CAPÍTULO 7:MOVIMENTO E MÚSCULO. Flashcards

Locomoção ameboide, ciliar e flagelar. Estrutura e desenvolvimento do tecido muscular. Contração Muscular.

1
Q

Quais são as importâncias do tecido muscular nos animais?

A

O tecido muscular é importante nos animais para a escolha de um habitat adequado, defesa, alimentação, acasalamento, produção animal e exercício físico.

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2
Q

O que é necessário para ocorrer o movimento muscular?

A

O movimento muscular requer a presença de ATP e cálcio. Sem ATP, os músculos não conseguem relaxar, levando à tensão muscular após a morte devido à falta de ATP.

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3
Q

Quais são os tipos de músculos e suas características?

A

Os músculos podem ser classificados em músculos estriados, que parecem listrados quando vistos com um microscópio, e músculos lisos, que não possuem esta aparência. Os musculos estriados podem ainda ser divididos em musculo esquelético- controla os movimentos do corpo- e musculo cardíaco – encontra-se no coração. O musculo liso é encontrado nas paredes de órgãos vazios, como intestino e vasos sanguíneos.
Os músculos produzem movimento do corpo ou dentro do corpo, gerando força e em muitos casos tornando-se mais curto, um processo que se baseia universalmente em dois proteínas: actina e miosina. Este processo é denominado contração.

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4
Q

Descreve as células musculares?

A

O tecido muscular é um tecido extremamente especializado. Na verdade, as células musculares sofreram uma especialização tão intensa que perderam a capacidade de se dividir. Estas células musculares são chamadas de fibras musculares. Nos mamíferos e aves, quando nascem, a sua população de células musculares já está definida, ou seja, o número de fibras musculares que irão ter já está definido. Desta forma, durante o crescimento, não há um aumento do número de fibras musculares, mas antes um aumento do seu tamanho. Estes são os únicos animais que têm o número de fibras musculares definidas antes de nascerem. Assim, quando se entra numa fase adulta, não há crescimento das fibras, mas sim a sua manutenção. Pode ainda ocorrer uma perda de massa muscular caso a degradação de proteínas seja muito superior à sua síntese. Este cenário pode ser revertido com treino muscular.
Nos peixes, existem fibras musculares que não estão completamente diferenciadas e, por isso, pode ocorrer um aumento da massa muscular.

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5
Q

Explica a unidade funcional do músculo nos vertebrados?

A

Cada fibra do músculo esquelético é uma célula grande e multinucleada, que se encontram em paralelo e contém muitas subunidades chamadas miofibrilas. Cada miofibrila é composta de sarcômeros dispostos de ponta a ponta.
O sarcômero é a unidade funcional dos vertebrados músculo esquelético. Dentro de cada sarcômero, os filamentos grossos compostos principalmente de miosina interconectam-se com filamentos finos compostos principalmente de actina. Filamentos finos são ancorados nas
extremidades de cada sarcômero em discos Z. A zona A vai possuir a sobreposição dos filamentos grossos e finos. A zona H contem apenas filamentos grossos. A linha M é o meio dazona H, onde existem enzimas importantes para a energia do metabolismo das fibras musculares. A zona entre duas bandas A chama-se banda I.

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6
Q

As fibras musculares geram força quando…

A

os sarcómeros encurtam. Sarcômeros encurtam quando os filamentos finos e grossos deslizam um pelo outro, puxando os discos Z mais próximos. Formando pontes cruzadas entre eles, as quais se formam e rompem continuamente, produzindo força cada vez que se ligam.

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7
Q

Explica a nivel celular como ocorre a contração muscular.

