Ação Popular Flashcards

1
Q

Quem é parte legítima para propor ação popular?

A

Qualquer cidadão, com comprovação através do título de eleitor.

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2
Q

Segundo a CF, qual o objeto da ação popular?

A
Anular ato lesivo:
1- patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe;
2- moralidade administrativa;
3- meio ambiente;
4- patrimônio histórico e cultural.
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3
Q

Autor de ação popular é isento de quê? Há exceções?

A

Isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.

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4
Q

Segundo a lei de ação popular, qual o objeto desta?

A

Pleitear a anulação ou declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio:
1- da União, do DF, dos Estados, dos Municípios;
2- de entidades autárquicas;
3- de sociedades de economia mista;
4- de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes;
5- de empresas públicas;
6- de serviços sociais autônomos;
7- de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita ânua;
8- de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do DF, dos Estados e dos Municípios;
9- e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.

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5
Q

Que se considera patrimônio público, conforme a lei de ação popular?

A
bens e direitos de valor:
1- econômico;
2- artístico;
3- estético;
4- histórico; ou
5- turístico.
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6
Q

O objeto da ação popular abarca direitos difusos e individuais homogêneos?

A

Abarca direitos difusos, mas não direitos individuais homogêneos.

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7
Q

Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de 50% do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, há algum limite para as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos?

A

Sim, terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.

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8
Q

Como se dá a prova da cidadania, para ingresso em juízo?

A

Mediante título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.

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9
Q

Que pode o cidadão requerer, para instruir a inicial?

A

O cidadão poderá requerer:
1- às entidades,
2- as certidões e informações que julgar necessárias,
3- bastando para isso indicar a finalidade das mesmas.

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10
Q

Em quanto tempo devem ser fornecidas certidões e informações requeridas pelos cidadãos (para instruir inicial)?

A

Dentro de 15 dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos.

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11
Q

A certidões e informações requeridas pelo cidadão para instruir a inicial podem ser usadas em outro processo?

A

Não, apenas poderão ser utilizadas para a instrução de ação popular.

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12
Q

Podem ser negadas as certidões e informações requeridas pelo cidadão para instruir a inicial?

A

Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo.

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13
Q

Que ocorre com a ação, caso sejam negadas as certidões e informações, por motivos de interesse público?

A

1- a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas.
2- cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras.
3- feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória.

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14
Q

Quando cessa o segredo de justiça de ação popular?

A

Com o trânsito em julgado de sentença condenatória.

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15
Q

Pessoa jurídica tem legitimidade para propor ação popular?

A

Não.

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16
Q

Em que hipóteses são nulos os atos lesivos ao patrimônio?

A
1- incompetência;
2- vício de forma;
3- ilegalidade do objeto;
4- inexistência dos motivos;
5- desvio de finalidade.
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17
Q

Que se entende por incompetência?

A

Fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou.

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18
Q

Que se entende por vício de forma?

A

Consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato.

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19
Q

Que se entende por ilegalidade do objeto?

A

Ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo.

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20
Q

Que se entende por inexistência dos motivos?

A

Se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido.

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21
Q

Que se entende por desvio de finalidade?

A

Se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

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22
Q

Quais seriam os vícios anuláveis?

A

1- os atos lesivos ao patrimônios das pessoas de direito públicos ou privado, ou das entidades mencionadas na lei de ação popular,
2- cujos vícios não sejam as hipóteses de nulidade (incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência de motivos e vício de finalidade),
3- segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.

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23
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a admissão ao serviço público remunerado?
A

Sim, em caso de desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.

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24
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a operação bancária ou de crédito real?
A

Sim, quando:
1- for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatuárias, regimentais ou internas;
2- o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação.

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25
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público?
A

Sim, quando:
1- o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral;
2- no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições que comprometam o seu caráter competitivo;
3- a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades normais de competição.

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26
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • as modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço públicos?
A

Sim, quando estas modificações não estiverem previstas em lei ou nos respectivos instrumentos.

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27
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência pública ou administrativa?
A

Sim, quando:
1- for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções gerais;
2- o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação;
3- o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação.

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28
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modalidade?
A

Sim, quando:
1- houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e ordens de serviços;
20 resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador.

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29
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a operação de redesconto?
A

Sim, quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.

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30
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • o empréstimo concedido pelo Banco Central da República?
A

Sim, quando?
1- concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares, regimentais ou constantes de instruções gerais;
2- o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação.

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31
Q

É considerado nulo o seguinte ato/contrato celebrados pelas pessoas ou entidades mencionadas na lei de ação popular:

  • a emissão?
A

Sim, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e regulamentadoras que regem a espécie.

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32
Q

Quem é competente para conhecer da ação popular, processá-la e julgá-la?

A

De acordo com a organização judiciária de cada Estado, o que for para as causas que interessem à União, ao DF, ao Estado ou ao Município.

