Abdome agudo obstrutivo Flashcards
Exemplos de obstrução funcional
Íleo paralítico e síndrome de Ogilvie
Válvula ileocecal competente
Impede que haja um retorno do conteúdo do intestino grosso obstruído para o intestino delgado. Maior risco de perfuração.
Sintomas de obstrução intestinal
Dor abdominal, náuseas, vômitos, e parada na eliminação de fezes e fatos
Na obstrução abdominal os ruídos hidroaéreos possuem um timbre
Metálico
Na obstrução abdominal alta os vômitos são
precoces e biliosos
Na obstrução intestinal baixa os vômitos são
tardios e fecaloides
Padrão radiológico da obstrução intestinal alta
Empilhamento de moedas
Padrão radiológico da obstrução intestinal baixa
Haustrações crônicas e ausência de ar na ampola retal
Principal causa de obstrução intestinal
Aderências
Sinal de Jobert
Timpanismo ao invés de maciez à percussão da região hepática. Pensar em perfuração intestinal.
Principal alteração metabólica na obstrução intestinal
Alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica
Primeiro exame de imagem a ser realizado na suspeita de uma obstrução intestinal
Radiografia de tórax e abdome
Sinal de Rigler
Sinal da parede dupla. Se refere à visualização de ar fora da alça intestinal delimitando sua parede devido à presença de gás na cavidade abdominal (pneumoperitônio).
No volvo de sigmoide a imagem típica à radiografia é a do
Sinal do grão de café ou U invertido
No enema, o volvo de sigmoide apresenta o sinal do
bico de pássaro
Na radiografia o fecaloma apresenta aspecto de imagem em
miolo de pão
Na obstrução intestinal a tomografia deve ser solicitada quando
a radiografia simples não indica intervenção imediata
São sinais de isquemia intestinal
Ingurgitamento de vasos mesentéricos, pneumatose intestinal e gás venoso portal ou mesentérico
O aumento do lactato sérico na obstrução intestinal sugere
isquemia
O sinal clássico de neoplasia colorretal que aparece no enema é o
sinal da maçã mordida
Medidas de suporte para pacientes com obstrução intestinal
Jejum, sonda nasogástica, hidratação, correção dos distúrbios hidroeletroníticos e analgesia
Principal fator de risco para aderências intestinais
Cirurgias abdominais prévias
Conduta na obstrução intestinal por bridas com febre, leucocitose e sensibilidade abdominal
Tratamento cirúrgico
Segunda causa mais comum de obstrução do intestino delgado
Doença metastática de outros tumores primários
Tumores com maior propensão a causar metástases peritoneais
Neoplasias do cólon, ovário, pâncreas e estômago
Terceira causa mais comum de obstrução do intestino delgado
Hérnias
Tríade de Borchardt
Dor súbita e intensa no abdômen superior ou tórax + vômitos severos + incapacidade de passar sonda nasogástrica. Presente em pacientes com volvo gástrico.
Achado radiográfico clássico de um volvo gástrico
Uma única bolha grande de ar esférica localizada no abdômen ou tórax superior com nível hidroaéreo
Conduta em caso de volvo gástrico
Descompressão gástrica imediata e cirurgia se não for bem sucedida
A síndrome da artéria mesentérica superior também é chamada de síndrome de
Wilkie
Síndrome da artéria mesentérica superior
Compressão da terceira porção do duodeno devido ao estreitamento do espaço entre artérias entéricas superior e a aorta causado pela perda da camada de gordura mesentérica após perda de peso importante.
Conduta em casos de estenoses focais curtas na obstrução por doença de Crohn
Ressecção intestinal
Conduta em casos de estenoses múltiplas ou longas na obstrução por doença de Crohn
Estenosoplastia ou estricturoplastia
Tumor primário no intestino delgado relacionado à intussuscepção intestinal
GIST
Pico de incidência de intussuscepção intestinal
Dois anos de idade
Na ultrassonografia, a intussuscepção intestinal pode se apresentar como quais sinais clássicos?
Sinal do alvo e sinal do pseudo-rim
Na tomografia, a intussuscepção intestinal pode se apresentar como quais sinais clássicos?
Imagem em alvo ou em forma de salsicha
Qual é o tratamento para intussuscepção intestinal em crianças?
Enema
Qual é o tratamento para intussuscepção intestinal em adultos?
Cirurgia
Íleo biliar
Impactação de um cálculo biliar no intestino decorrente de uma fístula colecistoduodenal
O bloqueio mecânico causado por um íleo biliar ocorre mais comumente no
Íleo distal
Síndrome de Bouveret
Íleo biliar, só que com obstrução mais alta (no duodeno ou piloro)
Tríade de Riegler
Obstrução intestinal alta + cálculo biliar ectópico + aerobilia
No exame de imagem, o íleo biliar pode se apresentar como
Tríade de Riegler
Tratamento de íleo biliar
Enterotomia, retirada do cálculo e enterorrafia
Aproximadamente 70% das obstruções do intestino grosso ocorrem no cólon…?
transverso
Onde os tumores de cólon tem maior probabilidade de resultar em sintomas obstrutivos?
