Trials Clássicos Flashcards
ADAPT
JACC 2012. 1975 pacientes testando um protocolo diagnóstico acelerado (troponina normal em 0 e 2 horas + TIMI 0 + ECG normal). Dos 392 pacientes identificados por esse protocolo como baixo risco, apenas 1 (0,25%) teve um MACE em 30 dias, ou seja VPN de 99,7%. O VPP é baixo: 19%.
ADHERE
JAMA 2005: 32 mil pacientes.
Aqueles com Ureia > 92 tinham quase quatro vezes mais mortalidade que os com Ureia < 92. Aqueles com Creatinina > 2,75, ureia elevada e hipotensão sistólica tinham quase 22% de mortalidade naquele internamento.
WISE
JACC 2010. 189 mulheres de 18 a 84 anos fizeram IVUS e tiveram valor diminuído mesmo na ausência de lesões coronárias obstrutivas. Aquelas com reserva de fluxo coronário menor (<2.32) tiveram maior risco de eventos adversos.
CASS e Diamond-Forrester
CASS Circulation 1981, Diamond-Forrester NEJM 1979. Demonstraram que a dor, idade e sexo podiam predizer a existência de DAC nos pacientes.
EUROPA trial
Lancet, 2003. 13655 pacientes com DAC crônica randomizados perindopril x placebo. Houve redução de 20% no desfecho MACE com perindopril.
COMMIT trial
Lancet 2005. 45852 pacientes admitidos após IAM randomizados para metroprolol venoso (15mg e 200mg oral depois) ou placebo. A diretriz brasileira fala em redução de 13% de risco de reinfarto baseado nesse estudo. Análise mostra porém que não houve redução do risco e o risco de choque foi maior, principalmente nos pacientes com Killip II acima.
ASIST trial
Circulation 1995. 306 pacientes com DAC estável com evidências de isquemia foram randomizados para atenolol 100mg/d ou placebo. Houve diminuição significativa de episódios isquêmicas em Holters, menos incidência de arritmias ventriculares complexas, menos número de internações, IAM e CRM.
BEAUTIFIL trial
Lancet, 2008. 12000 pacientes com DAC e FEVE<40%. Ele não diminuiu mortalidade, mas no subgrupo de pacientes com FC maior que 70 houve diminuição da admissão hospitalar, infarto não-fatal e revascularização.
SHIFT trial
Lancet, 2010. 6500 pacientes com IC sintomática e FEVE < 35%, ritmo sinusal e frequência cardíaca maior que 70 para testar Ivabradina. Houve redução de 18% do endpoint primário (MACE ou admissão hospitalar) no grupo da Ivabradina, sem efeitos adversos sérios.
MASS trial
JACC 1995. Estudo brasileiro do InCor. 214 pacientes com angina estável, função ventricular normal e estenose proximal de DAC foram randomizados para tratamento clínico, cirúrgico e angioplastia por balão. Em três anos o grupo de cirurgia foi o que teve menos endpoint primário (MACE).
SYNTAX trial
New England, 2009. 1800 pacientes com doença triarterial ou de tronco para fazer CRM ou ICP (stent Taxus de 1ª geração), com seguimento de 12 meses. O risco de MACE foi maior no grupo de ICP (17,8 x 12,4) principalmente pelo aumento do risco de revascularização (13,5 x 5,9%). Morte foi igual nos dois grupos. Ao final de cinco anos (novo estudo no Lancet), no entanto, houve diferença quanto à mortalidade cardiovascular maior no grupo ICP, sem diferença na mortalidade geral. Nos pacientes com SYNTAX score > 32, CRM superior.
FREEDOM trial
New England 2012. 1900 pacientes com diabetes e doença multiarterial para CRM ou ICP com stents farmacológicos por 5 anos. MACE e morte por qualquer causa foi mais comum no grupo ICP. Os pacientes tinham SYNTAX intermediário e EuroSCORE baixo.
COURAGE trial
NEJM, 2007. 2200 pacientes com isquemia evidenciada e DAC significativa randomizados PCI x TMO. Não houve superioridade da PCI em MACE. A maioria usou BMS, não se sabe a carga isquemica, muitos pacientes excluídos, não se sabe por quanto tempo usaram Clopidogrel e não se sabe o uso de GpIIbIIIa.
BARI-2D trial
NEJM, 2009. 2300 pacientes com Diabetes e DAC cuja revascularização não era necessária urgentemente, randomizados para para ICP ou CRM (a critério do cardiologista) versus TMO. Não houve diferença entre os grupos.
CAPRIE trial
Lancet 1996. 19000 pacientes com IAM prévio, AVC ou DAOP para usar AAS (325mg) ou Clopidogrel. Houve redução do risco de eventos CV em 9% quando comparados ao AAS. Havia desfechos compostos não confiáveis e nenhum outro estudo foi realizado após esse neste mesmo sentido.
CURE trial
NEJM, 2001. 12500 pacientes com AI/IAMSSST (alterações no ECG ou nos marcadores) foram randomizados para AAS + Clopidogrel ou só AAS por 9 meses. Redução do desfecho composto MACE. O estudo mudou os critérios de inclusão no meio, não incluiu sangramento no MACE.
HOPE trial
New England, 2000. 9000 pacientes com múltiplos fatores de risco CV, mas sem falência ventricular randomizados para ramipril ou placebo. O trial foi parado por redução significativa do comosto MACE com NNT 27, inclusive na redução da mortalidade geral.
COMET trial
Lancet, 2003. 1500 pacientes com IC NYHA II-IV randomizados para carvedilol 3,125 2x ou tartarato de metroprolol 50mg duas vezes ao dia. Com follow-up de 58 meses, houve redução significativa de mortalidade e internações no grupo do carvedilol. A crítica é que deveria ter usado tartarato de metropolol 4 vezes ao dia. Desde então não se usa Seloken para este intuito.
CIBIS trial
Circulation 1994. 641 pacientes com IC FER<40% CF III ou IV em uso de diuréticos e iECAs foram randomizados para bisoprolol x placebo. Houve melhora funcional, mas sem melhora de mortalidade. O CIBIS-II do Lancet, em 1999, no entanto, reduziu a mortalidade em 44%.