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33
Q

Para fins de competência, quais atos equiparam-se aos da União, do D, do Estado ou dos Municípios?

A

1- os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito públicos;
2- os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial.

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34
Q

Quem será competente quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoa ou entidade?

A

O juiz das causa da União, se houver.

35
Q

Quem será competente quando o pleito interessar simultaneamente ao Estado e ao Municípios?

A

O juiz das causas do Estado, se houver.

36
Q

O que determina a prevenção da ação popular?

A

A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contras as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.

37
Q

Cabe suspensão liminar do ato lesivo impugnado?

A

Sim, na defesa do patrimônio público.

38
Q

Quem são os sujeitos passivos da ação?

A

1- pessoas públicas ou privadas;
2- entidades referidas no art. 1 da Lei de Ação Popular;
3- autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão;
4- beneficiários diretos do ato impugnado.

39
Q

STJ entende que é hipóteses de litisconsórcio passivo necessário em caso de ação popular?

A

Sim.

É litisconsórcio necessário (e também simples).

40
Q

Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, contra que a ação será proposta?

A

Somente contra:
1- pessoas públicas ou privadas;
2- entidades referidas no art. 1 da Lei de Ação Popular;
3- autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão.

41
Q

No caso de contrato/ato de operação bancária ou de crédito real, quando o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de avaliação, quem será citado como réu?

A

1- pessoas públicas ou privadas;
2- entidades referidas no art. 1 da Lei de Ação Popular;
3- apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma.

42
Q

Que é a legitimidade pendular ou bifronte/intervenção móvel, na ação popular?

A

1- as pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação,
2- poderá abster-se de contestar o pedido,
3- ou poderá atuar ao lado do autor,
4- desde que isso se afigure útil ao interesse público,
5- a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.

43
Q

Qual será o papel do Ministério Público na ação popular?

A

1- acompanhará a ação;
2- cabendo-lhe apressar a produção da prova
3- e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem,
4- sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.

44
Q

Cidadão pode ser litisconsorte ou assistente de autor da ação popular?

A

Sim, essa prerrogativa é facultada a qualquer cidadão.

45
Q

Qual o procedimento da ação popular?

A

É o procedimento comum do CPC /15, observadas algumas normas modificativas.

46
Q

Que ordenará o juiz ao despachar a inicial?

A

1- citação dos réus;
2- intimação do representante do Ministério Público;
3- requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor;
4- requisição de todos os outros documentos que se lhe afigurem necessários ao esclarecimento dos fatos;
5- ficando o prazo de 15 a 30 dias para o atendimento.

47
Q

Que fará o representante do Ministério Público após a intimação do juiz?

A

Providenciará para que as requisições feitas pelo juiz sejam atendidas dentro do prazo fixado.

48
Q

Que poderá fazer o juiz se os documentos e informações requeridos no despacho inicial não puderem ser oferecidos nos prazos assinalados?

A

O juiz poderá autorizar prorrogação dos mesmos, por prazo razoável.

49
Q

O autor pode preferir a citação dos beneficiários por edital?

A

Sim, caso em que far-se-á por edital com o prazo de 30 dias, afixado na sede do juízo e publicado 3 vezes no jornal oficial do DF, ou da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação.
A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do mandado.

50
Q

Que ocorre com qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, cuja existência se torne conhecida no curso do processo?

A

1- se for conhecida antes de proferida a sentença final de primeira instância,
2- deverá ser citada para a integração do contraditório,
3- sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas,
4- salvo, quanto ao beneficiário, se a citação se houver feito por edital.

51
Q

Qual o prazo da contestação?

A

1- 20 dias,

2- prorrogáveis por mais 20, a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental

52
Q

O prazo de contestação é comum a todos os interessados?

A

Sim.

53
Q

A partir de quando corre o prazo de contestação?

A

1- corre da entrega em cartório do mandado cumprido, ou,

2- quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital.

54
Q

Que ocorrerá posteriormente, caso não seja requerida, até o despacho saneador, a produção de prova testemunhal ou pericial?

A

1- o juiz ordenará vistas às partes por 10 dias, para alegações,
2- sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 horas após a expiração desse prazo.

55
Q

Que ocorrerá caso seja requerida a produção de prova testemunhal ou pericial, até o despacho saneador?

A

O processo tomará o rito ordinário.

56
Q

Quando deve ser prolatada a sentença?

A

Quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser proferida dentro de 15 dias do recebimento dos autos pelo juiz.

57
Q

Que ocorre com o juiz em caso de proferimento de sentença além do prazo de 15 dias de recebimento dos autos?

A

1- o juiz será privado da inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 anos, e
2- acarretará a perda, para efeito de promoção por antiguidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento,
3- salvo motivo justo, declinado nos autos e comprovado perante o órgão disciplinar competente.

