1. Oclusão Arterial Flashcards

1
Q

Quais as características da aterosclerose?

A
  • Doença crônica associada a inflamação e infiltração da parede arterial por placas de gordura e linfócitos.
  • Mais comum em hipertensos, diabéticos e obesos.
  • O principal fator de risco modificável é o tabagismo.
  • É uma doença SISTÊMICA, comprometendo vários territórios vasculares simultaneamente.

Obs.: como é uma doença de evolução crônica, o paciente pode ser assintomático pelo desenvolvimento de redes colaterais.

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2
Q

Qual o quadro clínico da doença arterial oclusiva periférica (DAOP)?

A
  • Claudicação intermitente (principal).
  • Ausência de pulsos.
  • Palidez.
  • Atrofia da pele.
  • Sarcopenia.

Obs.: a presença de claudicação indica uma mortalidade em 5 anos de 15%.

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3
Q

Quais as características do ITB na DAOP?

A
  • Calculado pela maior pressão sistólica do tornozelo/maior pressão sistólica no braço.
  • Valor < 0,9: isquemia crônica.
  • Valor < 0,6: claudicação intermitente.
  • Valor < 0,3: isquemia em repouso.

Obs.: ITB > 1,3 indica calcificação arterial intensa.

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4
Q

Qual a classificação de Fontaine na doença arterial periférica?

A
  • I: assintomáfico.
  • II: claudicação intermitente limitante (a) ou incapacietante (b).
  • III: dor isquêmica em repouso.
  • IV: lesões tróficas.
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5
Q

Qual o tratamento da DAOP?

A
  • Cessar tabagismo.
  • Intensificar caminhadas.
  • AAS + estatina.
  • Cilostazol (aumenta distância de marcha).

Obs.: pode-se utilizar também a pentoxifilina (inibidor de PDE-5).

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6
Q

Quais as características da isquemia crítica na DAOP?

A
  • Situação em que o membro está com ameaça iminente de necrose.
  • Causa dor em repouso.
  • Ocorre por piora do leito vascular (ex.: trombose aguda) ou aumento da demanda metabólica tecidual (ex.: feridas).
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7
Q

Quais as características da DAOP com isquemia crítica por lesão trófica?

A
  • Manutensão do leito vascular, mas com aumento da demanda metabólica do membro.
  • Ocorre pós-feridas no local.
  • Pode evoluir com infecção ou necrose seca do membro.
  • Tratar com revascularização e antibióticos (NÃO anticoagular).

Obs.: o exame de escolha para planejamento cirúrgico é a angiotomografia.

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8
Q

Quais as características da DAOP com isquemia crítica por piora da trombose?

A
  • Ocorre por instabilidade aguda e trombose da placa aterosclerótica.
  • Paciente evolui com claudicação em REPOUSO.
  • Tratar com revascularização do membro.

Obs.: na trombose aguda, é possível realizar trombólise se o paciente possuir rede colateral adequada.

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9
Q

Qual a classificação WIfI na DAOP com isquemia crítica?

A
  • Escore de gravidade clínica.
  • Avalia o grau de isquemia, infecção e presença de lesão trófica.
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10
Q

Qual a classificação GLASS na DAOP com isquemia crítica?

A
  • Escore de gravidade anatômica.
  • GLASS I: favoravel à cirurgia endovascular (estenoses curtas).
  • GLASS II: cirurgia endovascular possível.
  • GLASS III: favorável à cirurgia aberta (estenoses longas).
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11
Q

Qual o tratamento da DAOP com isquemia crítica?

A
  • Anticoagulação plena.
  • Curativo aquecido.
  • Solicitar exame de imagem.
  • WIfI 1 e 2: otimizar tratamento medicamentoso.
  • WIfI 3 e 4: angioplastia (GLASS I e II) ou enxertia (GLASS III).

Obs.: na presença de necrose ou úlceras realizar primeiramente a REVASCULARIZAÇÃO para depois amputar ou debridar.

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12
Q

Quais as características da oclusão arterial aguda?

A
  • Interrupção abrupta da vascularização dos membros inferiores.
  • Pode ser cardioembólica ou trombótica.
  • O exame de escolha para estudo do leito vascular é a angiotomografia.
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13
Q

Qual a ordem dos tecidos mas sensíveis a isquemia na oclusão arterial aguda?

A
  • Nervos sensitivos.
  • Nervos motores.
  • Músculos.
  • Gordura.
  • Pele.
  • Osso.
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14
Q

Quais as características da oclusão arterial aguda cardioembólica?

A
  • Ocorre embolização arterial por trombos cardíacos atriais
  • Mais comum em pacientes com fibrilação atrial e IAM prévio.
  • Geralmente, os pacientes não têm aterosclerose nem circulação colateral.
  • Os embolos impactam em áreas de bifurcação (mudança de calibre).

Obs.: o principal local de oclusão é a artéria femoral superficial.

