Viroses Exantemáticas Flashcards
Rubéola
Etiologia?
Transmissão?
Tempo de incubação?
Tempo de contágio?
Etiologia
- Togavírus
Transmissão
- Via aérea, através de perdigotos
Tempo de incubação
- 14 à 21 dias
Tempo de contágio
- Desde poucos dias antes, ate 5 à 7 dias depois da erupção
Rubéola
Isolamento?
- Respiratório e de contato para os casos adquiridos pós-parto, até 7 dias após o exantema.
- Crianças com infecção congênita são consideradas infectantes até 1 ano de idade ou até que a pesquisa de vírus na nasofaringe e na urina se negative
Rubéola
Quadro clínico
- Principalmente em crianças não se observa pródromo
- Em adolescentes e adultos, podem aparecer sintomas gerais brandos antecedendo um à dois dias o exantema que se inicia na face, espalhando-se rapidamente para pescoço, tronco e atinge os membros em 24 horas
Rubéola
Lesões
- O exantema é maculopapular róseo, eventualmente pode coalescer no tronco, e tem curta duração, de três ou menos dias.
- Em alguns casos observa-se, no palato mole, lesões petequiais, conhecidas como sinal de Forscheimer, achado característico porém não patognomônico desta doença
- Achado marcante, entretanto, é a adenomegalia que pode anteceder em até sete dias o exantema. São acometidos, principalmente, os gânglios da cadeia cervical e retroauricular.
- Metade dos casos apresenta esplenomegalia discreta
Rubéola
Complicações
- Nas crianças são raras, citando-se púrpura trombocitopênica e encefalite
- Em mulheres, artralgia
- Na gestação, pode promover dano fetal
Rubéola
Diagnóstico
- Pesquisa de anticorpos da classe IgM e de IgG contra rubéola no soro
- Sempre considerar duas amostras, uma na fase aguda e outra na fase de convalescência.
Rubéola
Prevenção e tratamento
Prevenção
- Vacina de vírus vivo e atenuado aos 12 meses de idade
Tratamento
- Sintomáticos
Sarampo
Etiologia?
Mecanismo de transmissão?
Tempo de incubação?
Tempo de contágio?
Isolamento?
Etiologia
- Paramyxovírus
Mecanismo de transmissão
- Via aérea, através de aerosol
Tempo de incubação
- 8 à 12 dias
Tempo de contágio
- Desde dois dias antes do início do pródromo até quatro dias após o aparecimento do exantema.
Isolamento
- Respiratório (uso de máscara) até 4 dias após o início do exantema
Sarampo
Quadro clínico
- Doença começa com pródromo que dura 3 à 4 dias, com febre, tosse, cefaleia, mal-estar, prostração intensa
- A febre é elevada, atingindo o auge na época do aparecimento do exantema
- A tosse é seca, intensa (incomoda o paciente), está sempre presente e se acompanha de coriza abundante, hialina no início, purulenta nos dias subsequentes.
- O enantema é a primeira manifestação mucocutânea a aparecer, e é característico.
- A orofaringe fica hiperemiada e na região oposta aos dentes molares aparecem manchas branco-azuladas, pequenas, de cerca de 1 mm de diâmetro, chamadas de Manchas de Koplik.
- O exantema é maculopapular eritematoso, morbiliforme como regra, mas em determinadas áreas pode confluir.
Sarampo
Complicações
- Laringite, às vezes muito acentuada, traqueobronquite, pneumonite intersticial, queratoconjuntivite, o que pode levar à cegueira, miocardite, adenite mesentérica, diarreia com perda importante de proteína, panencefalite esclerosante subaguda
- Otite média é a principal complicação bacteriana
- Também podem suceder sinusite, pneumonia bacteriana, púrpura trombocitopênica, encefalomielite, reativação de tuberculose pela imunodepressão
Eritema Infeccioso
Etiologia?
Sinonímia?
Mecanismo de transmissão?
Tempo de incubação?
Tempo de contágio?
Isolamento?
Etiologia
Parvovírus humano B19
Sinonímia
Megaloeritema
Transmissão
Via aérea, por perdigotos
Incubação
4 à 14 dias
Tempo de contágia
Viremia ocorre 5 à 10 dias após exposição, dura cerca de 5 dias, sendo que no período exantemático a pessoa já não costuma ser transmissor
Eritema Infeccioso
Cuidado com os contactantes?
Isolamento ?
