3. Avaliação e Preparação do Paciente no Pré-operatório Flashcards
Avaliação pré-operatória do indivíduo sadio —
Avaliação pré-operatória do indivíduo sadio — Os pacientes livres de doenças e com menos de 50 anos possuem baixo risco de complicações, portanto a Anamnese e o Exame Físico devem ser os pontos mais importantes na avaliação pré-operatória. Busca-se principalmente doenças cardiorrespiratórias que ainda não foram diagnosticadas, além da tolerância ao exercício físico e o estado emocional.
Busca-se identificar a presença de sangramento:
- Epistaxe
- Gengivorragia
- Hipermenorreia com deficiência de Ferro
- Hematoma no tronco não provocado maior que 5 cm
- História de sangramento cirúrgico ou reoperação devido a hemorragia
- Hemartrose
- História familiar de sangramentos anormais
- Distúrbios graves da função hepática ou renal
Eletrocardiograma (ECG)
O Eletrocardiograma (ECG) deve ser de rotina para paciente homens acima de 40 anos e mulheres acima de 50, e para todos que possuem fatores de risco para doença cardiovascular (Hipertensão, Tabagismo, Obesidade, Alcoolismo, Dislipidemia, Sedentarismo, Diabetes Mellitus, Microalbuminúria ou histórico familiar de algum evento cardiovascular prematuro), afim de tentar identificar algum problema assintomático.
Testes Laboratoriais —
Hematócrito e Hemoglobina
Leucograma —
Fornece parâmetros basais para serem monitorizados durante a cirurgia e em questões da medicina legal. A doença que os exames visa detectar deve ser comum; o exame não deve oferecer risco ao paciente e deve ser de custo baixo ou gratuito.
— Visa buscar por sinais de anemia, o que é raro em jovens, entretanto nos idosos é considerável. A anemia pode induzir a hipóxia tecidual caso haja algum sangramento importante na cirurgia. Este exame serve também para avaliar a necessidade de transfusão de sangue em pacientes com sangramento cirúrgico significativo. Deve ser sempre solicitado a pacientes com História Patológica Pregressa de Anemia, Insuficiência Renal, com palidez cutâneo-mucosa ou Taquicardia no Exame Físico.
São raras as alterações e, geralmente, quando ocorrem não alteram a morbidade perioperatória. Deve ser solicitado a pacientes com doença linfoproliferativa, ou de leucopenia devido a medicamentos (Quimioterápicos) e suspeitas de infecção. Não é de rotina.
Plaquetas, TAP
Função Renal e Eletrólitos —
Glicemia —
Plaquetas, TAP (Tempo de Atividade de Protrombina — Verifica Via extrínseca da Coagulação, mediada pelo Fator III) e TPP (Tempo da Tromboplastina Parcial — Verifica Via Intrínseca da Coagulação, mediada pelo Fator XII) — As alterações de Plaquetas são raras e a Trombocitose é mais comum que a Trombocitopenia, não são exames de rotina e devem ser solicitados a pacientes com histórico de sangramento fácil. O TAP e o TPP não são recomendados rotineiramente também, porque não predizem o sangramento pós-operatório, são reservados a pacientes que sangram com facilidade, com doença hepática, desnutrição e que fizeram o uso prolongado de antibióticos.
Função Renal e Eletrólitos — A Insuficiência Renal é um dos fatores de risco mais importantes para complicações pós-operatórias. Alterações na Ureia e Creatinina são relevantes. Devem ser solicitados para todos os pacientes acima de 50 anos, aos portadores de HAS, DM, Insuficiência Renal, Coronariana e Cardíaca, que utilizem IECA (Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina) e AINE’s, ou que vai participar de cirurgia de grande porte. Os Eletrólitos não solicitados rotineiramente, somente em Insuficiência Renal e Cardíaca e que usem Diuréticos, Digoxina e IECA.
