P3 Flashcards

1
Q

Carcinoma renal mais frequente?

A

1º Variantes de células claras
2º Carcinoma de células renais: subtipo papilífero
3º Carcinoma de células renais: subtipo cromófobo

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2
Q

Alteração genética Carcinoma de células claras

A

Síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL)
Autossômica dominante
Mutação do gene VHL (posição 3p25.3 - cromossomo 3)
O indivíduo nasce com um dos alelos mutados, e quando ocorre a mutação do alelo contralateral desenvolve a síndrome:
Manifestações clínicas
Alterações vasculares de retina
Cistos pancreáticos
Múltiplos tumores corticais renais de células claras

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3
Q

O que acontece com O HIF quando há mutação do VHL

A

Quando VHL esta mutado não há destruição do HIF (Fator de hipoxia induzida) -> acumulo de HIF no citoplasma ->Vias de sinalização
↑ VEGF -> Angiogênese

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4
Q

Fatores de risco Carcinoma de células claras

A

2H : 1M
bagismo
Obesidade
HAS
Insuficiência renal crônica
Esclerose tuberosa
Síndromes familiares
Von Hippel Lindau (VHL)
Birt-Hogg-Dubbé
Carcinoma papilífero familiar
Tumores Esporádicos 95% x Síndromes Familiares 5%

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5
Q

Diagnóstico Carcinoma de células claras

A

Síndromes para neoplásicas - sintomas:
HAS
Caquexia
Perda de peso
Anemia
USG (incidentaloma) -> leva a tto precoce

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6
Q

Tríade clássica Carcinoma de células claras

A

Massa palpável (lombar)
Hematúria
Dor

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7
Q

Possíveis tratamentos para tumores corticais renais

A

Vigilância ativa
Ablação
Nefrectomia parcial -> Novo padrão ouro (antes era a nefrectomia radical) Preservação da função renal e equivalência oncológica

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8
Q

Cirurgia robótica
Vantagens no CA Renal?

A

Necessita de menor tempo de clampeamento vascular, o que possibilita:
Tempo de cirurgia menor
Menor taxa de conversão para nefrectomia radical
Menor impacto na TFG pós operatória

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8
Q

Quando se utiliza a observação vigilante no CA RENAL?

A

Tumores pequenos em pacientes mais idosos, com índice de morbidade maior e o risco cirúrgico é alto, e a expectativa de vida é baixa
* exames de imagem seriados
*análise da biópsia (fatores preditivos de crescimento e agressividade)

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9
Q

Quando é indicada a Ablação no câncer renal e quais vantagens?

A

*Radiofrequência: Agitação iônica → produção de calor por fricção → necrose de coagulação
*Crioablação: Destruição celular pelo frio

Tumor exofítico menor que 4cm
Falta de condições cirúrgicas
Rim único
Tumores renais múltiplos
Doença de Von Hippel-Lindau
Vantagens
Baixa morbidade
Preserva a função renal
Ambulatorial = < tempo de recuperação

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10
Q

SRAA - Mecanismo de síntese/ secreção RENINA

A

A mácula densa estimula a células justa glomerulares a liberarem Renina
- Macula densa detecta queda de Na
- Barorreceptores renais detectam queda pressão
- SN Simpático: estímulo de receptores beta1

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11
Q

SRAA - Mecanismo de regulação da PA

A

↓PA = ativação do SRAA (barorreceptores, SN Simpático)
Renina ->quebra Angiotensinogênio -> Angiotensina I ->ECA -> transforma angiotensina I em Angiotensina II
AngII = Vasoconstrição + ↑DC + retenção de Na e H2O = ↑ PA
AngII => ↑Aldosterona = ↑Retenção de Na e H2O = ↑ PA

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12
Q

Qual o papel da ECA?

A
  1. Converter AngI em AngII
  2. Degradar Bradicinina (vasodilatador) -> em metabolitos não ativos
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13
Q

Em quais receptores a Ang II age?

A

Receptor AT1
*Rim
Elevação da PA
Vasoconstrição das arteríolas eferentes
Contração de células mesangiais
Inibição da secreção de renina
Liberação de aldosterona
Estimula estresse oxidativo e depleta NO
Efeitos de hipertrofia e hiperplasia nas céls. musculares lisa, fibroblastos, células mesangiais, interação com fatores de crescimento
*Coração
Síntese de matriz extracelular e hipertrofia cardíaca
Aumenta a resposta inotrópica cardíaca
*Sistema nervoso
Potencializa a transmissão simpática
Estimula a liberação de catecolaminas (norepinefrina e epinefrina)

Receptor AT2
Vasodilatação discreta, mas consegue contrabalancear AT1 (anti-hipertensivo)
Anti-proliferação
Anti-hipertrofia

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14
Q

Explique a patogenicidade da liberação continua de AngII?

A

*AngII -> vasoconstrição eferente renal via AT1 -> ↑Pressão intraglomerular -> longo prazo leva a lesão da membrana de filtração por comprometimento do arranjo das nefrinas -> proteinúria
O comprometimento da integridade da MFG a longo prazo ->inflamação ->fibrose ->remodelamento -> perda de função renal
*AngII-> promove estresse oxidativo-> ↑espécies reativas que se combinam com No liberado pelo endotélio -> peróxinitrito -> ativa NF-kappa-Beta que promove remodelamento e proliferação da estrutura vascular

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15
Q

Objetivo terapêutico de fármacos que inibem SRA?

A

reduzir a proteinúria = ↑TFG

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16
Q

Fármacos iECA

A

3 famílias
*Sulfidrila (captopril)
Tomado + de 1x ao dia (meia vida mais curta)
Ingerido apenas em jejum
Antiácidos adm junto reduz sua disponibilidade oral

*Dicarboxila (Enalapril, ramipril, quinapril, lisinopril)
Podem ser ingeridos junto com comida
1/2 mais longa - 1 x ao dia

*Fósforo (Fosinopril)
Pode ser consumido com comida
Meia vida mais longa

Se houver intolerância ao IECA-> Recomendação é trocar por BRA
Ações:
Diminuição da angiotensina II
Aumento dos níveis de bradicinina e NO
Diminuição de aldosterona e de fatores pró-fibróticos
Aumento do fluxo sanguíneo renal
Previne a hipertrofia glomerular

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17
Q

Intolerância ao IECA

A

Tosse + prurido/ vermelhidão + angioedema
Se apresentar apenas 1 sintoma já considera trocar medicamento

Bradicinina =tosse e vasoconstrição

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18
Q

Ação do iECA?

A

IRC (nefropatias congênitas e diabetes)
inibição da ECA -> diminuindo angiotensinogênio e angiotensia II -> aumenta a Bradicinina -> maior vasodilatação, diminuição da resistência vascular periférica e queda da PA-> melhor perfusão renal, mas dependendo de NO, o que depende de endotélio vascular íntegro (difícil na HAS e DM)

Diminuição de angiotensina II
Redução da descarga do SNS
Redução da sobrecarga cardíaca
Redução na reabsorção de Na+ e água

Diminuição da aldosterona
Redução na reabsorção de Na + e água
Redução do remodelamento cardíaco

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19
Q

Aplicação terapêutica da iECA

A

HAS
IRC (nefropatias congenitas e diabetes)
Hipertrofia ventricular esquerda
IC
Remodelamento vascular e ventricular
Prevenção de reinfarto e eventos coronarianos

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20
Q

Explique a Hiperpotassemia na vigência do uso de iECA?

A

IECA reduz angiotensina II e aldosterona, o que diminui reabsorção de Na e excreção de K → aumento do K plasmático

Evitar associação com BRA, DIU poupador de K (espironolactona), beta bloqueador
- BB: bloqueio do receptor beta-1 nas células justaglomerulares-> ↓renina -> bloqueando SRAA (hipercalemia)

Na IC se associa esse fármacos em doses mais baixas e controlando a potassemia

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21
Q

Contra indicação da iECA?

