Urgências e doenças sistêmicas Flashcards
1
Q
- Porque o álcool pode causar um hematoma subdural crônico?
- Aonde ele vai afetar para causar esse hematoma?
- Qual a característica dessa causa?
- Quais sintomas o paciente irá ter?
A
- Por aumentar a predisposição às quedas ocasionando um TCE com consequente sangramento
- Veias na ponte
- É uma massa expansiva que comprime diretamente o parênquima cerebral
- Cefaléia progressiva, lentificação do pensamento, confusão mental, sonolência, sinais focais.
2
Q
- O que é a síndrome da abstinência?
- Quais sintomas podem estar presentes nesse paciente?
3.Qual período de abstinência é necessário para esses sintomas? - Qual o pico de sintomatologia descrita anteriormente?
- Em qual desses pacientes é mais comum a presença de convulsões?
A
- É um efeito causado por uma intoxicação crônica ou pelo bebedor periódico (que bebe grandes quantidades) daquele paciente que bebe ingere a substância durante muito tempo e por algum motivo teve que cessar seu consumo.
- Irritabilidade, naúseas, vômitos, sudorese, alteração do sono, pesadelos, hipotensão ortostática, ansiedade.
3.Período de abstinência moderado à absoluto (12-72h). - O pico dos sintomas ocorre entre 24-36h após o início do período de abstinência, geralmente acompanhado de: face vermelha, anorexia, taquicardia, irritabilidade, insônia, agressividade e o mais comum tremor.
- Naqueles pacientes intoxicados cronicamente, geralmente são crises únicas, em salvas ou estado de mal epiléptico. Durante as crises o EEG é anormal e tende a se normalizar após as crises.
3
Q
- O que é o delirium tremens?
- Em quem pode causar o DT?
- Como é o curso da doença?
- Qual a sintomatologia do paciente que tem DT?
- Qual o tratamento para esse paciente?
A
- É a pior sintomatologia daqueles pacientes intoxicados e o mais temido
- Nos pacientes que tiver convulsões, profunda confusão mental, ilusões ou alucinações, tremores, agitação, insônia ou sinais de hiperatividade do SNA.
- A maioria cessa espontaneamente após alguns dias, cerca de 5-15%.
- Pode evoluir com: hipotermia maligna, colapso circulatório ou complicações infecciosas.
- Monitoração dos sinais vitais, tratar a hipertemia, corrigir distúrbios hidroeletrolíticos, administrar tiamina (B1) e glicose, e administração de drogas como: barbitúricos (sedativo), benzodiazepínicos (sedativo), ácido valpróico (anti-convulsivante), haloperidol (sedativo), hidrato de coral, clordiazepóxido, paraldeído.
4
Q
- O que é a Síndrome de Wernicke-Korsakoff?
- Tem algum tipo de preferência de acometimento?
- Qual o achado do exame neurológico mais comuns para esses pacientes? Quais outros achados?
- Qual a topografia geralmente afetada por essa síndrome?
A
- É uma deficiência de B1, que apesar de ocorrer muito em pacientes alcoólatras não é exclusivo desse tipo de paciente, se trata de uma emergência médica.
- Afeta tanto homens quanto mulheres em iguais proporções.
- Nistagmo (mais comum). Outros achados paralisia do VI par do nervo craniano, e paralisia do olhar conjugado (sempre uma paralisia bilateral mas nem sempre simétrico), ataxia cerebelar e alterações mentais.
- Corpos mamilares, vermis cerebelar superior e núcleo hipotalâmico
5
Q
- O que é a psicose de korsakoff?
- Qual a incidência dessa psicose?
- O que ocorre em muitos casos desses pacientes?
A
- É um distúrbio de memória desproporcional às outras funções cognitivas, tanto anterógrada quanto retrógrada.
- Em 84% dos casos após encefalopatia de wernicke.
- Confabulações (o paciente completa sua frase de algo que não aconteceu)
6
Q
- O que é a encefalopatia hepática?
- O que pode ocasionar sintomatologicamente em um paciente com encefalopatia hepática?
- O que podemos observar no exame físico de um paciente com encefalopatia hepática?
- O que pode ser observado no EEG?
A
- São shunts portossistêmicos + incapacidade hepática de metabolização da amônia.
- Confusão mental (desde esturpor até o coma), asterixe (mioclonia negativa – dificuldade em manter). Pode evoluir com crises convulsivas focais e generalizadas.
- Reflexos de preensão + sucção, sinal de Babinski e reflexos profundos exagerados.
- Paroxismos bilaterais e síncronos de onda lenta.
7
Q
- O que é a miopatia alcoólica aguda?
- O que pode ocasionar nessa doença?
- Onde pode ocorrer?
- Como é a resolução dessa afecção? Em casos mais graves qual a possível evolução?
- O que solicitar de investigação?
A
- É o alcoólatra crônico + ingestão aguda e excessiva de álcool.
- Dor e edema muscular.
- Em 1 membro, grupamento muscular ou em todos os grupamentos, sendo que a maioria com sinais e sintomas leves da supressão do álcool.
- Cãibras em 2 dias, e edema e dores musculares em até 2 semanas, força muscular em 10-14 dias. Rabdomiólise podendo evoluir para IRA.
- CPK, DHL e mioglobinas elevadas
8
Q
O que é a polineuropatia alcoólica? Como é o seu tratamento?
