CAPÍTULO 6: CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA. Flashcards

Sistema circulatório. Pressão arterial e regulação do fluxo sanguíneo. Sangue.

1
Q

Como é que animais inferios a 1mm de espessura obtém e distribuem nutrientes pelo corpo? Em animais com uma espessura maior o que acontece?

A

Assim, animais com tamanhos inferiores a 1 mm de espessura obtém e distribuem nutrientes pelo corpo por difusão. Este tipo de animais apresenta duas camadas celulares – ectoderme e endoderme. Em animais maiores e com atividade metabólica elevada, a difusão é demasiado lenta. Desta forma, o aumento das camadas celulares/tecidos levam à necessidade de desenvolver um sistema circulatório de modo a colmatar o aumento da taxa metabólica dos organismos.

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2
Q

Quais as outras funções do sistema circulatório? (para além da óbvia)

A

O sistema circulatório está relacionado com estas necessidades de obtenção de nutrientes e de oxigénio, mas tem ainda outras funções:
* Transporte de hormonas;
* Transporte de produtos de excreção, como compostos azotados, por canalização para o rim;
* Transporte de CO2 para os pulmões, de maneira a evitar a acidificação do meio;
* Transporte de anticorpos, relacionado com a importância dos glóbulos brancos no sistema imunitário.

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3
Q

Um elemento comum de todos os sistemas circulatórios é…

A

Independentemente da complexidade do sistema, todos apresentam um órgão propulsor, geralmente o coração, que impulsiona o sangue pelo corpo todo.

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4
Q

O que é um sistema arterial?

A

Um sistema arterial que é o conjunto de vasos sanguíneos que saem do coração, independentemente do tipo de sangue que transportam. Tem como função distribuir o sangue e funcionar como reservatório de pressão. As artérias são normalmente vasos de grande calibre.

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5
Q

O que é um sistema venoso?

A

Um sistema venoso que é o conjunto de vasos sanguíneos que saem dos tecidos e entram no órgão propulsor. Este atua como reservatório de sangue devido à grande quantidade e às pressões mais baixas com que circula.

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6
Q

O que são capilares?

A

Capilares onde ocorre a transferência de materiais entre o sangue e os tecidos. Estes são vasos sanguíneos compostos por uma única camada de células, permitindo que as trocas sejam eficientes.

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7
Q

O movimento do sangue através do corpo depende dos seguintes mecanismos: (explicita-os)

A
  • Contração rítmica do coração – Desfasamento do batimento do ventrículo e da auricula, relacionado com a propagação de estímulos elétricos, essencial para garantir o fluxo unidirecional do sangue no coração.
  • Distensão elástica das artérias após preenchimento pela ação do coração – as artérias são vasos de elevada espessura, o que permite que não rebente devido às elevadas pressões.
  • Compressão dos vasos sanguíneos durante os movimentos corporais – em animais como minhocas, o próprio movimento do corpo permite que haja uma contração rítmica levando sangue aos tecidos.
  • Contrações peristálticas do músculo liso em torno dos vasos sanguíneos.
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8
Q

Quais são os dois tipos de sistemas circulatórios?

A

Sistemas circulatórios abertos, Sistemas circulatórios fechados

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9
Q

Explica como se caracteriza os sistemas circulatórios abertos.

A

Sistemas circulatórios abertos: Este tipo de sistema implica que o sangue não circule sempre nos vasos sanguíneos e que em determinado momento entra em contacto com os fluídos corporais. É típico em moluscos, artrópodes, crustáceos e bivalves. Nestes animais, o sangue
sai do coração pelas artérias e vai para o hemocélio. Como deixa os vasos sanguíneos, o sangue circula com uma pressão arterial muito baixa. Em consequência da baixa pressão e também devido a perdas, estes animais apresentam uma quantidade muito grande de sangue. O hemocélio ocupa cerca de 20 a 40% do volume corporal.

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10
Q

Explica como se caracteriza os sistemas circulatórios fechados.

A

Sistemas circulatórios fechados: Neste tipo de sistema,
o sangue circula sempre dentro de vasos, o que leva a uma pressão arterial elevada e, ao contrário do sistema anterior, a quantidade de sangue equivale apenas a 5-10% do volume corporal. A microcirculação efetuada pelos capilares é necessária para que ocorram trocas entre estes vasos e os tecidos, o que está também relacionado com a
necessidade da diminuição do calibre dos vasos à medida que a distância ao coração aumenta. A elevada pressão arterial tem como consequência a ultrafiltração renal uma vez que, no rim, por diferenças de pressão, todos o plasma passa para o glomérulo renal onde ocorre uma seleção do que será excretado e do que volta para os vasos. Para além disso, num sistema
circulatório fechado, o fluxo sanguíneo para os vários órgãos pode ser ajustado e o fluído
retido nos tecidos é recuperado pelo sistema linfático e devolvido ao sistema venoso (é mais fácil devido à baixa pressão) Isto é importante, por exemplo, porque no pulmão, na distância entre o capilar e o alvéolo, há acumulação de líquido intersticial que torna as trocas menos eficazes. Assim, este líquido tem de ser removido para que as troca se continuem a efetuar numa taxa normal.

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11
Q

Nos vertebrados, o sistema circulatório divide-se em:

A
  • Circulação sistémica: conjunto de vasos sanguíneos que sai do coração e vai para os tecidos. A aorta (artéria) leva o sangue do coração para os tecidos.
  • Circulação respiratória ou pulmonar: conjunto de vasos sanguíneos que sai do coração e vai para os pulmões. É a artéria pulmonar que transporta o sangue venoso até ao pulmão e a veia pulmonar
    leva o sangue do coração para os tecidos.
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12
Q

Como é sistema circulatório nos peixes?

