ANTIBIÓTICOS Flashcards

1
Q

EFEITOS COLATERAIS GRAVES DAS FLUOROQUINOLONAS

A

Tendinite, ruptura do tendão, artralgia, dor nas extremidades, alterações na marcha, neuropatias associadas à parestesia, depressão, fadiga, diminuição da memória, distúrbios de sono, deficiência auditiva, visão, paladar e olfato

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2
Q

PRINCIPAIS CLASSES

A
  • Beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos)
  • Aminoglicosídeos
  • Macrolídeos
  • Quinolonas
  • Sulfas e seu uso clínico nas infecções comunitárias e hospitalares
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3
Q

ATB TEMPO DEPENDENTES

A
  • Sua ação depende do tempo de exposição das bactérias às concentrações séricas e teciduais
  • Sua ação independe dos níveis séricos atingidos, mas sim do tempo que permanecem acima da MIC para esse microrganismo
  • Deve-se, portanto, visar maximizar a duração da exposição do patógeno ao fármaco
  • Pertencem a esse grupo: vancomicina e β-lactâmicos
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4
Q

ATB CONCENTRAÇÃO DEPENDENTES

A
  • Sua ação depende da concentração sérica: quanto maior a concentração (pico), mais rápida a erradicação do patógeno
  • Pertencem a esse grupo: aminoglicosídeos e fluroquinolonas
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5
Q

INDICAÇÕES DE ANTIBIOTICOTERAPIA

A

Nem todas as infecções requerem ATB. Não se deve tratar:
o Abscessos de parede  drenar
o Úlceras cutâneas crônicas
o Bacteriúria assintomática – exceto em grávidas e pré-procedimentos urológicos
o Febre relacionada a cateter venoso profundo de longa permanência, sem sepse, que, em geral, se resolve com a retirada do cateter
o Diarreias infecciosas – autolimitadas em sua maioria
o Flebites não purulentas

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6
Q

ESCOLHA DE ATB

A
  • O dx da infecção deve ser embasado em critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais
  • A escolha deve levar em consideração:
    o Sítio da infecção: definir/presumir se a infecção é comunitária ou hospitalar – neste caso verificando o perfil de sensibilidade dos microrganismos isolados das infecções no hospital.
    o Agente causal, gravidade, epidemiologia: as informações epidemiológicas, possiveis causas e susceptibilidades são baseadas nos dados clínicos pregressos do hospital ou região
    o Hospedeiro e sua epidemiologia: idade, história pregressa de hipersensibilidade a ATB, funções hepática e renal, gestação, estado imunológico, coagulopatia, alergias, uso recente de ATB, se está hospitalizado há muito tempo ou foi hospitalizado recentemente, perfil de sensibilidade dos microrganismos, frequência dos microrganismos nos diferentes tipos de infecção, doença de base, possível insuficiência de órgãos
    o Sobre o antimicrobiano: produto a ser usado, composição química e modo de ação, farmacocinética, espectro de atividade, dose a ser prescrita, via, intervalo e forma de administrar, via e forma de eliminação, distribuição, interação com outros ATB, potencial de induzir resistência, efeitos adversos, contraindicações e custo
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7
Q

PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO

A

Os antimicrobianos podem agir em diversas etapas do ciclo de vida das bactérias
* Inibição da síntese de parede celular: atuam impedindo a síntese de peptideoglicano. Exs.:
o β-lactâmicos  inibem enzimas necessárias à síntese de peptideoglicano
o Glicopeptídeos, como vancomicina  se liga a extremidade terminal do peptídeo D-Ala D-Ala da cadeia do peptideoglicano
* Inibição da síntese proteica: ligam-se às subunidades ribossomais bacterianas (30s e 50s) e impedem a síntese de proteínas. Exs.:
o Aminoglicosídeos
o Tetraciclinas
o Cloranfenicol
o Macrolídeos
o Licosamida
o Oxazolinidonas
* Inibição da síntese de material genético: atuam inibindo as enzimas girasse e topoisomerase IV, que atuam na replicação do DNA, impedindo a síntese de RNAm, logo, de proteínas. Exs.:
o Quinolonas  ciprofloxacina, norfloxacina e ofloxacina
* Desorganização da membrana celular: moléculas anfipáticas tensoativas que interagem com as moléculas de polissacarídeos da membrana celular externa, desorganizando-a e alterando sua permeabilidade  causa o extravasamento do conteúdo intracelular. Ex.:
o Polimixinas
* Interferência no metabolismo celular: agem pelo bloqueio de diferentes etapas da síntese do folato, cofator necessário para síntese de DNA e de RNA, impedindo que os processos celulares ocorram. Exs.:
o Sulfonamidas
o Trimetroprim

