Tuberculose Flashcards
Efeitos adversos menores e tratamento antiTB - Provável fármaco e conduta
Náusea, vômito, dor abdominal
Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol
- Reformular o horário de administração (2 horas após o café da manhã ou com café da manhã)
- Considerar o uso de medicação sintomática
- Avaliar função hepática
Suor/ Urina de cor avermelhada
Rifampicina
Orientar
Prurido ou exantema leve
Isoniazida, Rifampicina
Medicar com anti-histamínico
Dor articular
Pirazinamida. Isoniazida
Medicar com analgésicos ou anti-inflamatórios não hormonais
Neuropatia periférica (geralmente precedida de parestesia dos pés e das mãos)
Isoniazida (comum) / Etambutol (incomum)
Medicar com piridoxina (vitamina B6) na dosagem de 50mg/dia
Geralmente alcoólatras, diabéticos e deficiência de vitamina B6.
Hiperuricemia sem sintomas
Pirazinamida
Orientar dieta hipopurínica
Hiperuricemia com artralgia
Pirazinamida / Etambutol
Orientar dieta hipopurínica e medicar com alopurinol e colchicina, se necessário
Cefaleia, ansiedade, euforia, insônia
Isoniazida
Orientar
Exantema ou hipersensibilidade de moderada a grave
Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol, Estreptomicina
Suspender o tratamento
Reintroduzir os medicamentos um a um após a resolução do quadro
Substituir o esquema nos casos reincidentes ou graves, por esquemas especiais sem a medicação causadora do efeito
Psicose, crise convulsiva, encefalopatia tóxica ou coma
Isoniazida
Suspender a isoniazida e reiniciar esquema especial sem a referida medicação
Neurite óptica
Etambutol
Suspender o etambutol e reiniciar o esquema especial sem a referida medicação.
É dose-dependente, e quando detectada precocemente, reversível. Raramente desenvolve toxicidade ocular durante os 2 primeiros meses com as doses recomendadas
Hepatotoxicidade
Pirazinamida, Isoniazida, Rifampicina
Suspender o tratamento
Aguardar melhora dos sintomas e redução dos valoes das enzimas hepáticas
Reintroduzir um a um aós avaliação de função hepática
Hipoacusia, vertigem, nistagmo
Estreptomicina
Suspender e reiniciar esquema especial sem a referida medicação
Trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia, anemia hemolítica, agranulocitose, vasculite
Rifampicina
Suspender a rifampicina e reiniciar esquema especial sem a referida medicação
Nefrite intersticial
Rifampicina
Suspender a rifampicina e reiniciar esquema especial sem a referida medicação
Rabdomiólise com mioglobinúria e insuficiência renal
Pirazinamida
Suspender Pirazinamida e reiniciar esquema especial sem a referida medicação
Transmissão da tuberculose:
Contato com partículas expelidas durante a fala, tosse ou espirros de um paciente com baciloscopia de escarro positiva
Qual o melhor reste para realizar diagnóstico de tuberculose?
Teste Rápido Molecular - Quando disponível
Qual melhor teste para acompanhar o seguimento do tratamento da tuberculose?
Baciloscopia
Qual o esquema básico de tratamento de tuberculose, na fase intensiva, em pacientes com 10 anos ou mais, preconizado pelo MS, para novos casos de tuberculose pulmonar e/ou extrapulmonar (exceto a forma meningoencefálica e osteoarticular), infectados ou não pelo HIV?
RHZE (150/75/400/275 mg - Comprimido em dose fixa combinada. Pacientes com 20 a 35 kg: 2 comprimidos; 36 a 50 kg: 3 comprimidos, e >50 kg: 4 comprimidos, durante 2 meses
Esquema básico para tratamento de TB em adultos e adolescentes ≥ 10 anos de idade
Tuberculose meningoencefálica:
Sintomas
De forma subaguda, causa cefaleia, sonolência, anorexia, fotofobia e rigidez de nunca por mais de duas semanas. Cronicamente, causa semanas de cefaleia e acometimento de pares cranianos.
Tratamento tuberculose meningoencefálica
RIPE ou RHZE (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol) por 2 meses e com RI ou RH (Rifampicina + Isoniazida) por mais 10 meses.
Tuberculose osteoarticular
Tríade:
dor lombar, dor à palpação local e sudorese noturna
Tuberculose osteoarticular:
Tratamento:
RIPE (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol) por 2 meses e RI (Rifampicina + Isoniazida) por mais 10 meses.
Quimioprofilaxia de tuberculose para RN
Recém-nascido filho de mãe com tuberculose bacilífera não deve receber BCG, mas sim isoniazida por 3 meses e realizar PPD após. Se:
- PPD < 5 mm: suspender isoniazida e vacinar com BCG
- PPD > ou = 5 mm: não vacinar e manter tratamento com isoniazida até completar 6 meses (tratamento de TB latente)
Sobre Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), qual medicação está contraindicada em pacientes vivendo com HIV em uso de inibidores de protease e dolutegravir?
