Ação Penal Flashcards

1
Q

Quais são as atribuições do Ministério Público na Ação Penal Privada Subsidiária?

A

O Ministério Público pode:
* Aditar a queixa.
* Repudiá-la.
* Oferecer denúncia substitutiva.
* Intervir em todos os termos do processo.
* Fornecer elementos de prova.
* Interpor recurso.
* Retomar a ação como parte principal a qualquer tempo, em caso de negligência do querelante.

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2
Q

O que caracteriza a Ação Penal Privada Peremptória?

A

Refere-se à extinção da ação penal nos casos em que somente se procede mediante queixa.

Base Legal: Art. 60 do Código de Processo Penal (CPP)

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3
Q

Quais são as hipóteses de perempção na Ação Penal Privada Peremptória?

A

As hipóteses são:
* O querelante deixa de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos.
* O querelante falecer ou se tornar incapaz e não comparecer em juízo dentro do prazo de 60 dias.
* O querelante não comparece a ato do processo ou não formula pedido de condenação nas alegações finais.
* A pessoa jurídica querelante se extinguir sem deixar sucessor.

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4
Q

Qual é a principal diferença entre o Art. 29 e o Art. 60 do CPP?

A

Art. 29: Aplica-se à ação penal privada subsidiária (em crimes de ação pública quando o MP é omisso). A negligência do querelante pode levar à retomada da ação pelo MP como parte principal.

Art. 60: Aplica-se à ação penal privada peremptória (em crimes que se iniciam APENAS por queixa). As hipóteses listadas no art. 60 levam à extinção da ação penal.

Importante: Não confundir as duas situações. O art. 60 trata da perempção da ação penal privada propriamente dita, enquanto o art. 29 regula a ação penal privada subsidiária, onde a inércia do querelante tem consequências diferentes (possibilidade de retomada pelo MP)

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5
Q

O Ministério Público precisa submeter sua manifestação de arquivamento à autoridade judicial?

A

Sim, mesmo sem previsão legal expressa, o MP deve submeter sua manifestação de arquivamento ao juiz competente e comunicar a decisão à vítima, ao investigado e à autoridade policial.

(INFO 1.106 STF)

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6
Q

O juiz pode questionar o arquivamento feito pelo Ministério Público?

A

Sim, se entender que o arquivamento é ilegal ou teratológico, o juiz pode provocar o Procurador-Geral de Justiça (PGJ) ou a Câmara de Coordenação e Revisão (CCR) para revisão da decisão.

(INFO 1.106 STF)

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7
Q

Quem pode submeter o arquivamento à revisão da instância competente do Ministério Público?

A

A vítima ou seu representante legal e a autoridade judicial competente, caso verifique patente ilegalidade ou teratologia no ato do arquivamento.

(INFO 1.106 STF)

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8
Q

O que a denúncia deve conter para garantir o exercício da ampla defesa?

A

A denúncia deve expor os fatos de forma clara, indicando a qualificação das pessoas envolvidas, datas, locais e a forma de execução dos crimes. A mera invocação da condição de sócio majoritário ou diretor de instituição financeira, sem descrição objetiva da conduta, pode torná-la inepta.

(HC 84.580/SP e HC 83.947/AM)

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9
Q

A simples condição de diretor de uma instituição financeira é suficiente para legitimar uma acusação penal?

A

Não. A denúncia deve descrever objetivamente a conduta do administrador que o vincule ao delito. A mera ocupação do cargo não justifica a persecução penal.

(HC 83.947/AM)

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10
Q

Qual a classificação da decisão que recebe a denúncia ou queixa?

A

Trata-se de uma decisão interlocutória simples, pois afeta a regularidade do processo sem encerrar uma etapa do procedimento.

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11
Q

Qual a diferença entre decisão interlocutória simples e interlocutória mista terminativa?

A

A decisão interlocutória simples trata da marcha processual sem discutir o mérito (ex.: recebimento da denúncia). Já a interlocutória mista terminativa encerra o procedimento, como a rejeição da denúncia ou o não recebimento da queixa.

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12
Q

A decisão que rejeita uma denúncia inepta faz coisa julgada formal ou material?

A

Faz coisa julgada formal, pois pode ser reformada se impugnada tempestivamente. No entanto, não impede nova denúncia desde que o vício seja sanado antes da extinção da punibilidade.

A decisão pode ser contestada em um prazo determinado, permitindo a correção da denúncia.

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13
Q

O que caracteriza a inépcia de uma denúncia em delitos societários ou de gabinete?

A

A denúncia será inepta se for genérica, sem descrever minimamente o fato criminoso e a relação entre os acusados. No entanto, se houver descrição suficiente dos fatos e indícios mínimos de autoria, a denúncia é válida.

Referência ao HC 118891, Min. Edson Fachin.

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14
Q

Qual a diferença entre denúncia genérica e denúncia geral?

A

A denúncia genérica apresenta fatos incertos e imprecisos, tornando-se inepta. Já a denúncia geral descreve um fato específico atribuído a várias pessoas ligadas por circunstâncias comuns, mesmo sem detalhar minuciosamente a participação de cada uma.

A clareza e a precisão dos fatos são cruciais para a validade da denúncia.

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15
Q

Quando uma denúncia por delito societário será considerada válida?

A

Quando descrever minimamente o fato tido como criminoso e indicar indícios de autoria, ainda que não detalhe a responsabilidade interna de cada imputado.

Referência ao HC 118891, Min. Edson Fachin.

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16
Q

A renúncia ao direito de queixa em relação a um dos autores do crime se estende aos demais?

A

Sim, conforme o artigo 49 do CPP, a renúncia ao exercício do direito de queixa em relação a um dos autores do crime estende-se a todos.

Artigo 49 do Código de Processo Penal (CPP) trata da renúncia ao direito de queixa.

17
Q

O perdão concedido a um dos querelados se estende automaticamente a todos?

A

Não. O perdão aproveita a todos os querelados, exceto àquele que expressamente o recusar, conforme o artigo 51 do CPP.

Artigo 51 do Código de Processo Penal (CPP) menciona as condições do perdão entre querelados.

18
Q

A renúncia ao direito de queixa exige a concordância do querelado?

A

Não. A renúncia é um ato unilateral, ou seja, não depende da concordância do querelado. (Art. 51 do CPP)

A unilateralidade da renúncia é reforçada pelo artigo 51 do Código de Processo Penal (CPP).