2. Indicação e Conveniência Operatória Flashcards
Avaliação do caso clínico-cirúrgico:
Anamnese
Avaliação do caso clínico-cirúrgico:
Anamnese — Deve ser completa. Além disso, esta serva para confortar e deixar o paciente mais seguro, dando-lhe atenção. Deve conter informações como:
- Alergias.
- Reações aos anestésicos.
- Cirurgia prévia.
- História Patológica Pregressa (HPP).
- Verificar os medicamentos de uso contínuo ou que estão sendo utilizados.
- Data da última menstruação para as mulheres.
- Tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas.
Exame Físico
Exames —
Exame Físico — Verificar o estado geral, PA, FC, FR, Pulsos, mucosas e regiões do corpo. Perguntar para o paciente se ele percebeu algo de anormal nos últimos dias e se necessário, reavaliar.
Verificar se não há nada alterado que possa comprometer a cirurgia.
Confirmação do diagnóstico
Avaliação global
Participação do paciente e familiares
Confirmação do diagnóstico — Após a Anamnese, Exame Físico e exames complementares, o diagnóstico prévio deve ser confirmado. A decisão sobre a cirurgia deve ser uníssona entre a equipe que está tratando o paciente, afim de lhe evitar ansiedade e confusão.
Avaliação global — Avaliar todas as informações colhidas, e analisar os riscos e benefícios da cirurgia.
Participação do paciente e familiares — Deve ser incentivado, uma vez que diminui a ansiedade e conforta o paciente. Todas as informações devem ser esclarecidas, expondo-se os riscos associados a qualquer procedimento cirúrgico como infecções, paralisias e paresias.
Todo paciente deve assinar o Consentimento Informado, documento onde ele reconhece os riscos e autoriza a realização do procedimento.
— Exames laboratoriais:
divisão conforme cirurgias
Operação Eletiva: Sem pressa para decidir o momento cirúrgico.
Operação de Urgência: Necessidade de se operar rápido, mas há tempo para melhorar o estado geral do paciente.
Operação de Emergência: Risco inerente a vida, não permite realização de exames.
São feitos, caso o paciente esteja estável hemodinamicamente:
Operação Eletiva: Sem pressa para decidir o momento cirúrgico.
- Hemograma Completo (Hb > 10 g/dl em idosos e > 8 g/dl em jovens — Em alguns locais, somente solicitado a pacientes com mais de 60 anos com risco de sangramento, mulheres, paciente com doenças cardiovasculares, endócrinas, hepáticas, pulmonares e renais, em diabetes, obesidade e sob o uso de anticoagulantes).
- Glicemia ( Menor que 250 mg/dl — Podem ser solicitados somente para pacientes diabéticos, com doença maligna ou sob o uso de corticosteroides).
- Coagulograma (TAP, PTT, Tempo de sangramento e Plaquetas — Devem ser verificados em caso de hepatopatiais, distúrbios da coagulação congênitos, adquiridos ou medicamentosos).
- Ureia e Cratinina (Pacientes acima 60 anos, diarreia, hepatopatias, cardiopatias, doenças renais e endócrinas, ou sob o uso de diuréticos, Digoxina e drogas nefrotóxicas — Alterações podem indicar Diálise pré-operatória — Se este e o EAS estiverem normal, a hidratação generosa poderá ser feita).
- Sódio e Potássio (Pacientes acima 60 anos, diarreia, hepatopatias, cardiopatias, doença renal ou endócrina, ou sob o uso de diuréticos, Digoxina, corticosteroides e drogas nefrotóxicas).
- EAS (Pacientes sintomáticos, acima de 60 anos , que utilizarão próteses ou em procedimentos urológicos).
- Radiografia de Tórax (Pacientes acima de 55 anos indicados a procedimento de grande porte, tabagistas, sintomatológico de doenças pulmonares ou cardiovasculares, história de malignidade prévia e cirurgias intratorácicas).
- ECG (Mulheres acima de 55 anos e homens acima dos 40 anos, procedimentos de grande porte, hipertensos, diabéticos, com colagenoses, cardiopatias, tabagistas, ou sob o uso de antidepressivos e fenotiazídicos — Não descarta possibilidade de lesão isquêmica).
- Teste Ergométrico (Deve ser rotineiro em paciente com alto risco de eventos isquêmicos)
- Ecocardiograma (Pacientes cardiopatas ou com sopros).
- Função Hepática (AST, ALT, Amilase, Bilirrubina e outros — Hepatopatias)
- β - HCG (Mulheres em idade fértil, ou com histórico de amenorreia).
- Fato Rh e Sistema ABO (Procedimentos com perda sanguínea importante — A hemotransfusão deve ser evitada).
Operação de Urgência: Necessidade de se operar rápido, mas há tempo para melhorar o estado geral do paciente.
- Hemograma (Avaliar a necessidade de reposição caso tenha ocorrido hemorragia).
- Eletrólitos (Avaliar distúrbios hidroeletrolíticos).
- Ureia e Cratinina (Função Renal).
- Glicemia (Avaliar diabetes — Hipoglicemia é um alerta para resposta inadequada ao trauma, como ocorre na insuficiência da Suprarrenal e hepática).
- Tipagem sanguínea (Para reposição em caso de perda).
- Outros (Ligados ao diagnóstico como: Transaminases, Bilirrubina e EAS).
- Exames de imagem (Rotina radiologia da doença).
- Radiografia do Politrauma (Raio X de Coluna Cervical, Tórax, Abdome e Bacia — ATLS).
