Tubas e ovários Flashcards
O que forma a mucosa da tuba?
A mucosa é formada por um epitélio colunar simples e de uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo.
Onde ocorrem a maioria das gestações ectópicas?
Na tuba
Em que parte da tuba ocorrem a maioria das gestações ectópicas?
Âmpola
Fatores de risco gravidez ectópica
1) Patologia tubária documentada (DIP), cirurgia para restaurar desobstrução tubária ou laqueadura tubária
2) História de gestações ectópicas anteriores.
3) Tabagismo
4) Idade entre 35 e 44 (pico é mais cedo, mas nessa idade há alterações hormonais que alteram a função tubária).
5) Contracepção com DIU
6) O abortamento prévio induzido farmacologicamente.
Sinais de mau presságio em gravidez ectópica
Dor na porção superior das costas, piorando com a inspiração, causada por irritação do nervo frênico (presença de sangue subdiafragmático) ou distúrbios vasomotores, como vertigem e síncope, causados por hipovolemia hemorrágica (CHOQUE).
Manejo considerado padrão ouro para gravidez ectópica
salpingectomia unilateral
Achados ultrassonográficos de salpingite
(1) tuba distendida repleta de líquido anecoico ou ecogênico;
(2) espessamento da parede tubária;
(3) septação incompleta;
(4) aspecto em roda dentada em corte transversal
Carcinoma mais frequente da trompa uterina
Metastático
Carcinoma “in situ” da tuba uterina
Neoplasia intraepitelial tubária
Neoplasia intraepitelial tubária tem relação com que mutações?
BRCA1 e BRCA2
A _______ apresenta lesões SOMENTE MICROSCÓPICAS: alteração intraepitelial das fímbrias.
A neoplasia intraepitelial tubária apresenta lesões SOMENTE MICROSCÓPICAS: alteração intraepitelial das fímbrias.
Marcadores da neoplasia intraepitelial tubária
Marcadores: p53 e MIB1 (iguais aos do carcinoma seroso ovariano e uterino)
TEORIA DOS STICS
A junção do epitélio tubário das fímbrias com o peritônio seria o local onde se desenvolve o carcinoma intraepitelial tubário seroso (STICS), o qual seria a lesão precursora do carcinoma seroso do
ovário!
Mutações associadas com carcinoma tubário
BRCA1, BRCA2, p53
O ________ é a histologia predominante nos tumores de tuba
O adenocarcinoma é a histologia predominante nos tumores de tuba
Dx clínico câncer de tuba
O diagnóstico clínico apresenta a tríade sintomática de dor pélvica, massa anexial e corrimento vaginal aquoso, quadro este descrito como hydrops tubae profluens, que é patognomônico de tumor de tuba uterina.
Que marcadores podem estar aumentados nos tumores de tuba?
CA 12.5 e CA 19.9
Carcinoma Seroso de Baixo Grau da Tuba
- Arquitetura papilar
- Células pequenas
- Baixo índice mitótico
Carcinoma Seroso de Alto Grau da Tuba
- Pouca formação de papilas
- Células grandes
- Pleomorfismo nuclear
- Alto índice mitótico
Conduta ca de tuba
A conduta se assemelha à utilizada para carcinoma de ovário, sendo principalmente cirúrgica: histerectomia abdominal total, salpingooforectomia bilateral e omentectomia, com ou sem linfonodectomia pélvica e para-aórtica
Prognóstico ca de tuba
Por ser de crescimento indolente, silencioso e de diagnóstico é frequentemente tardio, apresenta sobrevida média em 5 anos de 50%.
Do ponto de vista funcional, o ovário pode ser dividido como?
3 compartimentos distintos: folicular, cujo principal produto de secreção são os estrogênios; corpo lúteo, cujo principal produto é a progesterona e o estroma, fonte de produção dos androgênios.
Como são produzidos os cistos ovarianos funcionais?
Por disfunção hormonal durante a ovulação.
Como se subclassifica os cistos ovarianos funcionais?
cistos foliculares ou cistos de corpo lúteo
Cistos ovarianos funcionais são neoplasias?
Não são neoplasias e formam massa mais em função de acúmulo de líquidos intrafoliculares do que de proliferação celular
Como se formam os cistos foliculares?
São resultado da disfunção hormonal antes da ovulação, que resulta em expansão do centro folicular por líquido seroso e formação de cisto folicular revestido por cels da teca e da granulosa.
Características cistos ovarianos foliculares
Solitários, redondos, anecoicos, com paredes finas e
regulares, SEM trabeculações e com >3cm de diâmetro. É um folículo que cresceu mais do que um fisiológico (até 1,5cm).
Marcadores dos cistos foliculares
Marcadores: inibina e calretinina +
Histologia SOP
Múltiplos cistos, alguns íntegros e outros em degeneração, e aumento de células estromais (às custas de células da teca) com ausência de corpos lúteos. A túnica albugínea se encontra espessada, o que dificulta a expulsão dos folículos.
