133 - Leucemia Mielóide Crónica Flashcards
Qual é o curso habitual da LMC quando não tratada?
A doença tem um curso bifásico ou trifásico, com uma primeira fase indolente crónica, seguida frequentemente por uma fase acelerada e uma fase blástica terminal.
Antes da existência de inibidores da tirosina cinase, qual era a sobrevida média na LMC?
Era de 3-7 anos, com uma sobrevida de cerca de 30% ou menos aos 10 anos.
Qual é a sobrevida aos 10 anos na LMC com os inibidores da tirosina cinase?
85% com o primeiro inibidor da tirosina cinase aprovado, o imatinib.
A LMC corresponde __% de todas as leucemias
15%.
Qual é a idade média de diagnóstico da LMC?
55-65 anos.
Existe diferença entre géneros na incidência da LMC?
Sim, existe uma ligeira preponderância masculina, com um rádio 1,6:1.
Verdadeiro ou falso.
A LMC é comum em crianças.
Falso.
A LMC é incomum em crianças; apenas 3% dos doentes diagnosticados tem menos de 20 anos.
Qual é a taxa de mortalidade anual da LMC após o advento dos inibidores da tirosina cinase?
2%
Verdadeiro ou falso.
A LMC está aumentada em gémeos monozigóticos ou em parentes de primeiro grau.
Falso.
A LMC NÃO está aumentada em gémeos monozigóticos ou parentes em primeiro grau. Não existe ASSOCIAÇÃO FAMILIAR NA LMC.
Qual é o tipo de radiação que aumenta o risco de LMC? Quantos anos após a exposição se dá o pico de incidência da LMC?
Radiação ionizante - pico de incidência da LMC após 5-10 anos e é relacionada com a dose.
Qual é a percentagem de doentes com LMC no qual a t(9;22) está presente?
Mais de 90%.
Onde é que se situa o gene BCR e o gene ABL1?
O gene BCR situa-se no cromossoma 22 e o gene ABL1 no cromossoma 9.
Quais as células nas quais a t(9;22) se encontra presente?
Nas células hematopoiéticas (mieloides, eritroides, megacariócitos e monócitos). Menos frequentemente, nos linfócitos B maduros, raramente em linfócitos T maduros.
NÃO NAS CÉLULAS DO ESTROMA E NÃO NAS OUTRAS CÉLULAS DO CORPO.
Qual é a proteína resultante da fusão do gene BCR com o gene ABL1? Qual é a função desta proteína?
É a p210^BCR-ABL1(o 210 provém do peso molecular da proteína, de 210 kDa). Esta proteína tem actividade tirosina cinase constitutiva que leva a proliferação excessiva e apoptose reduzida das células LMC, ganhando assim uma vantagem competitiva em relação às células normais.
Verdadeiro ou falso.
Com o tempo, a hematopoiese normal é suprimida na LMC, mas as células-tronco normais persistem e podem reemergir após tratamento eficaz, por exemplo com inibidores da tirosina-cinase.
V
Aumento da proliferação celular com diminuição da apoptose
Quais as outras proteínas que podem resultar da translocação t(9;22)? Quais as implicações no curso da doença?
- Por vezes, o ponto de quebra no gene BCR pode ser mais centromérico, numa região denominada BCR região minor. Esta encontra-se na leucemia linfocítica aguda Ph positiva e em raros casos da LMC. Isto leva a uma fusão de uma sequência BCR menor, o que por sua vez leva a uma oncoproteína de fusão menor, denominada p190^BCR-ABL1. Quando esta proteína está presente numa LMC Ph positiva, condiciona um pior prognóstico.
- Existe ainda um terceiro ponto de quebra raro ocorre em local telomérico em relação à região BCR principal, resultando numa oncoproteína p230^BCR-ABL1, que se associa a LMC de curso indolente.
Quais são as consequências da activação constitutiva da BCR-ABL1?
Levam à autofosforilação e activação de vias de sinalização que modificam a transcrição genética, a apoptose, a organização do citoesqueleto e degradação de proteína inibitórias.
Qual é o domínio do BCR-ABL1 ao qual os inibidores da tirosina cinase se ligam?
TKI ligam-se ao domínio cinase.
Verdadeiro ou falso.
A causa do rearranjo molecular BCR-ABL é desconhecida.
Verdadeiro.
Qual é a fracção de doentes com leucemia linfocítica aguda Ph-positiva com a oncoproteína p190 presente?
Dois terços dos doentes na LLA; Raro na LMC
Qual é a percentagem de adultos normais nos quais é detectado BCR-ABL1 através de técnicas moleculares?
25%. Este achado também é encontrado em 5% das crianças normais, mas 0% nas células do cordão umbilical.
Estes achados indiciam que o BCR-ABL1 não é suficiente para causar LMC na grande maioria dos doentes, ainda para mais se tivermos em conta que a incidência anual é de apenas 1,5 por cada 100 000 indivíduos.
Verdadeiro ou falso.
Em todos os doentes com quadro morfológico típico de LMC, a anomalia no cromossoma filadélfia é detectada por análise citogenética standard.
Falso
Em ALGUNS doentes com quadro morfológico típico de LMC, a anomalia no cromossoma filadélfia NÃO É detectada por análise citogenética standard, mas sim por FISH e PCR - estes respondem aos TKI e têm curso semelhante à maioria
Quais são as mutações associadas à leucemia mielomonocítica crónica ou LMC atípica?
Receptor do factor de estimulação das colónias de granulócitos (CSF3R): leucemia neutrofílica crónica e em alguns casos de LMC atípica.
SETBP1: LMC atípica.
Qual é a esperança média de vida nos doentes com leucemia mielomonocítica crónica e nos doentes com LMC atípica?
2-3 anos.