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8
Q

RESISTÊNCIA BACTERIANA

A

A resistência aos antimicrobianos pode ser:
1) intrínseca;
2) adquirida como resultado de mutações que podem ocorrer durante a replicação celular ou ser induzidas por intermédio de agentes mutagênicos;
3) adquiridas pela aquisição de material genético exógeno anteriormente presente em outros microrganismos que contenham genes de resistência propagados por meio de mecanismos de transferência gênica horizontal, como a conjugação bacteriana, a transformação e a transdução.
Os mecanismos bioquímicos de resistência aos ATB são:
* Inativação enzimática do ATB: produção de enzimas pela bactéria capazes de degradar ou inativar o ATB. Ex. clássico é a produção de β-lactamase, que hidrolisa o anel β-lactâmico das penicilinas e cefalosporinas.
o Várias bactérias gram-positivas e negativas produzem β-lactamases de espectro estendido (ESBLs), que são codificadas por genes plasmidiais e conferem resistência à todas as penicilinas e cefalosporinas de 3ª geração, mas não às cefamicinas e aos carbapenêmicos
o Existem, ainda, as carbapenemases, que degradam até os anéis dos carbapenêmicos e são chamadas KPC. Esses casos são tratados com polimixinas ou aminoglicosídeos
* Modificação do alvo do ATB: mudanças estruturais do alvo em que um ATB atua, previnem sua ligação efetiva. Ex. são as Proteínas Ligadoras da Penicilina (PBP), responsáveis pela ligação cruzada entre os polímeros de ácido N-acetilmurâmico e N-acetil glucosamina, precursores do peptideoglicano que forma a parede celular. Quando as PBPs possuem mutações nos genes que as codificam, apresentam estruturas modificadas (PBPa2), com afinidade pelo fármaco, não permitindo a lise celular, uma vez que a droga não interferirá na ligação cruzada entre os dois polímeros formadores da parede bacteriana.
o Esse mecanismo de resistência ocorre no S. aureus resistente a oxacilina (MRSA)
* Modificações dos aminoácidos D-alanina: a troca de D-alanina D-alanina na extremidade terminal do peptideoglicano por D-alanina D-lactato ou D-alanina D-serina reduz muito a afinidade do ATB pelo seu sítio de ligação, não afetando, portanto, a bactéria
* Bombas de efluxo: são proteínas de membrana que exportam os antibióticos para o meio extracelular, mantendo as concentrações intracelulares em baixos níveis. Esse mecanismo de resistência afeta todas as classes de antibióticos, sobretudo macrólitos, tetraciclinas e fluoroquinolonas.
* Alteração da permeabilidade da membrana: os fármacos penetram a membrana celular de várias formas, como por difusão simples ou difusão facilitada mediada por proteínas porinas. A modificação da permeabilidade é um mecanismo importante de resistência, sobretudo nos bacilos gram-negativos

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9
Q

BETALACTÂMICOS - PENICILINAS

A
  • ATB bactericidas que inibem a síntese da parede celular, ao interferir na transpeptidação de bactérias G-positivas e negativas
  • Atuam através das PBP – proteínas presentes na membrana plasmática bacteriana – ligando-se a elas e impedindo a formação de ligações trans-peptidásicas na síntese do peptideoglicano
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10
Q

