Abscesso e fístula anal Flashcards

1
Q

Fisiopatoloia dos abscessos

A

Teoria criptoglandular de Eisenhammer: Abscessos anorrettais resultam de processos inflamatórios criptoglandulares (complexo formado pelas glândulas de Chiairi e criptas de Morgagni)
- Agentes externos provocariam reatividade inflamatória da mucosa com edema e obstrução do conjunto criptogandular. Nesse sistema fechado seria favorecida a proliferação bacteriana local e a infecção secundária. Se autolimitada, criptite, se supuração, abscesso anorretal

Não resultantes do complexo criptoglandular: resultam de doenças infecciosas, inflamatórias ou traumas anorretais

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2
Q

Classificação dos abscessos anais

A

Abscesso perianal
Abscesso isquiorretal
Abscesso pelvirretal
Abscesso interesfincteriano (submucoso)

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3
Q

Trajeto de dissecção mais provável

A

Trajeto de dissecção mais provável: Espaço esficteriano superficial (ressulta nos abscessos perianais submucosos) ou profundo (abscessos interesfincterianos - 60% dos abscessos anorretais)
Segundo trajeto mais provável: dissecção das fibras do esfíncter externo, atingindo a fossa isquiorretal (abscesso isquiorretal)
Terceiro trajaeto de dissecção mais provável: abscessos supraelevadores (entre as fibras do músculo elevador do ânus

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4
Q

Quadro clínico abscessos perianais

A

Dor aguda, caráter latejante, agravada por tosse, espirro ou atividades que requeiram a continência anal
Presença de sinais flogísticos na região perianal
Eventualmente secreção purulenta drenando espontaneamente na região perianal e necrose da pele

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5
Q

Abscessos perinais

A

Extremamente dolorosos
Aumento do volume perianal
Endurações dolorosas no toque retal

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6
Q

Abscessos supraelevadores ou pelvirretais

A

Evolução insidiosa
Pouco dolorosas
Sintomas de infecção e comprometimento do estado geral

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7
Q

Exames laboratoriais

A

Leucograma: leuocitose com desvio à esquerda
Marcadores inflamatórios: PCR e VHS

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8
Q

Exames de imagem

A

Em casos de exceção: diferenciação de supaelevadores ou infraelevadores, abscessos bilaterais
US anorretal e RM são os exames de escolha: evidenciam localização, extensão das coleções purulentas, presença de trajetos fistulosos
TC: determinar coleções, na maioria das vezes falha em determinar a presença de possíveis trajetos fistulosos

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9
Q

Tratamento

A

Drenagem
TTo de trajetos fistulosos concomitantes
Atbterapia

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10
Q

Drenagem

A

Tto eminentemente cirúrgico (procedimento de urgência dentro de 24h do diagnóstico)
Abscessos superficiais: em fase inicial podem ser drenados sob anestesia local.
Abscesos submucosos distais ou supraelevadores devem ser drenados via transanal
Retirar dreno nas primerias 72 horas
Drenagem insuficiente pode gerar fístulas crônicas

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11
Q

Tratamento primário de trajetos fistulosos concomitantes

A

Controverso. 40% se cura espontaneamente

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12
Q

Atbterapia

A

Casos selecionados: DM, imunossuprimidos, quadros sépticos ou extensa celulite
Amoxicilina e clauvulanato (875mg, 2x por dia) ou ciprofloxacino (500mg, 2x por dia) com metronidazol (500mg 2-3x por dia)

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13
Q

estudo bacteriológico de rotina

A

Staphylococcus aureus ou Strepcococcus sp em 10 a 20% dos casos

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14
Q

Cuidados após drenagem

A

Analgésicos e antitérmicos
Curativ oseco (gaze ou absorvente íntimo)
Higiene perineal com água e sabão antisséptico
Banho de assento como água morna (20 a 30 min)

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15
Q

Fístula

A

Trajeto de comunicação anormal entre duas superfícies epiteliais, recoberta por tecido de granulação.
Fístulas anais: comunicação entre o interstino (canal anal ou reto) e a pele perineal (fístula anal) ou a mucoa vaginal (fístula anovaginal ou retovaginal)

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16
Q

Quadro clínico

A

Processo crônico
Orificio interno
Orifício externo
Secreção purulenta
Desconforto local
Prurido

17
Q

Diagnóstico

A

Exame proctológico: orifício externo na margem anal. orifício interno à palpação. Toque: orifício interno como estrutura endurecida, geralmente ao nível da linha pectínea
Exames complementares:
USEA (US endoanal) sensibilidade de 81%, RNM sensibilidade de 90%, TC

18
Q

Diagnósticos diferenciais

A

Hidradenite supurativa
Cisto pilonisal fistulizado
Bartholinite
D de crohn
TB
Linfogranuloma venéreo
Ca maligno

19
Q

Regra de Goodsall-Salmon

A

TTo cirurgico com anestesia raquimedular ou local nas fístulas simples
Sucesso do procedimento depende da identificação do orifício interno e dos trajetos fistulosos

20
Q

Classificação anatômica das fístulas

A

Fístula supraesfincteriana
Fístula extraesfincteriana
Fístula transesfincteriana