Anatomia Patológica - Módulo 3 Flashcards

1
Q

Qual é a sequência histológica do sistema digestório?

A

Mucosa - submucosa - muscular próprioa - serosa

(Obs: no esôfago ao invés de serosa é adventícia)

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2
Q

Quais são os tipos de músculos de cada camada muscular?

A

Interna: circular
Externa: longitudinal

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3
Q

Qual é o tipo de epitélio da camada mucosa do esôfago? Quais são suas características positivas e negativas?

A

Epitélio **estratificado escamoso não queratinizado **

Positivas:
- Tolera bem agressões mecânicas (atrito e descamação) e térmicas (calor e frio)

Negativas
- Não tolera bem agressão química (pH extremos)

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4
Q

O que são varizes esofágicas?

A

Dilatações localizadas dos vasos venosos dos Plexos Venoso Periesofágico e Submucoso do esôfago -> terço médio e distal

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5
Q

Qual é a causa base das varizes esofágicas?

A

Hipertensão portal -> lesão comumente causada por cirrose ou esquistossomose

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6
Q

Qual paciente possui pior prognóstico de varizes esofágicas? Por que?

A

Cirrótico, pois possuem além da hipertensão portal, insuficiência hepática, o que reduz a produção de fatores de coagulação e contenção da hemorragia

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7
Q

Explique o mecanismo de hemorragia das varizes esofágicas

A

Elevação súbita da pressão venosa portal ou atrito mecânico -> ruptura -> hemorragia digestiva alta -> choque hipovolêmico

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8
Q

Por que o suco gástrico tende a subir para o esôfago? O que evita esse refluxo?

A

Devido à pressão positiva da cavidade abdominal -> o esfíncter esofágico inferior e o hiato esofágico evitam o refluxo

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9
Q

O que ocorre nos casos de alargamento do orifício da hérnia esofágica

A

Hérnia de hiato de deslizamento + favorecimento de refluxo

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10
Q

Quais são os fatores que favorecem o refluxo?

A
  • Aumento da pressão intra-abdominal: obesidade, gravidez, ascite, tumores, visceromegalias
  • Hipotonia do esfíncter esofágico inferior
  • Relaxamento/alargamento do orifício do hiato esofágico
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11
Q

Quais é a principal consequência da doença do refluxo gastro-esofágico?

A

Esofagite de refluxo: inflamação da mucosa (agressão química da mucosa pelo suco gástrico)

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12
Q

Quais são as manifestações no TGI e no SR da esofagite de refluxo?

A

TGI:
- Sensação de queimação retroesternal (pirose)

SR: irritação crônica pelo suco gástrico, sintomas asmátiformes
- Pulmonares: tosse crônica, bronquite crônica
- Rouquidão e laringite

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13
Q

Quais são as principais consequências da DRGE?

A
  • Esôfago de Barrett: metaplasia da mucosa (colunar simples, cilicado com células caliciformes)
  • Adenocarcinoma do esôfago: consequência da metaplasia do esôfago de barrett

obs: metaplasia (protetor) -> displasia -> neoplasia (CA)

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14
Q

Como o esôfago de Barret pode evoluir

A
  • Correção da DRGE: metaplasia reversível ou estável -> CONDIÇÃO para adenocarcinoma
  • Persistência da DRGE: evolução para LESÃO pré- cancerosa:
    Displasia de baixo grau -> displasia de alto grau -> adenocarcinoma
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15
Q

Quais são os fatores de risco para CCE?

