CA de esofago Flashcards

1
Q

Anatomia

A

esôfago é um tubo fibromuscular de mais ou menos 25 cm, que se estende da faringe até o estômago → C6 - T11.
• Abaixo da T11 tem o diafragma - esôfago abdominal.
• Esôfago cervical, torácico e abdominal.
• Potencialmente grave cirurgias no esôfago, por conta das infecções no mediastino.
Nos casos iniciais faz resseção por endoscopia.
Nos casos mais graves faz quimioterapia.
Mas, se o paciente tem boas condições para fazer cirurgia, recomenda o ato cirúrgico.

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2
Q

Órgãos adjacentes

A

Artéria aorta + coração + pericárdio → área complexa de abordar.
• Se individualmente esses órgãos já corem riscos de infecções, imagina os três juntos.

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3
Q

Esôfago cervical

A

Vai da incisura esternal até a borda inferior da veia ázigo

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4
Q

Esôfago torácico

A

Vai da borda inferior da veia ázigo até a borda inferior da veia pulmonar inferior

Esôfago torácico médio → até a veia pulmonar inferior.
Esôfago torácico baixo → até a junção esôfago-gástrica - borda inferior da veia pulmonar inferior até o estômago, incluindo a junção esofagogástrica.
• Cada localidade de câncer esofágico vai ter uma conduta e tratamento diferente.

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5
Q

Vascularização

A

Cada divisão vai ser drenada por uma artéria diferente:
esôfago cervical → arteria tireoides inferiores que se ramificam do tronco tireocervical a esquerda e da subclávia a direita
Esófago torácico 4- 6 artérias esofágicas vindo da aorta + artérias bronquiais direitas e esquerdas.
Esófago inferior → artéria gástrica esquerda + artérias frênicas inferiores bilaterais.

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6
Q

Drenagem venosa

A

Esôfago cervical → veias tireoides inferiores que são atributárias da subclávia esquerda e da braquicefálica.
Esôfago torácico → veias ázigos e hemi-ázigos, veias intercostais também drenam no sistema ázigos.
Esôfago abdominal → drena para o sistema venoso portal e sistêmico, através das veias gástrica esquerda e curta, veias frênicas.
Fala fortemente sobre drenagem linfática, retirada de linfonodos → qual linfonodo retirar vai depender da vascularização arterial, levando em conta as metástases, que acontece geralmente em esôfago baixo.

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7
Q

Regiões do trato digestório

A

Tem 4 camadas → mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
• Dentro do esôfago tem: mucosa, epitélio, lâmina própria, muscular da mucosa.
Importante para saber qual nível que está a lesão, para um tratamento endoscópico, cirúrgico ou quimioterapia.

Baixo, médio e alto grau.
• Se a lesão atravessar a membrana basal → carcinoma inicial - porque nessa camada tem as veias e vasos linfáticos, tendo chances de migrar para um linfonodo.
• Se a lesão não atravessou a membrana basal → displasia de alto grau.

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8
Q

Esôfago tem camada serosa?

A

Esôfago não tem a serosa, os demais órgãos como estômago, duodeno, intestino grosso e reto possuem a camada serosa por fora.
• No estadiamento não tem a classificação de serosa no esôfago.
• Por isso os cânceres de esôfago fazem migração para os órgãos adjacentes - pulmões, traqueia e nesse cenário o paciente não é candidato para cirurgia.

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9
Q

Região da cárdia

A

Região da cárdia é mais ou menos 1 cm da região esofagogástrica → histologia própria da cárdia.
• Glândulas cárdicas tubulares que produzem muco para proteger o esôfago do HCI.
• Produz lisozima que vai degradar algumas barreiras de bactérias para proteger a região.

Tumores na cárdia ou na junção esofagogástrica - transição do esôfago para o estômago.
Esôfago tem epitélio estratificado pavimentoso → vai crescer um tipo de tumor - CEC.
Estômago tem epitélio simples colunar, tem glândulas tumor de adenocarcinoma.

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10
Q

Classificação de Siewert

A

Cada região vai ter uma tendência de crescer um tipo de tumor e então, cada um vai ter um tipo de tratamento diferente.

  • Siewert | → tumor esofágico distal - surge no esôfago distal e pode infiltrar a JEG por cima - localizado entre 5 e 1 cm proximal à JEG.

