8 - Hepatites Virais Flashcards
CASO 1
Homem, 65 anos, comparece acompanhado da esposa devido a alteração em exame sorológico. Apresenta o seguinte resultado:
Anti-VHC reagente
Responda às dúvidas da esposa:
casos de suspeita de reinfecção - pedir PCR
CASO 2
Mulher, 55 anos, natural da China, enfermeira, casada, 2 filhos, residente em Jaú, comparece em consulta após alterações sorológicas ao doar sangue. Nega queixas no momento, faz tratamento para HAS com losartana, nega consumo de álcool, tabaco e outras drogas.
Exames: AgHbs reagente, AgHbe não reagente, anti-Hbc reagente, anti-Hbs não reagente.
CASO 3
Homem, 28 anos, conta que há 1 ano apresentou quadro de icterícia, náuseas e febre, com duração de 5 dias. Não procurou atendimento na época e evoluiu com melhora. Realizou exames na UBS e apresentou o seguinte resultado:
Hepatite A IgG REAGENTE
Foi encaminhado ao infectologista para seguimento.
VÍRUS DA HEPATITE A (VHA)
Picornaviridae
RNA fita simples
Fecal-oral
Replicação fígado, excretado na bile e eliminado nas fezes
CICLO HEPATITE A:
Transmissão da Hepatite A:
Fecal-oral (água contaminada, alimentos contaminados, objetos contaminados)
Sexual
Beijo?
Parenteral???
Incubação de 28 dias (15 a 50 dias)
Transmissão 🡪 15 dias antes do início dos sintomas até 7 dias após o inícios dos sintomas
Viremia 🡪 até 80 dias
QUADRO CLÍNICO:
Indisposição
Fadiga
Anorexia
Náuseas
Vômitos
Desconforto abdominal
Febre
Icterícia
Diarreia (crianças!!)
INFECÇÃO AGUDA!!!
Complicações:
- Hepatite Fulminante! (principalmente em adultos 🡪 decorrente da resposta imunológica)
Crianças:
0 – 14 anos 🡪 grande maioria dos casos
Assintomáticos e oligossintomáticos (<6 anos)
Diarreia é comum (50%)
Icterícia menos frequente
Quadros benignos
Adultos:
Casos mais graves (>50 anos)
Diarreia é incomum
Icterícia é comum (70%)
Maior risco de hepatite fulminante
DIAGNÓSTICO Hepatite A:
IgM 🡪 detectável após 5-10 dias (detectável até 4 a 6 meses)
IgG 🡪 detectável após 10-15 dias, dura até o fim da via
PCR (antígeno) 🡪 fezes e sangue durante viremia (até 80 dias)
Janela diagnóstica dos diferentes testes de diagnóstico das hepatites virais:
PREVENÇÃO Hepatite A:
Lavar as mãos
Lavar alimentos, consumir água filtrada
Não tomar banho em córregos, riachos e consumir água contaminada
Usar preservativo
Cozinhar bem os alimentos
Evitar a contaminação de rios
VACINAÇÃO (1 dose entre 12 meses e 5 anos)
VÍRUS DA HEPATITE C (VHC):
RNA fita simples
Família Flaviviridae
Transmissão parenteral
Citoplasma celular
GENÓTIPOS:
Genótipo 1: o mais amplamente disperso - 60% a 70% dos isolados dos Estados Unidos são do subtipo 1a ou 1b
Genótipo 2: amplamente disperso, mas mais diverso na África Central e Ocidental
Genótipo 3: amplamente distribuído, mas mais diversificado na Ásia, relacionado ao uso de drogas ilícitas
Genótipo 4: Norte da África e Oriente Médio.
Genótipo 5: África do Sul
Genótipo 6: Sudeste Asiático.