A

Filamentos grossos e finos deslizam uns sobre os outros, gerando força, com as “cabeças” das moléculas de miosina repetidamente a ligarem-se e dissociarem-se com a actina dos filamentos finos; com efeito, os filamentos grossos “enfileiram-se” ao longo dos filamentos finos por meio dessas pontes cruzadas. A quantidade de força que um músculo gera depende diretamente no número de pontes cruzadas ligadas. Quando temos todas as cabeças de miosina ligadas, temos um máximo de pontes cruzadas e por isso um máximo de tensão. No entanto é possível encurtar mais o sarcómero devido a zona H onde não ocorre pontes cruzadas, este encurtamento não produz mais força que o anterior, uma vez que não foram formadas novas pontes cruzadas. Se o muscul for mais encurtado que isto vemos um decréscimo da força devido a sterical hindered dos filamentos finos e ligação inapropriada de pontes cruzadas, diminuindo a força e as pontes cruzadas

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8
Q

De onde vem a energia para a contração muscular?

A

A energia para realizar o trabalho de contração muscular é derivada da hidrólise do ATP pela miosina. Para ocorrer o encurtamento do sarcómero é necessário que se forme uma ponte cruzada que puxe as linhas z e que depois se dissocie e volte a formar ponte cruzada noutro local. Para a dissociação de actina e miosina é necessário ATP. Por esta razão que após a morte os musculos ficam tensos, uma vez que não há ATP, os musculos mantém-se contraídos, rigor mortis

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9
Q

O que é a miosina?

A

A miosina das proteínas mais abundantes no músculo (cerca de 45%), pertencendo a uma família de proteínas subdivididas em pelo menos 18 classes nos vertebrados (muito mais no caso dos peixes). Possuem propriedades distintas, adaptadas às funções celulares específicas de cada miosina. É composta por duas cadeias longas entrelaçadas e por duas cabeças. A cabeça é a parte funcional da miosina, responsável por se ligar à actina garantindo a contração muscular. A cabeça é também a parte comum entre as diferentes classes de miosina, sendo que as cadeias são a parte que pode variar. Quando olhamos para o esquema, vemos que há um elevado grau de homologia organizacional e sequencial no terminal C (cauda). Repara-se também que este grau é ainda
maior na cabeça. Como a cabeça é a parte funcional da miosina, faz sentido que este seja a que menos varia uma vez que a conservação da sua composição entre espécies garante que a interação entre a miosina e a actina seja feita com sucesso.

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10
Q

Quais são os dois tipos de fibras musculares?

A
  • Fibras de contração lenta: são fibras oxidativas e precisam de mitocôndrias. Têm um movimento mais coordenado e mais resistente ao cansaço. Ex: maratonista;
  • Fibras de contração rápida: são fibras glicolíticas, pois o metabolismo aeróbio demora muito tempo. Ex: corredor de 100m.
    Com treinos muito sustentáveis, é possível transformar fibras de contração lenta em fibras de contração rápida e vice-versa.
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11
Q

Explica o que são fibras musculares de contração lenta.

A

Fibras musculares esqueléticas de vertebrados podem ser classificadas com base na rapidez com que se contraem e com que rapidez se cansam. Fibras de contração lenta tipo I contraem-se lentamente, cansam-se muito lentamente – devido a grande quantidade de mitocondrias e muito aporte de oxigénio e usam ATP a um ritmo lento - e dependem em grande parte do metabolismo oxidativo para produção de ATP. Estas fibras são usadas para manter a postura e para movimentos repetitivos mederadamente rápidos, sendo caracterizadas pela cor vermelha devido a grande concentração de mioglobina.

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12
Q

Explica quais são os dois tipos de fibras de contração rápida.

A

Fibras de contração rápida tipo IIb (glicolítica) contraem-se rapidamente, cansam-se rapidamente e depende muito da glicólise para produção de ATP. Contem poucas mitocondrias. Fibras de contração rápida do tipo IIa se contraem relativamente rápido, cansam-se relativamente lenta e geralmente obtem energia necessária através de metabolismo oxidativo. São especializadas em movimenros repetitivos rápidos, como o movimento do esterno, os musculos de voo migratório dos pássaros. Têm muitas mitocondrias, pelo que possuem algumas resistência a fatiga, não sendo tão boas como as fibras I.

