínica, uma forma de ampliar a área da pele exposta à luz é utilizar fontes adicionais de fototerapia, para emitir luz na maior área corpórea, por exemplo, nas superfícies anterior e dorsal da pele do RN, concomitantemente

46
Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
efetividade do tratamento fototerapia
como otimizar o tratamento

A

aproximação da luz à pele do RN aumenta a irradiância e otimiza o tratamento. Quanto menor a distância entre o equipamento e a pele do RN, maior é a irradiância emitida, garantindo a distância mínima segura entre o equipamento e o paciente,17 principalmente ao usar lâmpadas que geram calor, pois há o risco de queimadura ou hipertermia no RN. Também é importante salientar que, quando se aproxima a luz ao RN, há diminuição do foco luminoso, ocasionando, por vezes, prejuízo à área corpórea exposta à luz. Tão importante quanto a irradiância emitida de maneira adequada é a exposição da maior superfície corpórea exposta à luz da pele do RN.

sempre que possível, o RN deve estar posicionado no berço para permitir que o equipamento seja posicionado à distância mínima da pele e contemple a área necessária da superfície corpórea exposta à luz. Vale ressaltar que, quando a umidade da incubadora está acima de 90%, a irradiância aferida na pele do RN pode ter queda de até 30% em razão do vapor d’água e da condensação da água na parede do equipamento

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Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
efetividade do tratamento fototerapia

Associação Brasileira de Normas Técnicas define a área irradiada efetiva como
Figura 4 Otimização da fototerapia com aferição da irradiância no nível da pele do recém-nascido.

A

Associação Brasileira de Normas Técnicas define a área irradiada efetiva como a superfície de tratamento que é iluminada pela luz da fototerapia e usa 60 x 30 cm como tamanho de superfície irradiada-padrão, técnica utilizada para RN com peso acima de 2.000 g. Mede-se a irradiância nos quatro pontos (superiores direita e esquerda, inferiores direita e esquerda) e ao centro do retângulo
Figura 4 Otimização da fototerapia com aferição da irradiância no nível da pele do recém-nascido.

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Q

Indicação e suspensão da fototerapia
A IG é um parâmetro importante na análise clínica da icterícia pela imaturidade dos órgãos envolvidos no surgimento da hiperbilirrubinemia. Dessa maneira, dividem-se as indicações e a suspensão da fototerapia em dois grupos: RN ≥ 35 semanas e RN pré-termos < 35 semanas

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A

As Figuras 6 e 7 evidenciam os valores de BT em RN com IG ≥ 35 semanas para indicação de fototerapia intensiva e de EST, segundo as diretrizes da Academia Americana de Pediatria publicadas em 2004. As Tabelas 10 e 11 demonstram os valores de BT para indicação de fototerapia e EST em RN ≥ 35 semanas de IG14 e naqueles < 35 semanas,8,20 respectivamente.

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Q

Indicação e suspensão da fototerapia
Para interpretar os níveis de suspensão da fototerapia, deve-se analisar a idade pós-natal visto que a bilirrubina se eleva naturalmente nos primeiros 5 dias de vida e sofre influência direta da IG. Dessa maneira, sugerem-se valores de BT (mg/dL) para suspensão da fototerapia de acordo com a Tabela 12

A

Para interpretar os níveis de suspensão da fototerapia, deve-se analisar a idade pós-natal visto que a bilirrubina se eleva naturalmente nos primeiros 5 dias de vida e sofre influência direta da IG. Dessa maneira, sugerem-se valores de BT (mg/dL) para suspensão da fototerapia de acordo com a Tabela 12

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Q

Indicação e suspensão da fototerapia
O tempo de aplicação da fototerapia depende de vários fatores, como mecanismo fisiopatológico da icterícia, IG, idade pós-natal e eficácia da fototerapia.

quando tempo em média RN> 35 semanas
RN< 35 semanas

A

RN ≥ 35 semanas de IG, sem doença hemolítica, permanece em fototerapia em torno de 24 a 36 horas. Já os RN < 35 semanas de IG utilizam o tratamento por cerca de 50 horas, sendo mais prolongado nos RN < 1.000 g. O uso de fototerapia intensiva deve ser evitado em RN < 1.000 g, pelo aumento do estresse oxidativo e pelo risco aumentado de óbito.8,16,17

Os RN ≥ 35 semanas de IG, após a suspensão da fototerapia, devem ser observados clinicamente por 12 a 24 horas, de preferência internados

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Q

EFEITOS ADVERSOS FOTOTERAPIA ( não sei se precisa)

A

O RN submetido à fototerapia pode apresentar eventos adversos ao tratamento. A interferência física e emocional na formação do vinculo mãe-criança é também relatada como evento indesejado do tratamento com fototerapia.17 Os efeitos tóxicos da fototerapia concentram-se nas flutuações da temperatura e na perda de líquido corporal, além do dano à retina, assim como o surgimento do eritema cutâneo e da síndrome do bebê bronzeado. Com o uso da lâmpada LED, a hipotermia torna-se evento adverso importante

A emissão da luz durante a fototerapia pode causar estresse oxidativo, dano na membrana eritrocitária e dano no DNA em linfócitos. Estudos relatam o aumento de mortalidade em RN pré-termos com peso ao nascer de 500 a 750 g em ventilação mecânica e instabilidade hemodinâmica, que receberam fototerapia intensiva.15,16