A

O sistema circulatório fechado mais simples é o dos peixes, onde o coração apresenta duas cavidades – átrio e ventrículo – sendo que apenas circula sangue venoso no coração. A partir do coração, o sangue vai para as branquias e depois segue para os tecidos. Estes apresentam uma pressão sanguínea muito baixa devido à posição interior do coração e das branquias no corpo. O sangue tem de passar suficientemente rápido no coração para conseguir ser bombeado para os tecidos, mas tem de permitir uma eficiente oxigenação.

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13
Q

Como é o sistema circulatório nos anfíbios?

A

Segue-se um sistema um pouco mais complexo que pertence aos anfíbios. Estes apresentam um coração com 3 cavidades, duas aurículas e apenas um ventrículo. No ventrículo, ocorre mistura de sangue venoso e arterial, o que diminui a eficiência da oxigenação. De maneira a contrariar esta diminuição de eficiência, há um desfasamento da contração da aurícula direita e da esquerda. Alguns têm septos.

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14
Q

Como é o sistema circulatório nas aves e nos mamíferos?

A

Por último e com um nível de complexidade maior, temos o sistema circulatório de aves e mamíferos. Estes têm um coração com 4 cavidades, duas aurículas e dois ventrículos, sendo o sistema mais eficiente uma vez que não há mistura de sangue arterial com sangue venoso.

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15
Q

O movimento do sangue no corpo depende…

A

da força das contrações rítmicas do coração, da elasticidade da artéria apos ser preenchida com sague, a contração dos vasos sanguíneos durante o movimento e as contrações peristálticas do musculo liso dos vasos sanguíneos.

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16
Q

Caracteriza o coração nos vertebrados.

A

O coração dos vertebrados consiste numa ou mais câmaras musculares, ligadas em série e protegidas por válvulas ou, nalguns casos, esfíncteres, obrigando o sangue a circular numa única direção. Este movimento unidirecional é necessário para garantir que todas as células de uma certa cavidade contraem ao mesmo tempo, o que é garantido por despolarização simultânea. As fibras musculares cardíacas estão ligadas eletricamente por gap junctions que permitem a despolarização e é importante na transmissão da despolarização de outras células e na sincronização do batimento cardíaco.

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17
Q

Como funciona a contração do coração nos vertebrados?

A

A contração do coração resulta numa injeção de sangue na corrente sanguínea. A existência de câmaras múltiplas permite aumentos graduais de pressão à medida que o sangue passa da circulação venosa para a arterial. A azul está representada uma veia cava que entra na aurícula direita que leva o sangue para o ventrículo direito (que é menos musculado). A aurícula e o ventrículo
esquerdos recebem o sangue arterial da veia pulmonar. O ventrículo esquerdo é mais musculado uma vez que tem de contrair mais vigorosamente para levar o sangue a todos os tecidos. Devido a um sistema de válvulas situadas entre as aurículas e os ventrículos que abrem unidireccionalmente, o retorno do sangue às aurículas é bloqueado quando o ventrículo contrai. Estas válvulas são: tricúspide (com 3 lâminas) e a bicúspide ou mitral (com 2 lâminas). Este fechamento das válvulas ocorre após o sangue entrar no ventrículo e a pressão criada nesta cavidade contribui ainda mais este fechamento. Existem ainda um outro tipo de válvulas chamadas válvulas semi-lunares. O mau funcionamento das válvulas pode levar a problemas de insuficiência cardíaca.

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18
Q

Relação do tamanho do animal com o seu batimento cardíaco

A

Quanto mais pequeno o animal, maior é o seu batimento cardíaco. Isto deve-se à taxa metabólica do animal e à razão área de superfície/volume. O bacalhau e o coelho possuem um coração do mesmo tamanho. Os peixes não regulam a temperatura corporal, contrariamente aos coelhos. Logo a taxa metabólica do coelho é maior e há necessidade de aumentar as contrações cardíacas.

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19
Q

Existem dois tipos de acontecimentos durante o batimento do coração:

A
  • Sístole: contração;
  • Diástole: relaxamento.
    Durante a sístole auricular, o ventrículo relaxa (diástole ventricular). A diástole auricular é acompanhada pela sístole ventricular.
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20
Q

Explica as características dos 3 tipos de fibras musculares do miocárdio.

A
  • As células no nodulo sinus e no nodulo atrioventricular são mais pequenas que as outras e são autorritmicas, com contrações fracas e exibem um condução elétrica lenta entre células
  • As células maiores encontradas na superfície interna da parede do ventricula, são pouco contrativeis, mas especializadas em condução elétrica rápida e constituem um sistema para espalhar excitação no coração
  • As células de tamanho intermédio são muito contrativeis e constituem maior parte do coração.
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21
Q

O que são células pacemaker?

A

As células pacemaker são células pequenas e pouco contrativeis, capazes de atividade espontânea. Estas células podem ser neurónios (pacemaker neurogénico) ou células musculares (pacemaker miogenico). Coração é caracterizado pelo tipo de pacemaker que possui.

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22
Q

O que fazem a norepinefrina e epinefrina no coração?

A

Norepinefrina e epinefrina aumentam a velocidade do coração, a força com que o miocárdio se contrai e a velocidade de condução da ecitação pelo coração.

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23
Q

A excitação do coração é iniciada como?

A

O coração é uma bomba muscular que ejeta sangue no sistema arterial. A excitação do coração é iniciada em um marca-passo e conduzida para o resto do coração por meio de junções comunicantes que conectam as células do miocárdio. A fase inicial de cada contração do coração é isométrica, seguida por uma fase isotônica em que o sangue é ejetado no sistema arterial.

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24
Q

O que é o débito cardíaco?

A

O débito cardíaco depende do influxo venoso. Em mamíferos, as mudanças no débito cardíaco estão associadas a mudanças na freqüência cardíaca, e não no volume sistólico.

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25
Q

O que entendes por cardiac output?