A

IRA
Estenose bilateral ou unilateral da artéria renal
Gestação - Teratogenicidade

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22
Q

O que acontece se usar iECA na estenose de artéria renal?

A

Estenose-> diminui fluxo sanguíneo renal -> reduz TFG-> ativação do SRAA -> vasoconstrição eferente -> aumento da TFG
Neste caso a SRAA esta mantendo a TFG, se usar iECA redução na perfusão renal -> redução da TFG -> queda da função renal

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23
Q

Mecanismo de ação do BRAs

A

Bloqueadores de receptores de AT1 da Angiotensina II -> mais Ang II se liga a receptores AT2 ->ação hipotensora

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24
Ações dos BRAs
Aumento do fluxo sanguíneo renal - Prevenção da hipertrofia glomerular Manutenção da angiotensina II, que atua nos receptores AT2 - Redução da descarga do SNS - Vasodilatação - Redução da sobrecarga cardíaca - Redução da reabsorção de Na+ e água Diminuição da aldosterona - Redução da reabsorção de Na+ e água - Redução no remodelamento cardíaco - Diminuição de fatores pró-fibrótico - Prevenção da hipertrofia glomerular Ativação de receptores AT2 -Ação anti-proliferativa, discreta ação natriurética e hipotensora
25
Principais fármacos BRAs
Losartana Biodisponibilidade oral = 33%, com pico em 1 hora Meia vida = 2h Metabólito ativo: ácido 5-carboxílico 10 a 40x mais potente Meia vida de 6 a 9h CYP2C9 e CYP3A4 Valsartana Maior afinidade pelo AT1 Não tem metabólito ativo Candesartana cilexetila (pró-fármaco) Afinidade pelo AT1 80x maior que a Losartana Possui metabólico ativo Ação mais longa
26
iECA e BRA são contra indicados em quais situações
IRA, estenose renal e gestação
27
Porque é contraindicado a associação de iECA e BRA com AINES?
Redução da TFG
28
Entresto (Valsartana + Saubitril), qual mecanismo de ação?
Sacubitril (inibidor de neprilisina) Neprilisina inibida aumenta concentração de peptídeos natriuréticos A, B e C, que são cardio e nefroprotetores Valsartana (BRA) Usado para IC
29
Mecanismo de proteção renal promovidos pelos IECA e BRAS
Ao diminuírem a pressão capilar glomerular-> ocorre a diminuição da passagem de albumina pela barreira de filtração (melhora a permeabilidade)-> diminuindo a exposição mesangial a fatores de agressão ou de estimulo de proliferação. Além disso, a redução na produção de Ang II diminui fatores de crescimento -> diminuindo a fibrose
30
Explique porque um dos efeitos adversos mais importantes do iECA ou do BRA é a hipercalemia
Ativação do SRAA ->ação da Aldosterona é reabsorção de agua e sódio e excreção de potássio. Com a ação de iECA, BRA, BBloq a atividade da aldosterona é inibida é o potássio deixa de ser excretado -> hipercalemia -> insuficiência renal aguda OBS: hipercalemia altera a permeabilidade das células a glicose
31
Alisquireno = inibidor direto da renina (principais informações)
Reduz atividade plasmática da renina -> bloqueando SRAA no inicio ADM oral - Baixíssima biodisponibilidade 2,6% (pode ser adm com refeição, mas não gordurosas). Metabolizados pela CYP 3A4 Contraindicado: IRA, estenose renal e gestação Efeitos adversos: hipercalemia, hipotensão Não deve ser adm com DIU poupador de K/ diminui biodisponibilidade da furosemida/ eleva ureia quando adm junto HCTZ
32
Associações discutidas
*BRA-IECA = na ICC com doses muito baixas e com muito critério para hipercalemia *Alisquireno + BRA ou IECA → todos bloqueiam o SRAA →Baixa perfusão glomerular → queda na TFG, complicações renais (IR, falência renal e hipercalemia) = principalmente pct DM *Alisquireno + Tiazídico - questionável no idoso = queda da função renal *Alisquireno + BCC - questionável no idoso = queda da função renal
33
Cuidados com iECA e BRA e Alisquireno em relação a contrastes
Cuidados específicos para pacientes na DRC - as medicação deveriam ser suspensas temporariamente nos casos de exames contrastados/ melhor seria poder fazer exame sem contraste
34
Contraste iodado - quais cuidados?
Indicações ao se realizar exame contratado - Hidratação pré e pós exame contrastado - Suspensão temporária dos medicamentos anti hipertensivos e medicações para doenças cardíacas Prevenção Hidratação Usar MC com baixa osmolaridade Evitar uso concomitante com fármacos nefrotóxicos Antioxidantes (N-acetilcisteína)? Evitar múltiplas exposições
35
Contraste gadolíneo - - quais cuidados?
O gadolínio não é nefrotóxico - mas para pacientes nefropatas, que não consigam excreta-lo → gadolínio circulante → ativação do sistema imune → macrófagos fagocitam o gadolínio + liberação de interleucinas e formação de tecido cicatricial → Fibrose sistêmica do Gadolínio que se deposita nas articulações (perda de mobilidade), tórax e diafragma causando dor e limitação funcional e é irreversível = Fibrose sistêmica nefrogênica
36
Quais fatores de risco para Fibrose sistêmica nefrogênica e Nefropatia induzida por contrastes?
Fatores de risco Insuficiência renal aguda associada a insuficiência hepática Transplantados renais ou hepáticos e com doença renal Paciente em hemodiálise ou diálise peritoneal Cuidados pré exame em pacientes de risco Seguir protocolo institucional Hidratação pré e pós: SF 0,9% 12 horas antes (100ml\h) e 12 horas após exame DM - suspender metformina 48h antes e só reiniciar 48h após
37
Principais Fármacos nefrotóxicos
*AINES → ↓ liberação de PG → ↓vasodilatação das artérias renais → isquemia renal → ↓perfusão renal *Opióides = AINES *Estatina + fibrato tto do colesterol *Alguns ATBs = Aminoglicosídeos / Macrolideos / Tetraciclinas *Antifúngicos = Anfotericina / Fluconazol Hipotensores= IECA /BRAs /Alisquireno /Diuréticos Vasodilatadores DIU = Espironolactona Tto DM= Glibenclamida/ Metformina / insulinas
38
Definição de Doença renal crônica
Dano renal por 3 meses ou mais com marcadores: - Excreção urinária de albumina de ≥30 mg/dia (> 3meses) - Elevação da creatinina> 1,3 ou Filtração glomerular < 60 mL/min/1,73 m² por 3 meses ou mais
39
Estágios da DRC
Estagio O -> grupo de risco (AF DRC, transplantados) Estagio 1 -> TFG >90 ->Lesão renal inicial -> proteinúria, hematúria, poliuria por incapacidade de concentração da urina >1,5 L/dia Estagio 2 -> TFG 60 a 89 ->IRC leve (nocturia, poliuria, edema, HAS, anemia) Estagio 3-> TFG 30 a 59 -> IRC moderada ou laboratorial -> anemia, HAS, edema, retinopatia, miocardiopatia (MAIOR TAXA DE MORTALIDADE) - 3a - FG< 60 mL/min - 3b - FG < 45 mL/min Estagio 4 -> TFG 15 a 29 -> IRC grave -> alta mortalidade -> Oligúrico (<600ml/24hs), hipopotassemia e com acidose metabólica Estagio 5 -> TFG < 15 ou dialise -> falência renal, altas tacas de Cr e Uremia
40
Principais etiologias que levam a DCR
Diabetes, HAS (sempre nos dois primeiros lugares) e Glomerulonefrite crônica são as principais causas de IRC Aumento importante da incidência de diabéticos no mundo → causa importante de doença renal crônica Outras: tumores, doença renal policística, doenças intersticiais, agenesia, malformações, hipoplasias, síndrome nefrótica congênita, rim policístico congênito, nascimento com 1 rim, esclerose dos glomérulos
41
Prognostico na DCR
Estagio 1 = tratamento das doenças de base, diminuir risco CV, Estagio 2 = Estimar progressão Estagio 3 = Avaliar e tratar complicações Estagio 4 = Prepara para diálise e TRS Estagio 5 = TRS se uremia presente
42
Teoria do néfron intacto
Explica as fases da doença renal Permite explicar a importância da TFG como uma medida da função renal remanescente. Cada néfron funciona como uma unidade independente, de modo que a soma da função de todos os néfrons remanescentes determina a TFG de todo o rim, ou seja, a estimativa mais precisa da função renal.
43
Reserva funcional renal?
