Traumas e urgencias Flashcards

1
Q

Diagnóstico Urgências traumáticas do aparelho gênito-urinário

A

USG - triagem (FAST)
Urografia excretora (Substituída pela TC) - 2 mL/Kg

Tomografia com contraste - trauma fechado e ferimentos retroperitoneais - estável (padrão ouro)
Arterial: busca por sangramentos ativos
Venosa: perfusão renal
Excretora: 10 min depois da infusão do contraste - observar lesão da via excretora renal
Paciente instável = cirurgia

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2
Q

Pacientes que tem maior risco nos traumas de causar lesão renal?

A

Rins com malformação e transplante suscetíveis pois perde a proteção do retroperitônio → são os que mais sofrem com traumas renais

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3
Q

Tratamento trauma fechado

A

Grau I e II
Conservador (ESTAVEIS)e de baixa morbidade
Tto conservador (estáveis) AUA - anticoagulação

Graus III- IV- V
Traumas de alta energia
Maior parte das vezes é tto conservador desde que paciente esteja estável
Tratamentos minimamente invasivos muitas vezes evitam laparotomia
Cirúrgico apenas se desestabilizar
Grau IV
Minimamente invasivo
Grau V
Sempre cirúrgico

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4
Q

Indicações cirúrgicas relativase aabsulutas no trauma renal

A

Indicações cirúrgicas relativas
Apenas se paciente desestabilizar após tentativa com tto minimamente invasivo
Tecido desvitalizado
Trombose arterial
Extravasamento de contraste indicando extravasamento urinário
Diagnóstico tardio de lesão de artéria renal
Lesão de artéria segmentar
Impossibilidade de estadiamento completo → Indicações cirúrgicas absolutas

Indicação absoluta de cirurgia
Instabilidade hemodinâmica
Nefrectomia
Reconstrução
Hematoma pulsátil ou expansivo
Sangramento renal persistente
Avulsão do pedículo renal - quase sempre paciente chega instável
Penetrante (com lesão não exclusiva renal) - se for só lesão renal, se faz tto conervador com arteriografia

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5
Q

Tratamento endovascular (minimamente invasivo)

A

Depende de disponibilidade do serviço - dificilmente o paciente terá condição de transferência

Drenagem de complicações
Duplo J e drenagens percutâneas - podem ser feitas até 1 a 2 semana após o trauma
Resposta transitória à reposição volêmica e queda hematimétrica continua (AUA)
Embolização é melhor indicação
Controverso lesão grau IV pedículo renal (por trombose)
Trombectomias (até 12 horas) - após 12h é difícil
Stents

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6
Q

Tratamento conservador

A

Exame físico seriado
Paciente em repouso
Reposição volêmica - pequenas cotas
Dosagem hematimetria
Controle por imagem em 36-48 horas (AUA)
Após 48h o hematoma começa a sofrer fibrinólise e destampona
Febre, queda hematimétrica, íleo e distensão
Profilaxia antibiótica em caso de febre, cálculos e malformaçõe

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7
Q

Tratamento Cirúrgico

A

Sempre abordar pedículo renal e não o rim diretamente
Buscar tratamento conservador nefrorrafia e nefrectomia parcial
Complicações
Atrofia e insuficiência renal
HAS (por oclusão de artérias, ativando SRAA), fístula AV (pela lesão) e pseudoaneurismas
Infecção, abscessos e fístulas
Hidronefrose e urinomas → tratar com drenagem ou duplo J e/ou nefrostomias

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8
Q

Lesão renal iatrogenia Iatrogenia

A

Cirurgias percutâneas renais para tto de grandes cálculos - causa mais comum
Transplantados e malformações são mais suscetíveis

Acompanhamento após trauma renal
Por pelo menos 3 meses
Investigação radiológica e cintilografia
Medida seriada de PA e função renal

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9
Q

Algoritmo da associação europeia de urologia para tto do trauma renal

A

paciente que chega com suspeita de trauma renal → precisa ser avaliado após estar estável → acompanhar com exames hematimétricos (Hb e Ht) → manter hematúria estável → ir para TC → fase excretora → classificar graus de sangramento
Grau I a III sem sangramento ativo → observação
Grau IV e V sem sangramento ativo → observação + repouso + hematimetria + atb → repetir a imagem → se tiver extravasamento urinário ou voltar a sangrar → embolização ou intervenção cirúrgica

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10
Q

TRAUMA URETERAL

A

Rara
80% iatrogênicas (especialidades como GO ou urologia) e 7% penetrantes
histerectomia
cirurgias pélvicas
vasculares
ureteroscopias

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11
Q

Diagnóstico de lesão de ureter durante cirurgia

A

Deve ser feita no Intra-operatório
Não esperar o PO para fazer o diagnóstico
Na dúvida se lesou
Esvaziamento de urina
Uso de lasix (diurético)/ azul de metileno
UGE - urografia excretora no intraoperatório, também no PO - ajuda identificar o ponto da lesão
Pielografia ascendente
Injeção de contraste de baixo para cima - ajuda a identificar a lesão
Uso de duplo J prévio a cirurgia (Chou et al)
Não diminui a incidência de lesão ureteral