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13
Q

Que tipo de atividade podem ter as miosinas?

A

As miosinas adultas podem ter atividade glicolítica, oxidativa e óxido-glicolítica, sendo a sua distinção possível unicamente com técnicas de imunohistoquimica porque em vivo estão mistura e indistinguíveis.

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14
Q

motores moleculares no reino animal. what are they HUH?

A

Os 3 motores moleculares no reino animal são a miosina (associada à contração muscular), a dineína (cilios, flagelos, axónios) e cinesina (axónios: transporte de vesículas desde o corpo celular (soma) em direção à membrana sináptica).

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15
Q

Explica o que são e o que fazem a miosina e a actina?

A

A miosina é uma proteína de cadeia longa e é possível separá-la nos seus constituintes através de duas enzimas: o Papaina: permite cortar e separar a região da cabeça (liga-se a outro filamento permitindo a contração muscular); o Tripsina: permite obter uma cadeia de meromiosina pesada e uma cadeia de meromiosina leve; Quando se utiliza estas duas enzimas em simultâneo pode obter-se 3 regiões: meromiosina leve, cabeça e S2.
Um filamento organiza-se da seguinte forma: a actina é uma proteína glomerular que tem várias esferas que se organizam para originar um filamento muito longo. Ela está envolvida pela troponina (T, C, I). Existe ainda a tropomiosina, um filamento que permite a rotação do filamento. Esta rotação faz com que a troponina tape ou não tape o centro ativo da actina – o local onde se liga a cabeça da miosina. A troponina e tropomiosina estão interligadas na actina, dificultando a ligação da actina e miosina. Quando a miosina e actina se conseguem ligar temos a contração muscular. Esta só pode ocorrer quando ocorre libertação de cálcio (por ativação de acetil colina do neurónio, que causa despolarização da membrana da fibra), que se liga a troponina e tropomiosina, permitindo a ligação actina-miosina e, consequentemente, contração muscular.

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16
Q

Explica a constituição do sarcómero.

A

As miosinas organizam-se de modo a termos uma zona central onde as duas caudas se encontram a tocar uma na outra, sendo as cabeças projetadas em sentidos opostos e ligando-se aos filamentos de actina. Existem, portanto, várias moléculas de miosina num filamento espesso. Intercalados com estes filamentos espessos encontram-se os filamentos finos que são constituídos por actina. A posição relativa da actina em relação à miosina é o fator que determina o comprimento dos miofilamentos:
* Contração: encurtamento do miofilamento;
* Relaxamento: aumento do tamanho dos miofilamentos.
Há uma linha Z que une todos os filamentos finos de actina. Durante a contração, os filamentos de actina aproximam-se dos filamentos de miosina, havendo uma sobreposição crescente da actina com a miosina. Quando os dois filamentos de actina se tocam, atinge-se o ponto de contração máxima. Assim, a contração é a deslocação dos filamentos de actinas em direção aos de miosina.

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17
Q

Como se consegue a força para o movimento no músculo?

A

A força do movimento consegue-se através da ligação da actina à miosina. A esta ligação dá-se o nome de ponte cruzada. A cabeça da miosina pode variar de posição consoante a ligação ou não do ATP. Assim, quando o ATP se liga à miosina ocorre relaxamento muscular. Quando o ATP é hidrolisado, há contração muscular. A percentagem de contração muscular e, portanto, da força aplicada depende do número de pontes cruzadas. Quanto maior o número de pontes cruzadas, maior é a contração logo maior é a força produzida. Quando todas as cabeças de miosina estiverem ligadas à actina por pontes cruzadas foi atingida a força máxima. É de salientar que o número de sarcómeros e o número de fibras musculares determina a tensão máxima de um músculo: efeito aditivo.

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18
Q

A força máxima muscular tem alguma coisa a ver com o tamanho do sarcómero?