É a capacidade de aumentar a filtração glomerular quando houver necessidade para se manter estáveis o nível e líquidos, eletrólitos, excreção de metabolitos, PA, e etc. A medida que diminui o numero de nefrons a reserva funcional também diminui, assim cada nefron passa a trabalhar mais -> esclerose precoce -> ciclo da DRC
44
Alterações cutâneas DRC (estágio 5)
Cor da pele - amarelo palha/ ouro (diminuição da excreção dos metabólitos de melanina, os urocromos) Prurido - pele ressecada (pela deposição de fosfato de cálcio no subcutâneo) Palidez - depende do grau de anemia (corrigir com eritropoetina)
45
Anemia na DRC (estágio 5)
* Diminuição da eritropoietina (produzida nos rins)→ diminuição de estímulo à medula óssea → anemia normocítica e normocrômica: fadiga, astenia, apatia, tendencia a sangramentos - Tendência a sangramentos Devido à menor agregação plaquetária Agregação plaquetária ocorre pelo ácido guanidino succínico, que inibe o fator III intraplaquetário Hematócrito baixo: 22-25% (anemia) Redução do fator VIII (endotélio) - mais prevalente na forma monomérica ao invés de multimérica, disponibilizando menor superfície de contato com as plaquetas TTO: Eritropoietina humana recombinante 80-160 u/Kg/semana Iniciar com Hto < 30% Manter hematócrito 33-36% e Hemoglobina 13-9 Aporte de ferro se ferritina sérica < 200 ng/mL
46
Síndrome cardiorrenal na doença renal crônica
Doença cardíaca aguda (IAM) → injúria renal aguda Cardiopatia crônica → redução da perfusão renal (redução da filtração) Doença renal aguda → afeta coração (edema agudo de pulmão, miocardiopatia crônica) Doença renal crônica → Aumento da massa ventricular esquerda Doença renal crônica e do coração simultaneamente contribuindo uma para a outra - Fatores de risco: HAS, ↑LDL, ↓HDL, DM, Tabagismo, - Fatore de risco adicionais: proteinúria, ativação SRAA, sobrecarga de volume, anemia, desnutrição
47
Diminuição da efetividade bomba NA/K/ATPase na DRC
Diminuição da efetividade bomba NA/K/ATPase -> hiperpolarização da célula = diminuição da velocidade de condução nervosa -> ↑Na intracelular = turgidez das hemácias = ↓ meia vida -> ↓K intracelular = ↓ conversão da pro insulina me insulina ativa = resistência insulínica por insulina ineficiente -> ↓K intracelular = ↓ atividade de lipases lipoprotéicas -> menos glicose intracelular e maior Beta-oxidação = ↑formação de AGL = ↑ triglicérides e LDL = ↑risco CV -> NA/K/ATPase gera 70% do calor do corpo = menos resistência ao frio
48
Risco cardiovascular na DRC ligado a dislipidemia
Paciente renal crônico tem mais risco cardiovascular Ideal manter LDL e TG mais controlados HDL < 40 mg + TG > 180 → demonstra certa resistência insulínica e deve dar fibrato para diminuir
49
Hiperpotassemia na DRC
O K esta ↓ intracelular e ↑ extracelular -> ECG: bradicardia, alargamento do QRS, onda T aumentada e apiculada -> pode levar a PCR e Assistolia TTO Gluconato de cálcio EV Correção da acidose Glicose com insulina Inalação com beta-adrenérgico Hemodiálise - é o mais efetivo
50
Pericardite urêmica na DRC
Dor precordial que melhora na posição genupeitoral Atrito pericárdico é palpável e audível ECG com concavidade para cima (parece miocardiopatia chagásica) Pode evoluir com tamponamento cardíaco Diminuição da condutividade elétrica
51
Alterações do TGI na DRC
Aumento da ureia e creatinina causa anorexia, náusea e vômito (pode levara a desnutrição) Gastrite alcalina ->a ureia em excesso no sangue extrapola para luz gástrica -> reage com HCl -> forma cloreto de amônio -> alcalinizante
52
Alterações endócrinas na DRC
* Resistência periférica à insulina * Hipoglicemia por não conseguir elimina-la * Diminuição do GH e redução da somatomedina * Perda do feedback FSH-LH (estrogênio/ testosterona) = infertilidade, diminui libido * Aumento da produção de PTH = osteopenia/osteoporose
53
Alteração do metabolismo do cálcio e suas implicações na DRC
-> retenção de fósforo (hiperfosfatemia), como o produto (Cálcio X fósforo) é constante, o cálcio tende a valores mais baixos -> aumento da produção de PTH pelas paratireoides -> retira cálcio do osso -> comprometimento da massa óssea por reabsorção excessiva de Ca ->Diminuição de hidroxilação da forma ativa da VitD -> diminui a absorção intestinal de Ca Ocorre uma redução da massa óssea (osteodistrofia) e aumento da calcificações metastáticas no tecido vascular ou articulações por deposição de fosfato de cálcio (devido ao fosfato elevado com o cálcio baixo) - estágios 4 e 5 Produto Ca x P: tolerável até 55 em paciente em diálise, mas quanto maior, maior o risco relativo por mortalidade por DCV Pacientes transplantados q tinham a paratireóide muito aumentada (glândula autônoma), podem persistir com o hiperparatireoidismo (hiperparatireoidismo terciário) causando hipercalcemia com função renal normal; nessas situações pode ser indicado paratireoidectomia. Ca: 9,2 a 9,6 mg P: 2,5 a 5,5 mg Ca x P < 55 PTH: 110 - 480
54
Tratamento da IRC
- TTO conservador = tratar comorbidades Diminuição da proteinúria Dieta pobre em proteínas Restrição hídrica e de potássio Correção da acidose metabólica - diminuir efeito da acidose Correção da anemia Vitamina D e sais de Cálcio (quelantes de fósforo) Perfil lipídico Limitar uso de drogas nefrotóxicas (anti-inflamatório, antibióticos) Diálise peritoneal Hemodiálise Estágio V - filtração < 15 mL/ min Diálise: peritoneal ou hemodiálise Transplante renal → maior qualidade de vida (pode até reverter a infertilidade) - doador vivo ou cadáver (em média dura 10 anos depois retorna à diálise) Preemptivo: aquele que é feito antes de o paciente entrar em hemodiálise
55
Classificação da Hipertensão Arterial Sistêmica
Normal - longevidade = PAS< 120 PAD < 80 Pré Hipertensão = PAS 120-139 PAD 80-99 Grau I = PAS140-159 PAD 90-99 Grau (grave) II = PAS > 160 PAD > 100
56
Causa de HAS
1. Hipertensão essencial (primária) = influencias genéticas e ambientais (não secundaria a uma doença) 2. Secundaria = nefropatia é a causa mais comum, renovascular, coarctação da aorta, doenças endócrinas (Cushing, FEO, Hiperaldosteronismo primário)
57
Hipertensão renovascular (HAS secundária)
Estreitamento de uma das artérias renais (malformação, placa de ateroma)-> diminuição do desenvolvimento renal obstrução de artéria renal → rim atrófico e ativação de SRAA → acometimento renovascular Critérios complementares: - Diferença de tamanho renal = rim acometido e o normal deve ser > 0,5 cm - UGE: urografia excretora: aplicação de contraste com atraso no parênquima do rim afetado - Resposta iECA: Resposta muito boa ao iECA no rim afetado?? - Cintilografia DTPA, DMSA: ambas medem a função renal (TFG) e tamanho renal, hipofluxo e lentificação na eliminação
58
Hipertensão renovascular (HAS secundária)
Estreitamento de uma das artérias renais (malformação, placa de ateroma)-> diminuição do desenvolvimento renal obstrução de artéria renal → rim atrófico e ativação de SRAA → acometimento renovascular Critérios complementares: - Diferença de tamanho renal = rim acometido e o normal deve ser > 0,5 cm - UGE: urografia excretora: aplicação de contraste com atraso no parênquima do rim afetado - Resposta iECA: Resposta muito boa ao iECA no rim afetado?? - Cintilografia DTPA, DMSA: ambas medem a função renal (TFG) e tamanho renal, hipofluxo e lentificação na eliminação Tratamento: correção com stent/ autotransplante
59
Hipertensão Arterial Secundária: causas endócrinas