*Siewert || → tumor verdadeiro da cárdia - surge na cárdia ou na JEG, localizado entre 1 cm proximal e 2 cm distal à JEG.

*Siewert III → surge do epitélio gástrico subcardial e pode infiltrar a JEG e o esôfago distal por baixo, localizado entre 2 e 5 cm distal à JEG.

Tipo I: Cânceres esofágicos localizados acima da junção esofagogástrica.
Tipo II: Tumores na própria junção esofagogástrica, com características mistas.
Tipo III: Cânceres gástricos localizados abaixo da junção esofagogástrica.

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11
Q

Informações gerais

A
  • CA de esôfago e da TEG são uns dos mais letais do mundo.
  • Sétimo CA mais frequente no mundo.
  • Maior incidência a partir dos 50 anos.
  • Alguns países tem incidências mais baixas e outros são 60x mais comum a incidência.
    Dependem de = histórico familiar, regiões mais frias do mundo tem maior tendência de beber mais bebidas alcoólicas, bebidas mais quentes lesionam a mucosa do esôfago, dando maior propensão ao CA.
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12
Q

Cinturão do CÁ de esôfago

A

Norte do Irá através da Ásia central até o norte da China.
Áreas de alta incidência - sul e lesta da África e norte da França.
• Baixo nível socioeconômico com alimentação baixa em proteínas e vegetais → alimentação baseada em farinha e açúcares, com baixo teor de fibras.
Nos próximos anos a incidência de CA vai aumentar - principalmente na Ásia.
• Se deve também ao aumento populacional - em decorrência do aumento de idade.

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13
Q

EUA e Brasil e a incidência de câncer

A

Incidência nos EUA vem aumentando → 16.120 mil pessoas morrem por ano
Nos EUA a má alimentação vai desencadear o adenocarcinoma esofágico baixo.

Brasil tem incidência de caso de 8.200 mil pessoas.
• Maior incidência em homens → sexto tipo mais comum.
• Região sul tende a consumir mais bebidas quentes que lesionam o esôfago.

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14
Q

Histologia

A

Carcinoma de células escamosas CEC + adenocarcinoma representam 95% dos casos dos tumores malignos do esôfago.

• 80% dos pacientes em diagnóstico inicial tem doença incurável, com metástase, invadindo aorta e pericárdio, ou paciente que está tão desnutrido que vira inoperável.

É derivado do epitélio estratificado não queratinizado, que é a característica da mucosa normal o esôfago.

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15
Q

Carcinoma epidermóide do esôfago ou carcinoma de células escamosas (CEC)

A

Diminuiu nas últimas três décadas a incidência do CEC → mas no Brasil corresponde a 80% dos casos.
• Se deve as campanhas de conscientização.
É mais comum na Europa oriental, onde tem alto consumo de bebida alcóolica - por isso o CEC predomina.
EUA correspondem apenas 30% - devido as campanhas contra tabaco e álcool.
CEC → fatores tabaco e álcool.
• Mais comum em esôfago médio.
• Mais comum em homens e negros.

Tem uma propensão de disseminação mais rápida para tecido linfático, mais comum no esôfago médio, na bifurcação da traqueia ou acima dela.
• 75% dos casos estão em contato com a árvore traqueobrônquica.
• São lesões irresecaveis em alguns casos.
• Lesões iniciais tem alta taxa de cura com endoscopia → não está recomendado radio e quimio - mas é muito baixo pacientes com essa apresentação inicial

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16
Q

Adenocarcinoma

A

Aumento maior de casos devido a obesidade, baixa atividade física e refluxo.
• Maior incidência EUA e Europa.
• Ocorre predominantemente no esôfago distal e na junção esofagogástrica.

Principal fator de risco é IMC alto.
• Risco relativo geral de 1.71 para IMC entre 25-30, e de 2.34 para IMC maior
ou igual30.
• Indivíduo com IMC maior ou igual a 30 apresentam maior risco relativo de
desenvolver adenocarcinoma de esôfago do que indivíduos com IMC de 25 a 30.
• Quanto mais obeso for, maior a chance de desenvolver o adenocarcinoma.