A
  • Hábitos: álcool e fumo
  • Esofagite crônica (DRGE)
  • Dieta: baixo consumo de frutas e vegetais, deficiência de vitaminas (A, B, C), deficiência de metais (Zn e Mb) e ingestão de bebidas muito quentes, HPV
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16
Q

Quais são os padrões macroscópicos do CCE? Indique as complicações de cada

A

Exofídico:
- Obstrução parcial ou total da luz do esôfago -> disfagia -> emagrecimento

Endofídico:
- Perfuração da parede esofágica -> mediastinite
- Formação de fístulas -> fístula tráqueo-esofagica

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17
Q

Explique o sistema TNM

A

T:
- Extensão tumoral em profundidade
- Tipo histológico
- Grau de diferenciação -> quanto mais diferenciado, mais estável
- Mitoses

N:
- Metástases para linfonodos regionais e distais

M:
- Metástases por via sanguínea ou linfática para outros órgãos (à distância)

Obs: metástase por contiguidade entra no T e não no M

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18
Q

Quais são as células princiapais da mucosa oxíntica? Dê suas funções

Mucosa oxíntica está presente no fundo e corpo gástricos

A
  • Células parietais: produzem HCl e fator intrínseco
  • Células principais: produzem pesinogênio
  • Células endócrinas/Células enterocoromafim: produzem histamina
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19
Q

O que ocorre quando há redução de células parietais?

A
  • Hipocloridria
  • Anemia megaloblástica: fator intrínseco é responsável pelo amadurecimento das hemácias
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20
Q

Quais são as células principais da mucosa antral? Dê suas funções

A
  • Células mucossecretoras: produção de muco e bicabornato
  • Células endócrinas G e D: G produzem gastrina e D produzem somatostatina

Mucosa antral possui papel de neutralizar a acidez do suco gástrico

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21
Q

Cite 3 fatores de proteção da mucosa gástrica

A
  • Camada de muco
  • Bicabornato (neutralização)
  • Barreira epitelial
  • Prostaglandinas: produzem muco e bicabornato, inibem secreção de HCl, aumentam vasodilatação (fluxo sanguíneo aumentado)
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22
Q

Quais são os fatores de agressão da mucosa gástrica?

A
  • Alcool
  • Fumo
  • Anti-inflamatórios: inibem produção de prostaglandinas
  • Doenças auto-imunes: gastrite auto-imune
  • Bactéria Helicobacter pylori
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23
Q

Quais são as principais manifestações clínicas comuns às doenças do estômago?

A
  • Dor
  • Queimação
  • HDA
  • Emagrecimento e Caquexia
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24
Q

Quais são as principais formas de diagnóstico das doenças do estômago?