A

Cardiac output: é o volume e sangue que sai por unidadede tempo do ventrículo, no caso dos mamíferos e de um dos ventrículos e não dos dois. Há limites para o quanto uma diástole pode ser reduzida. Se for demasiado reduzida não vai haver tempo para que o vemtriculo encha antes da sístole.

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26
Q

Explica em detalhe o que acontece durante as diástoles?

A

Durante as diástoles, as válvulas fechada da aorta matem uma grande diferença de pressões entre o ventrículo relaxado e os seus canais de efluxo, a artoa e a artéria pulmonar. As vavulas atroventriculares abrem-se e o sangue passa do sistema venosa para os ventrículos. Quando a atria contrai, a pressão aumenta e o sangue passa para os ventrículos. Os ventrículos contraem-se, excedendo a pressão das aurículas. Neste momento as válvulas atroventriculares encontram-se fechadas para prevenir que o sangue volte as aurículas. A pressão nos ventrículos aumenta rapidamente e eventualmente excede a pressão da artéria aorta e artéria pul monar. A válvula da aorta é aberta e o sangue passa, levando a uma diminuição do volume ventricular. A circulação coronária permite dar nutrientes e oxigénio ao coração

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27
Q

Como varia a pressão do sangue ao longo do tempo no coração?

A

Olhando para o ventrículo esquerdo (linha vermelha), temos que na diástole este apresenta uma pressão baixa uma vez que se está a encher de sangue. Quando acaba de encher, o ventrículo começa a contrair e a sua pressão começa a aumentar, chegando depois a um ponto em que obriga as válvulas que estão à entrada dos vasos a abrirem. Esta abertura das válvulas é acompanhada pela contração do ventrículo, culminando num aumento de pressão. Com o ventrículo totalmente contraído e devido à saída do sangue, a pressão começa a baixar e entra-se num período de relaxamento. A pressão da aorta é mantida elevada aquando da contração ventricular.

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28
Q

O que faz uma célula pacemaker neurogénica?

A
  • Excitação impulsionada por neurónios;
  • Gânglio cardíaco atua como pacemaker: ocorre despolarização e leva à contração das células cardíacas. Há padrões de neurónios
    característicos de cada espécie; enervados pelo SNC.
  • Típico de invertebrados como crustáceos, embora haja excepções como espécies que contêm ambos os pacemakers.
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29
Q

O que faz uma célula pacemaker miogénica?

A
  • 1% das células cardíacas são fracamente contrácteis e capazes de imitir e desencadear potenciais de ação que são
    propagados a células vizinhas (as restantes 99% é que contraem, não os pacemakers)
  • Especializaram-se na iniciação e condução de potenciais de ação;
  • Células eletricamente acopladas: gap junctions (conferem eficácia)
  • Existência de pacemakers latentes
  • Típico de vertebrados e alguns invertebrados
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30
Q

O que é o nódulo atrioventricular? e sinoauricular? O que fazem?

A

O nódulo atrioventricular apresenta o feixe de HIS que se divide em dois ramos e se estende para os ventrículos. Nestes ramos estão presentes as fibras de Purkinge. A onda de excitação espalha-se a partir do nódulo sinoauricular para ambas as aurículas, espalhando-se para os ventrículos através de pequenas fibras juncionais →ligadas às fibras nodais → ligadas ao feixe HIS. A condução é lenta através das fibras nodais, mas rápida através do feixe de His.

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31
Q

O que fazem as fibras de Purkinje e o feixe de His? Que fiderença importante tem o feixe de His?

A

O feixe de His e as fibras de Purkinje distribuem a onda de excitação por todas as regiões do miocárdio ventricular muito rapidamente, ou seja, antes de chegar ao nódulo atrioventricular, o potencial de ação vai despolarizar todas as células das aurículas através do nódulo sinoauricular, o que é importante porque as aurículas e os ventrículos não contraem ao mesmo tempo. O feixe de HIS conduz o impulso mais rapidamente que outros feixes, sendo esta característica relevante para que os dois ventrículos contraiam ao mesmo tempo (despolarização de todas as células dos ventrículos simultaneamente).

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32
Q

As fibras de Purkinje são um sistema especial de condução. Porquê?

A

As fibras de Purkinje são um sistema especial de condução do estímulo elétrico no coração que permite que este se contraia de maneira coordenada, composto por fibras musculares cardíacas especializadas → são fibras largas que intervêm na condução do nódulo AV (aurículoventricular) para os ventrículos. A sua velocidade de transmissão é de 1.5 a 4 m/s → 6x mais que as fibras musculares cardíacas e 150x mais que as fibras do nódulo AV → permite assim uma transmissão rápida para os ventrículos. Estas células são incapazes de transmitir os potenciais de ação no sentido contrário (ventrículos → aurículas), impedindo os mecanismos de refluxo do sangue.

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33
Q

O que é um eletrocardiograma?

A

Um eletrocardiograma baseia-se no registo da atividade elétrica do coração que se propaga até à superfície corporal acabando por acompanhar a atividade mecânica do mesmo → centra-se nos processos de excitação e repolarização que ocorrem a nível da membrana das células musculares cardíacas. A actividade eléctrica registada tem como base os doze eléctrodos colocados em diferentes pontos do corpo de modo a conferir uma base comum para comparação e proporcionar o reconhecimento de desvios da normalidade. A avaliação de um eletrocardiograma informa sobre o estado do coração.

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34
Q

Como analisamos um eletrocardiograma?