Cuidado com os contactantes
- Observação principalmente em pessoas que tenham hemoglobinopatia
Isolamento
Desnecessário
Eritema Infeccioso
Quadro clínico
- Em geral, não há pródromos
- Primeiro sinal costuma ser exantema que se inicia na face como maculopápulas que confluem tornando-se uma placa vermelha rubra, com cencentração na região da bochecha, poupando região perioral, testa e o nariz.
- Aspecto de Asa de borboleta
- Aspecto da criança : “cara esbofetada”
Eritema Infeccioso
Lesões
- 1 à 4 dias o exantema evolui, acometendo os MMSS e MMII, inicialmente em sua face extensora e mais tarde na flexora
- A lesão de pele inicia com uma mácula que vai aumentando de tamanho, deixando a região central mais pálida, conferindo um aspecto de rendilhado
Eritema Infeccioso
Síndrome das luvas e meias
- Apresentação incomum
- Lesões purpúricas simétricas, eritematosas e indolores nas mãos e nos pés e, eventualmente, nas bochechas, cotovelo, joelho e nádegas
- Pode ser acompanhada de sintomas gerais, mas é autolimitada, melhorando em 1-2 semanas
Eritema infeccioso
Diagnóstico
- Sorologia, IgG e IgM para parvovírus humano B19
- Deteccção de DNA viral por biologia molecular no sangue.
Eritema Infeccioso
Prevenção e tratamento
Prevenção
- Não há vacinas eeficazes
Tratamento
- Sintomáticos, se necessario
- Transfusão de sangue na presença de anemia grave
Exantema súbito (Roseóla Infantil)
Etiologia?
Mecanismo de transmissão?
Tempo de incubação?
Tempo de contágio?
Isolamento?
Etiologia
- Herpes vírus 6 e 7
Transmissão
- Provável que por perdigotos
Incubação
- 5 à 15 dias
Contágio
- Durante a fase de viremia, sobretudo no período febril.
Isolamento
- Desnecessário
Exantema súbito
Quadro clínico
- Início da doença é súbito, com febre alta, contínua (a criança fica extremamente irritada, anorética) e é considerada como uma das causas mais comuns de convulsão febril.
- A linfonodomegalia cervical é achado muito frequente, assim como a hiperemia de cavum.
- Após três a quatro dias de febre, quando esta cessa bruscamente, aparece o exantema, de modo súbito, constituído por lesões maculopapulares rosadas que se iniciam no tronco e se disseminam para a cabeça e extremidades.
Exantema súbito
Tratamento
Sintomático. Atentar para ocorrência de convulsão febril
Enteroviroses
Etiologia
Transmissão
Etiologia
- Vírus Coxsackie A1 a A21, A24 e B1 a 6
- . Vírus ECHO (vírus órfãos entéricos citopáticos humanos) 1 a 7, 9, 11 a 21, 24 a 27 e 29 a 33.
- Parechovírus humanos tipos 1 e 2, anteriormente denominados echovírus 22 a 23.
- Enterovírus 68 a 71, 73 a 91 e 100 a 101.
- Poliovírus tipos 1 a 3
Transmissão
Via feco-oral
Enteroviroses
Quadro clínico
- Causa frequente de exantemas
- Podem ser maculopapular, vesicular, petequiais e urticariforme
- Síndrome mão-pé-boca
Covid-19
Etiologia?
Mecanismo de transmissão?
Tempo de incubação?
Isolamento?
Etiologia
- SARS-Cov-2
Transmissão
- Aerosol, perdigotos e contato
Incubação
- 2 à 14 dias. Em média, 5 dias
Isolamento
- Manter por 10 dias após início dos sintomas ou 10 dias após PCR positivo, nos casos assintomáticos
COVID-19
Quadro clínico
- Manifestações de pele não seguem nenhum padrão
- Tipo mais comum de manifestação de pele : Exantema maculopapular
- Foram observados vesículas, petéquias e urticarias
COVID-19
Tratamento
Casos mais graves:
- Recomenda o uso de antiviral Remsedivir para:
As crianças ≥ 12 anos que tenham fatores de risco ou um aumento da necessidade de suplementação de oxigênio.
Jovens ≥ 16 anos que tenham necessidade de aumentar a suplementação de oxigênio e considerar em crianças de qualquer idade que estejam em estado crítico.
- Indicação de corticoterapia, dexametasona pode ser prescrita em crianças hospitalizadas que requeiram alto fluxo de oxigênio, ventilação mecânica não invasiva, ventilação mecânica invasiva ou ECMO (Extracorporeal membrane oxigenation).
