Apendicite aguda/divertículos/pólipos intestinais/CA colorretal Flashcards
Apendicite Aguda
Fisiopatologia?
Obstrução → distensão/proliferação bacteriana → isquemia com risco de perfurar.
Principais causas de obstrução do apêndice? (5)
- Fecalito ;
- Hiperplasia linfoide;
- Neoplasias;
- Corpo estranho;
- Parasitos.
Localização do apêndice em 50% dos casos
Ponto de Mcburney
Apendicite Aguda
Clínica? (5)
- Dor meso/epigástrica que migra para FID;
- Febre baixa;
- Náuseas/vômitos;
- Diarreia/constipação;
- Anorexia.
Se complicada: plastrão/abscesso (massa palpável), peritonite difusa
V ou F?
O risco de perfuração da apendicite aguda é CIA : Criança > Idoso > Adulto.
Falso
O risco de perfuração da apendicite aguda é ICA:
Idoso > Criança > Adulto.
As principais bactérias isoladas em cultura são:
B. fragiles e E. coli.
Apendicite Aguda
Sinais ao exame físico? (6)
- Blumberg;
- Rovsing;
- Dunphy;
- Obturador;
- Lenander;
- Psoas;
Sinal de Blumberg
Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney.
Sinal de Rovsing
Dor na FID ao comprimir a FIE.
Sinal de Dunphy
Dor em FID que piora com a tosse
Sinal do Obturador
Dor hipogástrica desencadeada por flexão da coxa + rotação interna do quadril, em decúbito dorsal.
Sinal de Lenander
T retal > T axilar em pelo menos 1º C.
Sinal do Psoas
Em decúbito lateral esquerdo, o examinador realiza a hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência).
Apendicite Aguda
Diagnóstico?
Exame de imagem apenas em:
Clínico Realizo TC ou USG/RNM em: 1. Criança - USG/RNM 2. Idoso; 3. Mulheres; 4. Gestantes - USG/RNM
Apendicite precoce/simples (< 48h e sem complicação)
Conduta?
Dieta zero + antibiótico profilático +
apendicectomia (aberta ou por vídeo)*.
Apendicite tardia (> 48h ou massa palpável)
Exame de imagem: USG ou TC
Sem complicações: tratar como apendicite precoce
Fleimão (< = 3cm): ATB (terapêutico por 7-10 dias) +/- cirurgia após 6 a 8 semanas
Abscesso (> 3cm): ATB (terapêutico por 7-10 dias) + drenagem percutânea +/- cirurgia após 6 a 8 semanas
Apendicite com peritonite difusa
Atb (7-10 dias) + cirurgia de urgência
A doença diverticular dos cólons é caracterizada pela presença de divertículos nos cólons, ___ (com/sem) inflamação
Sem.
se inflamação → diverticulite
Doença Diverticular dos Cólons
Fatores de risco? (4)
- População ocidental; 2. Dieta pobre em fibras; 3. Idosos; 4. ↑Pressão nos cólons.
Doença Diverticular dos Cólons
V ou F?
É mais comum no sigmoide (lado esquerdo)
Verdadeiro
Quais exames fazer na suspeita de Doença Diverticular?
Colonoscopia
Clister opaco
V ou F?
Na doença diverticular dos cólons (diverticulose), os pacientes geralmente são assintomáticos (diagnóstico feito de maneira incidental pela colonoscopia/clister opaco).
Verdadeiro
Doença Diverticular dos Cólons
Sítios mais comuns? (2)
Cólon esquerdo e Sigmóide.
Doença Diverticular dos Cólons
Complicação + encontrada em cólon
direito?
Hemorragia (15%).
Doença Diverticular dos Cólons
Complicação + encontrada em cólon
esquerdo/sigmóide?
Diverticulite (inflamação).
Esquerdo “ Enflama”
Diverticulite Aguda
Inflamação ou infecção em uma ou mais das pequenas bolsas do trato digestivo.
A diverticulite aguda também é lembrada, no idoso, como…
“apendicite à esquerda”.
Diverticulite Aguda
Clínica? (4)
- Dor abdominal (FIE – insidiosa);
- Febre c/ calafrio;
- Urgência urinária;
- Mudança do hábito intestinal.
Diverticulite Aguda
Fisiopatologia
Ocorre obstrução do divertículo por fecalito, com acúmulo de secreção e proliferação bacteriana –> pseudo-divertículo muito frágil –> microperfurações e abscesso pericólico.
Diverticulite Aguda
V ou F?
O diagnóstico é clínico. Na dúvida, pode ser feito US (padrão-ouro).
Falso
O diagnóstico é clínico. Na dúvida, pode ser feito TC (padrão-ouro).
V ou F?
No quadro de diverticulite aguda deve ser feito colonoscopia e clister opaco para diagnóstico.