A

A força máxima não se traduz nem num comprimento mais longo, nem num comprimento mais curto do sarcómero, mas antes num comprimento intermédio. Um maior tamanho do sarcómero traduz-se num menor número de pontes cruzadas uma vez que esta é a posição na qual há um esticamento e as interações entre a miosina e a actina são menores. Quando se atinge o comprimento máximo do sarcómero, deixa de haver pontes cruzadas. Um
menor tamanho do sarcómero deve-se à sobreposição da actina com a miosina, mas, a partir do comprimento intermédio em que a força é máxima, começa a haver uma alteração conformacional nas proteínas uma vez que as actinas começam a interagir entre si e não com miosinas, o que diminui o número de pontes cruzadas.

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19
Q

Diz 5 características do sarcómero, relativamente à sua relação de tensão com o seu comprimento.

A
  1. Não há sobreposição de actina e miosina, pelo que não temos pontes cruzadas, nem contração (musculo com 3.6um - comprimento máximo)
  2. Todas as cabeças de miosina estão ligadas a actina, todas encontram-se em pontes cruzadas, pelo que temos uma contração máxima (musculo com 2.2 um - o barre zone ainda se encontra livre)
  3. Conseguimos juntar mais as fibras de actina, à custa do bare zone, mas não há mais pontes cruzadas, pelo que temos a mesma tensão muscular, mas temos menor comprimento
  4. Se continuarmos a forçar vamos sobrepor as fibras de actina, levando a uma diminuição da tensão
  5. Se continuarmos mais, os filamentos ficam dobrados e tensionados, levando a perda de tensão e força
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20
Q

O que é a dineína?

A

Os cílios e os flagelos são dotados de movimento, sendo que este se deve a motores moleculares – as dineínas. As dineínas têm cabeças que se ligam a filamentos como os microtúbulos e dependendo se há ou não interação entre os microtúbulos e as cabeças de dineína, ocorre movimento para um lado ou para o outro. Uma outra utilização do movimento das dineínas está relacionado com a ligação a organelos, conduzindo-os numa determinada direção.

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21
Q

O que é a cinesina? Explicita bastante!!

A

As cinesinas têm cabeças que se ligam aos microtúbulos e a ATP. Esta ligação permite que a cauda das cinesinas transportem as vesículas que contém os neurotransmissores ao longo dos axónios, por exemplo. A cinesina é semelhante à miosina em termos de estrutura, mas atua de forma parecida à dineína. Um complexo de cinesina consiste em duas cadeias pesadas, cada uma com uma cabeça globular, uma cauda longa e duas cadeias leves. A cabeça liga-se a microtúbulos e a ATP. No lado oposto da cauda, a “carga” é ligada para ser transportada. Duas cabeças do complexo de cinesina ligam-se alternadamente a um microtúbulo, “andando” ao longo da estrutura e puxando a “carga” consigo. (a vermelho está a cabeça ativa). A cenisina é necessária para o transporte de neurotransmissores que necessitam de ser transportados para a fenda sináptica (neurotransmissores proteícos sintetizadas nos ribossomas no corpo celular), as proteínas, como transportadores, também podem ser transportados por este método.

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22
Q

Difere contração isométrica de contração isotónica.

A

Os músculos estão ligados ao osso, não estando soltos nos organismos. Quando se quer estudar o músculo, é necessário fixá-lo em dois pontos e fornecer um estímulo elétrico para que haja uma ação, como por exemplo uma contração. Esta contração pode originar uma tensão e encurtamento do músculo, ocorrendo a contração isotónica. Caso apenas ocorra tensão, mas não ocorra encurtamento do musculo, estamos perante uma contração isomérica (não há movimento ou é muito lento).
Na contração isométrica, um músculo gera força mas não encurta. Na contração isotônica, um músculo gera força constante e torna-se mais curto. Um músculo encurta mais rapidamente quando é descarregado. Como a carga aumenta, a velocidade de encurtamento diminui, até que com cargas elevadas, o músculo não pode encolher (contração isométrica).

