Urgências Obstétricas Flashcards
Na suspeita de um abortamento, como identificar se se trata de uma ameaça, abortamento em curso ou abortamento completo?
Na ameaça de abortamento, o colo se mantém impérvio e a altura uterina sofre pouca ou nenhuma modificação.
No abortamento em curso, o colo é permeável* ao toque, pode haver sangramento variável e dor abdominal.
Já o abortamento completo ocorre quando há eliminação total do conteúdo uterino, de modo que a altura se torna muito menor que a esperada para a IG. O colo volta a se fechar.
USG pode ajudar na diferenciação entre abortamento incompleto e completo.
- O colo pode ficar impermeável em casos de abortos retidos.
Qual o quadro clínico e como tratar casos de abortamento infectado?
Quadro: febre, alterações da FC, queda do estado geral e fluxo vaginal purulento.
Tratamento: esvaziamento uterino + atb de amplo espectro. Pode ser necessária histerectomia total.
Quais são os principais fatores de risco para gestação ectópica?
Processos inflamatórios acometendo pelve e/ou tuba e que alteram a migração do óvulo para o útero. As principais associações são:
- Doença inflamatória pélvica
- Cirurgia tubária
- Clamídia e gonorreia
- Tabagismo
- Falha de DIU, laqueadura e contracepção de emergência
- GE prévia
Explique a fisiopatologia por trás dos achados clínicos na gestação ectópica.
A dor abdominal é o principal sintoma e está relacionada à tensão maciça que ocorre no local de implantação do embrião. Isso pode levar à rotura de estruturas e sangramento importante, com hemoperitônio - sinal de Proust - e o Grito de Douglas - desconforto extremo ao toque vaginal.
Como a USG e a medida de beta-hCG podem contribuir para o diagnóstico de gestação ectópica?
A USTV pode auxiliar na visualização de saco embrionário - se intra ou extra-uterino.
O beta-hCG é importante caso a USTV não consiga identificar com clareza, porque seus níveis dobram a cada 48h nas gestações tópicas. Caso não haja esse padrão de elevação, trata-se de uma ectópica.
*** tirar dúvida do fluxograma
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de placenta prévia?
- Idade materna >35a
- Multiparidade
- Gemelaridade
- Placenta prévia em gestação anterior
- Cesárea anterior
- Curetagens repetidas ou cicatrizes uterinas por outros procedimentos cirúrgicos
- Tabagismo
Qual o padrão de sangramento nos quadros de placenta prévia?
- Sangramento genital súbito e repetitivo ao longo da gestação
- Vermelho vivo
- Indolor
- Tônus uterino normal.
Quais são as diferenças de quadro clínico entre placenta prévia e descolamento prematuro de placenta (DPP)?
No DPP, além do sangramento e dor abdominal súbita e variável, há hipertonia uterina, bolsa de água tensa e dificuldade de palpação e ausculta fetais.
Qual a conduta nos casos de DPP?
Feto viável (>25sem): parto pela via mais rápida.
Feto inviável (<25sem) ou morto: indução de trabalho de parto. Caso não haja evolução do TP em até 6h, realizar cesárea.
Quais critérios clínicos definem a presença de hiperemese?
3 critérios:
- Perda maior que 5% do peso corporal
- Desidratação
- Distúrbios eletrolíticos