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15
Q

Qual o quadro clínico da oclusão arterial aguda cardioembólica?

A
  • Dor hiperaguda.
  • Pulso abolido no membro afetado e NORMAL no contralateral.
  • Historia de doença cardíaca.
  • AUSÊNCIA de claudicação prévia.
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16
Q

Quais os achados radiográficos na oclusão arterial aguda cardioembólica?

A
  • Angiotomografia: falha de enchimento do segmento afetado SEM circulação colateral.
  • USG doppler: ausência de fluxo arterial.
  • Arteriografia (padrão-ouro): sinal do cálice invertido.

Obs.: os exames NÃO são necessários para o diagnóstico e não podem atrasar o tratamento (diagnóstico clínico).

17
Q

Quais as características da oclusão arterial aguda trombótica?

A
  • Ocorre em pacientes com doença arterial periférica oclusiva crônica com descompensação da doença de base.
  • Presença prévia de claudicação e fatores de risco para aterosclerose.
  • Tratamento depende de critérios clínicos e anatômicos.
18
Q

Qual o quadro clínico da oclusão arterial aguda trombótica?

A
  • Dor subaguda.
  • Pulsos diminuitos BILATERALMENTE.
  • Historia de aterosclerose e claudicação prévia.
19
Q

Quais os achados radiológicos da oclusão arterial aguda trombótica?

A
  • Angiotomografia: falha de enchimento do segmento afetado COM circulação colateral.
  • USG: ausência de fluxo arterial.
  • Arteriografia (padrão-ouro): sinal da ponta do lápis com rede vascular colateral.
20
Q

Qual a classificação de Rutheford na oclusão arterial aguda?

A
  • Rutheford I: paciente sem alterações sensitivas ou motoras.
  • Rutheford IIa: paciente com parestesias, mas com motricidade preservada.
  • Rutheford IIb: paciente com parestesias e paresia.
  • Rutheford III: membro com anestesia e paralisia.
21
Q

Qual a conduta inicial na oclusão arterial aguda?

A
  • Anticoagulação plena.
  • Aquecer membro inferior de forma passiva (algodão ortopédico).
  • Maca em proclive.

Obs.: NÃO fazer aquecimento ativo pelo risco de causar vasodilatação venosa e aumento da isquemia.

22
Q

Qual a conduta definitiva na oclusão arterial aguda?

A
  • Rutheford I a IIb: embolectomia com cateter de Forgathy (se embólica) ou revascularização cirúrgica/trombólise (se trombótica).
  • Rutheford III: amputação.

Obs.: idealmente, realizar o procedimento em até 6h sem sequelas (máximo de 12h com sequelas) para salvar o membro.

23
Q

Quais as características da síndrome de reperfusão?

A
  • Ocorre após reperfusões de isquemia > 6 horas de evolução.
  • Causa acidose, hipercalemia e mioglobinúria.
24
Q

Quais as características da síndrome compartimental?

A
  • Associada a revascularização e edema muscular.
  • Causa dor a movimentação passiva do membro, edema e prestesias.
  • Tratar com fasciotomia.
25
Q

Qual a conduta na infecção de prótese cirúrgica?

A
  • Explante da prótese.
  • Reconstrução possível: enxerto autólogo (ex.: veia safena).
  • Reconstrução não possível: aguardar delimitação da isquemia para amputação.
26
Q

Quais as características da síndrome de Leriche?

A
  • Doença arterial oclusiva do segmento aorto-ilíaco.
  • Causa a tríade claudicação em glúteos, ausência de pulsos femorais e disfunção erétil no homem.
27
Q

Quais as características do aprisionamento de poplítea?

A
  • Compressão da veia poplítea por estruturas musculares (m. gastrocnêmio e m. poplíteo) e tendíneas.
  • Associado a esforço repetitivo nos membros inferiores (ex.: corredores, ciclistas).
  • Causa claudicação intermitente em pacientes jovens e sem fatores de risco para aterosclerose, podendo evoluir com isquemia crítica.
  • Diagnosticado com arteriografia ou doppler com manobra muscular.
  • Tratamento com reparo muscular ou arterial.
28
Q

Quais as características da síndrome do desfiladeiro torácico?

A
  • Compressão do feixe vasculonervoso cervical.
  • Ocorre por hipertrofia dos escalenos ou compressão costoclavicular (ex.: costela cervical).
  • Causa claudicação, parestesias e trombose de veia subclávia.
  • Tratar com fisioterapia e descompressão.
29
Q

Quais as características da trombangeíte obliterante (doença de Buerger)?

A
  • Vasculite que causa oclusões trombóticas em vasos de pequeno e médio calibre.
  • Mais comum em homens jovens < 40 anos.
  • O principal fator de risco é o TABAGISMO.
  • Pode causar oclusões arteriais agudas (principalmente em extremidades), tromboflebites superficiais e fenômeno de Raynauld.