TROMBOSE VENOSE PROFUNDA Flashcards
1
Q
Classificação e fisiopatologia:
A
- Classificação:
1) Distal: acomete vasos distais as veias poplíteas
2) Proximal: acomete veias poplíteas, femoral ou ilíacas (maior risco de TEP) - Fisiopatologia: tríade de Virchow:
1) Estase vascular
2) Hipercoagualibidade
3) Lesão do endotélio
2
Q
Fatores de risco:
A
- Longos períodos de estase venosa
- Cirurgias e traumas
- Obesidade
- Neoplasia
- Idade > 60a
- Tabagismo
- Estado gravídico-puerperal
- História prévia de TVP / História familiar de TVP
- Uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal
- Doença inflamatória intestinal
- Síndrome nefrótica
- Trombocitopenia induzida por heparia (TIH)
- Doenças relacionadas ao estado de hipercoagulabilidade: fator V de laiden, deficiência de proteína C e S, síndrome do antifosfolípide, mutação da protrombina, deficiência de antitrombina III, homocisteinemia
- Tipos sanguíneos: A, B e AB
3
Q
Quadro clínico:
A
- Presença de fatores de risco
- Edema assimétrico do membro s/ trauma prévio
- Dor: branda
- Aumento da temperatura local
- Dilatação de veias superficiais: passa as pelas veias superficiais já que o sistema profundo tá obstruído
- Sinais semiológicos:
1) Bancroft: dor a palpação da panturrilha ao pressionar contra a superfície óssea
2) Homans: piora da dor à dorsiflexão passiva do pé
3) Bandeira: diminuíção da mobilidade da panturrilha em relação ao lado contralateral
4
Q
Diferenciais:
A
- Síndrome da pedrada - Lesão muscular aguda:
1) Dor intensa: secundária à rotura, parece uma “pedrada”
2) Início abrupto
3) Associada à exerícios físicos - Linfangite/celulite
1) Infecção bacteriana (germes de pele)
2) Edema e hiperemia
3) Aumento de linfonodos regionais
4) Pele em casca de laranja (pequenas bolhas)
5) Porta de entrada (picadas, intertrigo micótico)
5
Q
Confirmação diagnóstica:
A
- Exame clínico - inespecífico: maioria das vezes a suspeita clínica tá errada
- Método de escolha p/ diagnóstico: USG C/ DOPPLER
1) Ausência de compressibilidade do vaso (presença de trombo) - Outras formas:
1) D-dímero: altamente sensível, porém pouco específico (bom para excluir)
2) Escore de Wells: aspectos clínicos p/ calcular um probabilidade pré-teste
6
Q
Escore de Wells (TVP):
A
- Paralisia, paresia ou imobilização recente de MI - 01 ponto
- Recentemente acamado (> 3 dias) ou cirurgia de grande porte nas últimas 4 semanas - 01 ponto
- Dor localizada em topografia do sistema venoso profundo - 01 ponto
- Edema acometendo toda a perna - 01 ponto
- Edema de panturrilha > 3cm em relação a outra perna - 01 ponto
- Edema compressível (Godet +), maior na perna sintomática - 01 ponto
- Presença de veias superficiais colaterais não varicosas - 01 ponto
- CA ativo ou CA tratado em um período de 6m - 01 ponto
- Diagnóstico diferencial + provável que a TVP - -02 pontos
7
Q
Escore de Wells - Resultados:
A
-2 a 0 pontos: baixa probabilidade (3%)
1 a 2 pontos: moderada probabilidade (17%)
3 a 8 pontos: alta probabilidade (50-75%)
8
Q
Utilizando os escore junto aos exames:
A
- Suspeita de TVP
1) Baixa ou moderada: D-dímero
2) Alta: USG c/ doppler - Resultado do D-dímero
1) Negativo: DESCARTA TVP
2) Positivo: USG c/ doppler
3) VR: 500 µg/mL até 50a (após: idade em anos x 10µg/mL) - Se serviço deponível USH c/ doppler de maneira fácil: usar na suspeita baixa ou moderada
9
Q
Outros métodos diagnósticos:
A
- Flebografia
1) Padrão-ouro pela SBCV (USG c/ acurácia parecida)
2) Invasiva (injeção de contraste iodado)
3) Difícil execucação: técnica e equipamento - TC e RM: métodos validados, mas de exceção (USG bem melhor)
10
Q
Objetivos do tratamento:
A
- Previnir extensão do trombo
- Previnir ocorrência de TEP
- Impedir a recorrência da TVP
11
Q
Condições p/ tratamento ambulatorial:
A
- Paciente estável c/ SSVV normais
- Ausência de alto risco p/ sangramento
- Ausência de insuficiência renal grave
- Capacidade de administrar a medicação e possibilidade de monitorização posterior
12
Q
Tratamento - fase inicial (primeiros 10d):
A
- Opções: HBPM, HFN, foundaparinux, DOACs (exceto dabigatrana)
- Varfarina: não pode usar isolado inicialmente (efeito pró-coagulante)
- Dabigatrana: não é recomendada como terapia inicial isolada por falta de evidência na literatura
- Recomendado: HBPM - facilidade de aplicação e de monitorização
13
Q
Medicações orais:
A
- Varfarina: inicial de 5 mg VO em jejum
uma vez ao dia - INR entre 2 e 3 - Dabigatrana: dose de 150 mg via oral de 12/12 horas
- Rivaroxabana: dose inicial de 15 mg 2x/dia por 3 semanas e depois dose de 20 mg 1x/dia
- Apixabana: 1 O mg VO 12/12 horas por 7 dias; após, a dose é de 5 mg VO 12/12 horas
14
Q
Medicações parenterais:
A
- HNF
1) Ataque: 80 UI/kg EV (alternativa: dose única de 5.000 U)
2) Infusão contínua: 18 UI/kg/h - ajustar pelo TTPA
3) TTPA alvo: 1,5-2,5 (inicial 6/6h e depois diariamente)
4) entre 3º e 5º dia: verificar plaquetas - risco de plaquetopenia induzida por heparina - HBPM:
1) Dose: 1 mg/kg 2x/dia ou 1,5 mg/kg de peso 1x/ dia
2) Aplicação: peso entre 40 a 120 e função renal normal
15
Q
Associações possíveis:
A
- HBPM + Varfarina:
1) ≥ 5 dias de HBPM + Varfarina oral conjunta no 1º dia
2) Suspender HBPM após INR 2-3 por 2 dias seguidos - HBPM + dabigatrana:
1) Uso por 5 a 10 dias de HBPM
2) Iniciar dabigatrana após um mínimo de 5-7d de heparina - Monoterapia c/ rivaroxabana ou apixabana
1) Vantagem: não utilizar medicações parenterais