A
  • Quadro clínico
  • Endoscopia digestiva alta
  • Biópsia
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25
Quais são as causas mais comuns de gastrite crônica?
- Bacteriana (H. pylori): 80% - Auto-imune
26
Quais são os achados endoscópicos da gastrite ## Footnote Comum para aguda e crônica
- Hiperemia - Edema - Erosões
27
Quais são os achados microscópicos da gastrite? Diferencie os achados referentes à gastrite crônica
Comum aos dois tipos: - Hiperemia - Hemorragia - Edema - Infiltrado inflamatório de PMN Gastrite crônica: - Destruição celular - Hipotrofia ou atrofia - Metaplasia intestinal
28
Explique a fisiopatologia da gastrite crônica auto-imune
Produção de auto-anticorpos direcionados contra a **mucosa oxíntica** -> destruição de células parietais ## Footnote Por destruir a mucosa oxíntica há hipocloridria e predisposição a anemia megaloblástica
29
Explique a fisiopatologia da gastrite por H. pylori
- Inflamação da muscosa gástrica antral (ph mais favorável à bacteria) - Alta produção de urease pela bactéria: urease transforma ureia em amônia (base e Co2) -> Co2 liberado na respiração mas amônia fica retida - Amônia eleva o PH da mucosa antral - Células G. leem o PH como básico e produzem gastrina: **hipergastrinemia** - Gastrina irá indicar maior produção de HCl para as células parietais -> **bloqueio do feedback negativo + hipercloridria** - Conteúdo gástrico hiper-ácido no duedono -> **úlcera péptica duodenal** ## Footnote Feedback negativo natural do estômago: gastrina estimula produção de HCl quando o meio está mais básico enquanto o HCl em excesso bloqueia a produção de gastrina
30
Quais são as amostras virulentas da H. pylori? Indique suas ações e consequênicas
CagA+ e VacA+ Ações: - Aumento de radicais livres - Aumento de enzimas pró-inflamatórias - Aumento de fator de necrose tumoral - Aumento da adesão ao epitélio gástrico Consequências: - Maior inflamação e dano celular - Evoluções mais graves: condições pré-cancerosas - Maior associação com UPD e CaG
31
Quais são as condições e lesões pré-cancerosas para carcinoma gástrico?
Condições: - Atrofia: destruição das glândulas mucosas do antro - Metaplasia intestinal: substuíção por epitélio com caractériscas de epitélio intestinal (células caliciformes) Lesões: - Displasia de baixo grau - Displasia de alto grau ## Footnote Condição é algo que gera risco de desenvolver câncer, já a lesão indica alterações histológicas específicas as quais o risco de transformação para câncer é maior que no tecido normal
32
Quais são as possíveis evoluções da gastrite por H. pylori
- Cepas carcinogênicas: carcinoma gástrico - Cepas ulcerogênicas: úlcera péptica duodenal
33
Quais são os fatores agressores e protetores envolvidos na etiopatogênese do carcinoma gástrico
Agressores: - Infecção por H. pylori - Consumo de alimentos salgados: agressão à mucosa gástrica Protetores: - Alimentos anti-oxidantes
34
Diferencie os tipos de carcinomas gátricos quanto a: - morfologia - etiologia - evolução
Carcinoma tipo intestinal: - Proliferação de glândulas de padrão intestinal - Causados por fatores ambientais: H.pylori e dieta - Evolui em "steps": atrofia + metaplasia -> displasia -> lesões pré-cancerosas -> lesões cancerosas Carcinoma tipo difuso: - Proliferação de células isoladas (anel de sinete) -> não forma glândulas - Causada por fatores genéticos - Via direta -> pessoas jovens e mais agressivo
35
Qual as princiapais manifestações clínicas de lesões de carcinoma gástrico: - Exofídicos - Endofídicos - Ulceradas
Exofídico: vômitos pós-alimentares - imediatos (cárdia) - tardios (antro ou corpo) Endofídico: - Disseminação para cavidade peritoneal: carcinomatose peritoneal - Extravasamento do conteúdo gástrico para cavidade peritoneal: peritonite -> sepse -> choque séptico Ulceradas: - sangramentos crônicos -> anemia crônica - Hemorragia digestiva alta (HDA) -> choque hipovolêmico
36
Quais são os tipos de disseminação possíveis no carcinoma gástrico?
- **Contiguidade** para órgãos vizinhos (ex: cólon transverso) -> não classificada como metástase na TNM - Metástase por via lifática para **linfonodos** de cadeias regionais -> N do TNM - Metástase por via venosa ou linfática para outros **órgãos** -> M do TNM