Cistos de inclusão cortical são considerados a possível lesão precursora das _____________.
Cistos de inclusão cortical são considerados a possível lesão precursora das neoplasias de baixo grau.
Cistos de inclusão cortical
Epitélio ovariano encapsulado por processo de cicatrização prévia, associado a ruptura de um folículo dominante durante a ovulação
_________ em geral são menores que 1cm e podem sofrer transformação neoplásica, com alterações metaplásicas que levam a formação de “epitélio mulleriano”
Cistos de inclusão cortical em geral são menores que 1cm e podem sofrer transformação neoplásica, com alterações metaplásicas que levam a formação de “epitélio mulleriano”
Líquido cor de chocolate
Endometrioma
Porcentagem de massas anexiais benignas
80 a 85 por cento
Paciente com parente de primeiro grau com câncer de ovario tem risco ___ que população geral.
Paciente com parente de primeiro grau com câncer de ovario tem risco 3x maior que população geral.
Características dos tumores anexiais benignos
Massas unilaterais, cisticas, moveis e lisas.
Características dos tumores anexiais malignos
Massas bilaterais (risco 2,6x) , sólidas, fixas, irregulares, associada a ascite , nódulos em fundo-de-saco e rápida velocidade de crescimento
As neoplasias ovarianas compreendem um amplo espectro de tumores derivados dos três componentes principais do ovário, quais são?
1) o epitélio de revestimento (65% das neoplasias)
2) as células germinativas (15%)
3) o estroma/cordão sexual (10%)
* 5% metástases de outros locais
Neoplasias ovarianas de epitélio/estroma
Seroso, mucinoso, endometrioide, de células claras, de células transicionais
Neoplasias ovarianas de cordão sexual/estroma
De céls da granulosa, tecoma, fibroma, de céls de sertoli, de céls de sertoli-leydig, esteroide
Neoplasias ovarianas de céls germinativas
disgerminoma, saco vitelínico, carcinoma embrionário, coriocarcinoma, teratoma
Qual classificação de neoplasia de ovária é a mais frequente?
Neoplasia de epitélio/estroma
Quando podemos considerar um tumor borderline?
Quando possuem atipias celulares, mas apresentam um baixo potencial de malignidade
Tumores ovarianos de epitélio mais comuns
46% são serosos, 36% mucinosos, 8% endometrióides
Tumores ovarianos de epitélio geralmente são benignos ou malignos?
Podem ser benignos (50%), malignos (35%), borderline (15%).
Neoplasia de ovário mais comum
Cistoadenoma seroso (benigno)
Marcador do cistoadenoma seroso
NÃO aumentam CA125.
Apresentam como marcador tumoral o WT1.
Carcinomas _______ em estadio avançado são raros. São tumores GRANDES, tendem a ser resistentes à quimioterapia e indicam prognóstico significativamente pior em comparação com os tumores ______.
Carcinomas mucinosos em estadio avançado são raros. São tumores GRANDES, tendem a ser resistentes à quimioterapia e indicam prognóstico significativamente pior em comparação com os tumores serosos.
Possuem superfície granulosa (aspecto em couve flor).
Tumor seroso borderline
Histologicamente, apresentam projeções papilares para dentro da luz do cisto e distinguem-se de cistos benignos por apresentarem pelo menos duas das seguintes características: atipia nuclear, estratificação do epitélio, formação de projeções papilares microscópicas, pleomorfismo celular e atividade mitótica. Caracterizam-se por ausência de invasão do estroma.
Tumor seroso borderline
Tumor seroso borderline invade estroma?
Não
Tumor seroso borderline aumenta Ca125?
Sim
Câncer de ovário mais comum
Adenocarcinoma seroso
Macroscopia adenocarcinoma seroso
Multicistos e áreas sólidas necróticas. Perde a característica de superfície lisa e brilhante (dos benignos), sendo agora um tumor granuloso ou vegetante, com contorno bocelado, irregular, e com vegetações e partes sólidas na superfície externa.
Patognomônico de de câncer seroso de ovário
corpos de psamoma (calcificações)
Microscopia câncer seroso de ovário
As células podem assemelhar-se ao epitélio das tubas uterinas (epitélio cubóide) em tumores bem diferenciados ou à células anaplásicas com atipia nuclear grave em tumores pouco diferenciados.
Mutações relacionadas ao adenocarcinoma seroso de ovário
BRCA1, BRCA2
Carcinoma seroso de ovário de baixo grau
Tumores grau 1, bem diferenciado, eventualmente associado a áreas de tumor borderline e adenoma, progressão lenta, bom prognóstico
Carcinoma seroso de ovário de alto grau
Tumores graus 2 e 3, muita atipia celular, arquitetura papilífera, , áreas em arranjo glandular, cribriforme, microcístico, sólido ou trabecular, sendo geralmente diagnosticado em estádios avançados e com evolução desfavorável
Peritônio adenocarcinoma seroso
A presença de células neoplásicas no lavado peritoneal ou na ascite está associada à menor sobrevida»_space; TEM QUE OLHAR O PERITÔNIO!!
