5. PROVAS Flashcards

1
Q

O que são provas cautelares?

A

Aquelas em que há um risco de desaparecimento do objeto da prova em razão do decurso do tempo, em relação às quais o contraditório será diferido. Podem ser produzidas na fase investigatória ou na fase judicial e em regra dependem de autorização judicial.

Ex.: interceptação telefônica.

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2
Q

O que são provas não repetíveis?

A

Uma vez produzidas, não podem ser novamente coletadas ou produzidas, em virtude do desaparecimento da fonte probatória. Podem ser produzidas na fase investigatória e na fase judicial e em regra não dependem de autorização judicial.

Ex.: exame de corpo de delito.

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3
Q

O que são provas antecipadas?

A

São as produzidas com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em momento processual distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do processo, em virtude de situação de urgência e relevância. É indispensável prévia autorização judicial e elas podem ser produzidas na fase investigatória e em juízo.

Ex.: depoimento ad perpetuam rei memoriam (art. 225, CPP).

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4
Q

É admissível a prova de autópsia psicológica?

A

STJ - A “autópsia psicológica” constitui prova atípica admissível no processo penal, cabendo ao magistrado controlar a sua utilização no caso concreto.

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5
Q

O que é prova anômala?

A

Aquela utilizada para fins diversos daqueles que lhe são próprios. A prova é prevista em lei, mas não para aquela situação.

Ex. a testemunha - seu conhecimento deve vir aos autos através de um depoimento prestado em juízo, e não através de uma mera certidão juntada aos autos, sob pena de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

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6
Q

O que é prova irritual?

A

É aquela produzida sem a observância do modelo típico previsto em lei. É prova ilegítima. Ex. reconhecimento em juízo que não segue o procedimento descrito no art. 226 do CPP

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7
Q

É possível condenar alguém com base em indícios (usado como sinônimo de prova indireta)?

A

SIM, desde que se trate de indícios plurais, coerentes e coesos, e não de um único indício isolado.

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8
Q

O que é vestígio?

A

É todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.

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9
Q

O que é evidência?

A

É o vestígio que, após as devidas análises, tem constatada, técnica e cientificamente, sua relação com o fato periciado

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10
Q

O que é indício?

A

Circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias (art. 239 do CPP).

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11
Q

O que são elementos de convicção?

A

‘Colhidos na fase inquisitorial (pré-processual), com a finalidade de embasar a opinio delicti do órgão acusador. Também viabilizam a decretação de medidas cautelares. Em geral, não autorizam uma condenação, pois não foram formados com observância do contraditório e da ampla defesa.

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12
Q

Qual o conceito de prova?

A

É o meio de se demonstrar a verdade de um fato, destinando-se à formação do livre convencimento motivado do juiz. É produzida sob o crivo do contraditório e da ampla defesa (art. 155, caput do CPP).

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13
Q

O que o CCP diz sobre os peritos?

A

O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

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14
Q

Como se deve proceder caso não haja perito oficial?

A

Na FALTA DE PERITO OFICIAL, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

Súmula nº 361, STF. No processo penal, é nulo o exame realizado por um só perito, considerando-se impedido o que tiver funcionando anteriormente na diligência de apreensão.

Válida, mas deve ser feita uma ressalva: o Enunciado 361/STF é aplicável apenas nos casos em que a perícia for realizada por peritos não oficiais.

↳ Se a perícia for realizada por perito oficial: basta um único perito.

↳ Se a perícia for realizada por perito não oficial: serão necessários dois peritos não oficiais.

  • Assim, para que a perícia seja válida, é necessário que ela seja realizada:

a) por um perito oficial; ou

b) por dois peritos não oficiais

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15
Q

Quem pode indicar assistente técnico e formular quesitos?

A
  1. MINISTÉRIO PÚBLICO
  2. Assistente de acusação
  3. Ofendido
  4. Querelante
  5. Acusado
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16
Q

Qual o prazo para confecção do laudo pericial?

A

10 (dez) dias

Podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos

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17
Q

Qual o prazo para realização de autópsia?

A

Será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, SALVO se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

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18
Q

Como deve ser feito a autópsia em caso de morte violenta?

