As Disponibilidades Hídricas- águas superficiais Flashcards

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1
Q

Como são constituídos os recursos hídricos disponíveis

A

Os recursos hídricos disponíveis são constituídos por águas superficiais (rios águas, lagos e albufeiras) e por águas subterrâneas (que resultam da infiltração e se encontram até 800 metros de profundidade).

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Q

Como se avalia os recursos hídricos de uma determinada região para a sua correta gestão

A

Para avaliar os recursos hídricos disponíveis numa dada região e que para a sua correta gestão recorre-se ao balanço hídrico, que compreende:

  • A precipitação, que vai alimentar a infiltração e o escoamento superficial;
  • E a evapotranspiração ( a água perdida para a atmosfera através da evaporação da água dos rios, lagos e solos, bem como da transpiração das plantas);
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3
Q

Significado de Balanço hídrico

A

operação que pretende relacionar a realimentação de uma bacia com as perdas que essa mesma região sofreu durante determinado período de tempo, o que permite avaliar a variação do volume de água armazenada nos aquíferos

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4
Q

Significado de Escoamentos

A

parte da precipitação que escoa à superfície (escoamento superficial) e no subsolo (escoamento subterrâneo). Corresponde à diferença entre a precipitação e a evapotranspiração.

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5
Q

Como funciona o balanço hídrico e quando é que este é positivo e negativo

A

O balanço hídrico resulta da diferença entre a precipitação (entradas) e a evapotranspiração (saídas), deste modo:
Quando o balanço é positivo (precipitação > evapotranspiração) existe um aumento do escoamento superficial e uma recarga das reservas hídricas subterrâneas;
Quando o balanço é negativo (precipitação < evapotranspiração) existe uma diminuição do escoamento superficial e uma diminuição das reservas hídricas subterrâneas;

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6
Q

Diferenças regionais do balanço hídrico (continente e arquipélagos)

A

O balanço hídrico verificado em algumas das principais bacias hidrográficas de Portugal Continental permite estabelecer significativas diferenças regionais e nacionais. Entre o norte e o sul existem contrastes significativos ao nível das disponibilidades hídricas, com o Norte a apresentar valores positivos e o Sul valores negativos que evidenciam défice de água. No arquipélago dos Açores, a precipitação total anual é muito elevada, a evapotranspiração é pouco expressiva, mas o escoamento é, também, pouco importante, dado que cerca de 33% da água da precipitação se infiltra. Já no arquipélago da Madeira, as temperaturas médias anuais mais elevadas justificam que cerca de 42% da água se perca por evapotranspiração

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7
Q

Fatores que justificam a variação do balanço hídrico de forma espacial

A

Os contrastes observados entre o norte e o Sul justificam-se, particularmente, pelas características climáticas das duas regiões, especialmente no que se refere à precipitação, quer em termos totais registados, quer na sua distribuição ao longo do ano. Dessa forma, as dificuldades associadas à disponibilidade de água em Portugal continental, aumentam de norte para sul e com a chegada do verão.

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8
Q

As águas superficiais- significado dar rede hidrográfica

A

Os rios organizam-se em redes hidrográficas constituindo, no seu todo, uma importante fonte de água disponível. A rede hidrográfica é o conjunto por um rio e os seus afluentes.

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9
Q

Distribuição das redes hidrográficas

A

A rede hidrográfica em Portugal continental apresenta grandes contrastes, principalmente entre o norte e o sul. No norte apresenta-se mais densa, devido ao relevo mais acidentado, sendo frequentes os vales fundos, encaixados e com declive acentuado, onde correm rios mais caudalosos e turbulentos. Já no sul, as características mais aplanadas do relevo dão origem a vales mais largos e com fraco declive, onde correm rios menos caudalosos e menos agitados.

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10
Q

Rios internacionais portugueses

A

Os maiores rios que correm em Portugal continental são internacionais. Como é o caso dos rios Tejo, Douro, Guadiana, Minho e Lima, que nascem em território espanhol e desaguam no litoral português.

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11
Q

Rios exclusivamente portugueses

A

Exclusivamente portugueses, com nascente e foz portuguesa, são de referir, entre outros, os rios Cávado, Mondego, Vouga e sado.

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12
Q

Orientação geral dos rios

A

Os rios que integram a rede hidrográfica portuguesa apresentam uma orientação dominante no sentido este-oeste ou nordeste-sudoeste, acompanhando a inclinação geral do relevo, e desaguam no litoral ocidental.

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13
Q

Orientação das duas exceções de rios

A

Os rios Guadiana e Sado são, contudo, duas exceções, o Guadiana com uma orientação norte-sul nalgumas secções e a desaguar no litoral meridional. Por outro lado, o Sado com uma orientação sul-norte, a desaguar no litoral ocidental.

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14
Q

Significado de bacia hidrográfica

A

Bacia hidrográfica é a área drenada por um rio principal e seus afluentes.

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15
Q

fatores que influenciam o escoamento

A

O escoamento, numa bacia hidrográfica, é condicionado por vários fatores, entre os quais se referem a precipitação, a superfície drenada e as características do relevo e do solo.

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16
Q

As bacias hidrográficas internacionais, que ocupam cerca de 64% do território de Portugal continental, exigem uma gestão integrada da água, o que, por vezes, constitui um grande desafio. De que depende o escoamento dos rios internacionais e qual o fator que influencia este facto?

A

O escoamento total dos rios internacionais depende fortemente dos escoamentos provenientes de Espanha, embora o escoamento médio produzido nesse país seja inferior ao produzido em Portugal.
Esta situação tem a ver com o facto de a precipitação total registada no nosso país ser superior à registada em Espanha, como resultado da forte influência atlântica que condiciona o clima no nosso território.