Fator de causa de adenocarcinoma: esôfago de Barret - refluxo = aumento da pressão no estômago, pilar diafragmático não vai estar fechado, vai subir ácido na região de esôfago distal,
causando a lesão.
• Mais comum no esôfago distal.
• Mais comum em homens brancos.

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17
Q

Fatores de risco

A

Tabaco aumenta 5x o desenvolvimento de CEC de esôfago e cavidade oral.
• Tabagismo e álcool estão associados ao CEC - efeito sinérgico = é um efeito multiplicador, aumenta de 25% a 100% a chance de CA de esôfago e outros tipos.
Ingestão de longa data de alimentos e bebidas quentes.
• Temperatura maior que 65 graus causam lesão térmica na mucosa.

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18
Q

Fatores de risco dietéticos

A
  • Compostos N-nitrosos são conservantes carcinogênicos → salame, mortadela, ketchup, mostarda, azeitona.
  • Ingestão de carne vermelha.
  • Níveis baixos de selênio → melhores fontes de selênio são: castanha do Pará, coco, atum, ovos, feijão branco e couve de Bruxelas.
  • Deficiência de zinco.
  • Baixa ingesta de folato na dieta.
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19
Q

Fatores socioeconômicos

A

Baixo nível socioeconômico foi associado ao CEC.
• Dieta pobre em frutas e vegetais.
• Mau estado nutricional.
• Consumo de álcool - principalmente de destilados.
• Queimadura de soda caustica, HPV, má higiene ora

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20
Q

Fatores demográficos

A

Norte do Irã, Ásia central e centro-norte da China → cinturão do câncer de esôfago.
• Rússia tem maior ingestão de bebida alcoólica + lugar de baixa temperatura.
Lugares com baixa temperatura → quanto mais escuro for o país, maior é a ingestão de bebida alcoólica.

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21
Q

Tilose palmo plantar

A

Doença hereditária, caracterizada por uma hiperceratose palmo-plantar.
• Os pacientes com tilose palmo-plantar formam epidermolítica - maior queratinização e apresentam uma chance até 40 a 90% de desenvolver CEC de esôfago aos 70 anos.
• Triagem com EDA a partir dos 20 anos, pacientes e familiares

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22
Q

Esôfago de Barret

A

É a substituição do epitélio estratificado pavimentoso do esôfago pelo epitélio colunar especializado do tipo intestinal (metaplasia)
• Nosso corpo é capaz de se adaptar ao meio externo - faz uma metaplasia, onde uma célula adulta vai para outro lugar se diferenciar para tentar proteger o órgão.
Principal fator de risco é o refluxo → hipersecreção do ácido gástrico, contratilidade esofágica deficiente, diminuição da sensibilidade da dor ao esôfago.
O epitélio metaplásico colunar está predisposto ao desenvolvimento de displasias → é o desenvolvimento celular fora do normal, que pode gerar uma má formação de um tecido
ou órgão.
• Idade avançada, sexo masculino, refluxo de longa data, tamanho da hérnia de hiato e o comprimento do esôfago de Barret são fo rtemente associados à progressão do
esôfago de Barret para adenocarcinoma.

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23
Q

Diferenciação de metaplasia displasia e carcinoma

A
  • Metaplasia é a diferenciação celular pode evoluir para uma displasia.
  • Displasia de baixo grau: são formas iniciais de alterações celulares, onde as células ainda são relativamente organizadas e não invasivas. Nesse estágio, as células ainda têm a capacidade de voltar ao normal se a causa subjacente (como o refluxo gastroesofágico ou a irritação crônica) for tratada.
  • Displasia de alto grau não passou a membrana basal, quando se diferenciam e ultrapassam
    a membrana basal, é considerado um carcinoma invasivo.
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24
Q