A
  • Tempo de condução do impulso elétrico desde o nodo AV até aos ventrículos – intervalo PR
  • Períodos nos quais não se observa corrente: o Atraso no nó AV – segmento PR
  • Contracção e esvaziamento dos ventrículos – segmento
    ST
  • Quando o músculo está completamente em descanso – intervalo TP
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35
Q

Existem determinados problemas que podem ser detetados num eletrocardiograma:

A
  • Fibrilação ventricular: corresponde a falhas de polarização do ventrículo;
  • Falhas de contração relacionadas com uma insuficiência do sinal do pacemaker. Estes podem levar ao bloqueio cardíaco completo ou ao batimento prematuro. No entanto, se o nó SA deixa de funcionar, o nó AV torna-se o pacemaker.
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36
Q

O potencial de excitação das células contrácteis cardíacas é causado…

A

por potenciais de ação gerados pelas células pacemaker, mas os dois tipos de células apresentam potenciais de ação diferentes. O nodulo sinoatrial → autonomamente imite um estímulo elétrico - tem um potencial de membrana com uma capacidade autorritmica → passa o potencial para as células adjacentes por via gaps junctions.

37
Q

Caracteriza os potenciais de ação no coração e compara-o com os do músculo esquelético.

A

No coração os potenciais de ação que precedem a contração são de maior duração do que os do músculo esquelético. Nas fibras cardíacas, ocorre uma rápida despolarização, mas o potencial de ação atinge um plateau no qual permanece algum tempo. O coração é obrigado a repousar depois de uma contração, daí que depois de cada sístole tem de haver uma diástole.
No caso de musculo esquelético, este começa a contrair apenas depois do potencial de ação ter terminado → têm de esperar pela chegada do cálcio aos miofilamentos. Há um desfasamento entre o potencial elétrico e o potencial de ação. No caso do coração, o processo de contração também depende do estabelecimento de pontes cruzadas e este depende da disponibilidade do cálcio. A despolarização da membrana é rápida, mas a repolarização da membrana é lenta e apenas se dá no final da contração → permite o descanso do coração → não lhe permite responder a outros estímulos.

38
Q

O intervalo entre potenciais de ação (PA) determina…; e o movimento de certos iões é como?

A

O intervalo entre potenciais de ação (PA) determina o batimento cardíaco e depende da frequência de PA e da extensão da repolarização. O PA inicia-se imediatamente após o precedente, quando a condutância de K+ é elevada. Esta diminui gradualmente levando á abertura dos canais de Na+ e Ca2+ → desplotam o PA. O Prolongado plateau cardíaco resulta da manutenção de uma elevada condutância do Ca2+ e um atraso no subsequente aumento da do K+ (contrariamente ao músculo esquelético).

39
Q

O influxo de Ca2+ é essencial a quê?

A

O influxo de Ca2+ → essencial á contração → permite o estabelecimento de pontes cruzadas → é particularmente importante em invertebrados, pois entra através da membrana. Em aves e mamíferos a maioria do cálcio é libertado do retículo sarcoplasmático. Noutros animais, o cálcio provém de fora da célula.

40
Q

O período refratário é exclusivo das células musculares cardíacas?

A

O período refratário atua apenas sobre as células musculares cardíacas (não surge nas células musculares esqueléticas). Através disto, evita-se o tétano muscular (contração permanente), ou seja, impede-se que o músculo seja novamente estimulado sem que antes tenha ocorrido o seu relaxamento. Os canais de Na+ responsáveis pela fase ascendente só podem ser reativados após a repolarização.

41
Q

Para que servem os túbulos T?

A

Após a despolarização da célula, durante a fase plateau do potencial de ação, ocorrerá a entrada de cálcio na célula, através da sua passagem pelos túbulos T. Os túbulos T são prolongamentos da membrana citoplasmática que traz a despolarização da membrana e a transmite para o retículo sarcoplasmático, o que permite a libertação de iões cálcio.

42
Q

Acoplamento excitação-contração. Explica.

A

A despolarização da membrana do túbulo T ativa proteínas sensíveis à voltagem que apresentam uma estrutura semelhante aos canais de Ca2+. A chegada de Ca2+ → leva à libertação de mais Ca2+ do interior do retículo sarcoplasmático para o citoplasma → Ca2+ liga-se à troponina → alteração da conformação da tropomiosina → ligação miosina-actina → contração. No fim do plateau, o cálcio deixa de entrar no citoplasma → é reabsorvido pelo reticulo sarcoplasmático, através da bomba de cálcio-ATP → queda da concentração de cálcio no citoplasma → ligação da miosina-actina quebra-se → relaxamento.

43
Q

Como é que a disposição do cooração influencia a sua performance?

A

A disposição não retilínea do coração mantém o momentum, diminuindo o gasto de energia para gerar o fluxo.

44
Q

Pode ocorrer refluxo do sangue no coração?

A

Pode ocorrer refluxo de sangue por mau funcionamento das válvulas → diminuição da eficiência → coração bate mais (para manter a mesma pressão). O não alinhamento das aurículas e dos ventrículos → diminui o gasto de energia para gerar um fluxo de sangue unidirecional.

45
Q

Explica frequência cardíaca, volume sistólico, débito cardíaco.

A
  • Frequência cardíaca: número de batimentos/min
    o Varia entre 60 e 180 batimentos por minuto (fator de 3x)
  • Volume Sistólico: volume de sangue ejetado por um ventrículo em cada contração
    o Varia entre 70 e 120 ml (fator de 1,5 x)
  • Débito cardíaco: volume de sangue bombeado pelo ventrículo direito ou esquerdo por unidade de tempo
    o 70 batimentos por min x 70 ml de sangue/contração= 4900 ml/min
46
Q

Como é que a pressão e o fluxo são alterados na contração auricular?

A
  1. Durante a diástole, as válvulas aórticas fechadas mantêm a diferença de pressão entre ventrículos e artérias.
  2. As válvulas auriculoventrículares estão abertas e o sangue fluí diretamente das veias para os ventrículos.
  3. Quando as aurículas contraem, a pressão interior aumenta ejetando sangue nos ventrículos.
47
Q

Como é que a pressão e o fluxo são alterados na contração ventricular?