Hiperaldosteronismo primário Hipertrofia da camada glomerulosa da córtex da suprarrenal → aumento de aldosterona (independente de renina) → poliúria, fraqueza, câimbras, hipocalemia (ausência de edema) Renina baixa Dosagem de aldosterona no sangue e urina Exame de imagem: hipertrofia ou nódulo no córtex suprarrenal Tratamento: cirurgia Feocromocitoma Adenoma na camada medular com nódulo da suprerrenal → aumento da produção de catecolaminas pelas célula cromafins Sexo masculino, 5-25 anos Clínica: paroxismos (taquicardia, palidez cutânea), hipotensão postural em intervalos de crises hipertensivas (receptores de catecolamina levam à vasoconstrição) Catecolaminas aumentadas - sangue e urina Tratamento: cirurgia Outras doenças - procurar por estigmas clínicos: Aldosterona provém da síntese do colesterol Produção de estrógeno e testosterona é via que ocorre nas gônadas e nas suprarrenais Importância das enzimas 17 alfa hidroxilase e 11 beta hidroxilase na HAS infantil quando estão deficitárias Hipertireoidismo, hipotireoidismo Acromegalia, hiperparatireoidismo Cushing, etc Causas de aumento da aldosterona Deficiência de 17alfaOH → aumento de aldosterona e diminuição de hormônios sexuais → hipertensão + infantilismo sexual (não adquire os caracteres sexuais secundários) Deficiência de 11betaOH → diminuição da produção de cortisol e desvio para a produção de estrógeno e progesterona → hipertensão + virilização, puberdade precoce, caracteres sexuais surgem precocemente Síndrome de Liddle (pseudohipoaldosteronismo) Canais de Na e K dos túbulos coletores distais não dependem da aldosterona → se houver aumento da produção desses canais, há aumento do volume com hipocalemia, mas baixa renina e aldosterona não aumenta → há bloqueio da HA com amiloride (bloqueia canais de Na e K do túbulo distal) Comportamento igual ao do hiperaldosteronismo, mas com níveis hormonais normais
60
Hipertensão Arterial essencial
Quadro: Insidiosa, Cefaleia, epistaxe, tinitus (barulho no ouvido), síncope, Escotoma Principais órgãos sobrecarregados = coração, rins e SNC Pressão arterial sistólica está mais relacionada com DRC Pressão arterial diastólica está mais relacionada com AVC e infarto
61
Mecanismo de regulação da volemia e da PA e fisiologia da HAS essencial
Aumento da ingestão de sódio → causa sede → aumento do volume extracelular → aumento da PA, pois aumentou volemia → aumenta perfusão renal → diminui ativação do SRAA → diminui retenção de sódio e água → volume extracelular volta ao normal → normalização da PA HAS essencial há uma elevação da PA sem que haja aumento da volemia → para eliminar o mesmo volume e quantidade de Na e agua o hipertenso precisa de uma pressão de perfusão maior na arterial renal → lesão vascular e isquemia
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Qual a relação dos filhos de pais diabéticos com e sem nefropatia com a HAS?
- Predisposição genética de filhos de pais diabéticos com nefropatia a terem hipertensão e albuminúria, maior do que em filhos de pais diabéticos sem nefropatia - Prevalência de hipertensão maior em pais de crianças com glomerulonefrite
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Fisiopatologia HAS essencial - Lesão vascular
fluxo pulsátil que se propaga dos vasos maiores aos menores com maior pressão → lesão do endotélio vascular → chegada de plaquetas e fatores de crescimento, processo inflamatório→ indução de espessamento da parede do vaso
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Fisiopatologia HAS essencial - Espessamento dos vasos
Fluxo pulsatil que se propaga com maior pressão → lesão do endotelio →espessamento do vaso→ diminuição da superfície interna do vaso → maior pressão → danos a médio/ longo prazo Espessamento as custas: -> hipertrofia (aumento do tamanho da camada muscular) -> hiperplasia (aumento da celularidade) -> hiperploidia de camada muscular (aumento da quantidade de material genético)
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Fisiopatologia HAS essencial - diminuição do tamanho do rim
a medida que a HAS essencial progride os rins vão diminuindo → rim contraído primário com superfície irregular menos de 10-12cm Biópsia: espessamento de vasos e atrofia isquêmica do parênquima
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Fisiopatologia HAS essencial - Alterações de fundo de olho
Espessamento dos vasos levam a alterações de fundo de olho: *Hemorragia em chama de vela (acompanha parede do vaso) *Cruzamentos patológicos *Exsudatos algodonosos ou exsudatos “duros” na retina
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Fisiopatologia HAS essencial - resistência periférica - IRC
Espessamento de vasos → hipoperfusão renal → ativação do SRAA → tentativa de manutenção da TFG → diminui FPR (fluxo plasmático renal) pela vasoconstrição da arteríola eferente → aumenta FF (fração de filtração) = FG/FPR → microalbuminemia, diminui reserva funcional (menor quantidade de néfrons remanescentes), nefroesclerose (cicatrização do parênquima renal) → evolução da DRC Aumento de vasoconstritores: SRA, SNAS (tentativa de aumentar perfusão renal), Endotelina (mais potente vasoconstritor) Diminuição de vasodilatadores: NO, FAN (fator atrial natriurético)
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3 componentes de IRC
Atividade simpática aumentada Aumento da endotelina Ativação do SRAA
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HAS essencial = genótipo + meio ambiente
Genótipo: quantidade de néfrons, produção de ANF, gene ACE, canais de Na Meio ambiente: *Sal: quanto maior o consumo de sal maior a prevalência de HAS *Fumo: nicotina aumenta catecolaminas -> aumenta tônus vascular, FC e PA * Café: * Álcool: doses > 35g/dia ->poliúria -> inibição do ADH -> diminui a volemia -> aumento da descarga simpática -> hipertensão * Obesidade: aumento de insulina → descarga simpática para diminuir a hipoglicemia → aumento da PA Insulina aumentada → aumenta a reabsorção tubular de sódio *Atividade física: aumento da PA e FC para manter perfusão de maneira fisiológica
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Hipertensão maligna
Características Perda de peso Palidez cutânea - pela vasoconstrição cutânea Pad > 114 mmHg Proteinúria + hematúria leve → lesão vascular é muito rápida Perda rápida de função renal Edema de papila: indicativo de edema cerebral → emergência hipertensiva Aumento da creatinina Vasoconstrição sistêmica Exame anatomopatológico Necrose fibrinóide Arteriolonecrose, arterioloesclerose Pontilhados hemorrágicos na superfície do rim - às vezes não deu tempo de diminuir o tamanho do órgão como no rim contraído primário, ou mesmo já deu, caso não seja HAS recente, mas que piorou muito Tamanho normal do órgão, pois o quadro é tão agudo que não deu tempo de diminuir, diferente do rim contraído primário Hipertrofia em casca de cebola
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Quais são os tipos e as principais causas de incontinência urinaria feminina?
- Incontinência urinaria de esforço: associada a um esforço, exercício, tosse sem desejo miccional - Incontinência urinaria urodinamica: perda involuntária d urina quando há aumento da pressão abdominal na ausência de contração detrusora (a uretra não consegue se manter fechada) - Bexiga hiperativa: síndrome de urgência miccional aumento da frequência diurna ou noturna - Incontinência mista: incontinência aos esforços + incontinência por urgência *CAUSAS: Idiopática ou secundária (infecção urinária, endometriose, cirurgia prévia, prolapso de órgão pélvico, mas principalmente neurogênica - AVC, Parkinson, EM
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Classificação das Incontinências urinarias femininas
