2 - Diabetes Mellitus e Tratamento Flashcards

1
Q

Onde a insulina é produzida?

A

Pâncreas endócrino (ilhotas de langerhans)

Homeostase da Glicose

Insulina - hormônio protéico ou peptídico formado por mais de 50 aa
Aumento de glicose sanguínea é o estímulo para a secreção de insulina.

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2
Q

Quais células são responsáveis pela produção de insulina?

A

Células beta pancreáticas

Células:
Alfa 🡪 Glucagon
Beta🡪 Insulina
Delta🡪 Somatostatina ( inibe a secreção de insulina e glucagon)

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3
Q

Conceito de Diabetes Mellitus:

A
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4
Q

O que é o peptídeo C e o que ele indica?

A

O peptídeo C é produzido no processo de clivagem das formas precursoras da insulina (pró-insulina) pelas células beta no pâncreas.

Logo, ele reflete a função pancreática, a capacidade de produção insulínica pelo órgão.

Fases inciais do DMll - está aumentado por compensação pancreática da resistência insulínica.

Após falência do pâncreas, seja no DMl ou DMll, fica diminuído.

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5
Q

Principais efeitos metabólicos da insulina:

A

Dica: insulina te prepara para a guerra - Te guarda, deixa mais forte (síntese proteínas) e preserva tudo que sobra para utilizar quando necessário (inibe lipólise/degradação de AG, degradação de proteínas e degradação de glicogênio)

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6
Q

Como avaliar as funções da insulina no organismo?

A
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7
Q

É aquela feita ao acordar pela manhã, idealmente com um jejum de pelo menos 8 horas. Definição de:

A

Glicemia jejum

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8
Q

É uma glicemia colhida a qualquer hora do dia, sem necessariamente o paciente estar em jejum (ou quando não sabemos o tempo de jejum - paciente inconsciente). Definição de:

A

Glicemia ao acaso

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9
Q

Glicemia colhida após a refeição. Utilizamos 2h após o primeiro bocado da refeição para acompanhamento do diabetes. No diabetes gestacional, utilizamos a glicemia pós prandial de 1 hora após o primeiro bocado da refeição. Definição de:

A

Glicemia pós prandial

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10
Q

É a realizada com glicosímetro (aparelho de glicemia…). Definição de:

A

Glicemia capilar

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11
Q

O que é a Hemoglobina glicosilada (glicada ou HbA1c) ?

A

Hemoglobina glicosilada (ou glicada ou HbA1c): antigamente utilizada apenas no seguimento dos diabéticos (mostra a média glicêmica dos últimos 3-4meses).

Atualmente utilizada também para diagnóstico.

Padronizada em todo o mundo pelo método HPLC (High performance liquid chromatography).

Tempo de glicação das hemácias: 120 dias - por isso dos últimos 3-4 meses

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12
Q

PROVA

Como se dá o diagnóstico de diabetes?

CRITÉRIOS

A

OBS: É necessário que dois exames estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação!!!!!!

Diretrizes completas da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2019-2020, pag 24.

Exceção –> Glicemia ao acaso: Utilizado apenas quando há sintomas inequívocas de hiperglicemia (4 P’s). Não precisa repetir, maior ou igual a 200 com os sintomas –> DIAGNÓSTICO

Deve ser considerado estabelecer o diagnóstico de DM na presença de glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dL e HbA1c maior ou igual a 6,5% em uma mesma amostra de sangue.

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13
Q

Classificação de Diabetes:

A

DM neonatal: (Diagnóstico < 6 meses idade)
DM secundária a doenças do pâncreas: (pancreatite, pancreatectomia, neoplasia de pâncreas, fibrose cística)
DM secundária a infecções: (Citomegalovírus, rubéola congênita)
DM secundária a medicamentos: (Glicocorticóides, antipsicóticos…)

DM secundária a endocrinopatias:
glucagonoma - tumor que aumenta secreção de glucagon - hiperglicemia
acromegalia - GH é contrarregulador da insulina por ser hormônio do crescimento - antagoniza - hiperglicemia
cushing - cortisol é contrarregulador da insulina - antagoniza - hiperglicemia
feocromocitoma - catecolaminas são contrarreguladoras da insulina - antagonizam - hiperglicemia

Glicocorticóides, ácido nicotínico e inibidores da protease antagonizam
a ação da insulina e induzem a resistência insulínica, podendo cursar
com DM2.
Tiazídicos e estatinaspossuem controvérsias.
Antipsicóticos atípicos podem causar ganho de peso e
hiperprolactinemia, que piora a resistência insulínica e podem levar a
DM2.

