Alterações Congênitas da Mão Flashcards
Quando se iniciar embriológicamente o desenvolvimento do membro superior?
Em torno de 26 dias (4 semanas): broto do membro superior aparece como um abaulamento ventrolateral. Entre os somitos 9-12 (C5-C8)
Como é o desenvolvimento embriológico na 5ª e na 6ª semana?
- 5ª semana. Esqueleto diferenciado com 3 cartilagens hialinas: úmero, ulna e o rádio; os músculos começam a se diferenciar.
- 6ª semana. Úmero com um pequeno centro de ossificação; inervação sensitiva e motora distribuídas como no adulto.
Como é o desenvolvimento embriológico na 7ª e na 8ª semana?
- 7ª semana. Ocorre rotação medial dos braços e formação dos cotovelos; articulações e ossos já separados; grupos musculares presentes e individualizados; vasos formados.
- 8ª semana. Membro superior já formado e diferenciado; mãos se encontram e se cruzam.
Qual o significado de malformação, deformação, displasia e disrupção?
- Malformação: formação anormal do tecido, resultando em formação celular anormal.
- Deformação: o insulto é sobre células que já haviam se formado normalmente; distorções nas estruturas fetais já formadas, secundárias às ações de forças mecânicas extrínsecas.
- Displasia: ausência de organização normal das células do tecido.
- Disrupção: alteração de tecido que já estava formado; defeito morfológico resultante de perturbação ou interferências de estruturas previamente normais (bridas).
Quais são as causas genéticas relacionadas com malformações dos membros superiores?
- Anormalidades recessivas tendem a ser mais graves que as dominante.
- Exemplo de alterações causadas por genes dominantes:
—> Braquidactilia
—> Campodactilia
—> Polissindactilias centrais
Quais são fatores ambientais envolvidos nas má formações?
- Talidomida
- Radiação
- Distúrbios nutricionais
- Drogas
- Infecções
Defeitos transversos - locais mais comuns acometidos?
- Terço proximal do antebraço
- Punho
- Metacarpeanos
- Falanges
O que é a aplasia do polegar?
Essa deformidade congênita é caracterizada pela ausência de todos os elementos do primeiro raio (incluindo o escafoide, o trapézio e as falanges).
- O polegar hipoplásico é geralmente preso ao lado radial da mão por uma tênue ponte de pele, tão frágil que sua torção pode
levar à isquemia do dedo.
- O polegar rudimentar deve ser excisado precocemente, sendo uma futura policização do indicador programada para possibilitar o movimento de pinça.
Defeitos longitudinais - locais mais comuns acometidos?
- Focomilia
- Agenesia radial ou ulnar
- Mãos fissuradas típicas e atípicas
- Parte do especto de simbraquidactilia
Quais são as características dos defeitos transversos?
- São raros.
- Podem ser terminal associado a anéis de constrição.
- Geralmente bilaterais.
- Herança autossômica recessiva com expressão variável.
- Amputação congênita do membro em diferentes níveis: ombro (amelia), clavícula, segmento longo e curto do braço, cotovelo, antebraço,punho, carpo, metacarpo, falanges.
- Tratamento: apenas para melhorar adaptação das próteses.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: o que é?
- Defeito radial longitudinal ou displasia de raios radiais: mão torta radial (desviada radialmente).
- Falta de suporte ósseo no lado carpal radial e anormalidades músculotendinosas.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: em quais órgãos deve-se procurar anomalias?
- Doenças cardíacas congênitas
- Hipoplasias pulmonares
- Genitourinárias
- 40% unilateral
- 77% bilateral
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: o que ocorre?
- Rotação do antebraço é reduzida ou ausente,
- Cotovelo anormal,
- Ulna pode ser curvada,
- Articulação radiocarpal está instável ou ausente,
- Carpo anormal,
- Polegar ausente ou hipoplásico,
- Outros dígitos radiais podem ser duros e anormais.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: qual o único dígito normal?