1. Perda Ureteral - Causa ureteral: IUE * hipermobilidade ureteral ou * ins. esfincteriana intrínseca - Causa vesical: * bexiga hiperativa ou * baixa complacência 2. Perda extra ureteral: - Fistulas - Ureter ectópico *Hipermobilidade uretral: sairia da cavidade abdominal durante o esforço e a pressão abdominal seria transmitida para bexiga e não uretra - hoje se sabe que não é causa de incontinência, apenas um fator prognóstico Insuficiência esfincteriana intrínseca: uretra fixa e aberta em repouso Contrações involuntárias do m. detrusor = hiperatividade detrusora - diagnóstico urodinâmico BH é diagnóstico clínico
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Fisiologia e Anatomia da Continência
Fatores anatômicos Ligamentos, Fáscias, Inervação Músculos (principalmente o m. pubovisceral, mas também M. pubococcígeo, M. iliococcígeo) - devem contrair adequadamente e estar íntegros e inervados Órgãos pélvicos (posicionados adequadamente, para que mecanismos de vetores antagônicos com acotovelamento da uretra funcione) Fatores funcionais Estabilidade vesical - não pode haver contrações involuntárias - na bexiga hiperativa com incontinência de urgência, contrai-se esfíncter estriado e bexiga contrai também ao invés de relaxar Complacência vesical - elasticidade Coordenação vesico-uretral - dada pela ponte - quando bexiga contrai, esfíncter precisa abrir Esfíncter uretral - m. estriado e liso Mecanismo de continência: Teoria Integral, de Petros e Ulmsten = a contração do levantador do ânus (principalmente do ramo pubovisceral) puxa o canal anal, terço distal da vagina e uretra em direção ao púbis (vetor de força horizontal e anterior). Quando o músculo longitudinal do ânus (e platô do levantador) contrai ele horizontaliza a bexiga, os dois terços proximais da vagina e o reto para trás e para baixo (vetor de força posterior e oblíquo). Esse equilíbrio de forças provoca um mecanismo de alavanca, provocando um acotovelamento da transição do reto com o canal anal, do terço distal da vagina e da uretra, fechando-os → tais estruturas ficam colabadas
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Diagnóstico (incontinência de esforço e bexiga hiperativa)
- Feito com base nos sintomas + exame físico (posição ginecológica pede-se para tossir: *perda de urina na tosse = IUE *sem perda ao tossir, mas perde de urina ao colocar o pé no chão = BH - Se necessário Estudo Urodinamico: pré operatório ou suspeita de BH secundaria - Manobra de Valsava: forma de medir a pressão que faz com q haja perda de urina
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Tratamento da IUE e BH
Tratamento da IUE 1ª linha Fisioterapia + sling de uretra média (RP ou TO) - RP (retropúbico) ou TO (transobturatório) Tratamento BH (bexiga hiperativa) 1ª linha Medidas comportamentais: emagrecimento, cessação do tabagismo, diminuição do excesso de cafeína Fisioterapia 2ª linha Anticolinérgicos: tolterodina, oxibutinina, propantelina, tróspium, darifenacina, solifenacina) - ACh age no receptor M3 e faz bexiga contrair Beta 3 agonistas: mirabergona Hormônios: estrógeno VO ou VV - via vaginal 3ª linha Toxina botulínica A
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Patogênese do LES nos rins
Doença auto-imune → produção excessiva de auto-anticorpos → depósito tissular de imunocomplexos → liberação de mediadores inflamatórios e influxo de células inflamatórias → clinicamente sob várias formas → nefrite lupica - Nefrite 1 SLICC
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EULAR/ACR: critérios para LES 2019 96,1 sensibilidade e 93,4% especificidade → é a usada atualmente
Diagnóstico confirmado de lúpus caso haja 10 pontos ou mais - Critério obrigatório: FAN com titulo >_1:80
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Quais são as manifestações clinicas e laboratoriais da Nefrite lupica
Manifestações renais Tipicamente após manifestações sistêmicas (6 a 36 meses) Concomitante manifestações sistêmicas Raramente: manifestação inicial do LES Quando há desconfiança de nefrite lúpica, deve-se realizar a biópsia Manifestações laboratoriais = pedir biopsia precocemente Proteinúria > 500 mg/ dia Hematúria (dismórfica) Leucocitúria/ou cilindros celulares Alteração da função renal Diagnóstico Proteinúria > 500 mg/dia Cilindros hemáticos
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Imunologia do lúpus
Existe uma hiperatividade dos linfócitos B → Produção de autoanticorpos contra DNA e RNA, histonas, proteínas da matriz extracelular (laminina e colágeno IV) → formação e o depósito crônico de imunocomplexos circulantes → ativação do Sistema complemento, Cascata de coagulação, Infiltração de leucócitos, Liberação de enzimas proteolíticas, Liberação de citocinas reguladoras da proliferação glomerular e da síntese de matriz extracelular → Resposta inflamatória tecidual desencadeando a Nefrite lúpica
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Locais de deposito de imunocomplexos produzidos (circulantes ou in situ) nos diversos compartimentos do glomérulo renal
Endotélio - Imunocomplexos sub-endoteliais Mesângio - Imunocomplexos mesangial Membrana basal - Imunocomplexos intramembranos Podócitos - Imunocomplexos sub-epiteliais A deposição dos imunocomplexos depende de: Tamanho Carga elétrica Avidez Clareamento Fatores hemodinâmicos
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Classificação histologia da glomerulonefrite lupica
Classe I - Glomerulonefrite lúpica mesangial mínima Glomérulo normal na MO (microscopia óptica) Deposição de IM (imuncomplexo) na IF e ME Classe II - Glomerulonefrite lúpica proliferativa mesangial Expansão e/ou hipercelularidade mesangial por MO Depósito mesangiais por IF e/ou ME Eventuais, raros ou esparsos depósitos subendoteliais e/ou subepiteliais, visíveis por IF ou ME mas não por MO Exclusão - cicatrizes / depósitos subendoteliais visíveis por MO 4 Classe III - Glomerulonefrite lúpica focal Depósito é subendotelial apenas em uma porção do glomérulo, o resto está íntegro Envolvimento de < 50% dos dos glomérulos Lesões proliferativas endo e/ou extra-capilares Ativas ou inativas, segmentares e/ou globais, com ou sem alterações mesangiais, depósitos subendoteliais focais III (A) - Glomerulonefrite lúpica proliferativa focal ativa III (A/C) - Glomerulonefrite lúpica proliferativa focal ativa e esclerótica III ( C) Glomerulonefrite lúpica focal inativa e esclerótica Classe IV - Glomerulonefrite lúpica difusa (o resto é igual a focal, só que de forma difusa) É a classe mais comum e mais agressiva IV - segmentar > 50% dos glomérulos com lesões segmentares IV - glomerular > 50% dos glomérulos Lesões proliferativas endo e/ou extra-capilares Ativas ou inativas, segmentares e /ou globais, com ou sem alterações mesangiais Depósitos subendoteliais difusos Classe V - Glomerulonefrite lúpica membranosa Depósito subepiteliais ou suas sequelas morfológicas ○ Identificação por MO e IF (e/ou ME) Distribuição segmentar ou global, com ou sem alterações mesangiais Classe VI - Glomerulonefrite lúpica esclerosante 90% ou mais dos glomérulos esclerosados, sem sinais de atividade residual
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Como diferenciar lesões ativas e inativas na histologia da nefrite lupica
Lesões ativas Hipercelularidade endocapilar Cariorrexe Necrose fibrinóide Rotura da membrana basal glomerular Crescentes celulares ou fibro-celulares Depósito subendoteliais por MO Agregados imunes intraluminares (trombos hialinos) Corpos hematoxilínicos Lesões inativas Esclerose glomerular
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Tratamento da Glomerulonefrite lupica