37
Quais são os tipos de pólipos?
- Pólipos colônicos hiperplásicos: aumento do número de criptas e glândulas da camada mucosa - Adenomas colônicos: neoplasia benigna - Adenocarcinoma colônico: neoplasia maligna
38
Quais são as regiões do intestino grosso com maior frequência de adenoma colônico?
Sigmoide e reto (cólon proximal é menos comum)
39
Quais são os padrões de crescimento macroscópicos do adenoma colônico? Qual possui pior progóstico?
- Pediculado: mais fácil de ser retirado -> melhor progóstico - Séssil: base em contato com a mucosa -> mais difícil de ser retirado -> maior probabilidade de virar adenocarcinoma -> pior prognóstico
40
Em qual faixa de idade é mais comum a ocorrência de adenoma?
50 a 55 anos -> importância do rastreio por colonoscopia nessa faixa de idade
41
Quais são as formas de endoscopia digestiva baixa?
- Retosigmoidoscopia: sigmoide e reto - Colonoscopia: todo o cólon
42
Entre os tipos de adenoma, tubular e viloso, qual possui maior risco de se transformar em adenocarcinoma? Por que?
Viloso, pois este possui compactação celular maior -> maior concentração de células por área (evolui para adenocarcinoma em 30-50% dos casos)
43
Quais são os tipos de pólipos múltiplos?
- Polipose colônica: dezenas - Polipose colônica familial: centenas ou milhares (origem genética)
44
Qual a idade de manifestação da polipose colôlica familial?
Entre a segunda e terceira decadas de vida
45
Quais são as formas da PCF?
- Clássica: 500 a 2500 pólipos localizados no cólon - descendente e sigmóide - Atenuada: 50 pólipos no cólon proximal
46
Questão fechada da prova: qual a frequência geral e do TGI do adenocarcinoma?
Neoplasias gerais: segundo mais frequente Neoplasias do TGI: Primeiro mais frequente
47
Qual a localização mais frequente do adenocarcinoma?
sigmoide e reto (70% dos casos)
48
Quais são os fatores que predispoem ao adenocarcinoma?
Fatores ambientais (dieta, estilo de vida) + fatores genéticos (mutações herdadas ou adquiridas)
49
Explique esta afirmação: adenocarcinoma é uma neoplasia típica de países ricos˜
- Dieta: rica em proteínas, lipídeos, carboidratos + pobre em vitaminas e fibras - Obesidade: desvio do metabolismo para a via dos lípides (menor peristaltismo) - Hábitos: sedentarismo (menor peristaltismo), tabagismo e alcoolismo - Refeições noturnas abundantes: ambiente intestinal hostil (digestão de proteínas gera ambiente rico em bactérias, bem como acúmulo de sais biliares)
50
Explique a via superessora da carcinogênese colônica. Qual o padrão deste tumor?
- Mutações em genes supressores de tumor (K-RAS) - Eventos moleculares sequenciais ( evolução adenoma - adenocarcinoma lenta -> pessoas mais velhas) - Padrão mais exofítico
51
Explique a via mutadora da carcinogênese colônica. Qual o padrão deste tumor?
- Mutação em genes de reparo do DNA (instabilidade de microssatélites - IMS) - Evolução não ligada a polipose -> HNPCC (carcinomas colorretais hereditários não associados à polipose colônica) -> pessoas jovens - Padrão mais endofítico e infiltrativo
52
Cite 3 evidências da sequência adenoma-adenocarcinoma (questão aberta)
- A prevalência de adenomas e adenocarcinomas é similar em diversas populações - A grande maioria dos pacientes com adenocarcinoma aprensentava previamente adenoma - Ambos são mais frequentes no cólon esquerdo (reto e sigmóide) - O pico de adenoma precede em 10-15 anos o pico de incidência de adenocarcinoma - Há coexistencia de ambos em áreas adjacentes - Populações rastreadas e tratadas para adenoma tiveram queda da taxa de adenocarcinoma (ex: Inglaterra)
53
Cite 3 fatores de risco para evolução para adenocarcinoma
- Presença de componete viloso - Tamanho maior que 2 cm - Multiplicidade de pólipos - Displasia de alto grau - PCF - Doença inflamatória intestinal (Chron e Retocolite ulcerativa crônica)
54
Quais são as características do padrão exofítico do adenocarcinoma colônico.
- Vegetante - Obstrutivo - Circunferencial - Estenosante
55
Quais são as manifestações clínicas comuns do adenocarcinoma colônico de padrão exofítico?