Apesar de raras, possíveis complicações são relatadas em estudos observacionais, como desenvolvimento de doenças alérgicas e diabete tipo 1. Outro possível efeito colateral em estudo concentra-se na associação do desenvolvimento de melanoma e/ou câncer de pele e/ou câncer pediátrico. Entretanto, há muita incerteza em relação a essa associação, por isso mais estudos precisam ser realizados para esclarecimento científico

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Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
Exsanguinotransfusão
principal indicação
indicações quando há sinais de 2

A

Atualmente, a maioria dos casos de hiperbilirrubinemia indireta é controlada pela fototerapia, sendo a doença hemolítica grave por incompatibilidade Rh a principal indicação de EST. No entanto, existem indicações precisas quando há sinais de encefalopatia bilirrubínica aguda e/ou níveis críticos de hiperbilirrubinemia indireta sem resposta à fototerapia intensiva

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Q

TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
Exsanguinotransfusão
objetivos

A

Os objetivos da EST são diminuir os níveis de bilirrubina para reduzir o risco de encefalopatia bilirrubínica, além de substituir hemácias sensibilizadas e reduzir anticorpos circulantes. Com a técnica, há a remoção das hemácias com anticorpos ligados e/ou circulantes, redução da bilirrubina e correção da anemia

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TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA
Exsanguinotransfusão
procedimento

A

O procedimento necessita de acesso fácil, calibroso e exclusivo, preferencialmente central, que infunda e reflua bem, geralmente a veia umbilical. No entanto, o coto umbilical precisa estar em boas condições e ter assegurada a assepsia criteriosa. Não usar artéria umbilical, exceto em casos selecionados. O cateter em artéria umbilical pode ser utilizado para retirada de sangue, nunca para infusão. A escolha do sangue tem critérios definidos. Quando o RN tem estabilidade hemodinâmica e hemoglobina maior que 10 g/dL, são realizadas as trocas no procedimento de duas volemias (2 × 80 mL/kg), sendo dois terços de concentrado de hemácias e um terço de plasma fresco congelado. Recomenda-se a utilização de concentrado de hemácias colhido há menos de 7 dias (filtrado e irradiado), reconstituído em plasma fresco congelado, obedecendo os seguintes requisitos: na incompatibilidade de Rh, usar sangue O negativo submetido à contraprova com sangue materno; na incompatibilidade ABO, usar hemácias O positivo reconstituídas em plasma AB ou receptor compatível; na doença hemolítica por outros anticorpos eritrocitários, optar por sangue compatível com o do RN e submetido à contraprova com o sangue da mãe; na hiperbilirrubinemia não hemolítica, usar sangue total compatível com o do RN e com contraprova obrigatória

Após a introdução da fototerapia de alta intensidade, a indicação de EST tornou-se rara e, atualmente, é considerada evento indesejado no atendimento neonatal. Ressalta-se que a estratégia pode ser associada à elevada morbidade, com complicações metabólicas, hemodinâmicas, infecciosas, vasculares, hematológicas, além da possibilidade de reações pós-transfusionais e enxerto-hospedeiro. Portanto, deve-se ter cautela na indicação e na realização da EST, sempre revisando a real necessidade da técnica

Vale salientar que, nas hiperbilirrubinemias extremas por doenças hemolíticas imunes, alguns autores sugerem o uso da imunoglobulina. Entretanto, metanálise recente concluiu que os resultados são limitados pela baixa qualidade das evidências. Dessa maneira, mais estudos são necessários para que o uso dessa imunoterapia seja recomendado de modo usual no tratamento da doença hemolítica do RN

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A melhor estratégia preventiva da hiperbilirrubinemia indireta com níveis séricos significativos inclui

A

A melhor estratégia preventiva da hiperbilirrubinemia indireta com níveis séricos significativos inclui triagem universal antes da alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial.1-3,22 A avaliação da icterícia pré-alta e a verificação da BT segundo o nomograma de Bhutani são úteis no plano de alta do RN

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As principais causas associadas ao aumento na chance de readmissão hospitalar por hiperbilirrubinemia indireta incluem

A

RN pré-termo tardio (IG entre 34 e 36 semanas), RN termo precoce (IG de 37-38 semanas), presença de icterícia nos primeiros dias de vida, dificuldade com o estabelecimento da lactação e do aleitamento materno com acentuada perda de peso e tempo de permanência hospitalar < 48 horas

O acompanhamento ambulatorial é necessário até que exista segurança da diminuição da BT e do estabelecimento da amamentação. Em RN com hiperbilirrubinemia importante, deve-se realizar a investigação auditiva por meio do potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE).

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Estratégias preventivas de hiperbilirrubinemias significativas podem minimizar os problemas relacionados aos desfechos biológicos da disfunção induzida pela bilirrubina. Resumidamente, a seguir, estão relacionadas as principais ações em saúde para reduzir o risco de hiperbilirrubinemia indireta significativa:

A

Avaliar o risco clinicoepidemiológico do RN e mensurar a BT quando indicado.
Instituir abordagem propedêutica e terapêutica nos casos indicados de acordo com o item anterior.
Promover apoio, assistência e supervisão contínua ao aleitamento materno desde o nascimento, durante a permanência hospitalar e no cuidado ambulatorial no primeiro mês de vida.
Não dar alta hospitalar precoce, antes da revisão dos critérios que asseguram a alta hospitalar segura.
Consultar médico pediatra ambulatorial, 48 a 72 horas após a alta hospitalar, coincidindo na maioria das vezes com a consulta do quinto dia.
Orientar pais e equipes do cuidado quanto à conduta da icterícia neonatal com elaboração de folhetos, palestras, cursos, entre outros.
Incentivar treinamento e capacitação da equipe da unidade básica de saúde.