Ptiríase Rósea
Epidemiologia
Etiologia
Epidemiologia
- Doença de evolução benigna que acomete jovens de 10 a 39 anos de idade
Etiologia
- Desconhecida. Herpes vírus 6 e 7 possíveis causadores
Ptiríase rósea
Quadro clínico
- Inicia-se como lesão conhecida como medalhão ou placa mãe
- Placa única, solitária, eritemato-escamosa, crescimento centrífugo, arredondada ou ovalada, de 2 à 10cm de diámetro, localizando-se no tronco ou raízes dos membros.
- Uma à duas semanas depois, aparecem lesões secundárias, eritemato-papulo-escamosas múltiplas, menores e se localizam no pescoço, tronco e raíz dos membros
Ptiríase rósea
Diagnóstico e tratamento
Diagnóstico
- Clínico
Tratamento
- Sintomático, se necessário
Varicela
Etiologia
Transmissão
Tempo de contágio
Isolamento
Etiologia
- Vírus varicela zoster
Transmissão
- Aerossol, contágio direto e raramente transmissão vertical
Tempo de contágio
- Do décimo dia após o contato até a formação de crostas de todas as lesões.
Isolamento
- Respiratório e de contato
Varicela
Cuidado com contactantes
Imunoglobulina humana antivírus varicela zóster (VZIG), deve ser aplicada dentro de 48 horas, até no máximo 96 horas após a exposição e deve ser indicada nas seguintes situações:
- Crianças imunocomprometidas, sem história prévia de varicela; • Gestantes suscetíveis;
- Recém-nascidos cuja mãe tenha tido catapora dentro de cinco dias antes ou 48 horas após o parto;
- Prematuros (gestação com 28 semanas), cuja mãe não tenha tido varicela;
- Prematuros (gestação com menos de 28 semanas) independente da história materna.
Varicela
Quadro clínico
- Principalmente em crianças, o exantema é o primeiro sinal da doença, mas eventualmente pode-se notar febre baixa e mal estar, mais proeminente em adolescente e adulto
- Erupção inicia-se na face como mácula eritematosa, que rapidamente tornam-se pápulas, vesículas, pústula e finalmente crosta. As lesões aparecem em surtos, em geral por 3 à 5 dias, precedida por febre, promovendo aspecto polimórfico do exantema
Varicela
Complicações
- Infecções bacterianas secundárias
- Pneumonia
- Encefalite
- Manifestações hemorrágicas
- Varicela e gravidez: quando acomete uma gestante, o feto pode sofrer as consequências, e as mais frequentes são focomelia, coriorretinite, meningoencefalite, lesões cicatriciais na pele, além de morte fetal e aborto
- Síndrome de Reye
Varicela
Tratamento
- Em pacientes com imunodepressão ou que apresentam risco de doença grave com acometimento visceral, há indicação de tratamento antiviral com uso de ACICLOVIR
Varicela
Diagnóstico e Prevenção
Diagnóstico
- Na fase de vesícula, o exame do líquido da lesão pela microscopia eletrônica ou por PCR fornece o diagnóstico imediato.
- Anticorpos podem ser detectados pelo método de IFI.
Prevenção
- Vacina contra varicela (vírus vivo atenuado)
Herpes vírus
Etiologia
Transmissão
Tempo de contágio
Etiologia
- HSV-1 e HSV-2. Tipo 1: lesões orais; Tipo 2: lesões genitais
Transmissão
- Secreções orais infectadas e contato sexual
Tempo de contágio
- Na primoinfecção oral herpética a contagiosidade ocorre por pelo menos uma semana até várias semanas após o surgimento das lesões.
- Nas infecções recorrentes, o período de contágio restringe-se em geral a cerca de 3 a 4 dias.
Herpes vírus
Quadro clínico
- A primoinfecção, como regra, é a gengivoestomatite herpética.
- Moléstia que atinge crianças e se caracteriza por quadro febril 2-3 dias que evolui com o aparecimento de lesões orais, vesiculares, muito dolorosas, por vezes acometendo lábios
Herpes vírus
Tratamento
- Na criança imunocompetente, o uso de aciclovir pode ser benéfico nos casos muito extensos e com comprometimento sistêmico e também deve ser indicado para as crianças imunodeprimidas
Herpes vírus
Diagnóstico e Prevenção
Diagnóstico
- Detecção de anticorpos no soro, em duas titulagens ou a presença de anticorpos da classe IgM.
- PCR no material de raspado das lesões.
Prevenção
- Cuidados higiênicos