6. Outros Tumores Intraoculares Flashcards
Quistos da Íris - Que tipos de Quistos existem - Primários e Secundários? Que fármacos podem estar relacionados com os secundários?
Primários
- Quistos do Epitélio Pigmentado
- Quistos Estromais
Secundários
- Por Epithelial Ingrowth pós-op ou pós-trauma
- Secundários a outros tumores
- Induzidos por fármacos - Mióticos, Análogos de Prostaglandinas
Quistos da Íris - Quistos do Epitélio pigmentado - Idade? Frequencia? São de que lado da íris? Como é o aspecto?
- Mais em Adultos
- Mais frequentes do que os Estromais
- Ocorrem mais na periferia
- Castanhos escuros/pretos
- Sem transiluminação
Quistos da Íris - Quistos do Estroma - Idade? Frequencia? São de que lado da íris? Como é o aspecto?
- Mais em crianças
- Mais na superfície anterior
- Frequentemente TRANSLUCIDOS
- Com transiluminação
Quistos da Íris - Quadro Clínico
- Inicialmente assintomáticos
Se aumentarem muito de tamanho podem começar a dar sintomas - Visão Turva
- Fotofobia
- Hiperémia
- Dor ocular
Quistos da Íris - A que complicações oculares podem levar?
- Glaucoma de Ângulo fechado
- S. Dispersão pigmentar
- Edema de córnea
- Catarata
- Subluxuação do cristalino
- Uveite
Quistos da Íris - Diagnóstico - Qual é o exame mais importante? Qual é o padrão?
UBM - Gold-standard
- Lesões redondas / ovoides
- Parede FINA e Hipercogénica
- Interior hipoecogénico
Quistos da Íris - Diagnóstico - Tratamento - Quais são as alternativas?
Vigilancia
- A maioria não precisa de tratamento
LASER
- Fotocoagulação Árgon
- Fotodistupção YAG - Cistoscomia
Cirurgia
- Aspiração com agente esclerosante
- Excisão em bloco
Quistos da Íris - Quais têm maior risco de recidiva?
Os quistos estromais
Quistos Neuroepiteliais do Corpo Ciliar - Onde surgem? Sexo? Idade? Lateralidade?
Junção entre corpo ciliar e íris
Mais frequentes em Mulheres Jovens
Podem ser Bilaterais ou Multifocais
Quistos Neuroepiteliais do Corpo Ciliar - A que consequência na íris podem levar?
Íris pode adquirir uma conformação plateau-like
Quistos Neuroepiteliais do Corpo Ciliar - Qual é o melhor exame para diagnóstico? O que mostra?
UBM
- Lesões redondas ou ovais
- Paredes finas hiperreflectivas
- Conteudo hiporreflectivo
(= Quistos da íris)
Quistos Neuroepiteliais do Corpo Ciliar - Tratamento?
Vigilancia
Meduloepitelioma - Que tipo de tumor é? Onde ocorre? Em que idade?
Corpo Ciliar
Tumor Congénito Raro
Pode ser Benigno ou Maligno
Diagnosticado na 1 década de vida
Meduloepitelioma - Que 2 tipos pode ter? A que malformação ocular pode estar associado? Como se comporta?
- Pode ser Teratóide / Não teratóide - de acordo com presença de tecidos heterólogos
- Pode estar asssociado a Persistencia da Vasculatura Fetal
- Benigno / Maligno
- Localmente invasivo
- Raramente metastiza
Meduloepitelioma - Qual é a aparência? O que pode simular?
- Massa AMELANOTICA rosada
- Vascularizado
- Pode-se manifestar como massa retrolenticular neoplásica
- Pode simular coloboma do cristalino, com entalhe no cristalino e ausencia de zónulas nessa região
Meduloepitelioma - Histologia? Quais são os critérios de malignidade?
Não Teratóide - proliferação de epitélio medular primitivo
Teratóide - elementos heteroplásicos - cartilagem, musculo, dentes, cerebro
Critérios de Malignidade
- Células neuroblásticas POUCO diferenciadas, semelhantes à do Retinoblastoma (com / sem Rosetas)
Meduloepitelioma - Quadro Clínico
- Pode ser assintomático
- Olho vermelho / dor
- Descolamento Coroideu
- Glaucoma secundário
- Catarata
- Subluxuação do cristalino
- Pode-se extender extraocularmente - Sinal de Malignidade
Meduloepitelioma - Diagnóstico - Qual é o melhor exame? O que vê?
- Alta reflectividade
- Estrutura Irregular
- Quistos intratumorais
Meduloepitelioma - Diagnóstico - Qual é o padrão à RM?
- Hiperintenso em T1
- Hipointenso em T2
Meduloepitelioma - Tratamento
- Resseção local
- Braquiterapia
- Radioterapia
- Enucleação
Leiomioma do Corpo Ciliar - Frequencia? Sexo? Idade? Lateralidade?
- Origem no musculo liso do corpo ciliar
- RARO
- Mais frequente em MULHERES JOVENS
- Unifocal, unilateral
Leiomioma do Corpo Ciliar - Em que camada se desenvolve?
Desenvolve-se no espaço SUPRA-ciliar, SEM envolver o estroma
Leiomioma do Corpo Ciliar - Aparencia?
- Massa AMELANOTICA que não atinge o estroma
Leiomioma do Corpo Ciliar - Comportamento?
