Voz e laringe Flashcards
Função da laringe
- proteção via aérea
- respiração
- fonação
Inervação laringe
N. vago:
-> N. laringe sp:
Sensibilidade supra glotica e inervação músculo cricotioideu
-> N. recorrente:
Sensibilidade subglótica
Inerva todos os músculos à exceção do cricotiroideu
Histologia cordas vocais
3 camadas:
- Mucosa
- Camada epitelial pavimentos sem cílios, sem glândulas e estratificado
- Lâmina própria:
- -superficial
- intermédia
- profunda
- Músculo tiro aritnoideu
Músculos intrínsecos da laringe
M. crico tiroide M- crico-artinoideu post (único abdutor) M. crico-aritnoideu lat M. tiro-arinoideu inf M. tiro-aritnoideu sup M. interaritenoideu
Tipos de voz
Conversacional:
User-se para comunicar
Profissional:
Usa-se para nos projectarmos em termos profissionais
Projectada
A que tem que chegar a todos os espaços de um determinado local
Cantada
A mais exigente, dos “atletas da voz”
Parametros da voz
Intensidade, tonalidade, timbre
Intensidade
Aparelho e tipos
Vogal iiii, sustida, usando um oscilograma
Tipo: Voz de conversação - 55a 70 DB Voz projetada - 75 a 80 DB Grito - 85 a 100 DB Voz ópera: 110 a 120 DB
Tonalidade
Caracterização, aparelho
É determinada pelas dimensões e morfologia da laringe (grandeza física é a frequência)
Voz:
Masculina- mais grave, baixa freq, maiores dimensões da laringe
Feminina- mais aguda, maior freq, menores dimensões da laringe
Aparelho: espectograma - duas linhas
F0 - frequência fundamental
Harmónicas - conjunto de outras frequências
Som complexo
Timbre
Qualidade da voz emitida por cada indivíduo.
O timbre resulta das vibrações emitidas pelas cordas vocais, às quais se adicionam as frequências múltiplas da frequência fundamental, as harmónicas, e ainda das modificações imprimidas pelas cavidades de ressonância.
Resulta de efeitos de:
Atividade gótica
Harmónica
Ressonador
Tessitura e extensão vocal
Depende das características anatómicas de cada indivíduo
Conjunto de freq utilizadas por uma pessoa \+/- 2 oitavas (26 meios tons) Homem: 110-330Hz Baixo, barítono, tenor Mulher: 196- 764 Hz Alto, mezzo-soprano, soprano
Registo:
Grave ou peito - tiroaritnoideu
Agudo ou cabeça - cricotiroideu
Causas de alterações da voz
- Doenças inflamatórias e infecciosas.
- Má utilização e abuso vocais.
- Lesões benignas e malignas.
- Doenças neuromusculares.
- Alterações psicogénicas.
- Situações não patológicas
VOZ - Doenças inflamatórias e infecciosas
- Refluxo FaringoLaríngeo/gastroesofágico(inflamatória)
- Uso crónico do tabaco/Laringite crónica (inflamatória)
- Infecção respiratória alta /Laringite aguda (infeciosa)
Refluxo Laríngeo/ gastroesofágico
Definição Clínica. Etiologia
Ácido/Alcalino que reflui do estômago para a laringe.
Tipicamente, o doente refere rouquidão muitas vezes matinal, tosse irritativa e sensação de ter a necessidade de limpar a garganta (pigarrear). Outros sintomas possíveis são a azia ou pirose nocturnas, a sensação de bola na garganta (globus faringeus), a disfagia, a halitose e o excesso de salivação na garganta.
No profissional da voz, é comum a sensação de ter de aquecer prolongadamente a voz, mais no período da manhã, para a tornar mais limpa e é também comum a perda de notas agudas na voz cantada. Alguns hábitos comuns nos profissionais da voz facilitam esta doença. São eles: uma alimentação incorrecta com refeições tardias, o tabagismo, a ingestão de café e substâncias excitantes, a ingestão de bebidas gaseificadas ou alcoólicas, e outros.
Refluxo Laríngeo/ gastroesofágico
MCDT
Laringoscopia - dx e follow up - inflamação que é mais acentuada na parte post das cordas vocais e laringe; rubor ou hiperémia e presença de muco espesso
VOZ - patologia inflamatória
Uso crónico do tabaco
Irritante, procova uma laringite crónica.
Potencia o refluxo gastroesofágico.
Factor cancerígeno para o cancro das cordas vocais.
Causa muitas vezes danos irrecuperáveis na qualidade da voz.