Depende da classe histológica Induzir a remissão do processo inflamatório renal e da atividade sistêmica do LES Reduzir o número de episódios de recidiva Anticoncepção → gestação ativa LES *Drogas inibidoras do SRA (Inibidor da ECA e BRAS) Efeitos: Antiproteinurico e Renoprotetor *Controle da dislipidemia: Estatinas *Hidroxicloroquina: redução de mortalidade, imunomodulatorio e anti trombótico *Glomerulonefrites proliferativas (Classe III e IV): - Indução: corticosteróides VO/EV + Ciclosfosfamida - Manutenção: Ciclofosfamida: a cada 2/3 m por 2 a + corticoides em baixa dose * Glomerulonefrite membranosa (Classe V) Proteinúria não nefrótica e assintomáticos: IECA ou BRAT1 Síndrome nefrótica: micofenolato mofetil ou ciclosporina
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Acompanhamento do paciente LES com lesão renal
Função renal, urina 1, complemento, anti-NDA, VHS, PCR, hemograma, SLEDAI Ao diagnóstico e anualmente no mínimo → assintomáticos 2 a 4 semanas durante tto da nefrite 3 a 6 meses durante manutenção ou alto risco Remissão completa Pt24h<500mg Pt24h<800mg? Creatina + ou - 25% do basal Exame de urina normal: sem hematúria, creatina normal Remissão parcial Proteinúria < 24h e queda > 50% Creatinina estável
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Neoplasia de Bexiga Epidemiologia
Urotelial é o principal (pode ocorrer também no m. da bexiga) homens 3:1 mulheres 60 a 70 anos de idade Maior incidência em países desenvolvidos - tabagismo, longevidade, notificação, exposição a fatores carcinogênicos
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Fatores envolvidos no surgimento do CA de Bexiga
Causais: tabagismo, ocupacionais Hereditários: Polimorfismo nulo da GSTM (glutationa S transferase) / Polimorfismo da NAT-2 (n-acetiltransferase) Genéticos: Mutação no cromossomo 9 - Oncogenes FGFR3/RAS -> hiperplasia -> câncer urotelial baixo grau - Genes supressores Tp53/RB1 -> displasia -> câncer urotelial alto grau -> musculo invasivo
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Manifestações clinicas sugestivas de CA de bexiga
Hematúria= macro ou microscópica, indolor e intermitente Urgência miccional Incontinência urinária Disúria Dor suprapúbica Uretrorragia: sangramento não relacionado a micção Infiltração do tumor na parede vesical Obstrução do TU Hidronefrose Infecções recorrentes do TU Insuficiência renal Massa suprapúbica: palpação bimanual
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Por que o pulmão é um dos principais sítios de metástase do CaB?
Metástase: linfonodos, pulmão, fígado e ossos Pulmão é muito vascularizado e possui uma disposição dos vasos que facilita a implantação da célula metastática Drenagem venosa da bexiga: Hipogástrica → VCI → AD → VD → pulmão Drenagem linfática
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Diagnostico do CA bexiga
Cistoscopia → principal ferramenta diagnóstica Permite a avaliação e intervenção USG -> rastreio TC, RNM, Cintilografia: estadiamento e acompanhamento PET/CT - FDG Exames laboratoriais: Urinálise e Citologia urinária *BIOPSIA: anatomia patológica (fecha conduta)
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Infecção de urina na Infancia - Etiologia
Bactérias - Escherichia coli 80-90% Vírus - adenovírus - virúria + tenesmo, polaciúria, disúria Candida sp - afastar DM
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Tipos de ITU na Infância e mecanismo de lesão renal
*Bacteriúria assintomática = Urocultura + tto quando sintomas ou sinais de danos renais *Cistite *Pielonefrite = infecção q atinge parênquima renal Mecanismo de lesão renal -> via ascendente ->patógeno presente na região periuretral -> uretra ->bexiga -> ureter -> pelve ->trato urinário superior -> as papilas concavas ficam por mais tempo em contato com urina contaminada-> levando contaminação para região tubulo-interticial -> pielonefrite -> nefrite intersticial focal -> infiltrado leucocitário -> lesão do parênquima -> pode levar a fibrose -> alterações anatômicas (↑refluxo) e perda funcional OBS: alterações anatômicas TU propiciam ITU e ITUs de repetição levam a cicatrizes renais -> perda d função renal USG detecta malformações -> pedir para cça realizar após tto
92
ITU x E. Coli
Principal mecanismo de virulência da E. Coli (UPEC - sorotipo O)= adesão (fimbrias) motilidade, toxinas, biofilme
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Diagnostico de cicatriz pielonefritica
4-6 meses após ITU = Cintilografia renal com radio fármaco DMSA = marca parênquima cortical funcionante - Vicariância: ativação dos glomérulos latentes para manter funcionalidade - Vicariância renal contralateral: para suprir a função de filtração -> hipertrofia glomerular do rim contralateral -> esclerose peri glomerular -> proteinúria -> HAS -> pode progredir ate DRC
94
Fatores predisponentes para ITU na Infância
Sexo feminino Malformações Fimoses tendencia familiar (grupo sanguíneo P1, P2 e pp) Anormalidades estruturais e funcionais do trato urinário Presença de refluxo vesico ureteral (RVU) de alto grau ou bilateral - pode causar: Estase urinária nas vias urinárias → aumenta contaminação e facilita ascensão da bactéria Resíduo vesical pós-miccional → aumenta contaminação e facilita ascensão da bactéria Quanto mais cedo a primeira ITU, maior o risco de novos surtos
95
Fatores proteção contra ITU na Infância
Aleitamento materno higiene adequada microbiota intestinal normal fluxo urinário normal
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Tumor de testículo - Classificação
Germinativos (participa da linhagem de formação dos espermatozoides) - células totipotentes *Seminomas - 40% Assemelha-se às células do túbulo seminífero (não produzem biomarcadores) *Não-Seminomas - 35% Carcinoma embrionário Teratoma Teratocarcinoma - mais agressivo Coriocarcinoma - produz placenta (produz Bhcg) Saco vitelino - produz células do saco vitelínico *Mistos - 20% Não-Germinativos (apenas 5%) *Primários: (3%) Células de Leydig Células de Sertoli Sarcomas *Secundários: (2%) Linfomas Metastáticos
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Etiologias que predispõe CA de Testículo
Criptorquidia Atrofia testicular Fatores genéticos: outras doenças genéticas Fatores hormonais: ex mãe que usa ACO durante gestação
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Disseminação do CA testículo Drenagem linfática testículo - aórtico e para-aórtico Drenagem linfática escrotal - inguinal
Linfática → disseminação para dentro da cavidade abdominal, com linfonodos sentinela D entre a aorta e a cava e do E entre a gonadal e a renal Contiguidade → sobe pelo cordão inguinal Hematogênica → disseminação pulmonar pela circulação da VCI Não-Seminoma com maiores chances de metástases (60%) → cresce mais rápido: Agressividade: Seminoma (menos) → Teratoma → Teratocarcinoma → Carcinoma Embrionário → Coriocarcinoma (mais)
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Conceito de cura do CA de testículo
Sem recorrência: Seminomas em 5 anos Não-Seminomas em 2 anos → ele é mais agressivo e aparece antes, então pode parar de acompanhar antes, porque se tiver que aparecer, aparece rápido
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Diagnostico e Marcadores tumorais do Ca de testículo Importância dos marcadores -> massa testicular + aumento de marcadores = tumor
USG lesões de até 0,3cm → muito específico e sensível Marcadores: diagnostico, estadiamento, seguimento e prognostico: DHL → inespecífico - apenas vê massa tumoral, geralmente metástase Beta HCG - Deve ser indetectável no homem → coriocarcinoma AFP (alfafetoproteína) → saco vitelino
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Diagnósticos diferenciais do CA de testiculos
Aumento do volume escrotal, manifestações clínicas das metástases, ginecomastia Orquiepididimites (infecções bacterianas ou virais) Hidrocele exclusiva Torção testicular Hérnias inguino-escrotais Linfedema