A

Nos casos de MORTE VIOLENTA, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

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19
Q

Qual o procedimento previsto no CPP para o interrogatório do réu?

A

O interrogatório do réu PRESO será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.

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20
Q

Em quais casos é possível a realização de interrogatório por videoconferência?

A

Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:

I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;

II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;

III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código;

IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

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21
Q

Quem pode ser testemunha em processo penal?

A

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.

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22
Q

Quem são as pessoas que não prestam compromisso de dizer a verdade no CPP?

A

Parentes próximos do réu (art. 206 c/c 208 do CPP);

Menor de 14 anos;

Deficientes mentais (art. 208 do CPP).

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23
Q

Qual o procedimento caso o juiz tenha dúvida quanto a identidade da testemunha?

A

Procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.

24
Q

Quem pode ser recusar a depor?

A

O ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, SALVO quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias

25
Q

Qual o número de testemunhas?

A
26
Q

O que são testemunhas Laudadoras ou de Beatificação?

A

São aquelas que prestam declarações relacionadas aos antecedentes do réu

27
Q

O que são Testemunhas Impróprias, Instrumentárias ou Fedatárias?

A

São aquelas que prestam declarações sobre a regularidade de um ato do processo ou do inquérito policial, e não sobre a própria infração penal.

Ex.: testemunhas de apresentação que são chamadas para presenciar o auto de prisão em flagrante.

28
Q

o que são Testemunhas da Coroa?

A

São aqueles depoimentos prestados pelo agente infiltrado. Esta figura foi prevista em alguns diplomas, como a Lei n. 12.850/2013 e a Lei n. 11.343/2006. O agente infiltrado é o policial que, mediante autorização judicial, ingressa em uma organização criminosa, colhendo material probatório acerca das práticas delitivas.

29
Q

O juiz é obrigado a conhecer legislação municipal?

A

O juiz está obrigado a conhecer o direito estadual e municipal APENAS da localidade em que exerce jurisdição

30
Q

Quando o MP poderá se valer de prova emprestada?

A

O Ministério Público só poderá se valer da prova emprestada se o acusado figurou como réu no processo no qual a prova foi originalmente produzida.

Se a prova foi produzida em processo no qual o acusado não teve participação, não há falar em prova emprestada, e sim em mera prova documental ou compartilhamento de prova.

31
Q

É possível utilizar prova emprestada de processo penal no qual foi declarada nulidade?

A
  1. Não se admite a prova emprestada - Caso tenha sido declarada nula ou ilegal a prova originária.
  2. Admite-se a prova emprestada - Caso o processo original tenha sido anulado por qualquer outro motivo que não a prova.
32
Q

O réu pode silenciar em relação as perguntas do juiz e do MP e responder as feitas por sua defesa técnica?

A

SIM

O interrogatório, como meio de defesa, implica ao imputado a possibilidade de responder a todas, nenhuma ou a apenas algumas perguntas direcionadas ao acusado, que tem direito de poder escolher a estratégia que melhor lhe aprouver à sua defesa.

33
Q

Quais os AVISOS DE MIRANDA?

Eles tem previsão constitucional?

A

1- Tem o direito de não responder;

2.- Tudo que disser pode ser usado contra ele;

3.- Tem o direito à assistência de defensor escolhido ou nomeado.

. No Brasil, só o primeiro aviso está consagrado na CF.

34
Q

O dever informar quanto ao direito de não autoincriminação também se aplica à mídia?

A mídia, na hora de entrevistar o acusado, tem que informá-lo do seu direito ao silêncio?

A

Prevalece que NÃO.

35
Q

Qual a consequência imediata do reconhecimento da prova ilícita ou da prova ilegítima que enseja a nulidade absoluta?

A

Seu desentranhamento dos autos e a sua inutilização, para que não se possa influenciar indevidamente o convencimento do magistrado.

36
Q

As manifestações que fazem referência à prova declarada ilícita também devem ser desentranhadas?

A

O que deve ser desentranhado dos autos é a PROVA, e NÃO os autos processuais que fazem menção à prova ilícita. Assim já decidiu o STF:

As peças processuais que fazem referência à prova declarada ilícita não devem ser desentranhadas do processo. (STF, Info 849).