Operação de Emergência: Risco inerente a vida, não permite realização de exames.
São feitos, caso o paciente esteja estável hemodinamicamente:
Risco inerente a vida, não permite realização de exames.
São feitos, caso o paciente esteja estável hemodinamicamente:
- Hematócrito (Análise de perdas e avaliar a reposição)
- Tipagem sanguínea (Reposição do sangue)
- Radiografia do Politrauma (Raio X de Coluna Cervical, Tórax, Abdome e Bacia — ATLS).
— Preparação Pré-operatória:
— Preparação Pré-operatória:
Uso e suspensão de medicamentos: Deve-se avaliar se o medicamento é necessário durante a cirurgia, e seu efeitos deletérios sobre o ato cirúrgico.
- Ácido Acetilsalicílico (AAS) e outros anticoagulantes (Suspender uma semana antes)
- Cumarínicos (Suspender de 4 a 5 dias antes, exceto em portadores de Prótese Metálica Mitral)
- Hipoglicemiantes orais (Suspender um dia antes)
- Guanetidina/Reserpina (Suspender duas semanas antes)
- Inibidores de Monoamino-oxidase (IMAO — Suspender duas semanas antes)
- Tabaco (Suspender duas semanas antes, se possível, manter suspenso)
- Diuréticos (Suspender de 1 a 3 dias antes)
- Corticoesteroides (Suspender gradativamente, e repor se necessidade. Se não puder suspender, fazer dose perioperatória, pois as necessidades aumentam durante a cirurgia — Interferem no processo cicatricial, portanto o tempo de retirada das suturas deve ser maior, assim como deve-se levar em consideração o material de sutura e seu reforço — As deiscências são mais comuns)
Apoio psicológico:
Apoio psicológico: É um momento de angústia e ansiedade para o paciente, portanto deve-se fornecer para ele a maior atenção possível, afim de se obter mais confiança. O paciente deve ser orientado claramente sobre os procedimentos e sobre o pós-operatório.
Preparo Nutricional: O estado nutricional deve ser adequado, portanto precisa ser avaliado. A reposição hipercalórica deve ser apropriada a cada caso, seguindo as características do paciente, como a diabetes e nefropatias. As vias de preferência são: Via Oral, Via Enteral e Via Parenteral.
Distúrbios hidroeletrolíticos:
- Hipocalemia
- Hipercalemia
Distúrbios hidroeletrolíticos: Devem ser corrigidos de acordo com as limitações de cada paciente. A desidratação e a hipovolemia devem ser tratadas de acordo com a condição laboratorial de cada um. A reposição da volemia (Usualmente Soro Fisiológico 0,9% e Ringer Lactato) deve ser feita cuidadosamente em paciente idosos e em cardiopatas, uma vez que podem causar Edema Agudo Pulmonar, e a resposta da reposição é avaliada através de níveis pressóricos e da produção de urina (Pelo menos 30 ml/hora).
As necessidades diárias de um adulto de 70 kg é de 2.000 ml de água, 80 mEq de Sódio, 80 mEq de Cloro e 60 mEq de Potássio.
- Hipocalemia (Administração de doses altas de Potássio em pacientes com função renal normal — Deve ser monitorada cuidadosamente por exames laboratoriais — A alcalose associada é corrigida com Soro Fisiológico — Diuréticos perdedores de Potássio devem ser suspensos)
- Hipercalemia (Restrição da ingestão de Potássio, principalmente em nefropatas — A acidose é corrigida com bicarbonato ou lactato — Gluconato de Cálcio deve ser administrado para inibir a toxicidade neuromuscular — Resinas de troca, glicoinsulinoterapia e diálise são opções)
Profilaxia da Endocardite:
Profilaxia da Endocardite: Deve ser feita em casos de cardiopatia, para cirurgias como Amigdalectomia e Adenoidectomia, operação em vias aéreas superiores, operações na mucosa gastrointestinal, colecistectomia, operações no trato gênito-urinário e drenagem de tecidos infectados.
Antibioticoterapia profilática:
Antibioticoterapia profilática:
- Risco de contaminação é grande.
- Risco de infecção alto.
- Imunodeprimidos.
- Área cirúrgica nobre.
— Risco cirúrgico:
A monitorização mínima consiste em:
— Risco cirúrgico: Geralmente feito por um clínico geral, cardiologista ou anestesiologista.
Ao final da análise global do paciente, avalia-se seu estado funcional, propõe-se outras opções terapêuticas e até diagnóstico adicional, diferente daquele que o leva ao tratamento cirúrgico e solicita-se a monitorização.
A monitorização mínima consiste em:
- ECG
- Pressão arterial
- Oximetria
Em casos especiais, pode-se haver a monitorização invasiva (Valvopatias, angina instável, IAM recente e etc.).
critério de Goldman
Preconiza-se o critério de Goldman. Neste somente cinco não podem ser modificadas a partir de um exame cardiológico: Idade, mais de cinco extrassístoles por minuto, sinais de hepatopatia e a emergência da operação.
- Classe I (0 - 5) e II (6 - 12) — Risco aceitável.
- Classe III (13 - 25) — Devem receber preparo pré-operatório para controle.
- Classe IV — Alto risco, são realizadas somente em casos de emergência (Alguns pacientes assumem este risco, devido a baixa qualidade de vida que tem como portadores da doença a ser corrigida)
Critérios de Detsky — Incluem as coronarianopatias, complementa o critério de Goldman.
TABELA