Os carcinomas serosos podem ser divididos como?
Tipo 1 (baixo grau) e tipo 2 (alto grau)
Qual tipo de carcinoma seroso de ovário é esporádico?
Tipo 1 (baixo grau)
Qual tipo de carcinoma seroso de ovário é hereditário?
Tipo 2
Qual tipo de carcinoma seroso de ovário é mais agressivo e instável?
Tipo 2
Qual tipo de carcinoma seroso de ovário tem mutação de BRAF ou KRAS?
Tipo 1 (baixo grau)
Qual tipo de carcinoma seroso de ovário tem mutação BRCA ou p53?
Tipo 2 (alto grau)
Percursor do câncer de ovário seroso tipo 1
Tumor borderline
Percursor do câncer de ovário seroso tipo 2
STICS (lesão instraepitelial tubaria)
Carcinogênese tumor seroso de ovário tipo 1
Esporádico -> mutação BRAF ou KRAS -> Origem no epitélio superficial do ovário (Cistos de Inclusão) -> Tumor borderline -> baixo grau
Carcinogênese tumor seroso de ovário tipo 2
Familiar -> mutação BRCA ou p53 ->Altera céls nas Fímbrias (Junção Tubo Mesotelial) -> Tumor in situ (STICS) -> Alto grau
Quase 90% dos tumores de ovário produtores de hormônios são…
tumores do estroma do cordão sexual (TECSs)
Como consequência, os indivíduos com esses tumores comumente apresentam sinais e sintomas de hiperestrogenismo ou hiperandrogenismo.
Tumores do cordão sexual
Prognóstico tumores de cordão sexual
A maioria tem padrão de crescimento indolente e baixo potencial maligno. O prognóstico global dos TECSs é excelente – principalmente em decorrência da doença em estádio inicial ao diagnóstico e à cirurgia curativa.
Exemplos de tumores do cordão sexual
Tecoma, tumor de céls da granulosa, fibroma
Os tecomas são benignos ou malignos?
Benignos
Idade que se manifesta tecomas
Pós-menopausa
Clínica tecoma
Esses tumores são o que mais possuem atividade hormonal e costumam produzir estrogênio em excesso. Por essa razão, os principais sinais e sintomas são sangramento vaginal anormal ou massa pélvica. Além disso, eventualmente as céls estromais neoplásicas são luteinizadas. Metade desses tecomas luteinizados é hormonalmente inativa ou androgênica com potencial de induzir masculinização.
Os fibromas são hormonalmente ativos?
Não
Faixa etária fibroma de ovário
Perimenopáusicas e menopáusicas
Fibroma geralmente é benigno ou maligno?
Benigno
A maioria dos tumores do cordão sexual são…
Tumores das céls da granulosa
Marcador do tumor de céls da granulosa (tumor do cordão sexual mais comum)
Inibina B
Tumos de céls da granulosa geralmente são benignos ou malignos?
Malignos baixo grau indolente
Tem hiperestrogenismo no tumor de céls da granulosa?
Sim
Macroscopia tumor de céls da granulosa
Grandes, multicísticos, em geral diâmetro acima de 10 a 15 cm. A superfície frequentemente é edematosa e incomumente aderente a outros órgãos pélvicos.
Microscopia tumor de céls da granulosa
Células da granulosa com núcleos pálidos, sulcados com aspecto de “grãos de café”. O traço microscópico característico é o corpúsculo de Call-Exner – com células dispostas em forma de roseta ao redor de espaço repleto de líquido eosinofílico.
Prognóstico tumores de céls germinativas
O prognóstico é muito bom – mesmo para mulheres com doença avançada – considerando a excelente quimiossensibilidade do tumor.
Estágio ao momento do dx de tumor de céls germinativas
A maioria apresenta a doença em estádio I ao diagnóstico.
Faixa etária tumores de céls germinativas
As mulheres comumente os desenvolvem em uma idade mais jovem, adolescência ou no início da segunda década de vida.
Três características em geral distinguem os tumores malignos de células germinativas dos cânceres epiteliais ovarianos
Prognóstico mt bom (ótima quimiossensibilidade), maioria em estágio 1 no dx e geralmente afeta mulheres mais jovens (adolescentes, segunda década)
Marcadores teratoma maduro
CA125, CA 19-9, CEA
Qual teratoma é mais comum, imaturo ou maduro?
Maduro
Marcadores teratoma imaturo
Os marcadores tumorais em geral são negativos. Alfa-fetoproteína, CA-125, CA-19-9 e CEA podem ser úteis em alguns casos
Tu de céls germinativas mais letal
Tu de saco vitelínico
O pseudomixoma de peritônio está associado a qual neoplasia?
Tu mucinoso