A
É uma fraqueza principalmente em MMII, com parestesias em bota e luva + neuropatia autonômica, deficiência de tiamina (B1) + efeito neurotóxico e carências nutricionais múltiplas. O tratamento é feito com suplementação de vitaminas e nutrição adequada.
9
Q
- O que é a neuropatia óptica isquêmica?
- Quais fatores de risco para a neuropatia óptica isquêmica?
- Qual a clínica do paciente com essa doença?
- Como pode ser observado o exame de FO na NOIA?
- Quais diagnósticos diferencias pensar quando frente à um caso de perda de visão aguda unilateral + indolor?
A
- É o distúrbio mais comum do nervo óptico em pacientes com mais de 50 anos, em pacientes menores de 50 anos o mais comum é a neurite óptica.
- Fatores de risco cardiovasculares como: DM, HAS e DLP.
- Perda visual aguda, unilateral e geralmente indolor.
- Pode ser observado: edema do disco óptico, hiperemia com hemorragia dispersa e um disco sobrecarregado e sem cúpula.
- Neurite óptica (típica: EM; atípica: neuromielite óptica) e arterite de células gigantes (arterite temporal –> cefaleia, início tardio e claudicações de mandíbula).
10
Q
- O que é o Estado de mal epilético?
- Como realizar o manejo para o EME?
- Como realizar o manejo para o EME refratário?
A
- São crises epilépticas que duram mais de 30 minutos porém na prática começa a agir em poucos minutos.
- A partir de 5 minutos:
I. Diazepam IV (2mg/min) –> máx de 60mg.
II. PHT (Fenitoína) 20mg/kg a 50mg/min - ampola de 250mg em 250 ml de SF (1mg/ml) IV
III. PB (Fenobarbital - usado se o paciente utilizava antes ou se o paciente não tiver resposta com a fenitoína) 10 mg/kg a 100 mg/min - ampola de 200 mg em 100 ml de SF (2mg/ml) IV. - Aquele EME não solucionado com as medicações descritas anteriormente tratar com:
I: Midazolam 0,2 mg/kg/hora - 50 ml de midazolam (250mg) em 250 ml de SF (1 mg/ml) IV.
II: Dexametasona 10 mg IV.
III: Lidocaína 2mg/kg/hora - frasco de 400 mg em 100 ml de SF (4 mg/ml).
IV: IOT
V: Midazolam, pentobarbital ou propofol –> se ainda não tiver respostas = sedação + IOT.
11
Q
- Quais as causas para doença inflamatória intestinal?
- Qual a clínica do paciente com DII?
- Qual a complicação neurológica mais comum desse tipo de paciente?
- Quais outras complicações possíveis? Cite 3.
- Como é feito o tratamento desse paciente?
A
- Chron e retocolite ulcerativa.
- Diarreia, dor abdominal, esteatorreia, disenteria, perda de peso e má absorção intestinal
- TVC (Trombose venosa cerebral)
- AVCi, Polineuropatia, Miopatias.
- Sulfassalazina, corticoide e adalimumabe.
12
Q
- O que são as púrpuras trombocitopênicas?
- Qual a fisiopatologia da púrpura trombocitopênica trombótica?
- Qual sua pêntade clínica da PPT?
- Qual o tratamento para a PPT?
- Qual um diagnóstico diferencial para a PPT?
A
- São agregados de plaquetas que causam uma anemia hemolítica
- Causada por um aumento da adesividade plaquetária por deficiência da protease por clivagem do fator de von Willebrand.
- Anemia hemolítica, hiperbilirrubinemia, DHL elevada, IRA + trombocitopenia + febre + convulsões.
- Plasmaférese.
- Síndrome hemolítica urêmica (SHU), é uma forma infantil de PPT com disfunção renal grave, geralmente é precedida por uma infecção do TGI tem menor acometimento neurológico e causa mais IRA.
13
Q
- Qual a tríade clínica da endocardite infecciosa?
- Quais os patógenos mais comuns relacionados?
- Como é realizado o diagnóstico da endocardite infecciosa?
- Quais as complicações mais comuns relacionadas, cite 3?
- Como é realizado o tratamento da endocardite infecciosa?
A
- Sopro cardíaco + bacteremia + petéquias em extremidades
- Gram + (Streptococcus e staphylococcus aureus)
- Por meio de hemocultura e ecocardiograma
- AVCi, hemorragia intracraniana, hemorragia subaracnoide.
- ATBterapia IV (vancomicica, gentamicina, cefepime), embolização de aneurismas, drogas antiepilépticas em caso de crises convulsivas, anticoagulação indicada apenas para valva protética metálica.
14
Q
Qual a complicação mais relevante relacionado com a anemia falciforme?
A
AVCi (se em crianças/jovens - pensar em anemia falciforme e dissecção da carótida).
15
Q
- Qual o quadro clínico da encefalopatia hepática?
- Qual sinal pode ser observado na encefalopatia hepática?
- Qual alteração pode ser observado no EEG?
- Como é realizado o tratamento da encefalopatia hepática?
A
- Diminuição da atenção, desorientação, alterações da personalidade, inversão do ciclo sono-vigília e, em casos graves, coma.
- Asterixe (mioclônus negativo –> flapping (estereotipia de balançar as mãos).
- Lentidão generalizada e ondas trifásicas (todavia, não são patognomônicas)
- Correção dos fatores precipitantes, instituição de dieta hipoproteica, redução da absorção da amônia pelo cólon.