VOZ - patologia inflamatória
Laringite
MCDT e TTO
Preocupação dos profissionais da voz
Laringoscopia poderá evidenciar um congestionamento e aumento da vascularização das cordas vocais associado à presença de uma menor ou maior quantidade de secreções.
TTO:
abordagem conservadora como a hidratação, a inalação de vapores, a administração de mucolíticos pode ser suficiente, associada a uma utilização cuidadosa do aparelho vocal.
VOZ- Infeção/inflamação
Asma, rinite alérgica e voz
A doença alérgica pode causar edema das cordas vocais com implicação imediata na frequência fundamental da voz;
a maior quantidade de secreções associadas à tosse e ao pigarro facilitam o traumatismo das cordas vocais;
pode também observar-se uma modificação da ressonância devida à congestão e obstrução nasal;
e a diminuição da capacidade respiratória como se observa na asma pode diminuir a projecção vocal.
VOZ - má utilização e abusos vocais
Tipos
Disfonias por tensão muscular
Abuso vocal agudo
VOZ - má utilização e abusos vocais
Disfonias por tensão muscular
Definição, clínica e MCDTS
Duas características: tensão muscular excessiva na laringe; e suporte respiratório insuficiente durante a utilização da voz.
Sintomas de Bogart- Bacall: disfonia, o cansaço vocal: a voz vai piorando com a utilização, a odinofonia: dor na laringe na fonação.
Laringoscopia:
- aproximação exagerada da porção mais ant da laringe
- contração da laringe como um esfíncter
- Bandas ventriculares unirem-se para a fonação
VOZ - má utilização e abusos vocais
Abuso vocal agudo
A disfonia que se desenvolve de forma súbita após um esforço vocal como o gritar ou cantar muito alto ou fora do tom ou do registo correctos impõe uma observação médica por laringoscopia imediata.
Quando a hemorragia se confirma, o repouso vocal absoluto e a desmarcação de todos os compromissos profissionais mais próximos é a atitude mais adquada, poi se a utilização do aparelho vocal se mantiver, pode desenvolver-se fibrose no local da hemorragia, com consequências importantes na qualidade vocal, que podem ser definitivas.
Voz - lesões benignas e malignas
Tipos
Edema de Reinke Nódulos/pólipos Granulomsas/ ulcera Papilomas/Papilomatose laríngea Carcinoma da laringe
Voz - lesões benignas e malignas
Edema de Reinke
Edema da camada superficial da lâmina própria - bilateral e simétrico
Principal causa: Tabaco, Refluxo, Esforço vocal e Hipotiroidismo
Aumento da amplitude de vibração que não é eficaz
TTO: cessão tabágica, controlo do hipotiroidismo, terapia da fala
Qd são mt exuberantes, abre-se uma corda vocal de cada vez ou as duas na face superior
Voz - lesões benignas e malignas
Nódulos vocais
Espessamento epiteliais das pregas que acontecem por fonotrauma
Cantores é na voz falada que estragam a voz e não a cantar.
Se o doente tiver refluxo, tem esforço vocal, tem inflamação crónica - há nódulos (esforço vocal)
Bilaterais, simétricos e localizam-se na união do 1/3 ant com o 1/3 médio das cordas vocais - kissing nodulos (deixam espasso à frente e atrás)
Nódulos tratam-se com terapia da fala no pré e pós-operatório
Estroboscopia ajudam a fazer o dx de nódulo, quisto ou lesão branca suspeita de uma lesão pré-maligna -> através da onda
Lesão benigna - não se faz biópsia, só se leva ao bloco se não resultar com terapia da fala
Lesão pré-maligna ou maligna- “descasca-se a corda”
Sintomas: fadiga vocal, voz soprada, dif frequências agudas
Voz - lesões benignas e malignas
Granulomas
Uso incorreto da voz
Voz - lesões benignas e malignas
Papilomas
Lesão viral e contagiosa;
TTO cirúrgico difícil devido à elevada recorrênica
Dx exegese/biópsia/tipagem HPV
Voz - lesões benignas e malignas
Carcinoma da laringe
- Hábitos tabágicos
- Disfonia prolongada (+ de 3 semanas) sinal de alarme
- Lesão leucoplásica (branca); eritroplásica (vermelha)
Voz - doenças neurológicas e musculares
Tipos
Disfonia espasmódica
Paralisia da corda vocal
Doenças degenerativas
Voz - doenças neurológicas e musculares
Disfonia espasmódica