A
  1. A contração ventricular aumenta a pressão que ultrapassa a das aurículas. Neste momento as válvulas auriculoventrículares fecham, evitando o refluxo. O encerramento das
    aórticas impedem variações de volume – CONTRACÇÃO ISOMÉTRICA.
  2. A pressão ventricular aumenta, pode exceder a arterial levando à abertura destas válvulas e saída de sangue para as artérias.
  3. Quando o ventrículo relaxa, a pressão intraventricular diminui abaixo da arterial e estas válvulas encerram – RELAXAMENTO ISOMÉTRICO DO VENTRÍCULO.
  4. Com a pressão ventricular a diminuir abaixo da auricular dá-se a abertura das válvulas auriculoventriculares e o enchimento do ventrículo. Impede o refluxo durante a contração do ventrículo.
48
Q

O aumento dos requisitos de oxigénio durante o exercício físico resulta em:

A
  1. Aumento frequência cardíaca;
  2. Ligeiro aumento Volume sistólico.
49
Q

aumento do volume sistólico (quantidade de sangue que chega ao ventrículo)…

A

deve-se ao aumento da pressão arterial, culminando no aumento do débito cardíaco. Assim, o coração dá resposta a muitas necessidades metabólicos do nosso organismo.

50
Q

O que é a microcirculação?

A

Na microcirculação, as células do coração têm de ser irrigadas de modo a distribuir os nutrientes necessários para o metabolismo → ocorre durante a diástole. Um coração contraído fica branco, porque não há microcirculação.

51
Q

O coração depende de alguma coisa para bater?

A

O coração bate de forma autónoma → devido a um pacemaker miogénico. No entanto, depende ainda do sistema nervoso central e hormonas (como a adrenalina → aumento do batimento cardíaco), etc. O nosso coração é enervado pelo sistema nervosos simpático → catecolaminas estimulam o pacemaker → aumento da velocidade de propagação do estímulo. Há um limite a partir do qual nós não conseguimos aumentar o batimento cardíaco, ou seja, o encurtamento da diástole (repouso) tem limites, para o coração não estar em contração permanente. Isto depende da taxa máxima de enchimento e esvaziamento e da circulação coronária (reduzida na sístole).

52
Q

Como é a divisão do coração?

A

A divisão do coração:
* Permite um fluxo corporal com pressões distintas;
* Impede trocas entre circuitos; o fluxo é semelhante em ambas as partes do coração, independentemente das necessidades.
Os corações sem 4 cavidades:
* Não permitem um fluxo corporal com pressões distintas;
* Podem ajustar os fluxos de acordo com as necessidades dos vários órgãos.
Em anfíbios e répteis, durante mergulhos prolongados, o fluxo sanguíneo pulmonar é muito reduzido.

53
Q

O que é o sistema circulatório periférico?

A

O sistema circulatório periférico é formado pela rede de vasos sanguíneos que leva e traz o sangue ao coração. A maior parte do sangue encontra-se nas veias → reservatório de sangue do corpo. As artérias são o reservatório de pressão. Em termos de áreas, ambas artérias e veias têm uma pequena área, sendo a maior área total ocupada pelos capilares. A pressão diminui com o diâmetro dos vasos → nas artérias a pressão é muito alta →pressão torna-se cada vez menor quando se dividem em arteríolas e depois capilares, mantendo-se baixa depois nas veias.

54
Q

A velocidade de fluxo do sangue depende de quê?

A

A entrada do sangue em vasos sanguíneos de menor calibre provoca uma quebra muito grande de pressão e esta mantem-se baixa depois ao regressar ao coração. Portanto, a velocidade de fluxo não dependo da proximidade dos vasos ao coração, mas sim da área transversal total do local considerado.

55
Q

Explica o fluxo do sangue nos três tipos de veias

A

O fluxo sanguíneo é geralmente simplificado (fluxo laminar contínuo), mas porque a relação entre pressão e fluxo são complexos, aplica-se a lei de Poiseuille apenas para fluir em artérias e arteríolas menores.
O sistema arterial atua como um reservatório de pressão e um canal de sangue entre o coração e os capilares. As artérias elásticas amortecem as oscilações de pressão e fluxo causado pelas contrações do coração e as arteríolas musculares controlam a distribuição do sangue aos capilares.
O sistema venoso atua como um canal para o sangue entre os capilares e o coração e como reservatório de sangue. Em mamíferos, 50% do volume total de sangue está contido nas veias.
Os capilares são o local de transferência de materiais entre o sangue e os tecidos. As paredes dos capilares são geralmente muito mais permeável do que outras camadas de células. O material é transferido entre o sangue e os tecidos passando através ou entre as células endoteliais que formam a parede capilar.

56
Q

O que são as células endoteliais?

A

As células endoteliais contêm um grande número de vesículas que pode se aglutinar para formar canais para o movimento do material através da célula. Algumas células endoteliais possuem mecanismos de transporte específicos para a transferência de glicose e aminoácidos. O tamanho das lacunas entre as células varia entre leitos capilares. Os capilares do cérebro têm junções estreitas, enquanto os capilares do fígado têm grandes lacunas entre as células.

57
Q

Caracteriza as artérias

A

As artérias têm paredes muito espessas e com uma camada muscular de tecido liso, sendo as suas funções:
* Conduzir o sangue entre o coração e qualquer parte do corpo (se sai do coração chama-se artéria);
* Atua como reservatório de pressão (forçando o sangue
através dos capilares);
* Como têm uma camada de tecido conetivo elástico são capazes de amortecer as diferenças de pressão (evita ruturas) e conseguem manter um fluxo mais ou menos constante nos capilares;
* As artérias controlam a distribuição de sangue pelos capilares através de contrações e distensões em determinados locais.

58
Q

Caracteriza as veias.

A

As veias têm paredes muito mais finas, também elas com tecido muscular liso cuja contração depende do sistema nervoso central. Estes vasos sanguíneos atuam como:
* Condutoras de sangue para o coração;
* Reservatórios de sangue pois é lá que está maior parte do volume.
* Devido à baixa pressão e à circulação antigravitacional (dos pés ao coração) as veias têm válvulas que existem ao longo de todo o sistema venosos e que impedem o refluxo de sangue permitindo que este volte ao coração.