PENICILINAS NATURAIS OU BENZILPENICILINAS

A
  • São as penicilinas G e V
  • Penicilina G Benzatina:
    o Via de adm.: intramuscular (benzetacil)
    o Espectro: sobretudo, gram-positivos. É a droga de escolha para 3 doenças  sífilis, faringoamigdalite bacteriana e impetigo estreptocócico. Além disso, é profilaxia para febre reumática.
    o É uma droga de depósito  seu efeito persiste por até 21 dias após a aplicação
  • Penicilina G cristalina:
    o Via de adm.: intravenosa
    o Normalmente indicada para infecções mais graves; tem ½ vida mais curta que a benzatina
    o Espectro: sobretudo gram-positivos e espiroquetas (T. palidum). Usada em casos de leptospirose grave, tto hospitalar de PNM em crianças, endocardite bacteriana, infecção por N. meningitidis (G-negativo)
    Penicilina G procaína
  • Via de adm.: intramuscular
  • Apresenta ½ mais curta que a Benzatina
  • É pouco usada na prática
  • Mesmo espectro de ação da benzatina
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11
Q

PENICILINAS RESISTENTES ÀS PENICILINASES

A
  • Também chamadas de isozazolil penicilinas
  • Fazem parte deste grupo: oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, meticilina, nefcilina.
  • Oxacilina – única disponível no Brasil
  • O principal uso dessas drogas são infecções por S. aureus. Os S. aureus são divididos em MSSA e MRSA (sensíveis ou resistentes à meticilina.
    o A oxacilina é a droga de escolha em infecções por MSSA;
    o Em infecções por MRSA  vancomicina
  • Oxacilina:
    o Via de adm.: intravenosa
    o Espectro: MSSA
    o Usos: infecções em que se suspeita de S. aureus  erisipela, celulite, dentre outras doenças com possibilidade de disseminação hematológica (endocardite infecciosa) ou por contiguidade com a pele (meningite por uso de DVP)
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12
Q

AMINOPENICILINAS

A

Principais deste grupo: amoxicilina e ampicilina
* Espectro: gram-positivos (em menor eficácia comparado às penicilinas naturais); mas têm espectro mais amplo para gram-negativas, além de cobrir cocos (Streptococcus, enterococcus, N. meningitidis) e bacilos (E. coli, Listeria monocytogenes e H. influenzae)
* Normalmente, são associadas a inibidores da beta-lactamase (ácido clavulânico e sulbactam) – a fim de ampliar seu espectro
* Amoxicilina: muito usada, associada ou não ao ácido clavulânico
o Usos: faringoamigdalite bacteriana, PNM comunitária, rinossinusite bacteriana e infecção por H. pylori
o Posologia: 500mg de 8/8h ou 875mg de 12/12h
* Ampicilina: muito usada, sobretudo associada ao sulbactam (Unasyn).
o Via de adm.: EV
o Apresentação: 500 ou 1000mg  posologia usual é 2g EV de 4/4h
o Usos: gastroenterite aguda bacteriana (cobre Shigella), PNM em crianças, endocardite infecciosa, PNM comunitária, infecção de canal de parto pelo Strepto do grupo B, corioamnionite etc.

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13
Q

CARBOXIPENICILINAS E UREIDOPENICILINAS

A
  • Essas duas classes são compostas pelas carboxipenicilinas (carbenicilina e ticarcilina) e as ureidopenicilinas (mezlocilina, piperacilina e azlocilina)
  • A mais usada é a piperacilina, inibidor de beta-lactamase, e a piperacilina-tazobactam (tazocin). Possuem ação contra Pseudomonas.
  • TAZOCIN:
    o Espectro: gram-negativas (enterobactérias) – sobretudo Proteus, Enterobacter e Pseudomonas aeruginosa, que são, normalmente, resistentes às outras penicilinas. Também cobre gram-positivos
    o Usos: infecções hospitalares e infecções com risco/suspeita de Pseudomonas
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14
Q