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23
Q

Relaciona a rapidez da contração muscular, com a força da contração muscular.

A

Para um animal se mover os músculos têm que contrair em determinadas zonas. A relação entre a produção de força e a taxa a que o musculo contrai, ou seja, a curva força-velocidade determina o trabalho muscular. De uma forma geral, quando temos de fazer muita força, a velocidade de contração do músculo é menor. Por outro lado, a velocidade de contração muscular é maior quando usamos cargas intermédias, sendo máxima quando a carga é nula. Neste âmbito, existem 3 conceitos importantes:
* Força: Resultado da tensão máxima que um músculo ou grupo de músculos pode desenvolver quando se opõe ou vence uma resistência exterior;
* Potência: Produto entre a força e a velocidade do movimento;
* Resistência muscular: Capacidade para manter uma ação muscular repetida contra uma resistência exterior sub-máxima.

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24
Q

Como as pontes cruzadas de miosina se ligam à actina durante a contração muscular?

A

A ligação das pontes cruzadas de miosina à actina ocorre quando os locais de ligação na actina são revelados. Em repouso, esses locais são cobertos pela tropomiosina. O aumento do Ca2+ livre intracelular, ligando-se à troponina, afasta a tropomiosina, expondo os locais de ligação da miosina na actina.

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25
Q

Como é desencadeada a contração muscular em uma fibra muscular estriada?

A

A fibra muscular estriada contrai-se quando um potencial de ação (AP) percorre sua membrana plasmática. O aumento do Ca2+ livre intracelular, resultado do acoplamento excitação-contração, desempenha um papel fundamental, revelando locais de ligação da miosina na actina e permitindo a contração.

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26
Q

Qual é o papel do cálcio no processo de contração muscular?

A

O cálcio desempenha um papel crucial na contração muscular. Durante a ativação muscular, o aumento do Ca2+ livre intracelular leva à ligação do cálcio à troponina, afastando a tropomiosina e expondo os locais de ligação da miosina na actina. Isso permite a formação de pontes cruzadas e a contração muscular.

27
Q

De onde vem o cálcio livre intracelular no músculo estriado de vertebrados?

A

O cálcio livre intracelular no músculo estriado de vertebrados vem da liberação de Ca2+ dos depósitos intracelulares no retículo sarcoplasmático (SR). A liberação é desencadeada pela despolarização da membrana e viaja através de túbulos T.

28
Q

Como ocorre a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático durante a contração muscular?

A

Um potencial de ação ativa os receptores de diidropiridina na membrana do túbulos T, que, por sua vez, abrem os canais de rianodina no SR, permitindo a liberação de cálcio. Nas fibras musculares esqueléticas, os receptores de diidropiridina pouco contribuem para a entrada de Ca2+, diferindo das fibras cardíacas.

29
Q

O que é necessário para o retorno do Ca2+ livre mioplasmático ao nível de repouso após a contração muscular?

A

Após um potencial de ação, o Ca2+ livre mioplasmático retorna ao repouso quando os canais de rianodina se fecham e as bombas de cálcio resequestram Ca2+ no retículo sarcoplasmático. ATP é necessário para ambos os processos.

30
Q

Como é gerado o ATP nas fibras musculares e qual é o papel do ATP na contração muscular?

A

O ATP nas fibras musculares é gerado por metabolismo oxidativo, glicólise e fosforilação direta do ADP pela fosfocreatina. O ATP é essencial para quebrar a ligação miosina-actina e alimentar as bombas de cálcio que resequestram Ca2+ no retículo sarcoplasmático.

31
Q

Qual é a importância do cálcio na contração muscular máxima?

A

A contração máxima ocorre quando há o maior número de pontes cruzadas possível. Isso ocorre quando a concentração de cálcio é máxima, e o sarcômero atinge um comprimento intermédio, otimizando a interação entre actina e miosina.

