Dermatofitoses Flashcards
Ptiríase Versicolor
Definição
- Infecção fúngica crônica
- Comum e inócua no estrato córneo
Ptiríase Versicolor
Clínica
- Em indivíduos brancos, são tipicamente castanho-avermelhadas
- Em indivíduos negros, podem ser hipo ou hiperpigmentadas
- Máculas são cobertas por descamação fina
- Pouco ou nenhum prurido
- Áreas envolvidas não se bronzeiam após exposição ao sol
Ptiríase Versicolor
Ptiríase Versicolor
Localização
- Começam em uma localização perifolicular, aumentam e se fundem para formar manchas confluentes.
- Mais comumente na região cervical, porção superior do tórax, dorso e parte superior dos membros superiores
Ptiríase Versicolor
Tratamento
Terapia Tópica
- Xampu de sulfeto de selênio a 2,5% aplicado por 10 minutos antes da lavagem por 2 semanas
- Xampu de cetoconazol a 2% 3x/semana durante 1 mês ou uma aplicação diária por 3 dias
- Cremes antifúngicos podem ser utilizados, porém pode ser ruim pela grande superfície de pele acometida
Terapia Oral
- Cetonazol ou fluconazol, repetida em 1 semana ou itraconazol por 5 à 7 dias
Ptiríase Versicolor
É um distúrbio recorrente em indivíduos predispostos? V ou F
V
Tinea Corporis
Localização
- Infecção da pele glabra, excluindo as palmas, solas e região inguinal
Tinea corporis
Forma de transmissão
- Contato direto de pessoas infectadas
- Contato com escamas infectadas ou fios de cabelo depositados nas superfícies ambientais
- Em crianças, as infecções por M. canis são comuns (animais de estimação contaminados)
Tinea corporis
Clínica
- Começa como pápula ou placa descamativa, seca, ligeiramente eritematosa e elevada
- Dissemina centrifugamente e tende à cura central, formando lesão anular
- Maioria das lesões resolve espontaneamente e algumas se tornam crônicas
Tinea capitis
Localização
Epidemiologia
- Afeta o couro cabeludo
- Comum em crianças entre 4 e 14 anos
Tinea capitis
Transmissão
- Contato com cabelo infectado e células epiteliais que estão em algumas superfícies, como cadeiras, chapéus e pentes
Tinea capitis
Clínica
“Micose de pontos pretos”
- Inicialmente apresenta inúmeras placas circulares de alopecia nas quais os cabelos são quebrados próximos ao fólículo piloso ou manifesta-se como descamação difusa, com mínima perda secundária de cabelo
- Linfadenopatia é comum
- Resposta inflamatória grave produz massas granulomatosas elevadas, infiltradas (quérions), que são recobertas por pústulas
- Febre, dor e adenopatia regional são comuns
- Pode ocorrer cicatriz e alopecia permanentes
Tinea capitis
Tratamento
- Administração oral de griseofulvina na formulação microcristalina é recomendado para todas formas de tínea capitis
- A absorção de griseofulvina é aumentada pela ingestão de refeição rica em gordura
- Griseofulvina pode ser necessária por 8 à 12 semanas e deve ser interrompida somente após negativação dos resultados de cultura
- O tratamento por 1 mês após resultado negativo minimiza o risco de reincidência
- Reações adversar da griseofulvina são raras, mas incluem náusea, vômito, cefaleia, discrasia sanguíneas, fototoxicidade
- A terbinafina é eficaz por 4 À 6 semanas
- Itraconazol oral é útil no casos de resistência à griseofulvina, intolerancia ou alergia → usar por 4 à 6 semanas
Tínea Capitis
Terapia Tópica
- Terapia tópica isolada é ineficaz, mas pode ser um importante adjuvante → Pode reduzir a liberação de esporos e deve ser recomendada em todos pacientes
- Portadores assintomáticos de dermatófitos em membros da família são comuns. O tratamento tanto dos pacientes e dos potenciais portadores com shampoo esporocida pode acelear a resolução clínica
- A lavagem vigorosa com xampuu contendo sulfeto de selênio 2,5%, zinco piritiona ou cetoconazol é útil.