Falso
A colono pode perfurar o intestino e o clister pode causar peritonite química!
V ou F?
A colonoscopia na diverticulite aguda deve ser feita apenas 4 a 6 semanas após o tratamento, para excluir câncer de retossigmoide
Verdadeiro
Diverticulite Aguda
Complicações? (4)
- Abscesso (+ comum);
- Perfuração (+ grave);
- Fístula;
Diverticulite Aguda
Fístula mais comum?
Colovesical.
Diverticulite Aguda
Exame diagnóstico?
TC (padrão-ouro) → lesão hipodensa/bem delimitada.
Diverticulite Aguda
Quais exames evitar na fase inicial? Por quê? (2)
- Colonoscopia e clister opaco.
2. Pelo risco de perfuração.
Diverticulite Aguda
Hinchey I?
abscesso pericólico
Diverticulite Aguda
Hinchey II?
abscesso pélvico
Diverticulite Aguda
Hinchey III?
peritonite purulenta
Diverticulite Aguda
Hinchey IV?
peritonite fecal
Diverticulite Aguda não complicada
Conduta? (3)
Suporte + ATB
Cirurgia eletiva se: imunodeprimido / fístula / incapaz de excluir CA/ após 3° episódio
Diverticulite Aguda
Quando fazer colonoscopia? Qual a sua finalidade?
- 4-6 semanas após término dos antibióticos.
2. Excluir neoplasias
V ou F?
A antibioticoterapia sempre fará parte do tratamento da diverticulite aguda.
Verdadeiro.
Diverticulite Aguda complicada
Conduta?
Abscesso >= 4cm → drenagem guiado por imagem + ATB + cirurgia eletiva - I e II
Peritonite → cirurgia de urgência (colectomia à Hartmann) - III e IV
Opção para peritonite purulenta: lavagem laparoscópica
Diverticulite Aguda
Cirurgia eletiva proposta?
Cirurgia de urgência proposta?
- sigmoidectomia com anastomose primária terminoterminal
2. sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do coto retal (à Hartmann)
Os divertículos são mais comuns em colón _______ (direito/esquerdo), e sangram mais em cólon _______ (direito/esquerdo).
Esquerdo; direito.
Quais os ramos do tronco celíaco?
- Artéria gástrica esquerda
- Artéria hepática comum
- Artéria esplênica
A artéria mesentérica superior irriga quais estruturas? (4)
- Intestino delgado;
- Ceco;
- Cólon ascendente;
- Cólon transverso.
A artéria mesentérica inferior irriga quais estruturas? (4)
- Cólon transverso;
- Cólon descendente;
- Cólon sigmoide;
- Reto superior.
A artéria gástrica direita (pilórica) é ramo da artéria…
hepática própria.
A artéria gástrica esquerda é ramo do…
tronco celíaco.
A hemorragia pode ser classificada como
alta, quando
Está acima do Ângulo de Treitz (duodeno-jejunal)
A hemorragia pode ser classificada como
baixa, quando
Está abaixo do Ângulo de Treitz (duodeno-jejunal)
HDA x HDB
Limite anatômico?
Ângulo de Treitz (duodeno-jejunal).
acima: HDA / abaixo: HDB
HDA
Sinais?
- Hematêmese (vômito com sangue);
2. Melena (fezes escurecidas, odor pútrido, aspecto em “borra de café”).
Na hemorragia digestiva alta, a sonda nasogástrica aspira líquido ___________ (sanguinolento/bilioso sem sangue).
Sanguinolento.
Já na hemorragia digestiva
baixa, a sonda nasogástrica aspira líquido bilioso sem sangue.
HDB
Sinais?
- Hematoquezia (sangramento proveniente do reto e ânus, fica em torno das fezes mas não se mistura com elas, ou goteja após evacuação);
- Enterorragia (evacuação de sangue vivo, mais volumoso).
HDA
Exame confirmatório e terapêutico?
Endoscopia digestiva alta (EDA) nas primeiras 24 horas.
resolve até 98% dos casos de sangramento digestivo alto - terpia endoscópica
HDA
Causas? (3)
- Úlceras (+ comum);
- Varizes esofagogástricas;
- Lacerações Mallory-Weiss.
Hemorragia digestiva baixa (HDB)
Causas? (4)
- Divertículo;
- Inflamação (Crohn/RCU);
- Câncer;
- Angiodisplasia.
Etiologia mais comum de hemorragia digestiva baixa?
Diverticulose.
V ou F?
A hematoquezia/enterorragia normalmente aparece na hemorragia digestiva baixa, mas pode estar presente na hemorragia digestiva alta.
Verdadeiro (10-20%).
V ou F?
HDA é mais comum que a HDB
Verdadeiro
V ou F?