59
Q

Como se faz a passagem das artérias para as veias?

A

A passagem de artérias para veias faz-se através de uma rede de capilares com paredes muito finas (monocamada de células pavimentosas) → facilitam as trocas gasosas. É de notar que a nível das arteríolas existem uns esfíncteres (zona mais espessa de tecido muscular) cuja contração pode limitar a afluência de sangue dali para a frente → importante de acordo com necessidades metabólicas (maior necessidade de irrigação a determinados órgãos).

60
Q

O fluxo de sangue nas veias é independente da contração cardíaca?

A

sim :9

61
Q

Caracteriza os capilares?

A

Os capilares são de pequeno diâmetro (1 mm), apenas o suficiente para os eritrócitos passarem. As fibras musculares deixam de ser continuas pois são necessárias para contração de maneira a fazer circular o sangue, mas também é importante que estas não estejam presentes para permitir as trocas com as células.

62
Q

O que é o sistema linfático. Caracteriza os seus componentes.

A

excesso de fluído no espaço intersticial tem de ser drenado → sistema linfático → drena o líquido → devolve o ao sistema circulatório num ponto muito específico, no coração, local onde temos a menor pressão sanguínea do corpo, facilitando a entrada e reposição do líquido linfático no sistema circulatório.
O sistema linfático tem um conjunto de nódulos que possuem glóbulos brancos (estes nódulos aumentam de tamanho quando há infeções pois estão a trabalhar para produzir mais glóbulos brancos). O sistema linfático está muito relacionado com o sistema imunitário, não contendo glóbulos vermelhos. Nos mamíferos e outros vertebrados, a linfa é drenada via ducto torácico (tubo de entrada na parte direita do coração onde a pressão é muito baixa).

63
Q

Qual a função do sistema linfático?

A

Este sistema tem com funções:
* Drenar o excesso de fluído e de proteínas que por serem demasiado grandes não conseguiram atravessar as paredes dos capilares, importante no transporte de lípidos de grande tamanho absorvidos no intestino (não conseguem passar para o sangue).
* A pressão no sistema linfático é mais baixa em relação à dos tecidos circundantes, o que ajuda à drenagem (líquidos passam de grande pressão para baixa pressão).
* O fluxo linfático é promovido pela contração dos músculos e pela constrição corporal. (a má circulação leva à retenção de fluídos e à sensação de inchaço).

64
Q

Refere um exemplo da importância da drenagem linfática.

A

Temos uma vilosidade, a arteríola e a vénula. No meio existe um ramo que é a central lacteal do sistema linfático, importante na reabsorção de gorduras e nutrientes lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K, há muitas que passam para o lúmen e depois para o vaso lacteal sendo repostas no sistema circulatório a nível do sistema venoso).

65
Q

Sistema linfático noutros animais:

A

Os répteis e alguns anfíbios possuem corações linfáticos que ajudam a impulsionar a linfa. As rãs possuem além de múltiplos corações linfáticos, um volume de linfa muito grande que serve de reservatório de água e iões e de tampão entre a pele e os tecidos subjacentes. Os peixes não têm sistema linfático.

66
Q

O que é que a circulação tem a ver com a resposta imunitária?

A

O sistema circulatório e o sistema linfático contribuem para a imunidade do organismo pois estão presentes em todo o corpo e podem facilmente identificar corpos estranhos combatendo e lutando contra as infeções através dos leucócitos. Os linfócitos são os mais
abundantes e reconhecem substâncias estranhas – os antigénios – (papel muito importante), o que pode prevenir problemas imunitários graves. Para além disso é muito importante que as defesas do organismo sejam capazes de distinguir o que é estranho daquilo que pertence ao nosso corpo – reconhecimento celular. A incapacidade de reconhecimento leva a doenças autoimunitárias que podem ser fatais.

67
Q

Dentro dos glóbulos brancos temos 5 tipos:

A
  • Monócitos;
  • Eosinófilos;
  • Basófilos;
  • Linfócitos;
  • Neutrófilos;
68
Q

Dentro dos granolócitos temos os

A
  • Neutrófilos: São fagócitos que passam para os tecidos por diapedese (alterações da conformação) e conseguem sair dos capilares para atacar corpos estranhos. São chamados a estes locais por quimiotactismo → identificação de um componente químico que reconhecem como estranho → vão digerir a nível dos lisossomas.
  • Eosinófilos: têm grânulos maiores, têm núcleo bilobado e papel anti-inflamatório. São atraídos pela histamina.
  • Basófilos: têm muitos grânulos que contem histamina e heparina. Estão envolvidos em muitas reações alérgicas.
69
Q

Depois temos os agranulócitos que têm o citoplasma límpido, sem grânulos:

A
  • Linfócitos: têm um núcleo muito grande e são os mais numerosos de todos. São os mais pequenos. É uma célula proveniente da medula óssea, mas com evolução diferente:
    o Estão envolvidos na imunidade humoral → linfócitos B;
    o Estão envolvidos na imunidade celular → linfócitos T.
  • Monócito: são células grandes com um núcleo excêntrico em forma de feijão. É capaz de fazer fagocitose.
70
Q

Como se analisa o perfil dos glóbulos brancos?

A

Hoje em dia usa-se citometria de fluxo para analisar o perfil dos glóbulos brancos, o que permite saber que tipo de defesas estão ativas e que tipo de doença. Os últimos instrumentos totalmente automatizados fornecem uma contagem diferencial em cinco tipos celulares, por meio de três medições simultâneas em cada célula:
1. Impedância com corrente eletromagnética de baixa frequência: depende do volume celular;
2. Condutividade com corrente eletromagnética de alta frequência ou radiofrequência: depende da estrutura interna da célula, como densidade núcleo-citoplasma, densidade nuclear e granulosidade;
3. Dispersão frontal da luz em 10 a 70º quando as células passam por um feixe de laser: depende da estrutura, da forma e da reflexividade da célula.