32
Q

Qual é o papel da tropomiosina na regulação da ligação miosina-actina?

A

A tropomiosina cobre os locais de ligação da miosina na actina em repouso, impedindo a formação de pontes cruzadas. Durante a ativação muscular, a tropomiosina é afastada pela troponina, permitindo a exposição dos locais de ligação e facilitando a ligação da miosina à actina.

33
Q

O que é acoplamento excitação-contração no contexto da contração muscular?

A

Acoplamento excitação-contração refere-se ao processo pelo qual um potencial de ação percorre a membrana plasmática da fibra muscular, levando ao aumento do Ca2+ livre intracelular. Esse aumento desencadeia a contração muscular ao revelar os locais de ligação da miosina na actina.

34
Q

Como a ATP é utilizada durante a contração muscular?

A

A ATP é essencial durante a contração muscular para quebrar a ligação miosina-actina, permitindo a dissociação das pontes cruzadas. Além disso, o ATP é necessário para alimentar as bombas de cálcio, que resequestram o Ca2+ no retículo sarcoplasmático, preparando o músculo para o próximo ciclo de contração.

35
Q

Como a concentração de cálcio é mantida baixa no citoplasma em repouso?

A

O cálcio é mantido em baixa concentração no citoplasma em repouso devido ao armazenamento no retículo endoplasmático. Esse compartimentalização impede que o cálcio ative a cascata de reações necessárias para a contração muscular quando não é desejada.

36
Q

Por que a contração máxima ocorre quando o sarcômero atinge um comprimento intermédio?

A

A contração máxima ocorre em um comprimento intermédio do sarcômero porque, nesse ponto, há o máximo de sobreposição entre os filamentos de actina e miosina. Isso permite o maior número de pontes cruzadas, resultando na máxima força de contração. Em comprimentos mais curtos ou mais longos, a eficácia das pontes cruzadas diminui.

37
Q

Como o cálcio regula a contração muscular?

A

O cálcio regula a contração muscular através da interação com a troponina e a tropomiosina. Em fibras musculares sem membrana, estudos com soluções de concentrações crescentes de Ca2+ e agentes quelantes EDTA demonstraram que a contração é possível quando os íons cálcio são exportados do retículo sarcoplasmático e se ligam à troponina. A troponina, por sua vez, movimenta os filamentos de tropomiosina, desbloqueando os sítios de ligação entre a actina e a miosina.

38
Q

Qual é o papel do estímulo elétrico/nervoso na contração muscular em um músculo estriado esquelético?

A

No músculo estriado esquelético, um estímulo elétrico/nervoso leva à despolarização do sarcolema, resultando em um potencial de ação na membrana muscular. Esse potencial de ação propaga-se para o nervo, desencadeando a libertação de cálcio. O cálcio, por sua vez, desinibe a troponina C, permitindo a interação entre a actina e a miosina, resultando no deslizamento dos filamentos de actina e no encurtamento do sarcômero, ou seja, ocorre a contração muscular.

39
Q

Como a despolarização é transmitida ao retículo sarcoplasmático no músculo esquelético?

A

A membrana plasmática que envolve um número variável de miofibrilas está em continuidade com o retículo sarcoplasmático no músculo esquelético. Isso permite que a despolarização dos túbulos transversais seja transmitida ao retículo sarcoplasmático, desencadeando a libertação de cálcio para o citoplasma e a formação de pontes cruzadas entre miosina e actina.

40
Q

Qual é a função dos túbulos T e do retículo sarcoplasmático na regulação do cálcio no músculo esquelético?

A

No músculo esquelético, os túbulos T formam tríadas que cercam os túbulos transversais (T), estando sobre a união entre as bandas A e I. Essas tríadas, repetidas em todos os sarcômeros, garantem a liberação de cálcio em vários pontos da fibra muscular. O retículo sarcoplasmático, subdividindo os miofilamentos em conjuntos discretos de miofibrilas, armazena e libera cálcio em resposta à despolarização dos túbulos T.