17
Q

Qual o escoamento médio de Portugal

A

O escoamento anual médio, em Portugal continental, é de 385 mm, corresponde a cerca de um terço da precipitação. No entanto, verifica-se uma forte irregularidade nos valores registados, quer ao longo do ano, quer no espaço, de acordo com o que acontece com a distribuição da precipitação.

18
Q

Relaciona o escoamento com as bacias hidrográficas

A

Comparando, ainda, o escoamento anual nas várias bacias hidrográficas analisadas com maior área das mesmas, pode concluir-se que, em geral, quanto maior for a área, maior será a quantidade de água drenada. Contudo, há exceções, que se explicam com base nas características climáticas da região, em particular a intensidade da precipitação.

19
Q

De que forma o caudal dos rios é afetado

A

O caudal dos rios é particularmente afetado pelas características climáticas da região que atravessam, quer pela variação anual da temperatura, quer pela variação anual da precipitação. Os rios portugueses apresentam caudais muito irregulares ao longo do ano.

20
Q

Pode dizer-se que o regime hidrográfico dos rios portugueses é irregular, marcado por duas estações muito contrastadas

A
  • De outubro a abril ocorre uma estação com caudais elevados, que reflete a abundância de precipitação;
  • De maio a setembro ocorre uma estação com caudais reduzidos, justificados pela escassez de precipitação;
21
Q

Significado de caudal

A

Volume de água que atravessa uma dada secção de um curso de água por unidade de tempo. Normalmente, exprime-se em m3/s.

22
Q

Significado de regime hidrográfico

A

Variação do caudal de um rio ao longo do ano

23
Q

Significado de leito

A

Terreno que pode ser coberto pelas águas de um curso de água. Distinguem-se três tipos: normal, de cheia e de estiagem.

24
Q

Indica de que forma e os fatores do caudal de um rio ao longo do ano

A

A escassez de precipitação nos meses mais secos, associada a elevadas temperaturas que aumentam a evaporação, provoca redução significativa do caudal, podendo o leito normal de alguns rios reduzir-se a um leito de estiagem. Em casos de estiagem severa, pode traduzir-se na ausência completa de escoamento superficial. Esta situação é muito frequente no sul do país, durante o verão. Contudo, no inverno, a abundância de precipitação, aliada a baixas temperaturas, traduz-se no aumento do caudal dos rios, podendo as águas ultrapassar as margens do leito normal, provocando cheias. Nesse caso, diz-se que o rio corre em leito de cheia.

25
Q

Indica de que forma os rios se comportam no espaço

A

A irregularidade dos regimes hidrográficos aumenta de norte para sul. Deste modo, podemos concluir, que no norte os rios são mais caudalosos e regulares ao longo do ano. Podem ocorrer cheias no inverno, com alguma frequência, e no verão registar-se diminuição do caudal, mas sempre com escoamento. No sul os rios têm um regime muito irregular. É frequente a intensa redução de caudal no verão, podendo chegar ao seu desaparecimento temporário.

26
Q

A forma como o caudal se comporta nos arquipélagos

A

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, as bacias hidrográficas, apesar de numerosas, são pouco extensas, dada a pequena dimensão das ilhas. A existência de grandes desníveis e de fortes declives, bem como a ocorrência de precipitação intensa, particularmente no inverno, explicam o regime muito irregular e torrencial das ribeiras, provocando cheias, por vezes de efeitos desastrosos. A irregularidade doa caudais é mais acentuada no arquipélago da madeira, dada a maior variabilidade da precipitação anual.

27
Q

Significado de Albufeira

A

Lago artificial resultante da construção de uma barragem num curso de água.

28
Q

Barragem

A

Obra de engenharia hidráulica contruída no leito de um rio tendo em vista a retenção de água para utilização diversa

29
Q

Intensidade do nº de lagos e albufeiras em Portugal

A

Os lagos e albufeiras constituem, para além dos cursos de água, outros recursos hídricos disponíveis, os lagos, que, no nosso país, por serem, geralmente, de pequenas dimensões são designados por lagoas, são constituídos por depressões onde se acumula água. Podem ter diferentes origens- marinho-fluvial, glaciária e vulcânica.

30
Q

Principais origens das lagoas de Portugal continental

A

Em Portugal continental, as lagoas são predominantemente de origem marinho-fluvial e localizam-se na faixa litoral, constituindo reservatórios de água salobra, como por exemplo, as lagoas de Óbidos, de Santo André ou de Melides. Estas lagoas estão separadas do mar por estreitos cordões de areia.

31
Q

Origem das lagoas nas zonas de altitude- serra da Estrela

A

Na serra da estrela existem algumas lagoas de origem glaciária, onde se acumula água da chuva ou proveniente de degelo, nalguns casos aproveitada para a produção de energia elétrica, como é o caso da lagoa comprida, onde foi construída uma barragem.

32
Q

Origem das lagoas nos arquipélagos

A

No arquipélago dos Açores podem-se encontrar numerosas lagoas de origem vulcânica, que dão origem a paisagens de grande beleza e constituem verdadeiros cartazes turísticos da região. Com origem no abastecimento de antigas crateras vulcânicas que deram origem a depressões conhecidas pela designação de caldeiras, são alimentadas por águas das chuvas e de nascentes.

33
Q

Para que podemos usar uma barragem, mais especificamente albufeiras

A

Albufeiras são lagos artificiais onde é armazenada água que pode ser, posteriormente, utilizada noutras estações do ano e para diversos fins. A título de exemplo refere-se a albufeira do Alqueva, um dos mais recentes empreendimentos desta natureza construído em Portugal e que tem a maio capacidade de armazenamento de água. Constitui, atualmente, o maior lago artificial da Europa.