- Não é necessário raspar o couro cabeludo
Tinea cruris
Epidemiologia e Localização
- Escrotos e lábios geralmente não estão envolvidos na infecção
- É uma infecção da região inguinal
- Ocorre mais frequente em adolescentes do sexo masculino
- Prevalente em pessoas obesas e pessoas que transpiram excessivamente e usam roupas apertadas
Tinea cruris
Clínica
- Lesão inicial é uma placa pequena, elevada, descamativa e eritematosa na região inguinal interna da coxa, que se dissemina perifericamente, com frequência, desenvolvendo numerosas vesículas pequenas
- Eventualmente forma placas bilaterais, irregulares, bem delimitadas com centros descamativos hiperpigmentados
- Prurido pode ser grave inicialmente, mas diminui à medida que a reação inflamatória é reduzida
- Infecção bacteriana secundária pode alterar aspecto clínico e eritrasma e candidíase podem coexistir
- Deve ser diferenciada da dermatite de contato alérgica, candidíase e eritrasma
Tinea cruris
Tratamento
- Pacientes devem ser aconselhados a usarem roupas íntimas de algodão e folgadas
- Tratamento tópico com imidazólicos, 2x/dia por 3 à 4 semanas, é recomendado para infecção grave → São eficazem em infecções mistas por cândida e dermatófitos
Tinea Pedis
Definição e epidemiologia
“Pé de atleta”
- Infecção dos espaços interdigitais e planta dos pés
- Incomum em crianças pequenas
- Ocorre com alguma frequência em pré-adolescente e adolescentes do gênero masculino
Tinea Pedis
Clínica
- Mais frequente nos espaços interdigitais do 3° ao 4° e do 4° ao 5° dos pés e a fenda subdigital são fissurados, com maceração e descamação da pele
- Dor, prurido e odor persistente são característicos
- Lesões podem se tornar crônicas
- Pode promover a proliferação exacerbada da flora bacteriana
- Em muitos casos, os 2 pés e uma das mãos são acometidos
- Esse tipo de infecção é mais refratário ao tratamento e tende a recorrer
- Pode ocorrer reação inflamatória vesicular, mais frequente em crianças pequenas
- Acometem qualquer área do pé
- As pápulas iniciais progridem para vesículas e bolhas que podem se tornar pustulosas
Tinea pedis
Transmissão e tratamento
Transmissão
- Pode ser transmitidas em chuveiros e áreas de piscina
Tratamento
- Infecções leves: Evitar calçados apertados, secagem entre os dedos, talco antifúngico
- Tratamento tópico com imidazol é curativo na maioria dos casos
- Em casos refratários, a terapia com griseofulvina oral podem ser eficaz para cura, mas recidivas são comuns
Tinea Unguium
Definição e epidemiologia
- Infecção por dermatófitos da placa ungueal
- Ocorre mais frequentemente em pacientes com tínea pedis, mas pode ser observada como infecção primária
Tínea Unguium
Clínica
- A forma superficial mais comum manifesta-se como manchas brancas irregulares, únicas ou múltiplas, na superfície da unha, não associada à paroníquia ou infecção profunda
- T.rubrum causa infecção mais invasiva, que é iniciada nas margens distais laterais da unha e é precedida por paroníquia leve → unha desenvolve coloração amarelada, torna-se espessa, quebradiça e descola do leito ungueal
- Na infecção avançada, a unha adquire cor marrom-escura/negra e pode quebrar
Tinea unguium
Tratamento
- Itraconazol
- Terbinafina para tratamento de onicomicose
- Griseofulvina e aplicação de agentes fulgistáticos tópicos no leito ungueal são ineficazes e não são recomendados
Candidíase perineal
Características
“Dermatite das fraldas”
- Tendencia de recidiva
- Dermatite de contato, seborreica, atópica ou irritativa fornecem porta de entrada para levedura
- Crianças predispostas possuem C. albicans em seu trato intestinal e a pele quente, úmida na área da fralda favorece o seu crescimento