Clínica do câncer de esôfago

A
  • Principal é a disfagia.
  • Sintomas a depender da localização do tumor.
  • Esôfago torácico cervical pode ter maior aumento da disfagia.
  • Lesões mais baixas podem ter anemia oculta, por deficiência de ferro.
  • Lesões precoces normalmente não tem nenhum sintoma.
  • Diagnóstico por endoscopia ou se tiver algum sintoma de refluxo.
  • Perda de peso
  • Dor
    -Regurgitação
  • tosse
  • vomito
  • rouquidão
  • hematemese
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25
Disfagia
Disfagia mais frequente Lesões que o lúmen esofágico reduz menos que 13 mm ou 70% do diâmetro → não vai se alimentar, próprio tumor jogar produtos tóxicos na corrente sanguínea, o que gera dor ao engolir e assim o paciente não consegue nem engolir mais. • Saliva e cospe fora. • Primeira tentativa passar sonda, mas muitas vezes nem a sonda tinha como passar.
26
Fístula traqueosofágica
Esôfago → lesão que invade e úlcera a traqueia → sonda nasogástrica perfurou a lesão. Paciente vai ter tosse intratável - dia inteiro tossindo + pneumonias de repetição = não tem muito o que fazer. Pode ser colocado uma prótese metálica, cenário bem tenebroso.
27
Rouquidão
tumores médios quando invadem o nervo larigeo recorrente, que é responsável pela fonação e as cordas vocais, gerando uma disfonia.
28
Diagnóstico
- Exame histológico do tecido tumoral → biópsia obtida por endoscopia digestiva alta. • Com metástase = biópsia guiada por imagem de um local metastático Tem que fazer a demarcação do local da lesão, porque, cada tipo e altura vai ser um tipo diferente de tratamento. - Cromoscopia empregando a solução de lugol é considerado método de eleição para diagnóstico do CCE de esôfago → o lugol é um corante de reação, em que o iodo cora fortemente as células escamosas do esôfago ricas em glicogênio e não cora as células neoplásicas e displásicas que são pobres em glicogênio. - Estenose maligna → passar um fio guia para posteriormente passar uma sonda de alimentação. - RX contrastado EED pode dar a suspeita do diagnóstico - alterações no terço médio com mucosa irregular, terço distal não cora, devido a invasão tumoral
29
Estadiamento
Obrigatório fazer tomo de tórax e abdome total com contraste EV ou VO - para analisar se tem metástase em órgãos adjacentes, presença de linfonodos e a distância NCCN e o AJCC → dois guidelinas para CA. • Fazem a classificação dependendo do tamanho e do número de linfonodos. • M1 tem metástases ou não.
30
Tomografia
Se em uma tomo tiver uma lesão que está comprimindo a traqueia, mas não está pegando a aorta - paciente candidato a cirurgia Ângulos de pico → grau de invasão e contato com a aorta Perde o grau de gordura entre esôfago e a aorta. • Perda maior que 45 graus não tem invasão. • Perda maior que 90 graus - paciente que não pode fazer a ressecção
31
Endoscopia
Lesões iniciais precoce para ver se é candidato a ressecção ou não. • Para estadiamento bloco regional. Sintomas ou imagens que identifica doença a distância está contraindicado. Pode ser feito a biópsia com agulha fina PAAF de algum linfonodo suspeito para melhorar o estadiamento.
32
Camadas do esôfago é suas cores
• 1 camada hiperecóica = mucosa superficial. • 2 camada hipeocóica = mucosa profunda • 3 camada hipercóica = submucosa. • 4 camada hipoecóica = muscular própria. • 5 camada hiperecóica = adventícia. - Onda de som bate no tecido, reflete e gera essa cor no monitor do US.
33
CRITÉRIOS DE ULTRASSOM ENDOSCÓPICO EUS PARA AVALIAÇÃO DE LINFONODOS
Benigno: menor que 10mm, alongado, irregular, reflete no ultrassom Maligno: maior que 20 mm, arredondado, regular, não reflete no us
34
Broncoscopia
Arma terapêutica de estadiamento para ver se tem invasão ou não na traqueia. Indicado para pacientes que não tem doença avançado ou em tumores na carina ou superior a ela. • Objetivo é identificar se tem invasão da árvore traqueobrônquica.
35
PET CT
