Caso 1: Sepse Na Infância Flashcards
Quais as definições de sepse, sepse grave e choque séptico?
Sepse: Presença de SIRS + foco infeccioso suspeito ou confirmado.
Sepse grave: Presença de sepse + sinais de disfunção de órgãos ou hipoperfusão de órgãos induzida por sepse (aumento do lactato/oligúria).
Choque séptico: Hipotensão induzida por sepse persistente, mesmo após a ressuscitação fluida adequada.
*A hipotensão induzida por sepse é definida como pressão arterial sistólica/diastólica < 2DP abaixo do normal para a idade na ausência de outras causas de hipotensão.
Quais os critérios diagnósticos para sepse?
Quais os recursos utilizados para suporte hemodinâmico?
Quando deve ser adicionado o uso de vasopressores?
Quando apesar da ressuscitação fluida adequada, há hipoperfusão de tecidos e hipotensão persistente. A meta é alcançar uma PAM > 65mmHg com o uso de vasopressores.
Quando é indicado o uso de inotrópicos? E qual a primeira opção?
1) Disfunção do miocárdio, quando percebe-se o aumento da pressão de enchimento cardíaco e/ou o baixo débito cardíaco;
2) Quando há hipoperfusão de tecidos, mesmo após ressuscitação fluida adequada e PAM no nível da normalidade.
A dobutamina é a primeira opção de inotrópico com infusão de até 20 μg/kg/min, que deve ser administrado ou adicionado ao vasopressor (caso haja algum em uso).
*Os pacientes sépticos que permanecem hipotensos após a ressuscitação fluida podem ter débitos cardíacos baixos, normais ou elevados. Portanto, o tratamento com um inotrópico/ vasopressor combinado, como a norepinefrina ou a epinefrina, é recomendado caso o débito cardíaco não seja medido. Quando houver a capacidade de monitorar o débito cardíaco além da pressão arterial, um vasopressor, como a norepinefrina, pode ser usado separadamente para atingir níveis específicos de PAM e débito cardíaco.
Como é feito o suporte ventilatório? E qual acesso deve ser feito para a administração de medicamentos/ressuscitação fluida?
Desconforto respiratório/hipoxemia: Iniciar com oxigênio administrado por máscara facial ou, se necessário e disponível, oxigênio em cânula nasal de alto fluxo ou CPAP.
Acesso para administração de medicamentos/ressuscitação fluida: O acesso intravenoso periférico ou o acesso intraósseo pode ser usado enquanto uma linha central não estiver disponível.
Quais as metas iniciais para as crianças?
→ Recarga capilar de ≤ 2 s;
→ Pressão arterial normal para a idade;
→ Pulsos normais sem diferenças entre os pulsos central e periférico;
→ Extremidades quentes
→ Diurese > 1 mL/kg/h;
→ Estado mental normal.
* Posteriormente: saturação ScvO2 > 70% e índice cardíaco entre 3,3 e 6,0L/min/m2 devem ser visados.
Quais as considerações de choque séptico principais em pediatria?
Quais os passos de ressuscitação fluida inicial?
Infundir bolus de 20 ml/kg de cristalóide isotônico (ou o equivalente para albumina) nos primeiros 5 a 10 min. Reavaliar sinais vitais e, se necessário, realizar essa reposição volêmica até 60 ml/kg. Se presença de hepatomegalia ou estertores, suspender a reposição volêmica e iniciar inotrópico.
*Em crianças com anemia hemolítica grave (malária ou crises da célula falciforme graves) que não estejam hipotensas, a transfusão de sangue é considerada superior ao bolus de cristaloides ou albumina.
O que deve ser feito em pacientes com baixo débito cardíaco, elevada RVP e PA normal?
Devem receber tratamento com inotrópico e vasodilatadores (Inibidores da fosfodiesterase tipo III - amrinona, milrinona, enoximona - e o levosimendan sensibilizador de cálcio)
Quando está indicada a oxigenação por membrana extracorpórea (OMEC)?
Em crianças com choque séptico refratário ou com insuficiência respiratória refratária associada à sepse.
Quando está indicado o uso de corticoides no tratamento de choque séptico?
É indicado o uso de hidrocortisona em crianças com choque refratário a fluido e resistente à catecolamina, além de suspeita ou confirmação de insuficiência suprarrenal.
Qual a meta para o controle glicêmico?
A meta é semelhante à dos adultos (≤ 180mg/dL). A infusão de glicose deve acompanhar o tratamento com insulina em recém-nascidos e crianças.
Qual o algoritmo utilizado para a reversão de choque em pediatria?