A primeira conduta é a estabilização hemodinâmica (tanto na hemorragia digestiva alta quanto na baixa)
Verdadeiro
Fluxograma diagnóstico HDB
- EDA (afastar HDA) e toque retal + anuscopia (afastar hemorroida)
- Sangramento leve-moderado: colonoscopia . Se a colonoscopia não mostrar a lesão, eu peço
a) Cintilografia (0,1 mL/min);
b) Arteriografia (> 0,5 mL/min) (+terapêutica). - Sangramento maciço: Arteriografia
Se nada resolver: colectomia!!!!!!!!!!
HDB
Vantagem e desvantagem da
cintilografia?
- Vantagem: capaz de detectar fluxo a partir de 0,1 mL/min (mais sensível);
- Desvantagem: localização imprecisa / não é terapêutica.
Quais são os tipos de pólipos intestinais com maior chance de degenação maligna?
Pólipos adenomatosos vilosos com mais de 2cm e displasia grave (adenoma –> adenocarcinoma)
Pólipos intestinais
Quais são não-neoplásicos?
hiperplásicos / hamartomatosos (problema arquitetural) / inflamatórios
Pólipos intestinais
Quais são neoplásicos?
adenoma / adenocarcinoma
Pólipos intestinais
Conduta?
Polipectomia!
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
Características (2)
- Presença do gene APC mutante
2. Pólipos adenomatosos em todo TGI
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
Variantes
Síndrome de Gardner: dentes extranumerários, osteoma, lipoma
Síndrome de Turcot: tumores do SNC (meduloblastoma)
Síndrome de Peutz-Jeghers
Características (3)
- Pólipos hamartomatosos
- Acomete mais delgado (intussepção/melena/anemia)
- Manchas melanóticas (pele e mucosa)
Síndrome de Cowden
Características (3)
- Pólipos Hamartomatosos
- Ceratose palmoplantar
- Nódulos verrucosos (triquelemomas)
CA colorretal
Lesão inicial?
Adenoma.
malignização em aproximadamente 10 anos
Adenocarcinoma colorretal
Classificação (3)
- Esporádico (+ comum)
- Hereditário associado a pólipos
- Hereditário não-polipose - o Síndrome de Lynch
CA colorretal
Apresentação clínica em cólon direito ? (3)
- Anemia ferropriva;
- Massa palpável;
- Melena.
CA colorretal
Apresentação clinica em cólon
esquerdo?
Alteração do hábito intestinal.
diarreia e/ou constipação
CA colorretal
Apresentação clinica em reto? (3)
- Hematoquezia (manifestação mais comum do câncer de reto);
- Fezes em fita;
- Tenesmo.
CA colorretal
Localização mais comum
Colo direito
V ou F?
Diagnóstico do CA colorretal pode ser realizado por retossigmoidoscopia.
Falso.
A retossigmoidoscopia não detecta tumores sincrônicos altos.
CA colorretal
Diagnóstico?
Colonoscopia com biópsia.
CA colorretal
Acompanhamento após o diagnóstico?
Antígeno carcinoembrionário (CEA).
CA colorretal
Rastreamento
Colonoscopia a cada 10 anos
Esporádico: 50 anos ou mais –> colectomia parcial
História familiar: 40 anos ou mais –> colectomia parcial
o Lynch: 20 anos ou mais –> colectomia total
o PAF: 10 anos ou mais. Pode fazer retoscopia –> colectomia total
V ou F?
O estadiamento TMN do CA colorretal possui os itens T e M idênticos ao CA de esôfago e estômago.
Verdadeiro
CA cólon
Tratamento? (3)
- Colectomia com margem de segurança;
- Linfadenectomia;
- QT adjuvante (Se N positivo).
CA reto
Até T1 (submucosa) e N0
Excisão local
CA reto
Indicação do tratamento padrão
(TNM)? Conduta? (3)
- ≥ T2.
2. QT + RT neoadjuvante+ cirurgia + QT adjuvante
CA reto
Cirurgia para tumores altos (> 5 cm da margem anal)?
Ressecção abdominal baixa (RAB) + excisão total do mesorreto com anastomose colorretal
CA reto
Cirurgia para tumores baixos (≤5cm da margem anal – muito próxima do esfíncter)?
Ressecção abdominoperineal (Miles) + excisão total do mesorreto com colostomia definitiva
Polipose adenomatosa familiar
Conduta?
Protocolectomia profilática
Síndrome de Lynch
Câncer colorretal hereditário não-polipoide. Não segue a clássica sequência adenoma-carcinoma.
V ou F?
Síndrome de Lynch tipo II aumenta a probabilidade de câncer em outras localizações
Verdadeiro
Síndrome de Lynch
Diagnóstico? (3)
Critérios de Amsterdam: 1. CA colorretal antes dos 50 anos; 2. > 3 familiares acometidos (pelo menos um de 1° grau); 3. Acomete duas gerações consecutivas.