37
Q

Em quais casos a prova, apesar de ilícita e, por conseguinte, desentranhada dos autos, NÃO será inutilizada?

A
  1. Quando a prova PERTENCER LICITAMENTE a alguém.
  2. Quando a PROVA ILÍCITA CONSISTIR NO CORPO DE DELITO em relação àquele que praticou um crime para obtê-la.

A prova ilícita pode ser a prova do crime da pessoa que a produziu.

Ex. Caso dos policiais que foram apurar um crime de corrupção supostamente praticado por uma escrivã e tiraram a roupa da mulher à força (para pegar o dinheiro de corrupção que ela supostamente guardava na calcinha). Os policiais, inclusive, gravaram todo o fato. Se, no processo de apuração da corrupção, essa prova for reconhecida como ilícita, não pode ela ser destruída, porque ela prova a prática de crime de abuso de autoridade ou constrangimento ilegal por parte dos policiais.

38
Q

O que prega a Teoria da Fonte Independente?

A

Prova obtida de forma independente, não sendo contaminada pelo veneno da prova ilícita. Assim, de um lado ela tem relação com a prova ilícita, mas por outro lado tem uma fonte independente que a torna lícita.

Art. 157, § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma FONTE INDEPENDENTE das primeiras.

39
Q

O que prega a teoria da Descoberta Inevitável da prova?

A

As provas ilícitas podem ser aproveitadas desde que seja cabalmente provado que a prova chegaria nos autos de qualquer maneira (juízo de inevitabilidade), considerando-se o rumo regular e lícito das investigações, o que tornaria irrelevante a sua obtenção primária ilícita.

Art. 157, §2o Considera-se fonte independente (descoberta inevitável) aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

Obs - Quando o referido dispositivo faz menção à fonte independente, quis, na verdade, trazer o conceito da limitação da descoberta inevitável.

40
Q

O que prega a Limitação da Mancha Purgada, Nexo Atenuado ou Tinta Diluída (Teoria Dos Vícios Sanados) ?

A

Um ato posterior, totalmente independente, afasta a ilicitude originária. O vício da ilicitude originária é atenuado em virtude do espaço temporal decorrido entre a prova primária e a secundária, ou por conta de circunstâncias supervenientes na cadeia probatória ou da vontade de um dos envolvidos em colaborar com a persecução criminal.

41
Q

O que prega a Teoria do Encontro Fortuito de Prova?

A

Casos em que, no cumprimento de uma diligência, regularmente autorizada para a investigação de outro crime, a autoridade policial casualmente encontra provas pertinentes à outra infração penal, que não estavam na linha de desdobramento normal da investigação.

42
Q

Quando ocorre Serendipidade ou encontro fortuito de 1º grau?

A

Quando os encontros fortuitos são de fatos conexos ou continentes com os fatos sob investigação.

Nesse caso, a prova produzida pode ser valorada pelo juiz.

43
Q

Quando ocorre Serendipidade ou encontro fortuito de 2º grau?

A

Quando se trata de fatos não conexos ou quando não exista continência com os fatos sob investigação.

Nesse caso, a prova produzida vale como notitia criminis

44
Q

Quando ocorre Serendipidade objetiva?

A

Quando, no curso da medida, surgirem indícios da prática de outro crime que não estava sendo investigado.

45
Q

Quando ocorre Serendipidade subjetiva?

A

Quando, no curso da medida, surgirem indícios do envolvimento criminoso de outra pessoa que inicialmente não estava sendo investigada.

Ex: durante a interceptação telefônica instaurada para investigar João, descobre-se que um de seus comparsas é Pedro (Deputado Federal).

46
Q

Discorra sobre a serendipidade em buscas em escritórios de advocacia

A

As buscas e apreensões em ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA devem ser limitadas exclusivamente aos dados do cliente investigado.

Por isso, caso haja descoberta de elementos de crime cometido por outro cliente, não investigado e sem relação com o mandado, não pode ser utilizada no processo, por configurar exceção do encontro fortuito de provas.