INIBIDORES DE BETA-LACTAMASE

A
  • São utilizados em conjunto com algumas penicilinas, ampliando seu espectro de ação em casos de bactérias produtoras de beta-lactamase (ex. estreptococo resistente)
    o Amoxicilina + clavulanato = Clavulin
    o Ampicilina + sulbactam = Unasyn
    o Ticarcilina + clavulanato = Timentin
    o Piperacilina + Tazobactam = Tazocin
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15
Q

CARBAPENÊMICOS

A

Classe muito utilizada para infecções hospitalares; são drogas potentes e de amplo espectro.
Este grupo é composto por três antibióticos: meropenem, imipenem e ertapenem.
Espectro: apenas o ertapenem NÃO cobre pseudomonas. Todos cobrem anaeróbios. São drogas de escolha em infecções por bactérias produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL).
Resistência: a principal bactéria resistente aos carbapenêmicos é a Klebsiella produtora de carbapenemases (KPC)  nesse caso, a droga de escolha é as polimixinas.

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16
Q

MEROPENEM

A
  • Meropenem: bastante usada em UTI. Atravessa a BHE
    o Espectro: é maior contra bacilos gram-negativos, sobretudo Pseudomonas aeruginosa. Tem atividade contra anaeróbios e bacilos gram-positivos, como a Listeria monocytogenes. Amplo espectro contra cocos e bacilos gram-negativos, gram-positivos e anaeróbios. Eficaz contra: estreptococos, pneumococos, estafilococos oxacilina-sensíveis, hemófilos, gonococo, meningococo, Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Shigella e outras enterobactérias.
    o Usos: basicamente infecções hospitalares, infecções com risco de pseudomonas, infecções abdominais e pancreatite aguda necrotizante (droga de escolha nesses casos)
17
Q

IMIPENEM

A
  • Imipenem: usado em conjunto com a cilastina (droga que impede a ação da deidropeptidase renal, o que aumenta a ½ vida e a biodisponibilidade do imipenem). Tem boa distribuição em vários tecidos – atravessa a BHE em pacientes com meningoencefalites, e a barreira feto placentária. Pouca passagem pelo leite materno
    o Espectro: amplo espectro contra cocos e bacilos gram-negativos, gram-positivos e anaeróbios. Eficaz contra: estreptococos, pneumococos, estafilococos oxacilina-sensíveis, hemófilos, gonococo, meningococo, Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Shigella e outras enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa. Tem ação supressora, pois inibe a multiplicação por 2 a 4 horas das bactérias que não foram mortas.
    o Usos: infecções hospitalares, infecções com risco de pseudomonas, infecções abdominais e pancreatite aguda necrotizante (droga de escolha nesses casos)
18
Q

CEFALOSPORINAS

A

As cefalosporinas são antibióticos bactericidas; por serem Betalactâmicos, sua ação é inibir a síntese da parede celular bacteriana.
São divididas em 5 gerações.
* 1ª geração: cefalotina, cefazolina, cefadroxila e cefalexina.
* 2ª geração: cefoxitina, cefuroxima e cefaclor.
* 3ª geração: ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima.
* 4ª geração: cefepima e cefpiroma.
* 5ª geração: ceftarolina e ceftobiprola.

