Corpo uterino Flashcards
Camadas do útero
Endométrio, miométrio e perimétrio
Perimétrio
Camada externa, conjuntiva
Miométrio
Camada média, músculo liso
Endométrio
Epitélio escamoso estratificado não queratinizado, composto por uma camada basal e uma camada funcional (mais superficial, renovada ciclicamente e responsiva a ação hormonal)
Fases do endométrio
Proliferativa, secretora e menstrual
A que se deve as variações do endométrio?
Às variações cíclicas na secreção de estradiol e progesterona pelo ovário.
Fase proliferativa do endométrio
Quando o ovário está em fase folicular, aumenta estradiol que estimula crescimento da camada funcional do endométrio (atinge os 10 mm de espessura). Desenvolvem-se as artérias espiraladas. O estradiol também estimula a síntese de receptores para a progesterona, preparando a fase seguinte do ciclo. Nesse momento, por tratar-se de uma fase de intensa replicação epitelial, observam-se muitas figuras de mitoses na análise histológica endometrial.
Fase secretora do endométrio
Ovário em fase luteínica. Aumenta progesterona, que estimula o desenvolvimento de glândulas uterinas e a acumulação de glicogénio. O endométrio torna-se espesso, bem vascularizado e de aspecto esponjoso, preparado para acolher um embrião, caso ocorra fertilização. Na análise histológica do endométrio observa-se a presença de vacuolização celular (pela presença de muco) e tortuosidade glandular, com secreção.
Fase menstrual
Queda da progesterona -> liberação de metaloproteinases líticas da matriz -> quebra do estroma e da arquitetura vascular da camada funcional -> necrose e desagregação da camada funcional do endométrio -> constrição das artérias espiraladas (por ação das prostaglandinas produzidas localmente).
Nesse momento, observa-se na histologia a presença de edema estromal, infiltração leucocitária e trombose vascular.
Indicações de biópsia de endométrio
SUA, sang após menopausa, amenorréia há + 10 anos, infertilidade, resposta uterina à hormonioterapia, seguimento de CP com atipia glandular, espessura endometrial > 5mm na ECO TV
Causas hormonais de sangramento uterino disfuncional
Perimenopausa (diminui reserva de folículos» ciclos anovulatórios»_space; sangramento anormal); logo após menarca (folículos imaturos»_space; ciclos anovulatórios); fase lútea inadequada»_space; não produz progest; uso de anovulatórios
Causas primárias de SUA após a menopausa
<15% são por carcinoma, 50% são por atrofia
O que é adenomiose?
Aumento uterino causado por resíduos ectópicos endometriais, tanto glandulares quanto de estroma, profundamente localizados dentro do miométrio. Esses resíduos podem estar distribuídos por todo o miométrio – adenomiose difusa – ou formar um conjunto focal nodular circunscrito – adenomiose focal.
Macroscopia adenomiose
Aumento uterino global, contorno da superfície é liso e regular, sendo comum que haja amolecimento generalizado e hiperemia do miométrio. A superfície uterina seccionada tem aspecto macroscópico esponjoso com áreas focais de microhemorragia.
Microscopia adenomiose
Na microscopia pode-se observar os focos ectópicos das glândulas e do estroma no miométrio
Fatores de risco para malignidade dos pólipos endometriais
Idade, SUA, estado pós menopausa, obesidade, HAS, distúrbios hormonais associados como DM e tratamento com tamoxifeno em pacientes com câncer de mama
O que são leiomiomas?
Neoplasias benignas do músculo liso que com frequência originam-se no miométrio e possuem conteúdo considerável de colágeno. Sua incidência costuma ser citada como 20 a 25%.
Relação entre leiomiomas e hormônios
Os leiomiomas uterinos são tumores sensíveis
ao estrogênio e à progesterona . Consequentemente,
eles se desenvolvem durante os anos reprodutivos.
Após a menopausa, os leiomiomas geralmente
regridem e o desenvolvimento de novos tumores é
raro.
Morfologia leiomiomas
Em geral, os leiomiomas são tumores redondos, brancos nacarados, firmes, elásticos e que, na superfície de corte, exibem um padrão espiralado.
Histologia leiomioma
Histologicamente, os leiomiomas contêm células alongadas de músculo liso agregadas em feixes. Não costumam infiltrar, não possuem atipias e
atividade mitótica é rara, sendo um ponto-chave na diferenciação do leiomiossarcoma. Necrose e degeneração desenvolvem-se com frequência nos
leiomiomas em razão do suprimento limitado de sangue dentro desses tumores.
Quais tipos de leiomiomas mais causam sintomas?
Intracavitários e submucosos
Como surgem a maioria dos cânceres de endométrio?
Com a progressão de lesões hiperplásicas histologicamente identificáveis.
Como é definida a hiperplasia de endométrio?
Presença de espessamento do endométrio com proliferação de glândulas de tamanho e formato irregulares e aumento da relação tecido glandular/estroma.
Principal fator de risco para hiperplasia de endométrio
Estímulo estrogênico aumentado sem a ação subsequente da progesterona, o que leva a um
estado hiperproliferativo sem o antagonismo fisiológico esperado.