58
Q

Que ocorre caso autoridade, administrador ou dirigente deixe de fornecer, no prazo de 15 dias ou naquele estipulado pelo juiz, informações e certidão ou fotocópia de documento necessários à instrução da causa?

A

Ficará sujeito à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado.
O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do interessado ou o ofício de requisição?

59
Q

Que ocorre caso o autor desista da ação ou der motivo á absolvição da instância?

A

1- serão publicados editais, com prazo de 30 dias, afixado na sede do juízo e publicado 3 vezes no jornal oficial do DF, ou da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do mandato.
2- ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 dias da última publicação do feito, promover o prosseguimento da ação.

60
Q

Ministério Público pode ajuizar ação popular?

A

Não, mas pode ser autor superveniente em caso de desistência.

61
Q

Quando as partes pagarão custas e preparo?

A

Ao final.

62
Q

Que dirá a sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado?

A

1- condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele,
2- ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.

63
Q

Que a sentença sempre incluirá na condenação dos réus?

A

1- o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas,
2- bem como o dos honorários de advogado.

64
Q

Que dirá a sentença que, apreciando o fundamento do direito pedido, julgar a lide manifestamente temerária?

A

Condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas.

65
Q

Onde será indicado o valor da lesão?

A

1- se ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença.
2- se depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução.

66
Q

Que imporá a condenação quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento?

A

Imporá o pagamento devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver.

67
Q

Que imporá a condenação quando a lesão resultar da execução fraudulenta, simulada ou irreal de contratos?

A

Versará sobre a reposição do débito, com juros de mora.

68
Q

Como será feita a execução quando o réu condenado perceber dos cofres públicos?

A

Far-se-á por desconto em folha até o integral ressarcimento do dano causado, se assim convier ao interesse público.

69
Q

A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a sequestro e penhora?

A

Sim, desde a prolação da sentença condenatória.

70
Q

Que ocorre caso, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta disciplinar a que a lei comine a pena de demissão ou a de rescisão de contrato de trabalho?

A

O juiz, ex officio, determinará a remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou aos administradores a quem competir aplicar a sanção.

71
Q

Que ocorre caso decorridos 60 dias da publicação da sentença condenatória de 2a instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução?

A

O representante do Ministério Público promoverá a execução nos 30 dias seguintes, sob pena de falta grave.

72
Q

As pessoas e entidades referidas no art. 1 da Lei de Ação Popular podem promover a execução contra os demais réus?

A

Sim,
1- ainda que hajam contestado;
2- em qualquer tempo;
3- no que as beneficiar.

73
Q

A sentença terá eficácia de coisa julgada erma omnes?

A

Sim, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.

74
Q

Qual a sentença que está sujeita ao duplo grau de jurisdição (reexame necessário invertido)?

A

A sentença que concluir pela carência ou improcedência da ação.
Não produzirá efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.

75
Q

A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está sujeita ao reexame necessário?

A

A 1a Seção do STJ entende que sim, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da Lei de Ação Popular.

76
Q

Qual recurso cabível da sentença que julgar a ação procedente?

A

Caberá apelação, com efeito suspensivo.

77
Q

Quem poderá recorrer das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso?

A

Qualquer cidadão e também o Ministério Público.

78
Q

Que se consideram entidades autárquicas, para fins da Lei de Ação Popular?

A

1- serviço estatal descentralizado com personalidade jurídica, custeado mediante orçamento próprio, independente do orçamento geral;
2- pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para a execução de serviços de interesse público ou social, custeados por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do Tesouro Público;
3- entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar contribuições parafiscais.

79
Q

Em quanto tempo prescreve a ação popular?

A

5 anos.

80
Q

As regras do CPC aplicam-se à ação popular?

A

Sim, naquilo em que não contrariem os dispositivos da Lei de Ação Popular, nem a natureza específica da ação.

81
Q

É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em ação popular?

A

1a Turma do STJ entende que sim, desde que a controvérsia constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir, fundamento ou simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal, em torno da tutela do interesse público.

82
Q

É possível aplicar, por analogia, a primeira parte do art. 19 da Lei de Ação Popular (reexame necessário invertido) para as sentenças de improcedência de ação civil pública?

A

1- 2a Turma do STJ entende que sim;
2- 3a Turma do STJ não admite o cabimento da remessa necessária, tal como prevista no art. 19, nas ações coletivas que versem sobre direitos individuais homogêneos.

83
Q

É necessária a demonstração de prejuízo material para o cabimento da Ação Popular?

A

2a Turma do STJ entende que não, bastando a ilegalidade do ato administrativo por ofensa a normas específicas ou desvios dos princípios da Administração Pública.

84
Q

STF possui competência originária para julgar ação popular?

A

Plenário do STF entende que, ainda que ajuizada contra ato e/ou omissões do Presidente da República, a competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República, é, via de regra, do juízo de 1o grau.