- Crescimento lento e progressivo
- Localmente invasivo
- Pode ter extensão extra-escleral
Leiomioma do Corpo Ciliar - Complicações?
- Catarata
- Descolamento da Retina
Leiomioma do Corpo Ciliar - UBM - Qual é o padrão?
- Baixa reflectividade, semelhante a Melanoma
(Por isso faz-se transiluminação, para distinguir)
Leiomioma do Corpo Ciliar - Transiluminação - Qual é a diferença para o melanoma?
- Não provoca sombra
Leiomioma do Corpo Ciliar - Histologia - Qual é a importância?
- Importante porque pode simular melanoma no padrão ecogénico (por ter baixa reflectividade interna)
- Positivo para marcadores de musculo liso
- Negativo para marcadores de melanoma
Leiomioma do Corpo Ciliar - Diagnóstico Diferencial
- Melanoma do corpo ciliar
- Metástase
- Schwannoma
Leiomioma do Corpo Ciliar - Tratamento - Alternativas
- Observação
- Excisão Local
- Enucleação
Osteoma da Coroide - Que tipo de tumor é? Em que consiste?
É um Coriostoma - tecido normal mas fora do sítio
Consiste em ossificação de tecido da coróide
Osteoma da Coroide - Epidemiologia - Sexo? Idade? Raça? Lateralidade?
- Mais frequente no Sexo Feminino 2.6:1
- Mais frequente nas 2-3 décadas
- Maioria dos casos foram reportados na Raça Caucasiana
- Frequentemente UNILATERAL 75%
Osteoma da Coroide - Fisiopatologia
Desconhecida
Metaplasia óssea dos tecidos - causa desconhecida
Osteoma da Coroide - Aspecto da lesão?
- Lesão arredondada / ovalada / amarelo-esbranquiçada
- Bem delimitada
- Frequentemente Justapapilar ou Peripapilar com ou sem extensão macular
- É possível ver vasculatura intratumoral
- Tamanho de 2-22 mm
- Elevação 0,5-2,5 mm
Osteoma da Coroide - Comportamento? Complicações são frequentes? Quais são?
- Podem crescer 50%
- Com o tempo há desossificação tumoral
- Podem ter LSR associado
Podem ter NVC associada - 50-70% - Frequentemente subfoveal ou justafoveal
Osteoma da Coroide - Histologia
- Trabeculas ÓSSEAS delineadas por vasos
- Osteoblastos, osteócitos ou osteoclastos
- Coriocapilar adelgaçada ou obliterada
Osteoma da Coroide - Quadro clínico
Assintomático
Diminuição AV
- Extensão foveal
- LSR
- NVC
Escotoma
Metamorfopsia
Osteoma da Coroide - Qual é o exame patognomónico?
- É PATOGNOMONICA
- Pico inicial de Hiperreflectividade com atenuação das estruturas posteriores e sombra acústica
Osteoma da Coroide - FAF - O que mostra?
Dependem do estadio de calcificação / presença de LSR
- Calcificadas são ISO
- Descalcificação parcial - HIPER + HIPO
- Descalcificação total - HIPO
- LSR Agudo - HIPER
- LSR Cronico - HIPO
Osteoma da Coroide - AngF - O que mostra?
Dependem do estadio de calcificação / presença de LSR
- HIPER precoce irregular com Stainning nos tempos tardios
Osteoma da Coroide - AngIGC - o que mostra?
- HIPO marcada em toda a área tumoral INICIAL
- Hiper heterogénea secundária à vascularização do tumor
Osteoma da Coroide - OCT - Qual é o papel?
Avalia
- LSR
- NVC
- Estado dos fotorreceptores
Osteoma da Coroide - OCT-EDI - que padrões permite ver?
- Linhas Lamelares horizontais 100%
- Linhas horizontais hiperreflectivas 50%
- Lamelas tubulares com centro oco - 60%
- Lamelas tubulares verticais 40%
Osteoma da Coroide - OCT-A - o que permite ver?
- Vascularização intratumoral
- NVC
(mais sensível que AngF) - Sea Fan Vascular Network 100%
- Emaranhados vasculares internos ou marginais
Osteoma da Coroide - TC - o que vê?
- Placa radiopaca característica
Osteoma da Coroide - Diagnóstico Diferencial
- Melanoma Amelanótico
- Nevus da Coroide
- Metástase Coroideia
- Hemangioma Coroideu
- DMI Neovascular
- Esclerite Posterior
Osteoma da Coroide - Diagnóstico Diferencial - Melanoma Amelanótico
- Faixa etária diferente
- Mais amarelo-acastanhadas
- Mais exsudativas
Osteoma da Coroide - Diagnóstico Diferencial - Nevus da coroide
- Geralmente com drusas subjacentes
Osteoma da Coroide - Diagnóstico Diferencial - Metastização
- Menos definidas
- Mais elevadas
- Mais exsudativas com DRs associados
Osteoma da Coroide - Tratamento dirigido? E das complicações?
- NÃO há comprovado
- Geralmente doentes são OBSERVADOS e só se tratam as complicações- NÃO há comprovado
- Geralmente doentes são OBSERVADOS e só se tratam as complicações
LSR sem NVC
- TFD é mais eficaz que anti-VEGF
NVC
- Anti-VEGF
Pode ser feito LASER em regiões extrafoveais (mas é fraco)