Pouco utilizado - utilizados em pacientes candidatos em cirurgia, quando o cirurgião está em dúvida de metástase ou não. • Para ver se sobrou a doença. Exame muito caro - tomo e endo já dá uma boa avaliação.
36
Escala de capacidade funcional
Para fazer o tratamento, tem que saber a escala de capacidade funcional → escala de Zubrod e Karnofsky. Escala Zubrod: Mede a capacidade funcional do paciente com uma pontuação simples de 0 a 5 (morte) Escala Karnofsky: Fornece uma avaliação mais detalhada, com pontuação de 0 (morte) a 100, usada para entender a independência do paciente e o prognóstico da doença. ver no resumo
37
Disseminação linfática
Retirar todos os linfonodos acometidos em uma cirurgia adequada. • Esôfago em lesões mais altas.
38
CA superficial
T1a: O tumor está limitado à mucosa (camada mais externa do esôfago) ou à submucosa (camada logo abaixo da mucosa). • M1, M2, M3 T1b: O tumor invade a submucosa sem ultrapassar para as camadas mais profundas. • SM1, SM2, SM3 - Aqui fazemos a cirurgia sem a necessidade de tratamento neoadjuvante
39
CA superficaial e suas divisões em M
• M1 - Limitado à camada epitelial • M2 - Invade a lâmina própria • M3 - Invade mas não através da mucosa muscular • SM1 - Penetra o terço mais raso da submucosa • SM2 - Penetra no terço intermediário da submucosa • SM3 - Penetra o terço mais profundo da submucosa
40
CA profundo
T2: O tumor invade a camada muscular (segunda camada mais profunda do esôfago). T3: O tumor invade a serosa (camada externa que envolve o esôfago) ou estruturas adjacentes.
41
Ressecçao endoscópica
Indicação ideal: • M1, M2, M3 menor que 2 cm. • Bem ou moderadamente direcionado - quão diferente de uma célula normal. • Sem invasão linfovascular - esse tumor não pode estar invadido veia, artéria e tecido linfático.
42
Ressecçao emdoscópica CEC
• Tumres sem alto risco = alto risco é pouco diferenciado, invasão linfovascular. • Tumor sem ulceração. • Tumores M1, M2, M3 - Tis e T1a. • Tamanho da lesão menor que 1,5 cm = EMR (ressecção endoscópica da mucosa) + ou ESD (dissecção endoscópica da mucosa) com ou sem ablação. • Tamanho da lesão maior que 1,5 cm = ESD com ou sem ablação
43
Lesão superficial e tratamento
injeta solução salina ou adrenalina para elevar a lesão, laça ela e cauteriza. • Dissecção da submucosa, identifica a lesão, coloca lugol, injeta solução salina, ressecou toda a submucosa. • Sempre tem que esticar para ver se tem as partes livres.
44
Terapia de ablação radiofrequência para CEC
Depois que resseca a lesão pode ou não queimar para aumentar a chance de reincidiva. Aplicação de altas ondas de radiofrequência, causando uma lesão térmica, quando estas células são destruídas, o tecido normal geralmente se regeneram em seu lugar
45
Ressecção endoscópica de adenocarcinoma
Tumores sem alto risco = tumores M1, M2 e M3. Alto risco = pouco diferenciado, invasão linfovascular.• Lesão plana sem nódulo - EMR ou ESD com ou sem ablação. Nódulo/massa menor que 2 cm - EMR ou ESD com ou sem ablação. Nódulo/massa maior ou igual a 2 cm - ESD com ou sem ablação.
46
Esofagectomia adenocarcinoma
Antes de ter certeza que o paciente só tem doença localizada, tem que fazer todos os exames de estadiamento para avaliar a ressecabilidade com tomografia computadorizada de tórax e abdômen, PET-CT de corpo inteiro e ecoendoscopia. • Contraindicado para cânceres de esôfago alto - tumor cervical → tratamento de escolha quimio e radio. A ressecção deve ser considerada para todos pacientes fisiologicamente aptos com câncer de esôfago ressecável = maior que 5 cm abaixo do músculo cricofaríngeo. • Se tiver uma lesão mais alta, não tem como fazer anastomose do esôfago proximal e vai faltar esôfago para conectar com a boca .
47
Tratamento CEC 1b até 4a/ n0 ou n +
T1b, T2, N0(tumor baixo risco) menor que 3 cm bem diferencia do - esofagectomia (up front) T2, N0(tumor alto risco) invasão linfovascular, maior que 3 cm, pouco diferenciado, T1b, T2, N+, T3, T4 - quimioterapia perioperatória, ou definitiva
48
Resumo do tratamento