19
Q

CEFALOSPORINAS 1ª GERAÇÃO

A
  • são representadas por medicamentos de via oral, cefalexina e cefadroxil, e por medicamentos de via parenteral, cefalotina e cefazolina.
  • Espectro: gram-positivo (exceto enterococcus e estafilococo coagulase negativa) e poucos gram-negativos (como E. coli, Proteus spp e Klebsiella pneumoniae).
    o Nos gram-positivos, o destaque é o MSSA.
  • Indicações clássicas:
    o Infecção de trato urinário inferior: principalmente em crianças e gestantes (sobretudo cefalexina).
    o Infecções de pele em tratamento ambulatorial (cefalexina) ou hospitalar (cefalotina).
    o Profilaxia de infecção de ferida cirúrgica (cefalotina ou cefazolina - Kefazol).
    CEFALEXINA
  • Droga bastante utilizada na prática para profilaxia e tratamento de ITU em crianças e tratamento de ITU em gestantes, além de infecções de pele não graves.
  • Via de administração: oral.
  • Apresentação: comprimido revestido de 500 mg ou 1 g, ou suspensão oral de 100 mg/mL ou 250 mg/5mL.
    CEFADROXILA
  • Via de administração: oral.
  • Apresentação: cápsula de 500 mg ou suspensão oral de 50 mg/mL.
    CEFALÔNIA
  • Via de administração: intravenosa.
  • Apresentação: 1 g.
    CEFAZOLINA (KEFAZOL)
  • Via de administração: intravenosa.
  • Apresentação: 1 g.
20
Q

CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO

A
  • A grande diferença é uma cobertura maior contra cocos gram-negativos e cocos gram-positivos, como o pneumococo. Ademais, cobrem H. influenzae e M. catarrhalis. Permanece a cobertura contra enterobactérias.
  • Especificamente a cefotixina tem boa cobertura contra bacteroides fragilis.
  • São representadas por cefotixina, cefuroxime, cefprozil e cefaclor – este último já não é tão mais recomendado na prática.
    Cefuroxima
  • Espectro: mais ativo contra H. influenzae, M. catarrhalis e cocos gram-positivos.
  • Usos: um grande é na infecção do trato urinário.
    Cefoxitina
  • Via de administração: intravenosa.
  • Apresentação: 1 g.
  • Espectro: menos poder contra gram-positivos e mais poder contra anaeróbios. Porém, é uma droga que induz a produção de beta-lactamase.
  • Usos: infecções abdominais, profilaxia de cirurgias abdominais e pélvicas.
21
Q

CEFALOSPORINAS 3ª GERAÇÃO

A
  • Uma das classes mais utilizadas na prática médica. Seu poder de ação amplia-se para os gram-negativos.
  • Penetram barreira hematoencefálica, por isso são usadas em meningites (exceto se por Listeria monocytogenes).
  • Não têm ação contra germes atípicos.
  • Constituem essa classe: ceftriaxona, ceftazidma e cefotaxima.
  • A grande diferença é que a ceftazidma é a única com boa ação contra Pseudomonas.
  • Seus usos são:
    o Pneumonia bacteriana em tto hospitalar.
    o Tratamento empírico de meningite.
    o Tratamento hospitalar de ITU complicada.
    o Infecções intestinais (como peritonite bacteriana espontânea e abdome agudo inflamatório).
    Ceftriaxona
  • Via de administração: EV ou intramuscular.
  • Apresentação: 500 mg ou 1 g.
    Cefotaxima
  • Via de administração: intravenosa.
  • Apresentação: 500 mg ou 1 g.
    Ceftazidma
  • Via de administração: intravenosa.
  • Apresentação: 1 ou 2 g.
22
Q

CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO

A
  • Classe de amplo espectro, com ótima cobertura de gram-negativo e positivo.
  • Atua bem contra estafilococo sensível à meticilina (MSSA) e tem boa ação contra Pseudomonas.
  • Não tem boa cobertura contra enterococos.
  • A principal droga é cefepima; também há cefpiroma (que existe no Brasil).
  • Bom uso em pacientes hospitalizados (inclusive sépticos) contra ITU, meningite e pneumonia; droga de escolha em neutropenia febril.
    Cefepime
  • Via de administração: intravenosa.
  • Apresentação: 1 ou 2 g
23
Q