- Obstrução - Hemorragia (crônica com anemia ou aguda com hemorragia digestiva baixa) -> melena (proximal) ou sangue vivo nas fezes (cólon esquerdo)
56
Quais são as características do parão endofítico do adenocarcinoma?
- Infiltrativo - Invasor - Perfurante
57
Quais complicações podem ocorrer no padrão endofítico
- Peritonite fecal (ruptura da parede a partir da infiltração) -> choque séptico - Carcinomatose peritoneal -> disseminação das células cancerosas na cavidade
58
Quais são a consequências e complicações do adenocarcinoma colônico?
- Obstrução (exofítico) - Perfuração intestinal (endofítico) -> peritonite fecal - Sangramento: agudo (hemorragia digestiva baixa e melena) ou crônicos (sangue oculto nas fezes e anemia) - Metástases: contiguidade e a distância
59
Em um adenocarcinoma de cólon direito, indique as consequências e complicações mais comuns
- Mais silencioso -> diagnóstico em estágio avançado - Melena: distante do ânus
60
Em um adenocarcinoma de cólon esquerdo, indique as consequências e complicações mais comuns
- Manifestação mais precoce: menor diâmetro + mais acessível a exame diagnóstico (toque, retossigmoidecospia) - Sangramento em sangue vivo nas fezes -> mais perto do ânus
61
Qual a diferença entre angina intestinal e infarto intestinal?
- Angina: Redução ou interrupção do fluxo sanguíneo sem necrose -> dor intermitente, principalmente após alimentar (maior demanda) - Infarto: necrose da camada mucosa ou de toda parede intestinal -> dor súbita e intensa
62
Cite 3 faotrs predisponentes para doença isquêmica intestinal
- Idade: idosos - Diabetes - Tabagismo - Aterosclerose grave da aorta ou mesentéricas - Cardiopatias formadoras de fenômenos tromboembólicos: IAM, ICC -> redução da perfusão intestinal com queda do DC ou por obstrução por tromboembolos das mesentéricas
63
Quais são as regiões do intestino delgado e grosso são mais sucetíveis a infarto transmural?
- ID: jejuno distal e íleo - IG: flexura esplênica
64
Quais são as possíveis origens do infarto intestinal?
Redução do fluxo sanguíneo arterial: - trobose ou emblia da artéria mesentérica (aterosclerose, ICC, IAM) Redução do fluxo sanguíneo venoso: - trombose da veia mesentérica (ICC, inflamação intestinal, cirurgias abdominais) Redução do fluxo sem oclusão vascular interna: - baixa perfusão sistêmica (choque hipovolêmico) Compressão mecânica - intussuscepção - vólvulo - hérnias
65
Cite 3 manifestações clínicas do infarto intestinal
- Dor abdominal peri-umbilical súbita e intensa - Taquicardia - Hipotensão arterial - Náuseas/vômitos - Diarreia sanguinolenta -> HDB -> Choque hipovolêmico - Redução ou abolição dos movimentos peristálticos - Íleo adinâmico/íleo tóxico - Perionite
66
Por que pode ocorrer peritonite no infarto intestinal?
- Sem ruptura: perda da impermeabilidade da parede devido à necrose + proliferação bacteriana - Com ruptura da parede: peritonite fecal
67
Quais são os aspectos macrscópicos do infarto intestinal?
- Infarto vermelho/hemorrágico -> parede intestinal vermelho escura - Presença de sangue no lúmen intestinal - Limite nítido se arterial ou indefinido se venoso
68
Quais são as consequências e complicações do infarto intestinal?
- Hemorragia digestiva baixa -> choque hipovolêmico - Redução/abolição dos movimentos peristálticos - Peritonite: perfuração ou perda da impermeabilidade -> choque séptico
69
Por que as doenças inflamatórias podem ser condições pré cancerosas?
Inflamação crônica induz aumento da proliferação celular, DNA em mutação fica exposto a meio hostil (substâncias mutagênicas derivadas da inflamação, predispondo a displasias
70
Quais são os mecanismos patogênicos que levam a doença de chron e retocolite ulcerativa? (fatores genético, microbiológico e imunitário)
Fator genético: - Mutações em genes que favorecem a persistências de microorganismos da prórpia microbiota no interior das células, levando a resposta inflamatória Fator microbiológico: - A microbiota intestinal age como antígeno estimulados de resposta inflamatória Fator imunitário: - Resposta imunitária exagerada mediada por linfócitos TCD4+
71
Quais são os aspectos macroscópicos da doença de crohn?
