4. Chlamydia, Chlamydophila e Mycoplasma Flashcards

1
Q

Chlamydia e Chlamydophila - morfologia e fisiologia (2 formas)

A

Dimensões reduzidas (0.3-1um) + Parasitas intracelulares obrigatórios = semelhantes ao género Rickettsia

Podem ter 2 formas:
1. Corpo elementar —> forma que sai da célula infetada para infetar novas células (consegue persistir extracelularmente; é metabolicamente inativa, mas infecciosa)
2. Corpos reticulados —> forma que origina corpos elementares que dão progressão ao ciclo infeccioso da bactéria (formados dentro das células, metabolicamente ativos, mas não são infeciosas)

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2
Q

Chlamydia trachomatis
- infeções sexualmente transmissíveis (4)
- infeção não sexualmente transmissível (evolução clínica)

A

Infeções sexualmente transmissíveis
1. Linfogranuloma venéreo: a mais frequente; 4-5% em mulheres
2. Conjuntivite de inclusão do adulto: contaminação dos genitais que, através das mãos, infetam a conjuntiva
3. Conjuntivite de inclusão do recém-nascido: contaminação aquando da passagem no canal de parto
4. Pneumonia no recém-nascido: ocorrida durante a passagem no canal de parto; pouco frequente, mas mais grave

Infeção não sexualmente transmissível (Tracoma)
Principal causa mundial de cegueira “infeciosa”
Mais frequente em zonas desfavorecidas (África, médio oriente e Índia)
Mais prevalente em crianças
Transmissão por mãos ou moscas (vetor)
Nº de casos a diminuir mundialmente

Evolução clínica do Tracoma:
1. Infeção da conjuntiva
2. Cicatrização da conjuntiva
3. Inversão da pálpebra
4. Ulceração da córnea
5. Cicatrização da córnea
6. Cegueira

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3
Q

Chlamydia trachomatis - diagnóstico e tratamento

A

Diagnóstico

  1. Cultura celular:
    Método de referência
    Pouco frequente para diagnósticos de rotina - só laboratórios (difícil criar um meio de cultura adequado pq são parasitas intracelulares obrigatórios)
    Baixa sensibilidade e especificidade moderada
  2. Pesquisa de antigénios:
    Simples e rápido
    Custo acessível
    Baixa sensibilidade e especificidade
  3. Deteção do genoma por PCR:
    O mais utilizado
    Custo elevado
    Elevada sensibilidade e especificidade moderada
    Utilizado em colheitas não invasivas (ex.: colheita do exsudado uretral)

Tratamento

  1. Em geral:
    Tetraciclinas (doxiciclina)
    Macrólidos (azitromicina)
    Quinolonas
  2. Casos de tracoma (cegueira de infeção)
    Tetraciclinas (pomada)
    Macrólidos (azitromicina)

NOTA: macrólidos —> antibióticos de largo espetro que atuam como inibidores da síntese de proteínas bacterianas (tratamento de infeções bacterianas e fúngicas comuns)

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4
Q

Chlamydophila pneumoniae - transmissão e quadro clínico

A
  1. Transmissão
    Entre humanos através de gotículas
  2. Quadro clínico
    Assintomáticos ou sintomáticos ligeiros: mais comum; infeções ligeiras altas (sinusites e faringites)
    Sintomáticos mais graves: bronquite, agudização da asma e pneumonia (SEM BACTERIÉMIA)

NOTA: É RARO ESTAS INFEÇÕES ESTAREM ASSOCIADAS A PNEUMONIA!!!!

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5
Q

Chlamydophila psittaci - transmissão e quadro clínico

A

PSITACOSE

  1. Transmissão
    Por psitacídeos (grupo de aves no qual se incluem os papagaios)
  2. Frequência
    Rara
  3. Quadro clínico
    Pneumonia com bacteriémia e, raramente sintomas GI e quadros de encefalite
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6
Q

C. Pneumoniae e C. Psittaci - diagnóstico e tratamento

A
  1. Diagnóstico
    Deteção do genoma por PCR: mais utilizado
    Serologia: pouco utilizado pq atraso na obtenção de resultados (colheita de 2 amostras com intervalo de 15 dias)
  2. Tratamento
    Tetraciclinas
    Macrólidos
    Quinolonas
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7
Q

Mycoplasma - morfologia e fisiologia

A
  1. Parasitas de pequenas dimensões (0.1-0.3um) - igual ao género Rickettsia e Chlamydia
  2. Não são intracelulares obrigatórios
  3. Não apresentam parede celular —> classe Mollicutes (“pele mole”) —> confere resistência a antibióticos que atuam ao nível da parede celular (ex.: penicilina)
  4. Aeróbias/Anaeróbias facultativas
  5. DNA e RNA
  6. Ribossomas
  7. Divisão binária
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8
Q

Mycoplasma Pneumoniae - transmissão e quadro clínico
- Transmissão
- Infeções respiratórias altas
- Infeções respiratórias baixas
- Outras complicações

A
  1. Transmissão
    Entre humanos através de gotículas
    Sem distribuição sazonal
  2. Infeções respiratórias altas
    Menor frequência
    Responsável pelos casos de amigdalite de etiologia desconhecida
  3. Infeções respiratórias baixas
    Maior frequência
    Pneumonia (principal) e Bronquite
  4. Outras complicações
    Otite média
    Miocardite
    Pericardite
    Alterações neurológicas
    Alterações cutâneas —> Síndrome de Stevens-Johnson
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9
Q

A pneumonia é causada por… (por faixa etária)

A

Vírus —> idade pré-escolar (0-5anos)

Mycoplasma pneumoniae —> idade escolar (5-15A)

Streptococcus pneumoniae (pneumococcos), entre outros agentes —> idade adulta (>15A)

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10
Q

Síndrome de Stevens-Johnson

A
  1. Causada por?
    Mycoplasma Pneumoniae
  2. Necrólise epidérmica tóxica?
    Necrólise epidérmica tóxica e Síndrome de Stevens-Jhonson são duas formas da mesma doença
  3. Manifestações clínicas?
    Alterações dermatológicas: erupção cutânea, descamação da pele e bolhas nas membranas mucosas
  4. Diferenças entre Necrólise epidérmica tóxica e Síndrome de Stevens-Jhonson?
    Necrólise epidérmica tóxica: áreas de descamação de pele extensas, afetando mais de 30% do corpo
    Síndrome de Stevens-Jhonson: pequenas áreas de descamação de pele, afetando menos de 10% do corpo
    SE houver um envolvimento de 15-30% da superfície corporal é considerado uma sobreposição da Necrólise epidérmica tóxica e da Síndrome de Stevens-Jhonson
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11
Q

Mycoplasma - diagnóstico e tratamento

A

Diagnóstico

  1. Deteção do genoma por PCR
    Mais utilizado
    Técnica alternativa à serologia
    Deteção da bactéria em amostras de expectoração ou do exsudado da orofaringe
    Especificidade moderada e sensibilidade elevada
    Custo elevado
  2. Serologia
    Baixa especificidade e sensibilidade
    Custo acessível

Tratamento —> não possuem parede pelo que não se pode administrar antibióticos que atuem na parede celular
Tetraciclinas
Macrólidos

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