Diretrizes completas da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2019-2020, parte 1, 19.
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14
Q

Principais diferenças entre os subgrupos de diabetes:

A
Diabetes & Endocrinologia na Prática Clínica, Capítulo 1: Diabetes – Classificação e Diagnóstico| Francisco Bandeira,https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535288339
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15
Q

Quais as indicações de rastreamento para DM2?

A

É recomendado o rastreamento para todos os indivíduos com 45 anos ou mais, mesmo sem fatores de risco, e para indivíduos com sobrepeso/obesidade que tenham pelo menos um fator de risco adicional para DM2.

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16
Q

Manifestações Clínicas do DM:

A

DM-1 = bem sintomático pela deficiência de insulina (poliúria, polidipsia, polifagia, emagrecimento) - CAD.

DM-2 = normalmente assintomático até 5-7 anos da primeira alteração, só começa a ter sintomas quando glicemia ultrapassa a capacidade de reabsorção renal, ou pelos sintomas das complicações crônicas. EHH

MAIORIA ASSINTOMÁTICA ( NOS CASOS DE DM2)

SINTOMAS CLÁSSICOS (POLIS): acontecem devido ao catabolismo excessivo
POLIÚRIA - aumento do volume urinário
POLIDIPSIA - aumento da sede
POLIFAGIA - aumento da fome
PERDA PONDERAL

VULVOVAGINITE DE REPETIÇÃO
DISFUNÇÃO ERÉTIL
VISÃO TURVA

Sintomas clássicos –> No DM descompensado ou abertura do quadro no DM1

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17
Q

Ações da insulina no músculo liso, tecido adiposo e fígado:

A

GLUCAGON –> AUMENTA: GLICOGENÓLISE HEPÁTICA, A GLICONEOGÊNESE, MANTENDO ASSIM, A GLICEMIA PLASMÁTICA

glucagon - hiperglicemiante
insulina - hipoglicemiante

equilíbrio entre insulina e glucagon - homeostase de glicose

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18
Q

Diabetes tipo 1:

A

PATOGÊNESE:

INDIVÍDUO GENETICAMENTE SUSCETÍVEL + AGRESSÃO À CÉLULA BETA PANCREÁTICA POR FATORES AMBIENTAIS ( EX: INFECÇÕES VIRAIS) 🡪 AUTOIMUNIDADE

  • MARCADORES DA DESTRUIÇÃO DA CÉLULA BETA ( ANTICORPOS)
  • AC ANTI INSULINA ( IAA)
  • AC ANTI ÁCIDO GLUT MICO DESCARBOXILASE (GAD)*
  • AC ANTI TIROSINA FOSFATASE (IA2)
  • AC ANTI TRANSPORTADOR DE ZINCO 8 (ZNT8A)
  • PEPTÍDEO C BAIXO

“Poli”s ao diagnóstico normalmente presentes
- Poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso (falta de insulina)

Complicação mais comum:
- CAD – cetoacidose diabética
○ Tratamento com insulinoterapia

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19
Q

DM LADA X MODY

A

LADA é semelhante ao tipo 1

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20
Q

Diabetes Tipo 2

A

○ 90% de concordância em gêmeos monozigóticos (maior herdabilidade)
○ Anticorpos ausentes
○ Peptídeo C normal ou alto (depende da fase da doença)
○ 80% portadores têm obesidade
○ Em geral, assintomáticos ao diagnóstico
○ Paciente pode abrir o quadro com EHH
○ Tratamento com hipoglicemiantes orais e/ou subcutâneos no início

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21
Q

Relação entre resistência a insulina e hiperglicemia:

A

A resistência à insulina (RI) é geralmente o fator inicial do DM2.