Glicemia — O DM resulta em aumento expressivo da morbimortalidade de pacientes sujeitos a Revascularização do Miocárdio. Não é feito rotineiramente, mas é obrigatória em indivíduos obesos e de diagnóstico ou suspeita de DM.
Elementos Anormais e Sedimentação urinário (EAS)
Eletrocardiograma (ECG)
Radiografia de Tórax —
Teste de Gravidez (β-HCG)
Elementos Anormais e Sedimentação urinário (EAS) — Pouco preditivo, não é exame de rotina.
Eletrocardiograma (ECG) — Alterações no ECG são um dos fatores mais importantes no risco de complicações cirúrgicas. Deve ser realizado em homens acima de 40 anos e mulheres cima de 50, além de todos os pacientes com com algum histórico de evento cardiovascular ou portador de fatores de risco (Tabagismo, Dislipidemia e etc.).
Radiografia de Tórax — As alterações são bem comuns, podendo ir até 57%, a maioria sem significado clínico. A idade e o histórico de doenças pulmonares e cardíacas aumentam a possibilidade de alterações. É rotina em todos os pacientes acima de 50 anos.
Teste de Gravidez (β-HCG) — Em todas as mulheres em idade fértil.
Classificação do Estado Físico (ASA — American Society of Anesthesiologist’s)
Classificação do Estado Físico (ASA — American Society of Anesthesiologist’s) — Divide em classes os pacientes a serem submetidos à cirurgias. O risco operatório é modificado pelo tipo de procedimento cirúrgico e não só pelas condições pré-operatórias independentes.
- Classe I — Paciente saudável.
- Classe II — Paciente com doença sistêmica leve.
- Classe III — Paciente com doença sistêmica grave não incapacitante.
- Classe IV — Paciente com doença sistêmica grave que é constante ameaça à vida.
- Classe V — Paciente moribundo (Evoluirá para óbito em torno de 24 horas com ou sem a cirurgia)
Avaliação Pré-operatória do risco cardiovascular —
Avaliação Clínica —
Avaliação Pré-operatória do risco cardiovascular — Complicações cardiovasculares são 5 vezes mais frequentes em cirurgias de emergência. Todos os pacientes devem ser avaliados seguindo a Avaliação Clínica, a Capacidade Funcional e o Risco Específico da operação.
Avaliação Clínica — Anamnese e o ECG devem ser os pontos principais, buscando sempre a identificação de doenças cardíacas prévias. Goldman desenvolveu uma escala de risco para cirurgias eletivas, e através de pontos relacionou com as complicações.
Avaliação da Capacidade Funcional —
Avaliação da Capacidade Funcional — Mensurada em Equivalentes Metabólicos (1 METs — 3,5 ml/kg/min de O2 em um homem adulto de 40 anos com 70 kg).
- Excelente ( > 7 METS)
- Moderada (4 - 7 METS)
- Pobre ( < 4 METS)
Diabetes Mellitus — Possuem risco aumentado para infecções (Imunodeprimidos). A Glicemia deve estar entre 100-200 mg/dl. Geralmente se utiliza a Insulina na operação para a DM I e DM II.
Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) — O paciente deve utilizar seus medicamentos normalmente e levá-los quando for internado.
Pneumonia e Infeçcões de Vias Aéreas Superiores — Sintomas agudos de Febre, Tosse ou Dor Torácica indicam que a cirurgia deve ser cancelada. Pacientes com pneumonia devem completar a antibioticoterapia e aguardar um mês para realização da cirurgia, afim de se minimizar os broncoespasmos.
Doenças da Tireoide — O Hipotireoidismo sintomático é associado a varias complicações perioperatórias, inclusive o óbito, portanto deve ser feita a reposição hormonal antes da cirurgia.
Gravidez — As grávidas devem estar acompanhadas do obstetra e este deve ser comunicado caso seja uma Urgência ou Emergência. Da 3ª a 8ª semana é quando há maior risco de Teratogenia no feto.
Diabetes Mellitus —
Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Doenças da Tireoide —
Gravidez —
RISCO ASSOCIADO A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
TABELA