Vesícula e vias biliares Flashcards

1
Q

Colelitíase

A

é a formação de cálculo (ou pedra) no interior da vesícula biliar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Coledocolitíase

A

é a presença de cálculo no interior do colédoco.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Colecistite

A

é a inflamação da parede da vesícula e ocorre, mais comumente, pela obstrução ao fluxo da bile por um cálculo no ducto
cístico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Colangite

A

é a infecção da via biliar causada pela obstrução ao fluxo da bile. Por isso, é uma complicação que pode ocorrer em decorrência da coledocolitíase.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Principal cálculo da vesícula biliar

A

O cálculo misto, formado por colesterol e cálcio (70%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Os cálculos pigmentares pretos são formados, principalmente, por

A

bilirrubinato de cálcio

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Doenças relacionadas à formação de cálculos pretos

A

Hemólise e cirrose (bilirrubina indireta)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Os cálculos marrons são formados principalmente por

A

Bilirrubinato de cálcio (bilirrubina não conjugada + cálcio e restos bacterianos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Doenças associadas à formação de cálculos marrons

A

Dismotilidade biliar e infecção por E. coli

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Fisiopatologia da formação de cálculos de colesterol

A
  1. Supersaturação do colesterol: formação de micelas com a lectina e os sais biliares para melhorar a sua solubilidade na bile
  2. Nucleação: precipitação do colesterol e aumento nos fatores que promovem cristais
  3. Crescimento: a estase da bile favorece o crescimento do cálculo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quadro clínico mais comum da colelitíase

A

Assintomático (80%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Principais fatores de risco para colelitíase

A

5 Fs:
Sexo feminino (female)
População caucasiana (fair)
Obesidade (fat)
Gestações prévias (fertile)
Idade > 40 anos (forty)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

A cólica biliar é causada pela

A

Obstrução do fluxo da bile pelo ducto cístico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Principais características da cólica biliar

A

Dor em hipocôndrio direito, que se inicia após uma alimentação copiosa ou rica em gordura, podendo estar ou não associada a náuseas
e/ou vômitos, que não costuma durar mais que 6 horas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Se tivermos uma dor em hipocôndrio direito, de forte intensidade, que não melhora ou vem piorando, com febre e sinal de Murphy positivos, muito provavelmente estamos diante de uma

A

Colecistite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Sinal de Murphy

A

Dor à palpação profunda com pausa inspiratória durante a palpação do hipocôndrio direito

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

As principais características da colelitíase na ultrassonografia são

A

Cálculos acusticamente densos com sombra acústica que movem-se com a mudança de decúbito

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual exame não deve ser solicitado na suspeita de colelitíase?

A

TC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a conduta em pacientes com colelitíase sintomática?

A

Colecistectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Em pacientes assintomáticos, quais situações indicam colecistectomia profilática?

A
  1. Anemia falciforme
  2. Vesícula em porcelana
  3. Cálculo > 2,5 cm
  4. Microcálculos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual o tipo dos cálculos primários de colédoco?

A

Marrons

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

São considerados primários os cálculos formados em pacientes submetidos à colecistectomia após quanto tempo?

A

2 anos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quadro clínico de uma coledocolitíase

A

Síndrome colestática
Icterícia + colúria + acolia fecal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Qual é o exame inicial na investigação de icterícia obstrutiva?