41
Q

Como o cálcio retorna ao retículo sarcoplasmático após a contração muscular?

A

Após a contração muscular, o cálcio livre mioplasmático retorna ao retículo sarcoplasmático por meio de bombas de cálcio que realizam um transporte ativo. Este processo, impulsionado pelo ATP, é crucial para a preparação da fibra muscular para futuras contrações, permitindo que o cálcio seja resequestrado no retículo sarcoplasmático.

42
Q

Qual é a relação entre cálcio, ATP e contração/relaxamento muscular?

A

Tanto o cálcio quanto o ATP desempenham papéis essenciais na contração muscular. A presença de cálcio é necessária para a formação de pontes cruzadas entre miosina e actina, enquanto o ATP é essencial para a quebra da ligação miosina-actina. O relaxamento muscular ocorre na ausência de cálcio, mas na presença de ATP. No entanto, em condições de falta de ATP e concentração elevada de cálcio, como no rigor mortis, os filamentos de actina não conseguem dissociar-se da miosina, resultando em contração prolongada após a morte do animal.

43
Q

Qual é o efeito da substituição extracelular de íons Na+ por K+ no potencial de membrana, Vm?

A

A substituição extracelular de íons Na+ por K+ leva à despolarização do potencial de membrana, Vm.

44
Q

Como a despolarização da membrana está relacionada com a intensidade da contração muscular?

A

O grau de despolarização modula a intensidade da contração muscular.

45
Q

Quando ocorre a concentração máxima de cálcio no citoplasma e qual é o evento desencadeador?

A

A concentração máxima de cálcio no citoplasma ocorre após o potencial de ação, sendo a despolarização da membrana o evento desencadeador.

46
Q

O que desencadeia o potencial de ação e qual é o seu papel na contração muscular?

A

O potencial de ação é desencadeado pela despolarização da membrana e leva à libertação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático, contribuindo para a contração muscular.

47
Q

Quando se inicia a contração muscular em relação ao potencial de ação?

A

A contração muscular inicia-se um pouco depois do potencial de ação, quando o cálcio atinge a concentração máxima.

48
Q

Qual é a condição para a ocorrência da força máxima na contração muscular?

A

A força máxima na contração muscular ocorre quando quase não há cálcio no citoplasma, pois este está sendo utilizado para permitir a ligação entre actina e miosina.

49
Q

Como o padrão de contração no músculo cardíaco difere do músculo esquelético após o potencial de ação?

A

: No músculo cardíaco, a contração começa antes de terminar o potencial de ação, e há uma sobreposição temporal entre a linha de contração e a do potencial de ação, evitando contração excessiva. Após o potencial de ação, a contração cessa e ocorre relaxamento do músculo cardíaco

50
Q

Qual é a diferença principal no controle neuronal das fibras musculares esqueléticas entre vertebrados e invertebrados?

A

Em vertebrados, cada fibra muscular esquelética é controlada por um único neurônio motor excitatório, enquanto em invertebrados, as fibras musculares são tipicamente inervadas por vários neurônios, alguns excitatórios e outros inibitórios.

51
Q

O que determina o padrão de contração muscular nos vertebrados?

A

O padrão de contração muscular nos vertebrados é determinado pelo padrão de atividade nos neurônios motores que controlam a contração das fibras musculares, sendo esses neurônios motores excitatórios.

52
Q

Como os músculos esqueléticos dos vertebrados se contraem?

A

Os músculos esqueléticos dos vertebrados se contraem apenas quando recebem entrada sináptica de seu neurônio motor de inervação, que é um neurônio motor excitatório.

53
Q

Como o padrão de contração muscular difere entre vertebrados e invertebrados?

