Vesícula e vias biliares Flashcards
Colelitíase
é a formação de cálculo (ou pedra) no interior da vesícula biliar.
Coledocolitíase
é a presença de cálculo no interior do colédoco.
Colecistite
é a inflamação da parede da vesícula e ocorre, mais comumente, pela obstrução ao fluxo da bile por um cálculo no ducto
cístico.
Colangite
é a infecção da via biliar causada pela obstrução ao fluxo da bile. Por isso, é uma complicação que pode ocorrer em decorrência da coledocolitíase.
Principal cálculo da vesícula biliar
O cálculo misto, formado por colesterol e cálcio (70%)
Os cálculos pigmentares pretos são formados, principalmente, por
bilirrubinato de cálcio
Doenças relacionadas à formação de cálculos pretos
Hemólise e cirrose (bilirrubina indireta)
Os cálculos marrons são formados principalmente por
Bilirrubinato de cálcio (bilirrubina não conjugada + cálcio e restos bacterianos)
Doenças associadas à formação de cálculos marrons
Dismotilidade biliar e infecção por E. coli
Fisiopatologia da formação de cálculos de colesterol
- Supersaturação do colesterol: formação de micelas com a lectina e os sais biliares para melhorar a sua solubilidade na bile
- Nucleação: precipitação do colesterol e aumento nos fatores que promovem cristais
- Crescimento: a estase da bile favorece o crescimento do cálculo
Quadro clínico mais comum da colelitíase
Assintomático (80%)
Principais fatores de risco para colelitíase
5 Fs:
Sexo feminino (female)
População caucasiana (fair)
Obesidade (fat)
Gestações prévias (fertile)
Idade > 40 anos (forty)
A cólica biliar é causada pela
Obstrução do fluxo da bile pelo ducto cístico
Principais características da cólica biliar
Dor em hipocôndrio direito, que se inicia após uma alimentação copiosa ou rica em gordura, podendo estar ou não associada a náuseas
e/ou vômitos, que não costuma durar mais que 6 horas
Se tivermos uma dor em hipocôndrio direito, de forte intensidade, que não melhora ou vem piorando, com febre e sinal de Murphy positivos, muito provavelmente estamos diante de uma
Colecistite
Sinal de Murphy
Dor à palpação profunda com pausa inspiratória durante a palpação do hipocôndrio direito
As principais características da colelitíase na ultrassonografia são
Cálculos acusticamente densos com sombra acústica que movem-se com a mudança de decúbito
Qual exame não deve ser solicitado na suspeita de colelitíase?
TC
Qual a conduta em pacientes com colelitíase sintomática?
Colecistectomia
Em pacientes assintomáticos, quais situações indicam colecistectomia profilática?
- Anemia falciforme
- Vesícula em porcelana
- Cálculo > 2,5 cm
- Microcálculos
Qual o tipo dos cálculos primários de colédoco?
Marrons
São considerados primários os cálculos formados em pacientes submetidos à colecistectomia após quanto tempo?
2 anos
Quadro clínico de uma coledocolitíase
Síndrome colestática
Icterícia + colúria + acolia fecal
Qual é o exame inicial na investigação de icterícia obstrutiva?
USG abdominal
O que fazer após USG indicativa de coledocolitíase?
CPRE
O que fazer após suspeita intraoperatória de coledocolitíase (colangiografia)?
Exploração cirúrgica do colédoco
Complicações da CPRE
Risco de pancreatite (10%), colangite e perfuração
Qual a vantagem da CPRE em casos de coledocolitíase?
Possui função terapêutica (esfincterotomia/papilotomia)
Cirurgia padrão ouro para retirada de vesícula biliar
Colecistectomia videolaparoscópica
Contraindicações absolutas para colecistectomia videolaparoscópica
Suspeita de câncer na vesícula e instabilidade hemodinâmica
Quando indicar uma derivação biliodigestiva em casos de coledocolitíase?
Colédoco muito dilatado > 15 mm
Qual é a melhor técnica de derivação biliodigestiva?
Coledocojejunostomia em Y de Roux
Icterícia no pós operatório de colecistectomia, pensar em
Lesão da via biliar ou coledocolitíase residual
Quais as características de uma coledocolitíase residual pós colecistectomia?
- Icterícia de padrão flutuante
- Apresentação mais tardia
Quais as características de uma lesão da via biliar pós colecistectomia?
- Icterícia progressiva
- Apresentação mais precoce
- Sinais de sepse
E1 (Bismuth 1)
Lesão a mais de 2 cm da confluência
E2 (Bismuth 2)
Lesão a menos de 2 cm da confluência
E3 (Bismuth 3)
Lesão na confluência
E4 (Bismuth 4)
Destruição da confluência biliar
E5 (Bismuth 5)
Lesão do ducto hepático direito aberrante
Como investigar uma lesão da via biliar pós colecistectomia?
No intraoperatório: colangiografia
No pós operatório: colangioRM
Como tratar uma lesão de via biliar identificada no intraoperatório?
Se lesão < 50% da circunferêcia E não causada por eletrocautério: rafia da via biliar + dreno de Kehr
Se lesões térmicas ou > 50%: derivação biliodigestiva