Polimorfismos genéticos + fatores modificáveis ( obesidade, alimentação inadequada, sedentarismo)🡪 Resistência a insulina (RI)

RI no hipotálamo🡪 alteração nas vias de regulação da fome e saciedade🡪 ganho de peso

Incretinas (GLP1 e GIP) são produzidas no íleo distal, após a alimentação🡪 aumentam a síntese e liberação de insulina dependente de glicose

Pessoa sem DM: ~100% da glicose é reabsorvida nos rins ( a não ser que ultrapasse o limite de 180 g/dia🡪 glicosúria). No DM, há um aumento da expressão do cotransportador SGLT e por isso aumenta o limiar de reabsorção de glicose ( a pessoa precisa ter glicemias maiores que 180, até 250, para que ocorra glicosúria)

DeFronzo RA. Diabetes.2009:58:773-795.2.
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22
Q

Resistência insulínica: fatores fisiológicos e patológicos

A
23
Q

Metas terapêuticas no tratamento de diabetes:

A

“É RECOMENDADA a meta de HbA1c < 7,0% para indivíduos com diabetes, para prevenção de complicações microvasculares, desde que não incorra em hipoglicemias graves e frequentes”.

O DCCT e o UKPDS mostraram que manter HbA1c abaixo de 7% reduz as complicações microvasculares no diabetes tipo 1 e 2.

24
Q

Pilares do Tratamento do DM:

A

Mudança de Estilo de Vida + Tratamento Farmacológico

25
Q

Mudança de Estilo de Vida :

A

Exercício físico = forma específica de atividade física, estruturada e planejada, para melhorar o condicionamento físico e a saúde

26
Q

Orientações Nutricionais:

A

DM2 com sobrepeso/obesidade: a perda >5% do peso melhora o controle glicêmico

Dieta balanceada, com restrição de carboidratos simples ou refinados de rápida absorção

Reduzir alimentos ultraprocessados

27
Q

Orientações sobre atividade/exercício físico:

A
28
Q

Tratamento farmacológico do DM2 quanto à HbA1C:

A
29
Q

Qual o medicamento considerado primeira linha no tratamento de DM ll ?

A

Metformina

30
Q

Tratamento farmacológico do DM2:

A
31
Q

MEDICAMENTOS - PROVA

Qual é a classe medicamentosa e o mecanismo de ação da metformina?

A

Biguanidas

Mecanismo de ação principal: redução da resistência hepática à insulina 🡪 reduzindo a gliconeogênese (produção hepática de glicose)

Nome comercial: Glifage
Depois de alguns anos - avaliar B12 e se necessário, fazer reposição.
Situações graves e agudas não é muito indicada

32
Q

MEDICAMENTOS - PROVA

Qual o mecanismo de ação das sulfonilureias?

A

Mecanismo de Ação: aumenta a secreção pancreática de insulina

IMPORTANTE: HIPOGLICEMIA COMO EFEITO ADVERSO E GANHO DE PESO (O QUE NÃO É BOM PARA DM2)

33
Q

MEDICAMENTOS

Qual é a classe medicamentosa e o mecanismo de ação da Pioglitazona?

A

Tiazolinedionas

Mecanismo de ação: ativa o PPAR-gama 🡪 reduz a resistência insulínica periférica (tecido músculo esquelético e adiposo)

Risco de IC e retenção hídrica

34
Q

MEDICAMENTOS

Quais as ações metabólicas das incretinas (GLP1)?

A

comeu - bolo alimentar no intestino - estimula prod de gip e glp1 - vão no fígado - estimula secreção de insulina
só libera insulina se tiver glicose (se comer), portanto não tem hipoglicemia como efeito adverso.

35
Q

MEDICAMENTOS

Regulação e Ações do GLP-1:

A
Drucker DJ. Diabetes Care. 2003;26:2929-2940
36
Q

MEDICAMENTOS

Mecanismo de Ação dos Inibidores de DPP-4:

A

São usados para que o glp1 funcione por mais tempo (inibe a degradação endogena)

Ótima opção para idosos, não causam efeitos adversos (principalmente hipoglicemia), é caro (SUS não fornece).