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Tumor de pênis
CEC - Carcinoma de células escamosas 95% Baixo risco: padrão verrucoso, padrão papilar e padrão condilomatoso Risco intermediário: padrão de CEC usual e misto Alto risco: padrão basalóide, sarcomatoide e adenoescamoso Fatores de risco: fimose, mas condições de higiene, zoofilia, infecção pelo HPV, tabagismo
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Ação do Alfa-Bloqueadores - HBP
Bloqueiam os receptores alfa-1-adrenergicos no m.liso - promove o vasodilatação e relaxamento do m. liso presente no Estroma prostático, Uretra e Colo vesical - diminui sintomas de esvaziamento, melhora o fluxo urinário máximo, pouca influencia no tamanho da próstata ou no valor de PSA - Indicação: STUI - alfa1 longa ação: Doxazosina e Alfuzosina (hipotensão, tontura e cefaleia) - alfa1Aseletivo: Tansulosina (menos hipotensão, tortura, cefaleia- podem causar ejaculação retrograda) - Silodosina: melhora os sintomas, mas aumenta a disfunção ejaculatória
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Ação dos Inibidores da 5-alfa-redutase
Inibem a enzima que converte Testosterona em DTH Tipo 1: fígado, pele, folículos pilosos, glândula sebácea e próstata em pequena quantidade Tipo 2: masculinização do feto e próstata em maior quantidade Finasterida: inibe tipo 2 Dutasterida: inibe tipos 1 e 2 - Reduz tamanho da próstata, reduz PSA, melhora sintomas - Para que tenha efeito, precisa ser usada por pelo menos 6 meses - Efeitos adversos: Diminuição da libido, Disfunção erétil, Desordens da ejaculação, ginecomastia,
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Ação dos Anticolinérgicos
Reduz a contratilidade do músculo detrusor da bexiga Indicação: STUIs com predominância de armazenamento vesical Efeitos colaterais: boca seca, constipação, dificuldades na micção, nasofaringite, tontura, confusão mental e agitação - Oxibutinina: relaxante da musculatura lisa - Tolterodina: antagonista competitivo de recep muscarínicos - Darifenacina: afinidade por M3 diminui capacidade de contração do detrusor e aumenta capacidade da bexiga - Solifenacida: seletivo da bexiga 1x dia
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Ação dos Beta-3-agonista
Tratamento dos sintomas de armazenamento vesical, durante a fase de enchimento promove relaxamento da musculatura detrusora diminuindo a frequência e urgência miccional - Myrbetric ® (Mirabegrona): mais caro - Efeitos colaterais: taquicardia, tontura, náusea, diarreia, prisão de ventre
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Ação da Tadalafila: inibidor da fosfodiesterase 5 (iPDE5)
CIALIS atua relaxando a musculatura lisa da próstata, da bexiga e dos vasos sanguíneos. O relaxamento da vasculatura resulta no aumento do suprimento de sangue para a próstata e bexiga e pode reduzir os sintomas da HPB. Pode ser indicado para o tratamento de disfunção erétil
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Terapias combinadas para HBP
Antimuscarínicos e alfa-1-adrenérgicos Pode reduzir os sintomas de armazenamento e frequência urinária aguda, porém pode aumentar o risco de retenção urinária aguda (RUA) em pacientes com HPB que tenham resíduo pós miccional acima de 150mL. Alfa-bloqueadores e i5-alfa-redutase (melhor combinação) Melhor para pacientes com STUI moderados a intensos, aumento do volume prostático (>40mL), PSA elevado (1,6ng/mL) e fluxo urinário máximo reduzido. Terapia válida para redução dos sintomas e reduzir o risco de progressão da HPB. Tempo recomendado: 1 ano (demora para diminuir a próstata, mexe com fatores de transcrição/nucleares). iPDE5 e alfa-bloqueadores Existe indicação (efeito colateral - hipotensão sintomática) Redução dos riscos: uso de α-bloqueadores uro-seletivos (tansulosina e alfuzosina); baixas doses de α-bloqueadores; separar as doses dos fármacos; aguardar o início do segundo fármaco até que o primeiro esteja numa dose estável iPDE5 e i5-alfa-redutase: Estudos clínicos sem diferença significativa. Melhora somente associa a disfunção erétil, mas não os sintomas da displasia
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Medidas não farmacológicas para melhora de sintomas TUI
Redução da ingestão hídrica noturna Redução do consumo de cafeína e seus derivados Evitar bebida alcoólica Evitar o uso de descongestionantes e anti-histamínicos
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Fisiopatologia da nefropatia diabética
Albuminuria >300mg/24 em 2x em 6 meses em pacientes DM Pode estar acompanhada de Retinopatia diabética e HAS Excesso de glicemia -> ↑ reabsorção de Na -> ↑ volume extracelular -> dilatação da arteríola aferente -> Hiperfiltração = aumento do fluxo sanguíneo renal -> aumenta pressão capilar intraglomerular -> hipertrofia -> lesão endotelial -> Albuminuria -> lesão direta ao mesangio -> ↑produção da matriz extracelular -> ↑ inflamação -> Aumento dos Produtos finais da glicosilação avançada (AGEs) -> podem se combinar com colágeno -> acumulam-se nos tecidos -> ativam macrófagos -> citocinas (IL-1) e IGF-1 -> proliferação de células mesangiais e colágeno -. Perda na seletividade de filtração, por perda da eletronegatividade da MBG -> Albuminuria Resumo: pressão de filtração glomerular aumenta, poro de filtração alargado, menos seletivo - redução da carga
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História natural da nefropatia diabética
Estágio 1 Hiperfiltração Hipertrofia renal Aumento da TFG (DM descompensado não perde proteína na urina) Estágio 2 - Silencioso clinicamente, como o 1 Patologia - biópsia Espessamento MBG Proliferação mesangial Estágio 3 Microalbuminúria (nefropatia incipiente) - primeiro estágio com albumina na urina 30-300 mg/24 horas Surge HAS Aumento da TFG Estágio 4 ND (nefropatia diabética) Aumento progressivo da proteinúria Redução TFG (redução de 12 ml/min/ano) Síndrome nefrótica (proteinúria maciça) Estágio 5 Insuficiência renal terminal (IRT) → exige terapia de substituição renal
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Diagnostico de Nefropatia diabética
Macroalbuminúria ou Nefropatia clínica Excreção urinária de albumina > 300 mg/24 horas TFG diminuida - Média ↓ RFG 12 ml/min/ano Hipertensão Arterial Retinopatia Diabética acompanha DM1 com evolução 10-20 anos + HAS + Retinopatia = ND (dispensa biópsia) DM2 investigar MA no diagnóstico e anualmente DM1 investigar MA após 5 anos e anualmente
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Tratamento - KDIGO GUIDELINES Nefropatia diabética
Sódio – 2g/dia (5 g NaCl) Consumo protéico alvo: 0,8 g/Kg/dia Controle glicêmico HbA1c (ideal) < 7% Controle pressórico (iECA ou BRA) - Combinação IECA + BRA pode ser considerada nos pacientes com PA controlada, mas com níveis persistentemente elevados de albuminúria e função renal normal - Em DRC é uma combinação maléfica Alvo de LDL DM + DRC 1-4: < 100 mg/dL (< 70 mg/dL é uma opção)
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Fatores de risco para CA de próstata
*História familiar 1 (pai ou irmão) - Risco relativo = 2 2 (pai ou irmão) - Risco relativo = 5 *Mutação do BRCA1 e BRCA2
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Diagnostico de CA de prostata