71
Q

O que é a coagulação e como ocorre?

A

Quando os vasos sanguíneos são danificados os vertebrados conseguem conter a hemorragia através da coagulação → ocorre quando o sangue fica em contacto com o colagénio, ou seja, quando o endotélio é destruído, por isso, este funciona como sinalizador para os mecanismos de resposta a uma hemorragia. As plaquetas libertam ADP e tornam-se aderentes ao endotélio danificado, libertando ainda fosfolípidos envolvidos na ativação dos fatores de coagulação e Troboxano A2 que atrai outras plaquetas. O endotélio rompido é forrado por plaquetas e a hemorragia é controlada. Além de se tornarem adesivas, as plaquetas libertam fosfolípidos que são importantes fatores de coagulação e liberta ainda tromboxano que vai atrair outras plaquetas.
A coagulação envolve vários fatores tecidulares e plaquetas, resultando num conjunto de reações em cadeia com o objetivo de produzir trombina e finalmente a fibrina (insolúvel) para se formar um coágulo.

72
Q

Existem duas vias para a produção de fibrina:

A

o A via intrínseca que resulta do contacto com o colagénio;
o A via extrínseca que é ativada pela rutura do tecido que faz com que liberte tromboplastina.

73
Q

Como funciona a via intrínseca para a produção de fibrina?

A

Estes dois efeitos ativam o fator X. O colagénio estimula a libertação do fator XII → promove a libertação do fator XI → liberta-se o fator IX através do fator VIII que catalisa a reação. Os hemofílicos do tipo A → não sintetizam o fator VIII → impedindo que se forme o fator X → impedindo que se forme protrombina e trombina que permitem a transformação de fibrinogénio em fibrina → tampão não se forma. Na hemofilia tipo B não se forma o fator IX.

74
Q

Como funciona a via extrínseca para a produção de fibrina?

A

A via extrínseca pode ser utilizada como alternativa à via intrínseca. Nesta via, forma-se o fator III → dá origem ao fator VII → vai originar o fator X, o qual requer Ca2+ e fosfolípidos para a sua ativação.

75
Q

Para que é que os animais produzem anti-coagulantes. Como?

A

No entanto, um coágulo em circulação – trombo – pode bloquear o fluxo sanguíneo. Assim, os animais produzem anticoagulantes para evitar coágulos e destruí-los caso apareçam:
o Heparina: existe na superfície das células endoteliais e inibe a adesão das plaquetas (bloqueia a formação de prototrombina);
o Trombomodulina: proteína da superfície celular → liga-se à trombina → ativa a proteína C → degrada o fator V → catalisa a produção de plasmina → dissolve a fibrina.

76
Q

O controlo natural da pressão sanguínea funciona como?

A

Sem intensionalmente tentar controlar a pressão sanguínea, temos um conjunto complexo de células nervosas e de recetores que sozinhos vão responder às flutuações de pressão muitas vezes causadas pelo ambiente que nos rodeia. As células têm pacemakers naturais que são capazes se autoestimularem e emitirem despolarizações que são passadas a todo o coração, mas esta autonomia pode ser ligeiramente alterada pelo centro cardiovascular que se localiza na base do cérebro. Este centro recebe informação de recetores espalhados pelo corpo que informam sobre a pressão, nível de oxigénio, pH. Essa informação é levada para o cérebro → responde através do sistema simpático (acelerando o movimento) e parassimpático (desacelerando o movimento) → regulando a pressão por aumento ou diminuição do batimento cardíaco. O sistema simpático vai aumentar o batimento cardíaco através da produção de adrenalina via suprarrenais que atua a nível do coração. O parassimpático, através do nervo vago, vai diminuir o batimento cardíaco.

77
Q

O debito cardíaco pode ser controlado e vai condicionar a quantidade de sangue que sai do coração. Como?

A

→ controlada através do volume de sangue que em cada contração é ejetado para a corrente sanguínea (mais volume implica mais pressão). Quando o ventrículo está em repouso, este enche-se através da contração da aurícula. Quando mais tempo passar a encher, maior vai ser a quantidade de sangue que é ejetada e maior a pressão. Existem um compromisso entre o tempo de enchimento e a quantidade de sangue que é bombeada em cada contração. Portanto, o volume sistólico vai condicionar o débito cardíaco.
A frequência cardíaca afeta o debito cardíaco. Desta forma, o débito cardíaco é quantidade de sangue que é bombeada vezes o número de vezes que o coração bate.

78
Q

O que são os barroreceptores?

A

Os barorreceptores arteriais monitoram a pressão arterial e alteram reflexamente o débito cardíaco e a resistência periférica para manter a pressão arterial.
Monitor de mecanorreceptores atriais e ventriculares pressão venosa e freqüência cardíaca para garantir que a atividade do coração esteja correlacionada com o influxo de sangue do sistema venoso e o fluxo de sangue para o sistema arterial.

79
Q

Peptídeos natriuréticos, vasopressina (ADH) e o sistema renina-angiotensina-aldosterona atuam em conjunto para quê?

A

para manter o volume sanguíneo.

80
Q

Em geral, a estimulação dos nervos simpáticos o músculo liso vascular inervante causa…

A

vasoconstrição periférica e aumento da pressão arterial, ao passo que um aumento nas catecolaminas circulantes (especialmente epinefrina) causa diminuição na resistência periférica acompanhada por aumento na pressão arterial devido a um aumento concomitante no débito cardíaco.

81
Q

medida que o metabolismo aeróbio em um tecido aumenta,…

A

há um aumento local no fluxo sanguíneo capilar, denominado ativo hiperemia. Isso garante que os tecidos mais ativos normalmente têm o maior fluxo sanguíneo capilar.