Rifampicina
O que é infecção latente da tuberculose (ILTB)?
Quando uma pessoa infectada pelo M. Tuberculosis a partir de um indivíduo com tuberculose bacilífera (formas pulmonar e laríngea) e o bacilo permanece viável sem causar doença no indivíduo.
Como diagnosticar ILTB?
Prova tuberculínica (PT). Inoculação intradérmica de um derivado protéico purificado do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a eses antígenos.
O IGRA é uma alternativa.
Esquemas de tratamento para ILT (Infecção Latente da tuberculose)
2 regimes de tratamento:
1 - Regime Isoniazida: Esquema preferencial = Doses
Adultos e adolescentes ≥ 10 anos): 5 a 10 mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 300mg/dia.
Crianças (< 10 anos) = 10mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 300mg/dia
Tempo de tratamento: 6 ou 9 meses
2. Regime com rifampicina (R): preferencial em > 50 anos, crianças (< 10 anos), hepatopatas, contatos de monorresistentes à H e intolerância à H. A R está contraindicada nas PVHIV em uso de inibidores de protease ou de Dolutegravir (preferir Isoniazida). Dose:
- Adultos e adolescentes (> 10 anos): 10 mg/kg/dia até dose máx. de 600 mg/dia
- Crianças (< 10 anos): 15 (10-20) mg/kg/dia de peso até a dose máxima de 600 mg por dia.
Tempo de tratamento: 4 meses.
Todas os medicamentos deverão ser administrados em tomada única, preferencialmente em jejum (uma hora antes ou duas horas após o café da manhã).
Verdadeiro ou falso:
A busca ativa é estratégia com maior impacto no rastreamento de novos casos. Casos subagudos (> 3 semanas) e crônicos (> 8 semanas) devem ser investigados para tuberculose
VERDADEIRO
VERDADEIRO OU FALSO
O tratamento diretamente observado (TDO) é recomendável somente para casos de retratamento de tuberculose os casos de tuberculose. Consiste na observação da deglutição do medicamento e da criação do vínculo com o paciente
FALSO
O tratamento diretamente observado (TDO) é recomendável para todos os casos de tuberculose. Consiste na observação da deglutição do medicamento e da criação do vínculo com o paciente
VERDADEIRO OU FALSO:
A TB pulmonar pode-se apresentar na forma primária, pós-primária e miliar, sendo esta última uma forma grave de doença, que ocorre em 1% dos casos de TB em pacientes HIV negativos e em até 10% dos casos em pacientes HIV positivos
VERDADEIRO!
A forma miliar representa a forma disseminada da doença e apresenta como característica marcante a presença de micronódulos difusos no parênquima pulmonar. Pacientes < 2 anos não vacinados e imunossupressos apresentam maior risco de ter essa forma da doença.
VERDADEIRO OU FALSO:
Os pacientes com TB que evoluem para falência do tratamento devem ser avaliados quanto ao histórico terapêutico, adesão aos tratamentos anteriores e comprovação de resistência aos medicamentos. Estes deverão ser investigados com cultura, identificação e teste de sensibilidade, iniciando-se o tratamento específico após os resultados desses exames
FALSO!
Conforme o MS, não há necessidade de comprovar resistência aos medicamentos para constatar falência terapêutica
Qual a definição de falência terapêutica na tuberculose? (2)
1 - Persistência de baciloscipia positiva ao final do tratamento
OU
2 - Positivações após resultado negativo.
Qual objetivo de realizar cultura (identificação do germe) e teste de sensibilidade?
Orientar o tratamento
Características da tuberculose óssea (Mal de Pott ou espondilite tuberculosa):
Lesão líticas em vértebras contíguas (inclusive disco intervertebral) associadas a sintomas sistêmicos de inflamação (febre baixa, emagrecimento, astenia, etc)
Seguimento vertebral mais acometido pela Tuberculose Óssea (Mal de Pott):
1º Torácico
2º Lombossacra
Exames complementares na tuberculose óssea:
Biópsia guiada - para confirmação
Tomografia computadorizada ou ressonância magnética - auxiliam no diagnóstico (acometimento característico)
- Esquema de tratamento na tuberculose óssea:
- Tratamento em caso de abscessos, paraplegia, cifose com instabilidade da coluna.
- Esquema RIPE por 12 meses (2 RIPE + 10 RI)
Diferente dos 6 meses habituais. - Tratamento Cirúrgico
Quadro de dor vertebral com destruição de vértebras torácicas + inflamação sistêmica (febre baixa, emagrecimento, astenia), pensar sempre em:
Mal de Pott!
Conhecer os principais efeitos adversos das drogas utilizadas no tratamento da tuberculose:
Rifampicina (2): PS
Isoniazida (2): NP
Pirazinamida (2): GH
Etambutol (1): No
- Rifampicina: púrpura, síndrome gripal;
- Isoniazida: neuropatia, psicose;
- Pirazinamida: gota, hiperuricemia;
- Etambutol: neurite óptica.