Câncer Superficial de Esôfago (T1a e T1b): - Tratamento: EMR (ressecção endoscópica da mucosa) ou ESD (dissecção endoscópica da submucosa) com possível uso de radioterapia. Câncer Profundo de Esôfago (T2, T3, T4): - Tratamento: Cirurgia (esofagectomia), quimioterapia, radioterapia e, em casos avançados, terapias alvo e imunoterapia. Prognóstico: Mais desafiador, mas tratável com uma combinação de terapias.
49
Depois para tratamento dos pacientes que foram para esofagectomia de primeira escolha - tumores iniciais sem linfonodos. Classifica se teve alguma doença ou não:
RO = sem nenhum tumor na peça, vai fazer só o segmento R1 = ficou margem positiva na peça, faz quimioradioterapia. R2 = foi para a cirurgia e o cirurgião viu que tinha invasão na aorta, cárdio e pleura quimio e cuidados paliativos
50
Pacientes que foram submetidos a quimio e radio perioperatória
• Realizar exames de reestadiamento - PET CT + tomografia de tórax e abdome total + EDA. • Sem evidência de doença = esofagectomia ou seguimento. • Doença persistente ressecável = esofagectomia ou cuidados paliativos. • Doença metastática = cuidados paliativos.
51
CEC após quimio definitiva → não é importante para nós
• Sem evidência de doença = seguimento. • Doença persistente ressecável = esofagectomia ou cuidados paliativos. • Doença irressecável ou metastática = cuidados paliativos. Em tratamento CEC T4B → quimio isolada se tumor com invasão de traqueia, grandes vasos, corpo vertebral ou coração.
52
Adenocarcinoma após esofagectomia UP FRONT
N- - Tis, T1 - observar - T2 - observar ou quimio - T3 e T4a - observar, quimioradio, quimio N+ - Qualquer - observar, quimioradio, quimio R1 - doença positiva na peça = quimio. R2 - doença positiva na cirurgia = quimio ou cuidados paliativos.
53
Tratamento de adenocarcinoma metastático
• Terapia sistêmica = quimio + medicamentos biológicos. • Radioterapia se tiver sangramento e dor. • Cuidados paliativos.
54
Adenocarcinoma após quimioradio ou quimio neoadjuvante
Realizar exames de reestadiamento (PET-CT/ Tomografias tórax e abdome total, EDA). •Sem evidencia de doença - Seguimento. •Doença persistente ressecável - Esofagectomia ou cuidados paliativos. •Doença metastática ou irressecável - Cuidados paliativos
55
Adenocarcinoma após quimioradio perioperatória
Realizar exames de reestadiamento (PET-CT/ Tomografias tórax e abdome total, EDA). •Sem evidencia de doença - Esofagectomia ou seguimento. •Doença persistente ressecável - Esofagectomia ou cuidados paliativos. •Doença metastática ou irressecável - Cuidados paliativos
56
Tratamento adenocarcinoma T4b
Quimiorradioterapia definitiva. •Quimioterapia isolada se tumor com invasão de traqueia, grandes vasos, corpo vertebral ou coração.
57
Esofagectomia Transhiatal
Esofagectomia para tumores distais → resseca uma margem boa, supriu até o esôfago médio, no compartimento abdominal, vai ter que abrir região cervical para anastomose posterior. • Corta o estômago e faz uma conexão na região cervical, onde foi feito o corte. • Não abre a cavidade torácica • Consegue abrir o pilar e fazer a resseção do esôfago distal médio.
58
Esofagectomia em 3 campos
Tirou a peça e com um grampeador, faz um tubo para o esôfago não rodar no tórax • Mais próximo a anatomia original do esôfago. • Sobreposições de grampos para evitar sangramento e abrir a lesão. Tem que abrir 3 compartimentos → abdominal, torácico e cervical em cirurgia de tumor de esôfago médio.
59
Tratamento adenocarcinoma metastático
• Terapia sistêmica: quimioterapia, medicamentos biológicos. • Radioterapia. • Cuidados paliativos.
60
Tratamento paliativo para a obstrução
Stents metálicos para desobstruir a lesão, muito pouco utilizado. Dilatação por endoscopia → injeta ar ou água, mas não é tratamento definitivo. Dilatação por sondas → mesma coisa que por endoscopia. Sangramento radioterapia no intuído de melhorar a dor. Fístula - prótese endoscópica.
61
Sobrevida
Infelizmente em menos de 5 anos, menos de 20% vai estar vivo.