82
Q

O endotélio vascular liberta vários compostos que causam vasoconstrição. Quais?

A

(por exemplo, óxido nítrico, endotelina e prostaciclina)

83
Q

O sistema cardiovascular central responde a informação dada em tempo real por sensores espalhados pelo corpo:

A
  • Os barorreceptores controlam a P arterial em vários pontos de um organismo.
  • Esta informação juntamente com a dos quimiorreceptores que controlam a concentração de CO2 e O2 e o pH sanguíneo é transmitida ao cérebro: ao centro cardiovascular medular
  • As contrações musculares e alterações de composição do fluido extracelular são também comunicadas pelas fibras nervosas aferentes do tecido muscular.
  • Os mecanorreceptores cardíacos e termorreceptores também levam a respostas pelo sistema cardiovascular
84
Q

Controlo da microcirculação:

A

A microcirculação → circulação a nível mais local dos diferentes órgãos. O seu controlo pode ser feito de duas formas. O controlo neural passa pelo SNC que mantem a pressão a resistência da circulação periférica e atua sobre um sistema de prioridades (relacionado com o SN simpático e parassimpático que tem efeitos antagonísticos). No controlo local que responde a:
* Alterações de temperatura e taxa metabólica (mais T → mais metabolismo → maior consumo de O2 → provoca alterações no sistema circulatório);
* Inflamações: a libertação de histaminas → vasodilatação → ajuda quando a circulação está congestionada → permitindo trocas mais fáceis. As catecolaminas são proteínas de vasoconstrição que são importantes por exemplo quando está frio (evita perdas de calor).
* Compostos segregados pelo epitélio:
o Oxido nítrico (NO)→ leva há vasodilatação;
o Endotelinas → proteínas vasoconstritoras;
o Prostaciclina → leva à vasodilatação
o Adenosina → em resposta à hipoxia. O centro cardiovascular medular recebe informação de vários recetores e envia-a através de recetor autónomos para o coração e vasos sanguíneos, levando à constrição ou dilatação. Exemplo: o aumento da pressão arterial → ativa barorrecetores → comunicam a informação ao centro medular. Vai haver duas respostas: O sistema simpático é inibido → não havendo libertação de catecolaminas; O sistema parassimpático é ativado → provocando vasodilatação → diminuição do batimento cardíaco → inibindo o aumento da pressão.

85
Q

A pressão arterial e volume estão muito relacionados. Como?

A

Quando a pressão sobe → aumenta as perdas urinárias de sódio e água → maior produção de urina → diminui o plasma no sangue → volume de sangue diminui → baixando a pressão. Se o volume de sangue aumenta → pode-se aumentar a pressão venosa → aumenta o volume que sai do ventrículo (aumento do debito cardíaco) → aumento de pressão.

86
Q

O volume sanguíneo é um fator determinante da pressão Porquê?

A

Numa hemorragia → o volume de sangue diminui → pressão venosa diminui → quantidade de sangue que sai do coração vai diminuir → pressão arterial baixa → ativados barorrecetores que levam a informação ao centro cardiovascular → sistema parassimpático é inibido → ativado o sistema simpático → aumenta o batimento cardíaco e a libertação da adrenalina. O sistema simpático pode ainda atuar a nível das veias periféricas. Se a pressão diminui → ocorre vasoconstrição → aumenta a pressão. Atua ainda a nível das arteríolas → promovendo a constrição e um aumento da resistência periférica. O conjunto destas ações permite resolver o problema de alteração da pressão causado pela hemorragia. Se a lesão é num grande vaso, o batimento acelerado do coração vai fazer com que haja uma perda acentuada de sangue. Por isso, a primeira coisa que se faz é tentar estancar a hemorragia (garrotes são colocados entre o local de rutura e o coração).

87
Q

Quando há exercício:

A
  • Aumenta o fluxo muscular. Temos fibras oxidativas e glicolíticas que precisam de nutrientes.
  • Aumento do débito cardíaco para satisfazer as necessidades do musculo;
  • Aumento do retorno venoso porque só se garantir que o sangue volta ao coração é que o corpo é capaz de manter o esforço que está a ser feito.
  • Diminui a resistência periférica, permitindo trocas com os tecidos com mais facilidade. Quer-se acelerar a facilidade com que o O2 e a glicose passam para os tecidos e a facilidade com que o CO2 passa para os capilares. Quando fazemos exercício → a afluência de sangue ao tecido muscular aumenta de 20 para 70% → diminui a quantidade de sangue que vai para o cérebro → Aumenta o sangue que vai para a pele (aí que perdemos o calor em excesso que se produz). A nível dos rins diminui porque a produção de urina deixa de ser uma prioridade. Os órgãos viscerais deixam de ser tão irrigados.
88
Q

O que acontece no sangue quando mergulhamos?

A

Durante o mergulho há uma quebra no batimento cardíaco e só depois do mergulho é que volta ao normal. Como os mamíferos não são capazes de efetuar trocas gasosas debaixo de água, há uma acumulação de CO2. Os níveis voltam ao normal quando o mergulho acaba. O contrário ocorre com os níveis de oxigénio. Há um aumento da formação de lactato e da resistência periférica através da vasoconstrição. Há uma diminuição do fluxo renal e do débito cardíaco.

89
Q

Explica o caso único das girafas relativamente ao sangue.

A

A girafa tem de abrir as pernas para poder chegar à água para beber. Devido à sua altura, as alterações de pressão são frequentes e podem provocar rutura dos vasos sanguíneos e consequentemente morte. A girafa protege-se, regulando a pressão através do sistema periférico. Há uma vasoconstrição dos vasos periféricos quando a cabeça está levantada (mantém pressão elevada). Quando a girafa se deita, há uma vasodilatação, diminuindo a pressão evitando as flutuações de pressão.