A

USG abdominal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
O que fazer após USG indicativa de coledocolitíase?
CPRE
26
O que fazer após suspeita intraoperatória de coledocolitíase (colangiografia)?
Exploração cirúrgica do colédoco
27
Complicações da CPRE
Risco de pancreatite (10%), colangite e perfuração
28
Qual a vantagem da CPRE em casos de coledocolitíase?
Possui função terapêutica (esfincterotomia/papilotomia)
29
Cirurgia padrão ouro para retirada de vesícula biliar
Colecistectomia videolaparoscópica
30
Contraindicações absolutas para colecistectomia videolaparoscópica
Suspeita de câncer na vesícula e instabilidade hemodinâmica
31
Quando indicar uma derivação biliodigestiva em casos de coledocolitíase?
Colédoco muito dilatado > 15 mm
32
Qual é a melhor técnica de derivação biliodigestiva?
Coledocojejunostomia em Y de Roux
33
Icterícia no pós operatório de colecistectomia, pensar em
Lesão da via biliar ou coledocolitíase residual
34
Quais as características de uma coledocolitíase residual pós colecistectomia?
1. Icterícia de padrão flutuante 2. Apresentação mais tardia
35
Quais as características de uma lesão da via biliar pós colecistectomia?
1. Icterícia progressiva 2. Apresentação mais precoce 3. Sinais de sepse
36
E1 (Bismuth 1)
Lesão a mais de 2 cm da confluência
37
E2 (Bismuth 2)
Lesão a menos de 2 cm da confluência
38
E3 (Bismuth 3)
Lesão na confluência
39
E4 (Bismuth 4)
Destruição da confluência biliar
40
E5 (Bismuth 5)
Lesão do ducto hepático direito aberrante
41
Como investigar uma lesão da via biliar pós colecistectomia?
No intraoperatório: colangiografia No pós operatório: colangioRM
42
Como tratar uma lesão de via biliar identificada no intraoperatório?
Se lesão < 50% da circunferêcia E não causada por eletrocautério: rafia da via biliar + dreno de Kehr Se lesões térmicas ou > 50%: derivação biliodigestiva
43
Como tratar uma lesão de via biliar identificada no pós operatório?
Reabordagem cirúrgica e derivação biliodigestiva
44
Quando indicar colecistectomia frente a pólipos de vesícula biliar?
1. Maiores que 1 cm 2. Sintomáticos 3. Em crescimento 4. Associados a litíase biliar 5. Associados a adenomiomatose
45
Principal fator de risco para câncer de vesícula
Macrocálculos
46
Tipo histológico mais comum do câncer de vesícula
Adenocarcinoma
47
Estadiamento do câncer de vesícula
T1a: invade a lâmina própria T1b: invade a camada muscular T2: invade o tecido conjuntivo T3: perfura a serosa ou invasão direta de outro órgão
48
Conduta cirúrgica em caso de câncer de vesícula
T1a: colecistectomia simples T1b: ampliação das margens, com ressecção do leito hepático, associada a linfadenectomia T2: hepatectomia dos segmentos IVb e V, associada a linfadenectomia T3: hepatectomia dos segmentos IVb e V, associada a linfadenectomia ou ressecção em monobloco de outros órgãos
49
No câncer de vesícula, em quais casos está indicada a ressecção da via biliar?
Caso a margem do ducto cístico seja positiva para neoplasia
50
Tumor de Klatskin
Colangiocarcinoma peri-hilar
51
Quadro clínico do tumor de Klastkin
Icterícia de padrão obstrutivo
52
Apresentação da vesícula em casos de colangiocarcinoma
Murcha
53
Exame mais indicado na suspeita de colangiocarcinoma
Colangiorressonância
54
Marcador tumoral do colangiocarcinoma
CA 19-9 (prognóstico e seguimento, não diagnóstico)
55
Classificação usada nas lesões de vesícula
Bismuth
56
Classificação usada nos tumores de Klatskin
Bismuth
57
Bismuth tipo I
Tumor abaixo da confluência dos ductos hepáticos
58
Bismuth tipo II
Tumor acometendo a confluência dos ductos hepáticos
59
Bismuth tipo IIIa
Tumor envolvendo o ducto hepático comum e o ducto hepático direito
60
Bismuth tipo IIIb
Tumor envolvendo o ducto hepático comum e o ducto hepático esquerdo
61
Bismuth tipo IV
Tumor que envolve a confluência se estende para os ductos hepáticos direito e esquerdo
62
Qual é a indicação de cirurgia de urgência mais frequente em idosos?
Colecistite aguda
63
Apresentação clássica da colecistite
Dor em hipocôndrio direito >6h após ingesta alimentar, com náuseas, vômitos, febre baixa, Murphy positivo e leucocitose
64
Epônimo para dor irradiada para o ombro dirieto
Sinal de Kehr
65
A dor da colecistite aguda pode irradiar para quais locais?
Ombro direito (sinal de Kehr) ou escápula direita
66
Alterações laboratoriais da colecistite aguda
Leucocitose com desvio à esquerda Aumento da PCR Elevações leves de FA, amilase, bilirrubinas e transaminases
