Atribuição causal e inferência disposicional Flashcards
Homem comum como cientista ingénuo (Heider, 1958)
visão redutora: a análise da realidade social e o julgamento é feito com base em poucas (ou uma única) causa
Sub-procesos da atribuição causal (4)
- Observação do estímulo distal
- comparação disso com o que está acessível na mente (estímulo proximal)
- codificação de uma imagem neuronal
- atribuição causal (interna ou externa)
A (…) tem um papel fulcral para uma atribuição causal pessoal, mas há outras: (3)
intenção
- produção efetiva
- antecipação das consequências
- justificação
Processos relevantes à atribuição de responsabilidade: produção efetiva
se o comportamento é realizado pelo ator, mesmo que seja só um agente instrumental, ser-lhe-à atribuída responsabilidade
Processos relevantes à atribuição de responsabilidade: antecipação das consequências
quanto mais previsível fosse a consequência maior a atribuição de responsabilidade (caso contrário atribuem-se mais facilmente causas externas)
Processos relevantes à atribuição de responsabilidade: justificação
quanto mais pressão o contexto criar para o comportamento, menor será a responsabilização
Atribuindo-se uma responsabilidade, é feita uma inferência de…
traços de personalidade
Modelo/Princípio da Covariação (Kelley, 1973)
A atribuição de causas externas ou internas depende de 3 dimensões:
- consenso
- distintividade
- consistência
Princípio da Covariação (Kelley, 1973): consenso
como os outros se comportam face ao mesmo estímulo
Princípio da Covariação (Kelley, 1973): distintividade
como a mesma pessoa se comporta em diferentes estímulos
Princípio da Covariação (Kelley, 1973): consistência
como a pessoa se comporta perante o mesmo estímulo em diferentes ocasiões
Self-serving ou group bias
atribuição interna de causalidade aos nossos sucessos e externa aos nossos fracassos, e o reverso para outros (exceto para pessoas muito próximas)
Controlabilidade pessoal - perceção de autoeficácia
perceção de que a pessoa controla e tem capacidade para controlar o seu comportamento
Atribuição causal - reações emocionais e comportamentais ao fracasso
- se fracasso atribuído a causas internas e controláveis: raiva e agressividade sobre o causador
- se fracasso atribuído a causas incontroláveis: piedade
Modelo da inferência correspondente (Jones e Davis, 1965): critérios envolvidos na inferência e atribuição de causas - EFEITOS NAO COMUNS
(estudo da Rosa) os efeitos não comuns (distintivos) s~ao mais informativos para a inferência
Modelo da inferência correspondente (Jones e Davis, 1965): critérios envolvidos na inferência e atribuição de causas - DESEJABILIDADE SOCIAL DOS EFEITOS
os efeitos indesejáveis socialmente são mais informativos, pois subentendem maior intencionalidade; se o efeito era desejavel socialmente tende-se a aceitar o conformismo e portanto não é informativo acerca da pessoa
Modelo da inferência correspondente (Jones e Davis, 1965): critérios envolvidos na inferência e atribuição de causas - LIBERDADE DE ESCOLHA
a pressão externa é menos informativo; a liberdade de escolha é informativa acerca da pessoa.
Modelo da inferência correspondente (Jones e Davis, 1965): critérios envolvidos na inferência e atribuição de causas - RELEVÂNCIA HEDÓNICA
tendência de inferência correspondente quando a consequência tem impacto positivo ou negativo sobre o autor.
Modelo da inferência correspondente (Jones e Davis, 1965): critérios envolvidos na inferência e atribuição de causas - PERSONALISMO
tendência para realizar inferências quando a consequência de uma ação de outro tem impacto sobre o observador e foi decorrente da intenção do autor.
Erro fundamental da atribuição
comportamento dos outros = causas internas
comportamento do próprio = causas externas
Paradigma da recordação das pistas
traços de personalidade e comportamentos são codificados simultaneamente.
Paradigma de ganhos de reaprendizagem
à medida que se observa uma pessoa desconhecida vai-se formando uma impressão de acordo com a consistência de comportamentos; posteriormente resiste-se à incongruência
Paradigma dos falsos reconhecimentos
tendemos a formar falsas recordações consistentes com a impressão construída da pessoa, levando a uma sensação de consenso de traços
Estratégias de auto-apresentação
necessidade de justificar os comportamentos com o objetivo de ajudar a formar impressões mais positivas sobre mim
Modelo sequencial da atribuição (Gilbert, Pelham e Krull, 1988) - etapas (4)
É o modelo integrador.
- comportamento observado
- categorização do comportamento
- caraterização disposicional
- correção situacional
Modelo sequencial da atribuição (Gilbert, Pelham e Krull, 1988) - etapa categorização do comportamento
(processo automático)
categoriza-se o comportamento de acordo com os quadros de referência
Modelo sequencial da atribuição (Gilbert, Pelham e Krull, 1988) - etapa categorização disposicional
(processo automático)
atribui-se uma causa ao comportamento
Modelo sequencial da atribuição (Gilbert, Pelham e Krull, 1988) - etapa correção situacional
O contexto é adaptado ao quadro mental (não o contrário) pelo que este domina na atribuição de significado