É o dedo mínimo (pois é ulnar). Retém a mobilidade mesmo em casos graves.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: etiologia?
Incerta, mutação ao acaso. Pode estar associada com talidomida, ácido valpróico, fenobarbital, álcool.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: casos bilaterais são mais associados à que?
São mais associados com condições sindrômicas.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: quais são as síndromes associadas?
- Sd de Holt-Oram
- Sd da Displasia Ventriculorradial
- Pancitopenia/Anemia de Falconi
- Sd de Najar
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: classificação de Bayne?
1) Aparecimento tardio da epífise distal do rádio.
2) Rádio pequeno com epífise proximal e distal.
3) Pequeno radio proximal.
4) Aplasia completa.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tipo I de Bayne?
- Rádio curto: o rádio existe, mas sua porção distal é hipoplásica.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tipo II de Bayne?
- Rádio hipoplásico: o rádio existe, mas é hipoplásico.
- A ulna é grossa e curva-se para o lado do rádio.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tipo III de Bayne?
- Ausência PARCIAL do rádio: seja 1/3 proximal, 1/3 médio ou 1/3 distal.
- Ausência dos terços médio e distal ocorrem com maior frequência.
- A ulna é quase sempre grossa e curta.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tipo IV de Bayne?
- Mais frequente
- Ausência total do rádio
- Mão totalmente sem suporte
- Pele desviada para o sentido radial progressivamente, podendo ser encontrada entre o carpo e a borda radial da ulna
- Ulna tem espectro arqueado para o lado radial.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tratamento?
A rigidez e o grau de desvio radial e o grau da mão torta radial determinarão a abordagem cirúrgica.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tratamento do grau I?
Se desvio muito pequeno, nenhuma intervenção. Caso contrário, desde o uso de tala até transferência tendinosa.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tratamento do grau II?
São os mais difíceis. Há um rádio residual e a tentativa é alongar o rádio por osteotomia e distração e possível enxerto ósseo para fornecer uma articulação radiocarpal adequada. Isso pode ser repetido várias vezes durante o crescimento. Em vários casos o remanesente radial eventualmente tem que ser removida e tratado como no 4.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tratamento do grau III?
É convertido para o 4 removendo o anel radial.
Defeito longitudinal - Hipoplasia ou aplasia radial: tratamento do grau IV?
A preferência é a centralização com uma fenda carpal após o alongamento da distração e as transferências internas do tendão para o reequilíbrio, juntamente com a fixação temporária com fio de Kirschner.
Deficiência do raio central - mãos fissuradas. Características?
- Mais comuns das deficiências longitudinais.
- As deficiências estão localizadas principalmente distais aos ossos longos dentro da placa da mão.
- As mãos são funcionais, mas feias e quando não são funcionais, geralmente as opções cirúrgicas são limitadas.
- Pode haver duplicação, sindactilia, ausência central.
- Frequentemente afeta os pés, é bilateral e autossômico dominante.
Deficiência do raio central - mãos fissuradas. Tratamento?
- Snow Littler
- Muira
- Komada
Deficiência do raio central - mãos fissuradas. Quais são as diferenças entre o padrão típico e o atípico?
Hipoplasia ou Aplasia Ulnar - características?
- É a mais rara das longitudinais.
- Toda a extremidade superior é afetada, pior no cotovelo e mão.
- Geralmente são funcionais.
- 50% dos pacientes possuem deformidades musculoesqueléticas associadas: deficiência femoral focal, defeitos fibulares, escoliose.
- Não ocorrem em associação com deformidades de outros órgãos, ao contrário das deformidades radiais.
Hipoplasia ou Aplasia Ulnar - tratamento?
Paley e Herzenberg.
Hipoplasia ou Aplasia Ulnar - classificação Paley Herzenberg?
1) Hipoplasia ulnar com epífise distal intacta
2) Aplasia ulnar parcial - ausente 1/3 distal
3) Aplasia ulnar parcial - ausente 2/3 distal
4) Aplasia ulnar total
5) Sinostose radioumeral