- Lesões transmurais, bem demarcadas, segmentares, intercaladas com segmentos normais - Mucosa com áreas de ulcerações (fissuras) -> aspecto de "pedra de calçada" - Formação de fístulas: ID, ID-cólon, ID-bexiga, ID-vagina, peri-anais - Estenose segmentar: espessamento intestinal por fibrose - Aderência das alças com outros órgão
72
Quais são as consequências e complicações da doença de crohn?
- Fibrose -> estenoses -> obstrução - Fístulas - Abscessos -> choque séptico - Aderências entre alças ou com outros órgãos - Má absorção intestinal - Aumento do risco de câncer
73
Quais são as características das lesões da retocolite ulcerativa?
- Retrógrada: reto -> sigmóide - Contínua - Acomete mucosa e submucosa -> úlceras rasas - Não fibrosante e sem granuloma - Formação de pseudo- pólipos: ilhas de mucosa remanescentes formando projeções
74
Quais são os fatores de risco da evolução da retocolite para adenocarcinoma colônico?
- Duração > 10 anos - Extenso acometimento do cólon - Displasias de baixo e alto graus -> lesões pré-cancerosas
75
Quais são as princiapais diferenças entra a úlcera péptica duodenal e gástrica?
- UPG representa maior risco para câncer gástrico, equanto UPD não possui registros de malignitude - Na UPD há um desequilíbrio com aumento ataque : H Pylori - Na UPG há um desquilíbrio com diminuição da defesa: redução de muco, redução de prostaglandinas
76
Explique a patogênese da UPD
- H pylori produz urease que quebra uréia em amônia (base) e co2 -> elevação do pH - Elevação do pH leva a estímulo das células G a produzirem gastrina -> hipergastrinemia - Hipergastrinemia leva a estímulo das células oxínticas a produzirem HCl (hipercloridria) - Conteúdo gástrico hiper-ácido no duodeno
77
Quais são as consequências e complicações das UPD e UPG?
- HDA - Perfuração - Obstrução: cicatrização/fibrose da úlcera no bulbo duodenal (UPD) - Aderências: obstrução extrínseca - Perfuração -> peritonite -> choque séptico - UPG: risco de evolução para CA gástrico
78
Quais são os locais e sedes da doença diverticular?
Localização: borda mesentérica -> pontos de penetração dos vasos mesentéricos Sede: sigmóide (cólon esquerde)
79
O que aumenta a pressão laminal na Doença Diverticular Colônica?
Dieta pobre em fibras e vegetais, causando constipação e ressecamento fecal.
80
Como se apresentam as lesões na Doença Diverticular Colônica?
- Lesões saculares, geralmente múltiplas, visíveis como abaulamentos - Orifícios na mucosa: colo do divertículo
81
Quais são os aspectos clínicos da Doença Diverticular Colônica?
- A maioria dos pacientes é assintomática - Sintomáticos: or, cólica, desconforto abdominal, constipação e/ou diarreia.
82
Quais são as complicações da Doença Diverticular Colônica?
- Estenose fecal: Inflamação → fibrose → estreitamento da luz do cólon; - Perfuração da parede → Peritonite fecal → Choque séptico;
83
Qual é o mecanismo da formação de divertículos?
Invaginação das camadas mucosa e submucosa através das camadas musculares da parede colônica em direção à serosa, formando uma dilatação sacular.
84
Explique a etiopatogênese da doença celíaca
- Ingestão de glúten - Gliadina (fração antigênica do glúten) estimula resposta imune mediada por linfócitos T - Formação de anticorpos anti-gliadina - Inflamação na mucosa intestinal - Hipotrofia/atrofia das vilosidades do duodeno e jejuno (mucosa similar a do cólon) -> redução da superfície de absorção -> má absorção
85
Cite 3 alterações histológicas no intestino delgado na Doença Celíaca?
- Atrofia das vilosidades intestinais - Alongamento das criptas - Epitélio cuboide (antes era colunar) - Perda da orla em escova - Presença de linfócitos T no epitélio.
86
Quais são os métodos diagnósticos para a Doença Celíaca?
- Quadro clínico - Detecção de anticorpos anti-gliadina - Biópsia intestinal.
87
Explique a patogênese da colite pseudomembranosa
- Uso de antibióticos de amplo espectro causa desequilíbrio da microbiota intestinal - Predomínio de clostridium difficile (anaeróbia) - Produção de citotoxinas pela bactéria - Necrose da mucosa
88
Quais são as manifestações clínicas da colite pseudomembranosa?
- Febre súbita - Dor abdominal - Diarreia