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12
Q

Classificação e tratamento do ureter

A

Grau I
Somente hematoma, sem desvascularização → não tem o que se fazer, no máximo duplo J
Grau II
Laceração < 50% da circunferência → pode-se usar duplo J
Grau III
Laceração > 50% da circunferência → fazer reparo no intra operatório
Grau IV
Transecção completa com < 2cm de desvascularização
Grau V
Transecção completa com >2cm de desvascularização
TRATAMENTO:
Lesões menores
Uso de duplo J
Lesões maiores 4
Ureteroureteanasmose/ transuretero
Autotransplante
Interposição de íleo/Prótese
Re-implante
Bexiga psoica e Boari
Reconstrução ureteral
Nefrostomia e abordagem em 2 tempos

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13
Q

TRAUMA VESICAL

A

Trauma fechado 67-86%
Intraperitoneal
Fundo da bexiga
Extraperitoneal - 80% fratura de bacia
Parte anterior e distal da bexiga

Diagnóstico
Dor supra-púbica
Retenção urinária
Hematúria contínua
Fratura de bacia 10-15%
Cistografia
Uro-tomografia - cistografia por TC (300 ml de contraste na bexiga via sonda)
Vantagem: Visualiza fragmentos ósseos

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14
Q

Tratamento DO TRAUMA VESICAL

A

Intraperitoneal
Reparo cirúrgico
1 ou 2 planos com fio absorvível (inabsorvível vira pedra)
Não coincidente com outras suturas ou com interposição de tecidos entre as suturas

Extraperitoneal
Sondagem vesical
Bexiga murcha permite união dos bordos da lesão
Exceções para reparo cirúrgico
Lesão complexa
Ferimento por arma de fogo
Fragmentos ósseas
Lesão do colo vesical - crianças

Trauma vesical aberto - PESQUISAR LESÕES DE OUTROS ORGÃO ASSOCIADAS

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15
Q

Trauma vesical iatrogênico

A

Histerectomia
Cesárea
Sling retropúbico para tto de incontinência urinária
RTU (ressecção transuretral) de tumor vesical
Sacrocolpopexia
TOT

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16
Q

Trauma uretra - quadro clinico

A

Uretrorragia 37-93%
Retenção urinária
Bexigoma
Ruptura de bexiga associada em 10-17%

Hematoma peniano - Uretra anterior
Contido pela fáscia de Buck (separa o penis do escroto)

Hematoma perineal - Uretra posterior
Contido pela fáscia de Colles –. asa de borboleta pelo hematoma

Próstata elevada ao toque - não confiável

17
Q

Diferença entre trauma de uretra anterior e posterior

A

Uretra posterior
Vai do colo vesical até a região do incio do corpo esponjoso
Uretra prostática e membranosa

Uretra anterior
Uretra bulbar (comprimida na queda com pernas abertas) e uretra peniana

18
Q

Diagnóstico para trauma de uretra

A

Uretrocistografia retrógrada

19
Q

Tratamento do trauma de lesão de uretra anterior

A

Pequenas lacerações, estiramento e ruptura pequenas
Sondagem cuidadosa/ cistoscopia e fio guia
Se houver micção espontânea, pode ser observado e realizar atb
Rupturas maiores, traumas penetrantes e associado fratura de pênis (desconexão da uretra por estiramento), estenose associada
Abordagem primária com reconstrução da uretra
Cistostomia e abordagem em segundo tempo
Trama a queda cavaleiro ou lesão associada a estenose da uretra
Não sondar
Cistostomia ou abordagem em segundo tempo
Perda de substância e queimaduras
Cistostomia/Uretrostomia
Reconstrução em 2º tempo

20
Q

causas mais comuns de trauma de uretra anterior

A

Iatrogênicas - maior parte das lesões
Sondagem + estenose
Instilação
Tração inadvertida de sondas com balão insuflado
Cirurgias prostáticas
Queda a cavaleiro - lesa uretra bulbar

Trauma penetrante
FAB, mulheres que atacam o parceiro

21
Q

Trauma de uretra posterior causas

A

Fraturas pélvicas - muito comum
5-10% das fraturas pélvicas
Mecanismo de guilhotina
Fratura ramo isquiopúbico
Fratura junção sacroilíaca
Diástase sínfise púbica
Traumas penetrantes
Ferimentos por projétil de arma de fogo

22
Q

Tratamento dos traumas de uretra posterior

A

Sempre primeiro tratar lesões graves associadas - estabilização hemodinâmica
Realinhamento precoce (até 2-14 dias após trauma) se paciente estável X Cistostomia (se paciente instável)
Diminui taxa de estenose
Diminui incontinência
Reduz disfunção erétil
Abordagem cirúrgica primária - abolida

Uretra posterior → Alta mortalidade associada por hipovolemia

23
Q

Trauma genital masculino

A

Fratura peniana : Ruptura da túnica albugínea durante Relação sexual
Lesão penetrante
Amputações
Distúrbios psiquiátricos e agressões
Queimaduras
Mordeduras

24
Q

Fratura de pênis

A

Durante a ereção - distensão e adelgaçamento túnica albugínea → colisão fora do orifício e dobradura do pênis, a túnica é rompida, com extravasamento de sangue do corpo cavernoso → formando Grande hematoma (pênis berinjela)
Reparo primário sempre que possível