6. Complicações Vasculares do Diabetes Flashcards
Quais as características do pé diabético?
- Lesão secundária a neuropatia e artropatia típicas do paciente diabético.
- NÃO é uma lesão isquêmica.
Quais as características do pé de Charcot?
- Desabamento do arco plantar.
- Ocorre por perda da propriocepção inconsciente, levando a alteração nas estruturas articulares e dendíneas.
- Causa alteração nos pontos de pressão dos pés, facilitando o surgimento de lesões.
Obs.: pode vir associado ao dedo em martelo (contratuta dos metatarsos) ou em garra.
Como é o diagnóstico do pé diabético?
- Lesão no pé em pacientes diabéticos com ITB > 1.
- Presença de pulsos palpáveis.
Obs.: se houver isquemia, realizar a revascularização.
Qual a conduta no pé diabético não-infectado?
- Avaliação da ortopedia para corrigir arquitetura do pé.
- Calçados especiais para aliviar pontos de apoio.
- Vigilância constante dos pés.
Qual a conduta no pé diabético infectado?
- Internação hospitalar.
- Antibioticoterapia.
- Desbridamento cirúrgico amplo e precoce.
Quais as características do pé diabético com gangrena gasosa?
- Fasceíte necrotizante do membro causada por bactérias anaeróbias.
- Causa creptação e enfisema de subcutâneo ao exame físico.
- Radiografia com gás no subcutâneo.
- Rápida progressão para choque séptico e óbito.
Qual a conduta no pé diabético com gangrena gasosa?
- Estabilização hemodinamica.
- Antibioticoterapia de amplo espectro.
- Desbridamento cirúrgico amplo.
- Considerar amputação aberta.
Obs.: o único exame necessário é a radiografia do membro, mas a mesma não deve atrasar o tratamento.
Quais as indicações de amputação?
- Falha na revascularização em pacientes isquêmicos.
- Comprometimento irreversível de partes moles.
- Trauma.
Quais os níveis de amputação?
- Transfemoral: reabilitação mais complexa.
- Transtibial: melhor reabilitação.
- Transmetatársica: com retirada parcial ou total dos metatarsos (Lisfranc).
Obs.: a amputação deve ser realizada em áreas com pulso PRESENTE!
Obs.2: no fechamento fas amputações, fazer retalho posterior mais longo que o anterior.
Quais os acessos para diálise em pacientes diabéticos com doença renal crônica?
- Cateteres (Shilley, Permecath e Tenckoff).
- Fístula artério-venosa.
Quais as características dos cateteres de diálise nos pacientes diabéticos com doença renal crônica?
- Permitem alto fluxo de depuração do sangue durante sessões de diálise.
- Pode causar síndrome da veia cava superior e falência de acesso cervical e de membros superiores.
- Evitar por períodos prolongados.
Quais as características da sfístulas arteriovenosas nos pacientes diabéticos com doença renal crônica?
- Confecção de uma anastomose entre uma artéria e uma veia.
- Promove a arterialização da veia, causando dilatação e aumento da espessura de sua parede, permitindo maior fluxo.
Quais as características da trombose das fístulas arteriovenosas nos pacientes diabéticos com doença renal crônica?
- Decorre de compressão da fístula ou falha na sua confecção, causando redução do fluxo.
- Causa aumento da pulsatilidade antes e aumento do frêmito após obstrução.
- Diagnosticado por flebografia.
- Tratar com angioplastia de urgência.
Quais as características da síndrome do roubo nas fístulas arteriovenosas nos pacientes diabéticos com doença renal crônica?
- Decorre de fístulas com grandes comunicações entre a artéria e a veia.
- Causa desvio do fluxo arterial para a fístula, causando hioperfusão distal (claudicação, isquemia, etc).
- Tratar com reconfecção da fístula.