- História clínica: demora para iniciar micção, interrupção abrupta do jato durante a micção, diminuição do calibre e força do jato urinário → gotejamento urinário, Retenção urinária, Urgência miccional, Disúria - Toque retal: tamanho aumentado, consistência endurecida, superfície irregular, sulco mediano apagado, limites imprecisos, aderida (sem mobilidade). Todo paciente acima de 50 anos deve ser submetido ao toque retal - PSA (antígeno prostático específico) No CA de próstata, o PSA está mais ligado à proteína no sangue, então o PSA livre no paciente com câncer de próstata vai ser menor Relação PSA livre/ total baixa <0,15 → Risco de câncer de próstata Taxas maiores que 0,75 ng/mL por ano são específicas para o câncer de próstata Quanto maior a próstata, maior é a produção de PSA (PSA / Volume da próstata = 0,15) - Biopsia: PSA > 10 (Independente do toque) ou Toque alterado (independente do PSA) - 12 a 24 fragmentos - RNM da próstata - Escala PI-RADS vista pelas imagens em T2 (4 e 5 são indicativos de biópsia)
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Diagnostico de CA de próstata
- História clínica: demora para iniciar micção, interrupção abrupta do jato durante a micção, diminuição do calibre e força do jato urinário → gotejamento urinário, Retenção urinária, Urgência miccional, Disúria - Toque retal: tamanho aumentado, consistência endurecida, superfície irregular, sulco mediano apagado, limites imprecisos, aderida (sem mobilidade). Todo paciente acima de 50 anos deve ser submetido ao toque retal - PSA (antígeno prostático específico) No CA de próstata, o PSA está mais ligado à proteína no sangue, então o PSA livre no paciente com câncer de próstata vai ser menor Relação PSA livre/ total baixa <0,15 → Risco de câncer de próstata Taxas maiores que 0,75 ng/mL por ano são específicas para o câncer de próstata Quanto maior a próstata, maior é a produção de PSA (PSA / Volume da próstata = 0,15) - Biopsia: PSA > 10 (Independente do toque) ou Toque alterado (independente do PSA) - 12 a 24 fragmentos - RNM da próstata - Escala PI-RADS vista pelas imagens em T2 (4 e 5 são indicativos de biópsia)
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Tratamento para o câncer de próstata
Tratamento para o câncer de próstata localizado - boas taxas de cura - prostatectomia radical (retirada da próstata e das vesículas seminais) → padrão ouro - Radioterapia externa - Conservadora: Terapia focal (crioterapia) Tratamento Câncer de próstata disseminado - Bloqueio da testosterona (retirada dos testículos, bloqueio químico - terapia privação de androgênicos)
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Alterações do TU na gestação
RINS - aumento do tamanho 1 a 1,5 cm - aumento do volume de ate 30% - dilatação da pelve renal e do sistema calicinal (ação hormonal da PG e mecânica) URETER - Dilatação dos ureteres D > E (ceco é fixo - útero cresce mais para E) -> favorece estase urinaria -> mais propensão a infecção - Progesterona - Reduz o tônus do ureter e reduz peristaltismo = dilatação BEXIGA - Edema de mucosa - hiperêmica - Relaxamento da parede da bexiga pela progesterona
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Sintomas urinários na gestação
- Polaciúria e noctúria - bexiga mais flácida e com menor capacidade de armazenamento e mobilização do edema - Urgência miccional e incontinência urinária - Aumento da pressão uterina sobre a bexiga e Mecanismo Hormonal: alteração neuromuscular do esfíncter da uretra → incontinência de esforço (ate 6 m pós parto)
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Hemodinâmica renal na gestação
Gestação é um estado de vasodilatação (produção de relaxina) - Aumento do fluxo plasmático renal - aumento da perfusão renal -> Aumento do ritmo de filtração glomerular Resultado - melhor eliminação das escórias da unidade feto-placenta Redução dos níveis séricos de creatinina e ureia - Reduzida responsividade a vasopressores (AngII, NA, ADH) e auemnto de produção de NO Resultado: vasodilataçaõ renal e queda da PA Na gestação a creatinina tem que reduzir (fisiológico) - nl 0,4-0,8 mg/dL
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Hemodinâmica renal na gestação
Gestação é um estado de vasodilatação (produção de relaxina) - Aumento do fluxo plasmático renal - aumento da perfusão renal -> Aumento do ritmo de filtração glomerular Resultado - melhor eliminação das escórias da unidade feto-placenta Redução dos níveis séricos de creatinina e ureia - Reduzida responsividade a vasopressores (AngII, NA, ADH) e aumento de produção de NO Resultado: vasodilatação renal e queda da PA Na gestação a creatinina tem que reduzir (fisiológico) - nl 0,4-0,8 mg/dL
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Outras alterações que acontecem na gestação que interagem com TU
Hiponatremia moderada (mediada pela Relaxina) Aumento da excreção de proteína pelo aumento da TFG (180-200 mg/24h) Alcalose respiratória crônica Hipouricemia Glicosúria e aminoacidúria
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Gestação em pacientes com doenças renais
Tendência a prematuridade restrição de crescimento intrauterino mortalidade materna Grau de proteinúria piora em 50% dos casos HAS aparece ou piora em até ¼ das pacientes Pacientes com síndrome nefrótica de base → piora do edema Piora da função renal
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Gestação em pacientes com doenças renais
Tendência a prematuridade - ambiente intrauterino urêmico restrição de crescimento intrauterino - PIG - ambiente intrauterino urêmico mortalidade fetal e materna - HAS descontrolada -> pré-eclâmpsia Grau de proteinúria piora em 50% dos casos HAS aparece ou piora em até ¼ das pacientes - manter controle Pacientes com síndrome nefrótica de base → piora do edema Piora da função renal aumento da creatinina IRC leve Cr< 1,5 / IRC moderada Cr 1,5 a 1,9 / IRC grave Cr >3 Intensificar dialise 6x/semana por 6h - manter ureia menor q 50 Evitar anemia - otimizar eritropoetina Transplantadas - esperar 1 ano se doador vivo ou 2 anos doador cadáver Não pode adm iECA BRA Micofenolato
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Definição de pré-eclâmpsia
Definição de pré-eclâmpsia HAS > 140x90 Proteinúria > 300mg/24 horas Edema periférico desconfiar se Plaquetopenia e Elevação das transaminases -> hellp síndrome
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Biópsia renal na gestação
Pode ser feita com segurança se PA controlada Coagulograma normal Indicações Piora inexplicada da função renal Síndrome nefrótica nova, sem diagnóstico Não realizar biópsia após 32 semanas
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Injuria renal aguda Perda rápida da função renal - crat e ureia aumentam de forma rápida, acu,uoo e ácidos, K Retenção de escórias nitrogenadas Desbalanço do volume extracelular e eletrólitos
Primeiro trimestre: Pré-renal: hiperemese gravídica → desidratação → insuficiência renal pré-renal Deve-se hidratar EV e uso de anti-heméticos EV NTA (necrose tubular aguda pela sepse): aborto séptico (comum nos abortamentos ilegal) → injuria renal aguda Sepse: infecção bacteriana, viral → injúria renal aguda Mais tardio na gestação (2º e 3º trimestre) Pré-eclâmpsia severa = HAS >140x90, após 20 semanas + proteinúria 300mg/24h + edema periférico Eclampsia HELLP Síndrome (Pre-eclampsia + plaquetopenia + anemia hemolítica) PTT ou SHU (púrpura trombocitopênica trombótica/ síndrome hemolítico-urêmica): mediada por complemento Fígado gorduroso da gestação: muito grave - infiltração gordurosa nos hepatócitos (sinais de pré eclampsia, HAS, plaquetopenia, hipoglicemia, aumento de bilirrubinas, TTPA alongado) NTA ou necrose cortical por hemorragia: depois de algum evento tipo = placenta prévia, DPP (descolamento prematuro de placenta), morte fetal intra-uterina prolongada, embolia de líquido amniótico Pielonefrite ou Obstrução do trato urinário (compressão verdadeira) - relaxamento do ureter mediado pela progesterona e compressão do ureter pelo útero - hidronefrose IRA na gestação secundária a AINE IRA não relacionada a gestação: Recidiva de Glomerulonefrite, uso de medicamentos com ATB