A

Em vertebrados, o padrão de contração muscular é determinado pela atividade nos neurônios motores, enquanto em invertebrados, o padrão de contração é determinado pela soma das entradas sinápticas de vários neurônios para a fibra muscular.

54
Q

Quais são as características das fibras musculares cardíacas em relação ao tamanho, número de núcleos e acoplamento entre fibras?

A

As fibras musculares cardíacas são pequenas, contêm um único núcleo e são acopladas a outras fibras por meio de junções comunicantes, localizadas nos discos intercalares.

55
Q

Qual é a função das fibras condutoras cardíacas, conhecidas como marca-passo?

A

As fibras condutoras cardíacas, ou marca-passo, não possuem maquinário contrátil, mas servem como um sistema condutor, espalhando a despolarização por todo o coração por meio de gap junctions que ligam as fibras condutoras entre si e às fibras contráteis.

56
Q

Como é iniciada a contração no coração, e qual é a origem do sinal miogênico?

A

O sinal que inicia a contração no coração é miogênico e surge nas fibras do marca-passo, espalhando-se para o resto do coração por meio das junções comunicantes. Neurônios autônomos modulam a contração, mas não são necessários para iniciá-la.

57
Q

Qual é o papel dos neurônios simpáticos e parassimpáticos na regulação da contração do músculo cardíaco?

A

Neurônios simpáticos aumentam os batimentos cardíacos, enquanto os parassimpáticos diminuem o batimento cardíaco. A liberação de norepinefrina e epinefrina ativa os receptores adrenoreceptores alfa e beta, aumentando a força de contração.

58
Q

Como ocorre a despolarização da membrana nas fibras contráteis cardíacas e qual é o papel do cálcio na regulação da contração?

A

A despolarização da membrana ocorre pelos potenciais de ação, abrindo os receptores dihidropirina nos túbulos T, permitindo a entrada de Ca2+ do espaço extracelular. O influxo de Ca2+ estimula a liberação de grandes quantidades de Ca2+ do retículo sarcoplasmático pelos receptores rianodine, desencadeando a contração. Após a contração, o cálcio é removido rapidamente do citosol por bombas no retículo e proteínas da membrana plasmática que trocam Na+ por Ca2+.

59
Q

Onde os músculos lisos são encontrados e qual é sua função principal?

A

Os músculos lisos são encontrados nas paredes de órgãos ocos, suportam vísceras e não estão envolvidos na locomoção.

60
Q

Quais são as características estruturais dos músculos lisos em comparação com os músculos estriados?

A

Os músculos lisos não possuem sarcômeros, mas sua contração é baseada em filamentos espessos de miosina e finos de actina que deslizam uns sobre os outros. Além disso, eles não possuem túbulos T.

61
Q

Explique a diferença entre a contração dos músculos lisos de uma única unidade e dos músculos multi-unidades.

A

A contração dos músculos lisos de uma única unidade é miogênica e consiste em fibras eletricamente acopladas entre si. Já a contração dos músculos multi-unidades é neurogênica, e as fibras desses músculos não estão acopladas eletricamente.

62
Q

Como a contração dos músculos lisos é ativada em nível celular?

A

Quando a membrana é despolarizada, os canais de cálcio nas células musculares lisas abrem, permitindo a entrada de cálcio, que ativa a contração. A caldesmon, que se liga aos filamentos finos, impede a ligação entre actina e miosina. A calmodulina ativada por cálcio ou a fosforilação da caldesmon pela proteína cinase C quebram essa ligação.

63
Q

Como a contração dos músculos lisos difere dos músculos estriados em termos de duração e amplitude do pulso de Ca2+ citosólico?

A

A maioria dos músculos lisos contrai e relaxa mais lentamente do que os músculos estriados, resultando em uma contração mais sustentada. A duração e amplitude do pulso de Ca2+ citosólico são lentas, refletindo essa diferença.

64
Q

Há músculos lisos especializados em quê?

A

Alguns músculos lisos são especializados em manter a tensão por longos períodos durante o uso.