CEFALOSPORINA 5ª GERAÇÃO

A
  • Espectro: gram-positivos e ampliação do espectro cobrindo MRSA e enterococos
    o Estreptococos resistentes à penicilina
    o Enterococos faecalis sensível a ampicilina e produtor de B-lactamase
    o Atividade contra cocos gram-positivos e bacilos gram-negativos é semelhante à das cefalosporinas de 3ª geração
  • Usos: infecções de pele e partes moles complicadas e PNM comunitária (ceftarolina)
  • Não é ativa contra Pseudomonas ou Acinetobacter
  • Ceftarolina é eficaz contra MRSA e S. pneumoniae com resistência intermediária à penicilina. Não atua contra enterococos, Pseudomonas ou Acinetobacter.
  • Ceftobiprole é eficaz contra MRSA e tem atividade contra Enterobacterales similar à ceftazidima e cefepima. Também apresenta atividade contra enterococos, embora isso não tenha sido amplamente estudado
24
Q

AMINOGLICOSÍDEOS

A

a) Estreptomicina: primeira representante do grupo.
Outros aminoglicosídeos sintetizados são: gentamicina, tobramicina. As modificações laboratoriais determinaram o surgimento de aminoglicosídeos semissintéticos, como a amicacina.
Sua ação envolve a ligação à subunidade 30S ribossomal; além disso, os aminoglicosídeos determinam alterações da parede celular, resultando em efeito bactericida direto.
A classe de drogas apresenta pequena absorção oral, parênquima pulmonar e vias urinárias (concentração muitas vezes superior à concentração sérica). Sem penetração em SNC.
A excreção é predominantemente renal, observando-se como importantes efeitos colaterais a nefro e a ototoxicidade.
* Principal indicação: tratamento de enterobactérias e bacilos gram-negativos (observar padrão de sensibilidade) e terapêutica combinada no tratamento de endocardites ou outras infecções graves por cocos gram-positivos.
AMICACINA
* As indicações clínicas incluem infecções graves por enterobactérias, bacilos gram-negativos (sensíveis) e terapia adjuvante (efeito sinérgico) no tratamento de endocardites por cocos gram-positivos.
GENTAMICINA
* As formulações possíveis incluem as formas tópica, intramuscular e endovenosa.
* As indicações são semelhantes ao uso da amicacina

25
Q

MACROLÍDEOS

A
  • Atuam na inibição da síntese proteica por meio da ligação reversível com a subunidade 50S ribossomal, impedindo a fixação do RNA transportador ao ribossomo e bloqueando a disponibilidade de aminoácidos.
  • Dependendo de fatores como espécie, inóculo, dose utilizada e farmacocinética, os macrolídeos podem apresentar atividade bactericida ou bacteriostática (in vitro).
26
Q

CLARITROMICINA

A
  • Semissintético derivado da eritromicina.
  • Tem mecanismo e espectro de ação semelhantes ao da eritromicina.
  • Diferentemente, sua atividade contra estreptococos (incluindo o pneumococo) e estafilococos é cerca de 4x maior que a da eritromicina. Também tem atividade contra Haemophilus influenzae, Haemophilus ducreyi, Mycobacterium leprae, Mycobacterium avium-intracellulare e Toxoplasma gondii.
  • Indicações principais: faringites, amigdalites, otites e sinusites purulentas.
  • As pneumonias bacterianas típicas, assim como aquelas causadas por Chlamydia pnneumoniae, Legionella pneumophila e Mycoplasma pneumoniae, apresentam boa resposta clínica.
  • Quadros de infecção por Mycobacterium avium-intracellulare devem receber esquemas terapêuticos com a inclusão de claritromicina.
27
Q

AZITROMICINA

A
  • Semissintético obtido a partir da eritromicina. A azitromicina tem melhor atividade contra bactérias gram-negativas, porém com menor eficácia contra cocos e bacilos gram-positivos.
  • Bacilos gram-negativos como Klebsiella, Proteus, Citrobacter, Enterobacter, Serratia e Pseudomonas são naturalmente resistentes à ação da azitromicina.
  • A facilidade posológica e a atenuação dos efeitos colaterais gastrointestinais constituem vantagens importantes da formulação.
  • Usos: infecções respiratórias agudas (otites, sinusites, pneumonias), uretrites e cervicite ocasionadas por Chlamydia trachomatis, cancro mole (H. ducreyi) e doença de Lyme (Borrelia burgdoferi).
28
Q