Definição, Dx, TTO
Tensão exagerada e involuntária nos músculos laríngeos
Voz estrangulada e entrecortada
Dx: EMG laringe
TTO: toxina botulínica
Voz - doenças neurológicas e musculares
Paralisia das cordas vocais
Lesão do nr laringe inferior por causa traumatismo, virose
TTO
Terapia da fala tem um papel na reabilitação
Cirurgia (medialização, cordetomia, reinervação)
Laringoplastia de medialização com microesferas de hidroxiapatite de cálcio - injeção transoral; local de injeção: 2 pontos - apófise vocal; porção média da CV
Voz - situações não patológicas
Medicamentos
Puberdade
Menstruação e gravidez
Menopausa
Nível de utilização vocal
Level I- Elite vocal performer Cantores, actores Level II - Professional voice user Professores, padres, políticos Level III - Professional non vocal Médicos, empresários Level IV - Non professional non vocal Operários, jardineiros
Voz cantada - tipos
MECANISMOS DE CANTAR
Voz de peito/Registo de peito/Voz e Registo pesado
- Tiroaritnoideu -
Voz de cabeça/Registo de cabeça/Voz e Registo leve
- Cricotiroideu -
Voz de Falsetto/com bandas ventriculares
- Cricotiroideu -
Voz mista/Registo de cabeça e peito
- Cricotiroideu e Tiroaritnoideu -
Voz cantada
- tem de controlar:
- intensidade:
- pressão da voz
Diafragma
Abertura abdominal e dorsal
Abertura torácica lateral
Intensidade:
Retração elástica pulmonar
Contração dos músculos expiatórios e laringes
Pressão da voz
Falada: 55 a 65 db
Cantada: 100 a 130 db
Voz cantada:
Músicas
Clássico: Laringe em posição baixa; ressonadores alongados; Mínima tensão muscular
Pop: Laringe em posição alta; ressonares encurtados; transição irregular; usa compressão para produzir voz desejada
Disfonia
Definição
Disfonia é o transtorno momentâneo ou duradouro da função vocal considerado como tal pelo próprio doente ou pelo seu entorno, com alterações de pelo menos um dos parâmetros da voz, mais frequentemente do timbre, ou da intensidade ou da tonalidade ou altura do som
Disfonias funcionais complicadas
Associam-se à presença de lesão orgânica cujo aparecimento resulta da má utilização da voz
Exemplos: Nódulos Polipos Edema fusiforme e edema de Reinke Hemorragia submucosa Úlcera de contacto
Disfonia orgânica:
Disfonia subsequente a alterações anatómicas do orgão fonatório
Exemplos:
Papiloma
Carcinoma
Malformação congénita
Voice Handicap Inventory
Escala que quantifica, não a disfonia por siso, mas o grau de incapacidade que é determinado por uma determinada alteração vocal na pessoa
Laringoscopia
A laringoscopia indirecta, realizada com endoscópio rígido de setenta graus – telescópio, ou com fibroscópio e com registo da imagem em vídeo ou suporte digital.
é o método instrumental de eleição para o exame objectivo das cordas vocais e da laringe, quer nos aspectos morfológicos quer na mobilidade.
Limitação: Tração da língua que faz regulamento das estruturas supraglóticas, impdeindo a correta avaliação
Disfonias por tensão muscular (Koufman) e limitação com videolaringoscopia
Classificação
Tipo I Escape glótico mediano Tipo II Plica ventricularis (“voz de falsas cordas”) Tipo III Contracção supraglótica antero-posterior Tipo IV Laringe esfinctérica
Limitação na videolaringoescopia: tração da língua que impede o funcionamento do tipo 2 a 4
Electromiografia
Utilizada poucas vezes
Colocação dos eléctrodos (ORL)
Validação e interpretação dos registos (Neurologista/electrofisiologista)
Análise acústica da voz
Programa online PRAAT
Através do microfone, permite o registo da voz e a sua subsequente análise, com a produção de gráficos e parâmetros.
pHmetria esofágica
Duplas sondas
- Suspeita forte de refluxo sem resposta aos IBPs
Medidas subjetivas
Timbre
Escala GRDAS G disfonia R rudeza da voz B voz soprada A voz fraca S tensão na voz
TTO
- Farmacológico: AB, anti-inflamatórios, mucolíticos, descongestionantes, IBPs
- Educação vocal
- Higiene e prevenção
- Cirurgia: nódulos só após 4 meses na terapia da fala sem sucesso
Terapêutica sanduíche
Reabilitação + Fonocirurgia + Reabilitação