47
Q

O que prega a Teoria racionalista da prova?

A

STF (Informativo 935) - diante da análise da temática do in dubio pro societate no processo penal, propôs a adoção de um novo sistema de valoração da prova, o sistema racionalista, segundo a qual:

. Não deve haver critérios de valoração das provas rigidamente definidos na lei;

. Por outro lado, o juízo sobre os fatos deve ser pautado por critérios de lógica e racionalidade, podendo ser controlado em âmbito recursal ordinário.

A valoração racional da prova é uma imposição constitucional decorrente:

. Do direito à prova (art. 5º, LV, CF/88); e

. Do dever de motivação das decisões judiciais (art. 93, IX).

“Modelos de Constatação” - são níveis de convencimento ou de certeza, que servem de critério para que seja proferida decisão em determinado sentido.

Ex.: O modelo de constatação para se condenar alguém é baseado em provas concretas produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa no processo judicial.

48
Q

O que é o Princípio da Mesmidade na cadeia de custódia?

A

Termo utilizado pelo doutrinador GERALDO PRADO

“Mesmidade” (forma aproximada a empregada na língua espanhola, que não possui correspondente em português e não pode ser traduzido como ‘mesmice’) - entende-se a garantia de que a prova valorada é exatamente e integralmente aquela que foi colhida, correspondendo, portanto, “a mesma”.

49
Q

O que é o princípio da Desconfiança na cadeia de custódia?

A

Termo utilizado pelo doutrinador GERALDO PRADO

Consiste na exigência de que as provas (documentos, DNA, áudios etc.) devam ser ‘acreditadas’, submetidas a um procedimento que demonstre que correspondem ao que a parte alega ser.

O tema de provas exige a intervenção de regras de “acreditação”, pois nem tudo que ingressa no processo pode ter valor probatório, há que ser “acreditado”, legitimado, valorado desde sua coleta até a produção em juízo para ter valor probatório.

50
Q

Qual corrente foi adotada pelo STJ em relação aos caso de quebra de cadeia de custódia?

A

1ª Corrente: Ilicitude da prova (Aury Lopes Jr. e Geraldo Prado) – A quebra da cadeia de custódia leva a declaração de ilicitude da prova e a sua exclusão dos autos, bem como das demais provas dela derivadas.

2ª Corrente: Menor valor probatório (Gustavo Badaró e Renato Brasileiro) – A quebra da cadeia de custódia não leva, obrigatoriamente, à ilicitude ou à ilegitimidade da prova, devendo ser analisado o caso concreto.

O STJ tem adotado entendimento no sentido da 2ª corrente. Vejamos:

As irregularidades constantes da cadeia de custódia devem ser sopesadas pelo magistrado com todos os elementos produzidos na instrução, a fim de aferir se a prova é confiável. STJ. 6ª Turma. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720).

51
Q

Qual crime comete aquele que ingressa em local isolado de crime?

A

É PROIBIDA a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime ANTES da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.

52
Q

Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar determinado material, como se deve proceder?

A

Deverá a AUTORIDADE POLICIAL ou JUDICIÁRIA determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal

53
Q

Quais as características da confissão?

A
  1. Ato retratável: Acusado pode se retratar da confissão a qualquer momento, no todo ou em parte.
  2. Ato divisível: O acusado pode confessar um delito e negar outros. O juiz pode considerar verdadeira apenas uma parte da confissão, não valorando a parte que considerar inverossímil. Ex.: Juiz aceita a confissão do ato, mas repudia a alegação de fato impeditivo (excludente de culpabilidade).
54
Q

Quais as características da confissão?

A
  1. Ato retratável: Acusado pode se retratar da confissão a qualquer momento, no todo ou em parte.
  2. Ato divisível: O acusado pode confessar um delito e negar outros. O juiz pode considerar verdadeira apenas uma parte da confissão, não valorando a parte que considerar inverossímil. Ex.: Juiz aceita a confissão do ato, mas repudia a alegação de fato impeditivo (excludente de culpabilidade).
55
Q

Qual a natureza jurídica do interrogatório?

A

Meio de defesa, porque o acusado tem o direito de ficar em silêncio.