Qual a reação adversa mais comum** do tratamento da tuberculose que **causa descontinuação do tratamento?
Quais as principais drogas relacionadas?
- Hepatite
- Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida (RIP)
Qual é o exame mais importante para confirmar o diagnóstico de tuberculose pulmonar?
Pesquisa de BAAR (bácilos álcool-ácido resistentes)
Sempre 2 amostras sendo a primeira sempre coletada no momento da consulta em que há suspeita.
Testes que envolvem a identificação do bacilo (4):
- Teste de escarro
- Lavado broncoalveolar
- Cultura: tem como vantagem realizar o teste de sensibilidade ao tratamento, deve ser realizado em todos os casos suspeitos em locais sem o teste rápido molecular, independente do resultado da baciloscopia.
- Teste rápido molecular
Tuberculose:
Testes complementares (não confirma diagnóstico), em que não é possível identificar de forma direta o agente etiológico (4)
- PPD/PT (Prova tuberculínica): identificar indivíduos infectados e não necessariamente doentes.
- IGRA
- Rx de tórax - avaliar extensão do acometimento pulmonar, avaliar evolução do tratamento e excluir outros dx.
- Dosagem ADA
Porque é necessário coadministrar a vitamina B6 (Piridoxina) com a Isoniazida?
Pois a Isoniazida compete com a forma ativa da piridoxina (cofator enzimático) na síntese de neurotransmissores (serotonina, noradrenalina), resultando em neurotoxicidade (neuropatia periférica, parestesias e ataxia)
Durante o tratamento de tuberculose com Isoniazida, o uso de piridoxina é recomendado em (2):
1 - Todas as gestantes para evitar crises convulsivas no RN
2 - Pacientes que desenvolveram neuropatia periférica como efeito adverso, não sendo necessária suspensão do tratamento com isoniazida nesses casos (efeito adverso menor)
Verdadeiro ou Falso:
Além da vacinação com BCG, confirmar cura dos casos é uma estratégia para melhoria dos indicadores de saúde, segundo a OMS
Verdadeiro
Tuberculose: critério para confirmação de cura
Espera-se que, ao final do segundo mês de tratamento, a baciloscopia seja negativa. Duas baciloscopias negativas na fase de manutenção, ou seja, após os 2 meses iniciais de tratamento, confirmam a cura
Tuberculose
Quais exameS devem ser realizados em contactante SINTOMÁTICO de paciente com tuberculose?
Radiografia de tórax E baciloscopia de escarro
Atenção! SEMPRE antes de investigar TB latente, excluir TB ativa!
Quais exameS devem ser realizados em contactante ASSINTOMÁTICO de paciente com tuberculose?
ASsintomático > 10 anos (1): realizar PPD, se ≥ 5mm, tratar como TB lantente. Se < 5mm, repetir em 8 semanas
ASintomático ≤ 10 anos (2): Realizar PPD e Rx de tórax. Se PPD ≥ 5mm, tratar como TB latente. Se < 5mm, repetir em 8 semanas.
Tuberculose
Na investigação de derrame pleural, há indicativo de tuberculose, se o líquido pleural apresentar:
ADA > 40 U/L, aumento de proteínas e poucas células mesoteliais.
Proteínas > 4,5 g/dL; ADA > 40 U/L; células mesoteliais < 5%.
O ADA é uma enzima secretada por linfócitos ativados e tem sensibilidade de 90% a 100% e especificidade de 89% a 100%.
Como se dá a transmissão da meningite tuberculosa, forma extrapulmonar da tuberculose?
É inexistente. A disseminação ocorre a partir de outro foco (geralmente pulmonar), por disseminação linfo-hematogênica.
Verdadeiro ou falso:
Não existe transmissão da forma extrapulmonar da tuberculose.
Verdadeiro!
De acordo com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde de 2009, recomenda-se que o tratamento de casos novos de tuberculose de todas as formas (exceto meningoencefalite), em adultos, seja feito de que forma?
Isoniazida + rifampicina + pirazinamida + etambutol por 2 meses e isoniazida + rifampicina por mais 4 meses.
Verdadeiro ou falso:
Os medicamentos anti-TB funcionam interferindo no sistema enzimático do bacilo ou bloqueando a síntese de algum metabólito essencial para seu crescimento
Verdadeiro
Verdadeiro ou falso:
Os medicamentos anti-TB funcionam interferindo no sistema enzimático do bacilo ou bloqueando a síntese de algum metabólito essencial para seu crescimento
Verdadeiro
O tuberlostático que mais frequentemente pode ocasionar neuropatia periférica como efeito adverso é:
Isoniazida
Análise do líquido pleural indicativos de tuberculose pleural: 5 critérios
- ADA > 40
- Predominância de linfócitos
- Ausência de células mesoteliais
- Aumento de proteínas (>3g/dL)
- Proteína pleural/ proteína sérica > 0,5 e relação DHL pleural/DHL sérico > 0,6 = Critérios de Light, classificando líquido pleural como exsudato