Flexura esplênica
Causa mais comum de obstrução intestinal baixa
Câncer colorretal
As neoplasias de cólon (direito/esquerdo) têm maior probabilidade de obstruir
Esquerdo
Qual região do cólon tem maior risco de perfuração?
Ceco
Apresentação de uma neoplasia colorretal na radiografia de abdome
Distensão colônica periférica, haustrações
e ausência de ar na ampola retal. É comum visualizar um “stop” aéreo no local do tumor.
Qual exame não deve ser realizado diante de uma suspeita de obstrução intestinal completa?
Colonoscopia
Quais fatores falam contra a realização de uma anastomose na ressecção de um tumor
Paciente instável e/ou peritonite fecal
Cirurgia de Hartmann
Ressecção do tumor, com sepultamento do coto distal e colostomia terminal do coto proximal
Cirurgia realizada em pacientes instáveis com neoplasia de cólon esquerdo
Cirurgia de Hartmann
Cirurgia realizada em pacientes estáveis com neoplasia de cólon esquerdo
A depender da localização do tumor, poderá ser realizada uma transversectomia,
hemicolectomia esquerda, sigmoidectomia ou colectomia total, com anastomose primária
Cirurgia realizada em pacientes instáveis com neoplasia de cólon direito
Hemicolectomia direita e ileostomia terminal
Cirurgia realizada em pacientes estáveis com neoplasia de cólon direito
Hemicolectomia direita e anastomose primária
Cirurgia realizada em pacientes com isquemia ou perfuração de ceco
Colectomia total com ileostomia terminal e sepultamento do coto distal
Cirurgia realizada em pacientes com obstrução por neoplasia de reto ou canal anal
Colostomia em alça para desobstrução
Conduta em casos de obstrução por neoplasia em pacientes com doença avançada, baixa expectativa de vida e alto risco cirúrgico
Colostomia em alça
Local mais comum do volvo de cólon
Sigmoide
Segunda causa mais comum de obstrução intestinal baixa
Volvo de sigmoide
Fatores de risco para volvo sigmoide
Idosos (70 anos), institucionalizados, doenças neurológicas, constipação crônica e Chagas
Tratamento para volvo de sigmoide em pacientes estáveis e sem peritonite
Colonoscopia ou retossigmoidoscopia
descompressiva. Programar sigmoidectomia para mesma internação.
Tratamento para volvo de sigmoide em pacientes instáveis e com peritonite
Laparotomia e Hartmann
Na radiografia, qual o sinal clássico de um volvo de ceco?
Sinal da vírgula
Na tomografia, qual o sinal clássico de um volvo de ceco?
Sinal do giro ou do redemoinho
Complicação mais frequente do megacólon chagásico
Fecaloma
Sinal de Gersuny
É a sensação de crepitação ao descomprimir o abdome após a palpação profunda de uma massa abdominal. Indica fecaloma.
Conceito de íleo paralítico
Obstrução intestinal funcional, por anormalidades na motilidade intestinal, ausência de obstrução mecânica.
Principal causa de íleo paralítico
Pós-operatório de cirurgia abdominal
O íleo paralítico é agravado por
Hipocalemia
Radiografia do íleo paralítico
Distensão gasosa universal das alças intestinais, presença de ar no cólon e ampola retal
Tratamento de íleo paralítico
Analgesia (retirar opioides), hidratação, correção distúrbios hidroeletrolíticos, repouso intestinal,
SNG se vômitos persistentes, avaliar NPT
Síndrome de Ogilvie
Pseudo-obstrução colônica aguda que ocorre em pacientes gravemente doentes
Principais fatores de risco para síndrome de Ogilvie
Trauma não cirúrgico, sepse, ventilação mecânica e IAM
O diâmetro de ceco considerado limítrofe, a partir do qual há risco de perfuração ou necrose isquêmica por dilatação aguda, é de
12 cm
Tratamento da síndrome de Ogilvie
- Medidas de suporte
- Neostigmina (se ceco >12 cm ou falha da terapia conservadora após 48 a 72h)
- Descompressão endoscópica (se falha com neostigmina)
- Descompressão cirúrgica (se falha com endoscópica)
A neostigmina é um inibidor da
acetilcolinesterase
Principal efeito colateral da neostigmina
Bradicardia
Fármaco que age contrariamente à neostigmina
Atropina
Radiografia da síndrome de Ogilvie
Distensão somente do cólon (principalmente
cólon direito)
Sinal de Hochemberg
Ampola retal livre de fezes (indica obstrução mecânica)