Genótipo 7: África Central (Congo)
TRANSMISSÃO Hepatite C:
Parenteral - contato com sangue
Contato sexual se tiver sangue
QUADRO CLÍNICO - Hepatite C:
PROVA
HISTÓRIA NATURAL DO VHC:
IMPORTANTE
Anti-VHC reagente + :
HEPATOCARCINOMA E VHC:
DIAGNÓSTICO:
Na dúvida - fazer PCR (carga viral)
ESTADIAMENTO VHC:
Confirmar diagnóstico de hepatite crônica (infecção há 6 meses)
Determinar o genótipo (solicitar genotipagem)
Determinar grau de acometimento hepático (biópsia/elastografia é menos invasiva)
Avaliar comorbidades e lesão renal
Avaliar coinfecções virais (HIV e VHB)
Considerar tratamentos prévios
HISTÓRICO DO TRATAMENTO VHC:
Imunomodulação 🡪 interferon peguilado 🡪 “acordar” o sistema imunológico (50% de cura, muitos efeitos colaterais)
Drogas de ação direta 🡪 eliminar diretamente o VHC (mais eficiente, menos efeitos colaterais)
PROVA
TRATAMENTO VHC:
OBJETIVO DO TRATAMENTO:
* RVS (resposta virológica sustentada) 🡪 carga viral indetectável após 6 meses de tratamento = CURA
* Evitar transmissão e complicações
A combinação Velpatasvir/Sofosbuvir é pangenótipa!
VÍRUS DA HEPATITE B - VHB:
Hepadnaviridae
Vírus DNA (transcriptase reversa)
Oncogênico
Replicação no núcleo do hepatócito
a cura aqui não é esterilizante - não elimina todo o vírus
HISTÓRIA NATURAL - VHB:
Mesmo se o paciente foi curado, pode ocorrer reinfecção.
História natural - Cronificação - VHB:
Hepatite B não necessita de cirrose para evoluir para câncer!
Hepatite C sim!
TRANSMISSÃO - VHB:
Agulhas, vertical, sexual (ist com secreção também), manicure…
O aleitamento materno é permitido???
- sim, mas se atentar com fissuras!
PROVA
Diagnóstico baseado nas sorologias:
AgHbs positivo indica infecção /Geralmente AgHbs por mais de 6 meses é crônico
AgHbe indica alta replicação / se é crônico e ele estando positivo indica que o organismo não consegue combatê-lo
Anti-Hbe indica baixa replicação / anti-hbe positivo em casos de AgHbe negativo - organismo reagiu à infecção
anti-hbs : demonstra imunidade / se AgHbs estiver positivo, o anti-hbs será negativo
anti-hbc marcador de contato prévio com vírus - se AgHbs positivo, anti-hbc positivo
se aghbs negativo, anti-hbc positivo, antihbs positivo, aghbe negativo - indica cura funcional
aghbs negativo, ahbe negativo, anti-hbs positivo, antihbc negativo e antihbe negativo - indica vacinação
se tudo negativo - indica indivíduo não vacinado e que também nao teve contato com o virus
se não der AgHbe reagente - não preciso colocar junto ao diagnóstico
PROVA
QUEM DEVE TRATAR A INFECÇÃO PELO VHB?
HBV-DNA ≥ 2.000 UI/mL + LESÃO HEPÁTICA/ALT elevado (≥ 52 U/L para homens e ≥ 37 U/L para mulheres) em duas medidas consecutivas, com intervalo mínimo de 3 meses elas
OUTRAS INDICAÇÕES DE TRATAMENTO:
* CHC familiar
* AgHbe+ > 30 anos
* Manifestação extra-hepáticas (artrite, vasculite, etc)
* Coinfecção com HIV ou VHC
* Hepatite aguda grave
* Reativação
* Cirrose hepática (biópsia ou elastografia)
* Fibrose hepática METAVIR F2
* Prevenção de reativação em imunossuprimidos
TRATAMENTOS - VHB:
Tratamento pelo resto da vida!
VACINAÇÃO:
Para pessoas de todas as faixas etárias.
Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.
Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.