QUINOLONAS

A

Ácido nalidíxico a partir da 7-cloroquinolina. Constituiu o primeiro composto denominado quinolona.
* Síntese de outros compostos fluorados, como norfloxacina, ciprofloxacina, ofloxacina, levofloxacina e gatifloxacina.
O mecanismo de ação dessa classe envolve a inibição da síntese do DNA cromossômico por meio da subunidade A da DNA girase, determinando ação bactericida dependente da dose.

29
Q

PRIMEIRA GERAÇÃO - QUINOLONAS

A
  • Ácido nalidíxico: ação bactericida contra bactérias gram-negativas, porém sem atividade contra Pseudomonas aeruginosa.
  • A concentração em vias urinárias é elevadíssima, contrastando com a reduzida concentração tissular.
  • A principal indicação é o tratamento de infecções urinárias baixas por enterobactérias do trato urinário.
  • Com o surgimento de novas quinolonas, o ácido nalidíxico é pouco utilizado na prática médica.
30
Q

SEGUNDA GERAÇÃO: NORFLOXACINA

A
  • Maior atividade contra bacilos gram-negativos.
  • Disponibilizada somente para uso oral, apresentando baixa taxa de absorção e, consequentemente, nível sérico insuficiente para infecções sistêmicas.
  • Excelente concentração em vias urinárias, justificando seu uso em infecções urinárias baixas. O espectro de ação inclui grande parte dos bacilos gram-negativos entéricos (Escherichia coli, Klebsiella spp, Salmonella spp, Shigella spp, Proteus spp, Enterobacter spp, Yersinia spp, Morganella spp e Citrobacter spp, Haemophilus spp, Neisseria spp e Pseudomonas spp).
  • Indicações: infecções urinárias baixas, profilaxia de infecções urinárias recidivantes, prostatites nas quais o agente etiológico seja a E. coli e uretrite/cervicite por Neisseria gonorrheae
31
Q

TERCEIRA GERAÇÃO - QUINOLONAS

A
  • Ciprofloxacina: principal representante do grupo; diferencia-se pela ação terapêutica sistêmica e ampliação do espectro de ação para estafilococos.
  • Há boa distribuição da droga, destacando-se a concentração terapêutica em parênquima pulmonar, seios maxilares, amígdalas, linfonodos, pele, tecido subcutâneo, fígado, vias biliares, próstata e aparelho genitourinário.
  • Tratamento de infecções por enterobactérias, estafilococos, Neisseria spp e Pseudomonas aeruginosa
  • Deve-se obrigatoriamente atentar-se ao perfil de sensibilidade dos patógenos na instituição.
  • Principais indicações: infecções urinárias altas e baixas, salmoneloses (incluindo febre tifoide), shigueloses, osteomielites, infecções das vias biliares e respiratórias (Haemophilus e enterobactérias).
  • A ciprofloxacina não apresenta atividade adequada contra estreptococos, destacando-se o Streptococcus pneumoniae.
32
Q

QUINOLONAS RESPIRATÓRIAS

A
  • Levofloxacina: isômero levógiro da ofloxacina, com alta biodisponibilidade na apresentação oral. A meia-vida entre 6 a 8 horas, com índice de ligação às proteínas plasmáticas de 24 a 38%. A apresentação da droga é oral ou endovenosa, com eliminação predominantemente renal.
    o O espectro de ação inclui patógenos gram-positivos (Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis), gram-negativos (Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, Escherichia coli, Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica) e agentes como Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia spp.
    o Indicada preferencialmente nas infecções respiratórias (alta e baixa), uma vez que a concentração tecidual, principalmente nas primeiras 24 horas, é considerada bastante satisfatória, além da sensibilidade da maioria dos patógenos.
    o Outras indicações incluem infecções do trato urinário, gastrointestinal e partes moles