Trauma renal (não cai) Flashcards
1
Q
Epidemiologia do trauma renal
A
- trauma mais freqüente do trato geniturinário;
- 5% de todos os traumas externos;
- anomalias congênitas (rins policísticos, rim pélvico, estenose de JUP).
2
Q
Fisiopatologia do trauma renal
A
- proteção anterior do rim: alças intestinais e costelas;
- proteção posterior do rim: coluna lombar e músculo lombar;
- gorduras peri e pararrenais.
3
Q
Etiologia do trauma renal
A
- 80% traumas fechados: acidente de automóvel, atropelamento, queda, agressão interpessoal, acidente de moto;
- 20% traumas penetrantes: arma de fogo e arma branca.
4
Q
Conduta diagnóstica do trauma renal
A
- anamnese: história detalhada;
- exame físico: estado hemodinâmico (FC, PA, FR) para identificar choque. Hematúria nem sempre é bom preditor;
- exames complementares*.
5
Q
Exames complementares no diagnóstico do trauma renal
A
- hematócrito e hemoglobina;
- EAS (se a sonda não mostrar sangue para ver se tem hematúria microscópica);
- urografia excretora (grau IV e V: extravasamento de contraste no rim identifica o trauma renal);
- USG: líquido na cavidade abdominal e verificar integridade de órgãos maciços (fígado, baço e pulmões);
- TC COM CONTRASTE: diagnóstico e estadiamento!*
6
Q
Indicações para TC com contraste em suspeita de trauma renal
A
- Hematúria macroscópica;
- Hematúria microscópica com PA sistólica < 90mmHg;
- Crianças com hematúria microscópica (crianças são mais suscetíveis a trauma renal);
- Trauma penetrante em flanco;
- NUNCA DEVE SER PEDIDO EM PACIENTE COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA!
7
Q
Estadiamento por TC de trauma renal
A
- Grau I: Hematoma subcapsular no rim afetado;
- Grau II: Laceração do parênquima renal de menos de 1cm que atinge apenas córtex;
- Grau III: Laceração do parênquima renal que atinge medula renal. Não atinge sistema coletor;
- Grau IV: Laceração que atinge sistema coletor ou atinge vasos segmentares (não os vasos principais);
- Grau V: Explosão renal (vários pedaços do rim espalhados). Muito difícil recuperar o rim nesse estágio (complicações: avulsão do pedículo e trombose da a. renal principal).
8
Q
Indicações da conduta conservadora para trauma renal
A
Graus 1, 2 e 3 Método: - Vigilância ativa do paciente: no mínimo semi-intensiva, mas o ideal é UTI; - Repouso absoluto; - Hidratação rigorosa; - Correção de Hb e Hto; - Monitorização radiológica (USG) e hematúria; - Controle seriado de PA, FC, Hb e Hto.
9
Q
Indicações da cirurgia para trauma renal
A
- Graus 4 e 5 de lesão renal
- Paciente com instabilidade hemodinâmica persistente
- Desenvolvimento de hipertensão RNV
10
Q
Método cirúrgico no trauma renal
A
- Abordagem transperitoneal;
- Controle vascular: clampeamento da a. renal principal se houver sangramento intenso (por isso é importante que a via seja transperitoneal e não lombar);
- Exposição renal controlada: tirar hematomas, etc.
- Avaliar rim contralateral (a TC ajuda nisso);
- Ser conservador, fazendo preferencialmente nefrorrafia (sutura do rim). Nefrectomia é só se não tiver jeito;
- Desbridamento completo (remoção de tecidos necrosados e partículas estranhas);
- Tentar fazer sutura hemostática (sutura para parar hemorragia). Priorizar o uso de fios absorvíveis (isso vale para toda CX nefrourogenital porque os não absorvíveis aumentam o risco de formar cálculos).
11
Q
Indicações para nefrectomia no trauma renal
A
- Explosão renal;
- Sangramento incontrolável;
- Lesão do pedículo irreparável.
12
Q
Complicações precoces do trauma renal
A
- Hemorragia;
- Dor;
- Fístula urinária (após lesões penetrantes, mas incomum);
- Infecção e urossepse: indicado por febre.
13
Q
Complicações tardias do trauma renal
A
- Atrofia renal;
- Hipertensão RNV (Não é comum);
- Litíase;
- Hidronefrose: hematoma no peritônio e extravasamento renal → circundam ureter → fibrose sobre junção ureteropélvica → hidronefrose;
- IRC
14
Q
Prognóstico e seguimento do trauma renal
A
- prognóstico excelente;
- Acompanhamento: urografia excretora, monitoração da PA, tratamento da hidronefrose e hipertensão RNV.