Mutação que aumenta risco de hiperplasia de endométrio e progressão para câncer
Mutação do PTEN
Somente as hiperplasias endometriais ______ estão claramente associadas ao desenvolvimento posterior de adenocarcinoma.
Somente as hiperplasias endometriais atípicas estão claramente associadas ao desenvolvimento posterior de adenocarcinoma.
Os adenocarcinomas endometrioides do tipo __ representam 75% dos casos. Eles são estrogênio-dependentes, de baixo grau e originam-se de hiperplasia endometrial atípica. Em contrapartida, o câncer tipo __ geralmente apresenta histologia com
células serosas ou claras, não há lesão precursora e o quadro clínico é mais agressivo. Parece ter relação com endométrio atrófico e mutação no P53.
Os adenocarcinomas endometrioides do tipo I representam 75% dos casos. Eles são estrogênio-dependentes, de baixo grau e originam-se de hiperplasia endometrial atípica. Em contrapartida, o câncer tipo II geralmente apresenta histologia com
células serosas ou claras, não há lesão precursora e o quadro clínico é mais agressivo. Parece ter relação com endométrio atrófico e mutação no P53.
Qual tipo de adenocarcinoma de endometrio é mais agressivo?
Tipo II.
Qual tipo de adenocarcinoma de endométrio é estrogênio dependente?
Tipo I.
Qual tipo de adenocarcinoma de endométrio tem relação com mutação do P53?
Tipo II.
Faixa etário do adenocarcinoma de endométrio tipo I
Pré e perimenopausa
Faixa etário do adenocarcinoma de endométrio tipo II
Pós menopausa
Hiperplasia é presente no adecarcinoma de endométrio tipo I ou tipo II?
Presente no tipo I e ausente no tipo II
Graus dos adenocarcinomas de endométrio
Tipo I baixo grau e tipo II alto grau
Invasão do miométrio dos adenocarcinomas de endométrio
Tipo I superficial e tipo II profunda
Subtipos específicos dos adenocarcinomas de endométrio
Tipo I: endometrioide
Tipo II: Seroso e de células claras
Como se gradua o adenocarcinoma de endométrio?
Em 3 graus. Grau 1: até 5% de padrão de crescimento sólido não escamoso ou não morular. Grau 2: de 6 a 50%. Grau 3: Mais de 50%.
Prognóstico adenocarcinoma de endométrio lesão de grau I.
Normalmente são indolentes, com pouca tendência à disseminação para fora do útero ou para recorrência
Prognóstico adenocarcinoma de endométrio lesão de grau II
Prognóstico intermediário
Prognóstico adenocarcinoma de endométrio lesão de grau III
Associados a maior potencial de invasão do miométrio e metástase linfonodal.
Tipo histológico mais comum de câncer de endométrio
Adenocarcinoma endometrióide (mesma coisa que tipo I)
Características adenocarcinoma endometrioide
Glândulas que se assemelham às do endométrio normal. A presença simultânea de endométrio
hiperplásico foi correlacionada com tumor de baixo grau e ausência de invasão do miométrio. Entretanto, quando o componente glandular é reduzido
e substituído por ninhos sólidos e lâminas de células, o tumor é classificado em um grau mais alto. Além disso, a presença de endométrio atrófico está
mais frequentemente associada a lesões de alto grau comumente metastáticas.
Fatores prognósticos do adenocarcinoma endometrióide
Grau, tipo histológico, invasão miométrio (> ou < 50% da espessura), comprometimento do colo uterino (mucosa x estroma)
Biomarcadores adenocarcinoma de endométrio
Rec Estrogênio e Rec Progesterona (se endometrioide); Proteínas de reparo do DNA e instabilidade microssatélite (sínd de Lynch); P53 (se tipo II).
Principais fatores prognósticos do carcinoma de endométrio
Estágio da doença e histologia (grau e tipo
histológico).
Presença de necrose auxilia no dx diferencial entre leiomioma e leiomiosarcoma?
Sim
Carcinoma endometrial seroso é p53 positivo ou negativo?
É um carcinoma de endométrio tipo 2, logo é p53 positivo
Hiperplasia endometrial é classificada como?
Simples ou complexa
O gene PTEN encontra-se mutado em hiperplasia endometrial simples?
Não
O carcinoma endometrial do tipo endometrioide é classificado microscopicamente pela FIGO em graus 1,2,3. V ou F?
Verdadeiro
O tto indicado pela WHO para hiperplasia com atipias é histerectomia total. V ou F?
V
A demarcação histologica diferencia a neoplasia endometrial intraepitelial da hiperplasia endometrial sem atipias?
Sim
Hiperplasia endometrial
Aumento do número de gland em relação ao estroma
A hiperplasia endometrial sem atipias pode estar relac a SOP?
Sim
Dx anatomopatologico mais provavel num endometrio com linfocitos e plasmocitos no estroma assoc a maturação irregular, sem outras alterações?
Endometrite cronica
Causa mais comum de SUA
Sang uterino disfuncional