37
Q

MEDICAMENTOS - PROVA

Mecanismo de Ação dos Agonistas dos receptores de GLP-1/Análogos do GLP-1 :

A

Aqui eu estou ofertando o agonista de GLP-1
EFEITOS:
SNC: aumenta saciedade e diminui apetite
Células alfa: diminui secreção pós-prandial de glucagon
Fígado: diminui glucagon - reduz débito hepático de glicose
Estômago: retardo do esvaziamento gástrico
Células beta: aumenta secreção de insulina glicose-dependente

IMPORTANTE - REDUZ OS RISCOS CARDIOVASCULARES (CV)

38
Q

MEDICAMENTOS - PROVA

Mecanismo de ação dos Inibidores do SGLT2:

A

diminui absorção de glicose - sai na urina (Glicosúria) - diurese osmótica, natriurese

VASOCONSTRIÇÃO DA A. AFERENTE
↓ HIPERFILTRAÇÃO 🡪 redução de proteinúria

IMPORTANTE: REDUZ EFEITOS CARDIOVASCULARES (CV)
bom para tratamento de IC - diminui a volemia e contribui

co-transportador de Glicose e sódio - sódio sai junto com a glicose - bom para hipertensos

diminui a albuminúria - protetor renal

com glicose na urina (glicosúria) - aumentam as chances de infecções urinárias - orientar a lavagem/higiene após urinar

39
Q

Resumos dos Antidiabéticos Orais

A
40
Q

Tratamento para DM com doença cardiovascular aterosclerótica:

A
41
Q

Quando prescrever Insulina?

A

DM1 ou LADA

Paciente DM2 sintomático (poliúria, polidipsia, perda de peso) ou com HbA1c > 9% ou glicemia de jejum ≥ 250 mg/dl

Falha ao alcançar a meta mesmo com 3 ou 4 antidiabéticos orais (ADOs) e mesmo com mudança do estilo de vida

Situações clínicas específicas: Infecção, cirurgia, IAM, AVC, contraindicação aos ADOs

42
Q

Insulinas – Classificação pela duração de ação

A

basais - lentas - ação longa
prandiais - rápidas

43
Q

Formulações e combinações

A
44
Q

Insulina Regular

A

deve ser usada 30 min antes da refeição e seu pico ocorre 2hrs após

45
Q

Insulina NPH

A

IMPORTANTE: orientar o paciente a agitar (mexer) a insulina antes de utilizá-la - homogeneizar - somente assim ela terá seu efeito correto

46
Q

Armazenamento, transporte e conservação das Insulinas

A
47
Q

Homogeneização

A
48
Q

Locais de aplicação de Insulina - Rodízio :

A
49
Q

Por que realizar rodízio de aplicação?

A

Lipo-hipertrofia (LH) = nódulos sob a pele causados pelo acúmulo de gordura extra nos locais mais utilizados para as injeções subcutâneas de insulina. Pode alterar o tempo ou a integridade de ação da insulina.

Outra alteração do tecido subcutâneo no local da injeção é a lipoatrofia, na qual a gordura subcutânea em torno de uma área injetada “se dissolve” ao longo de algumas semanas ou meses, deixando depressões desiguais e bem demarcadas na pele.

O mecanismo dessa lipoatrofia local não está esclarecido e pode envolver autoimunidade ou inflamação local.

50
Q

Orientações sobre as agulhas:

A

As agulhas de canetas e seringas devem ser usadas apenas uma vez!

A reutilização de agulhas pode estar associada ao desenvolvimento de lipo-hipertrofia, infecções do tecido subcutâneo, casos inexplicados de hipoglicemia, variabilidade glicêmica, leve aumento da HbA1C, dor e desconforto nas aplicações

51
Q
A

obesidade grau ll
gj 132

RESPOSTAS
1. não, precisamos de mais um
2. sim,
3. dm2

52
Q
A

idade
imc normal
presença de polis - indica falta de insulina

RESPOSTAS
1. sim, possui sintomas e glicemia maior que 200
2. não
3. DM1

53
Q
A

50 anos
sobrepeso
gj 132 e hba1c 6,8 na mesma amostra - diagnóstico direto

RESPOSTAS
1. sim
2. não
3. DM2