67
Achados ultrassonográficos da colecistite aguda
Espessamento da parede vesicular ou edema (Sinal da dupla parede) Cálculo impactado e imóvel no infundíbulo Líquido perivesicular (halo hipoecoico) Murphy ultrassonográfico
68
Qual exame solicitar na investigação de colecistite quando a USG é duvidosa?
Cintilografia
69
Qual é o achado indicativo de colecistite aguda na cintilografia?
Vesícula não visível
70
Quando é indicada a tomografia em casos de colecistite?
Para avaliar complicações
71
As complicações são mais comuns na colecistite aguda (litiásica/alitiásica)
Alitiásica
72
Qual é a complicação mais comum da colecistite?
Colecistite gangrenosa (necrose de parede vascular)
73
Quando pensar em colecistite enfisematosa?
Instalação súbita, evolução rápida, crepitação da parede abdominal e gás na parede da vesícula
74
Qual é a bactéria causadora de colecistite enfisematosa?
Clostridium welchii / Clostridium perfringens
75
Síndrome de Mirizzi tipo I
Obstrução do ducto hepático comum por compressão extrínseca de um cálculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula
76
Síndrome de Mirizzi tipo V
Com fístula colecistoentérica Va: sem íleo biliar Vb: com íleo biliar
77
Critérios diagnósticos e de classificação da gravidade da colecistite e colangite aguda
Critérios de Tokyo
78
Critérios necessários para diagnóstico de colecistite (Tokyo)
Clínica + laboratório + imagem
79
Colecistite aguda grau I
Leve (não atende aos critérios de grau II ou III)
80
Colecistite aguda grau II
Moderada. Qualquer uma das seguintes condições: 1. Leucócitos > 18.000 2. Massa palpável 3. Duração > 72h 4. Complicações
81
Colecistite aguda grau III
Grave. Associada a disfunção orgânica.
82
Tratamento da colecistite aguda em paciente de baixo risco
Colecistectomia laparoscópica precoce (até 72h) e antibioticoprofilaxia
83
Tratamento de colecistite aguda em pacientes de alto risco
Antibioticoterapia (4 a 7 dias). Se houver falha no tratamento conservador = drenagem/colecistectomia
84
Tratamento de colecistite aguda em paciente instável
Colecistostomia e antibioticoterapia. Colecistectomia após 3 a 6 meses.
85
Incisão cirúrgica de colecistectomia aberta
Subcostal direita de Kocher
86
Visão crítica de segurança
Exposição adequada do trígono de Calot
87
Limites do trígono de Calot
Borda inferior do fígado, ducto cístico e ducto hepático comum
88
Qual estrutura fica dentro do trígono de Calot?
Artéria cística
89
Em caso de dificuldade na identificação segura da via biliar, pode ser necessário converter uma colecistectomia em uma
Colecistectomia subtotal (técnica de Torek)
90
A colelitíase alitiásica acomete geralmente qual tipo de pacientes?
Gravemente enfermos e que necessitam de cuidados intensivos
91
Como é feito o tratamento da colecistite aguda na gestante de baixo risco?
1° e 2° trimestre: colecistectomia videolaparoscópica 3° trimestre: antibióticos, postergar a colecistectomia para o pós-parto, pelo risco de trabalho de parto prematuro
92
Como é feito o tratamento da colecistite aguda na gestante de baixo risco?
Drenagem percutânea (colecistostomia)
93
Qual o perfil de microrganismos envolvidos na colangite aguda?
Polimicrobiana (principalmente E. coli, seguida pela Klebsiella)
94
Manifestação clínica da colangite aguda leve?
Tríade de Charcot
95
Tríade de Charcot
Dor abdominal, febre e icterícia
96
Quadro clínico da colangite aguda grave
Pêntade de Reynolds
97
Pêntade de Reynolds
Tríade de Charcot + sepse 1. Icterícia 2. Febre 3. Dor abdominal 4. Hipotensão 5. Alteração da consciência
98
Melhor exame diagnóstico para a colangite aguda
Colangioressonância (solicitada quando a USG ou TC não fecham diagnóstico)
99
Tratamento da colangite aguda grau I (leve)
Antibioticoterapia
100
Procedimento de escolha para drenagem da via biliar na colangite aguda
CPRE
101
Tratamento da colangite aguda grau II (moderada)
Antibioticoterapia + drenagem biliar precoce
102
Tratamento para colangite aguda grau III (grave)
Antibioticoterapia + drenagem urgente (dentro de 24h) após estabilização hemodinâmica
103
Procedimento de escolha para drenagem de via biliar caso CPRE inacessível ou malsucedida
Drenagem transparieto hepática
104
Indicação de derivação bileodigestiva em caso de colangite aguda
Via biliar dilatada > 2cm ou com múltiplos cálculos
104
Técnicas de derivação bileodigestiva em caso de colangite aguda
Hepatoduodenostomia látero-lateral ou em Y de Roux