Trauma Pediátrico Flashcards

1
Q

A grande região occipital da criança, resulta em uma flexão passiva da coluna cervical, fazendo com que a faringe se projete anteriormente. Para evitarmos essa flexão passiva da espinha cervical, como devemos posicionar a criança?

A

Devemos colocá-lo na “posição do cheirador”. Deve ser colocada uma camada de que deixe o dorso um nível acima da cabeça e garanta um alinhamento da coluna cervical.

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2
Q

Como devemos calcular o tamanho do tubo e a profundidade que ele deve ser inserido na criança?

A

O tamanho do tubo endotraqueal é calculado pelo diâmetro da narina ou do menor dedo da criança. Já a profundidade é calculada pelo tamanho do tubo. Devemos multiplicar o número do tubo por 3. Ex.: Se o tamanho do tubo for 4, devemos inserir 12 cm.

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3
Q

Quando indicar a intubação em uma criança?

A
  • Criança com injúria cerebral severa que requer ventilação controlada.
  • Criança na qual uma via aérea não definitiva não pode ser mantida.
  • Criança que exibe sinais de falha da ventilação.
  • Criança que sofre significativa hipovolemia e tem um sensório deprimido ou requer intervenção operatória.
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4
Q

Sobre as características particulares dos paciente pediátricos, assinale V ou F:

1) Hipovolemia e hipotensão são mais prevalentes que apneia, hipoventilação e hipóxia em crianças que sofreram trauma.
2) Tem menor frequência de múltiplas injúrias, estando mais suscetíveis a fraturas ósseas.
3) Tem maior frequência de trauma cerebral contuso.
4) Hipotermia desenvolve-se mais rapidamente.
5) Partes moles torácicas e mediastinais podem sofrer dano significante sem injúria óssea ou trauma externo.

A

1) V: 5x mais prevalentes.
2) F: Não estão mais suscetíveis à fraturas ósseas.
3) V.
4) V.
5) V.

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5
Q

Sobre a colocação de via-aérea oral, qual o pré-requisito básico para que ela possa ser feita? Qual a técnica ideal para tal? Algum instrumento poderia ajudar?

A

A crianças estar inconsciente, tendo em vista a maior facilidade de ocorrer vômito caso o reflexo esteja intacto.
Técnica: inserir diretamente na orofaringe, sem rotacionar. Pode-se usar um depressor da língua para ajudar.

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6
Q

Apesar de o anel cricóideo da criança forma uma selagem natural no tubo, a insuflação do cuff provê o benefício de melhor a ventilação e o manego do CO2, melhorando o fluxo sanguíneo cerebral. Assim, até quantos mmHg devemos insuflar o cuff de maneira segura?

A

<30mmHg.

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7
Q

A partir de quantos anos podemos indicar a cricotireoidostomia cirúrgica e a intubação nasotraqueal para uma criança?

A

12 anos a crico cirúrgica.

Nunca a intubação nasotraqueal está indicada em crianças.

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8
Q

As crianças podem perder até 30% do volume sanguíneo até que apresente algum sinal de hipovolemia. Nesse contexto, quais os sinais mais precocemente manifestado em crianças hipovolêmicas.

A

Taquicardia e diminuição da perfusão cutânea são os mais precoces.
A diminuição progressiva da força de pulso, diferença da PAsis para a PAdis ficar menor que 20mmHg, temperatura das extremidades mais frias que a pele do dorso e uma diminuição no nível de consciência com fraca resposta a dor também são outros sinais que podem estar presentes.

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9
Q

Em pacientes pediátricos, a intubação sequência rápida/droga assistida prevê 3 etapas antes da intubação: (1) Pre-oxigenação; (2) Sedação; e (3) Paralisia. Quais drogas podemos utilizar em cada uma delas?

A

(1) Sulfato de atropina 0,1-0,5 mg: se <1 ano podemos considerar, já que eles tem uma resposta vagal mais pronunciada à intubação oendotraqueal.
(2) : Hipovolemico: Etomidato 0,1 mg/kg ou Midazolam HCl 0,1 mg/kg. Normovolêmico: Etomidato 0,3 mg/kg ou Midazolam 0,1 mg/kg.
(3) : Paralisia:
- Succinilcolina <10 kg = 2mg/kg; >10 kg = 1 mg/kg;
- Vecurônio: 0,1 mg/kg;
- Rocurônio: 0,6 mg/kg.

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10
Q

Como calcular a PAsis e PAdist média em uma criança?

A

PAsis: 90mmHg + 2x a idade em anos
PAdist: 70mmHg + 2x a idade em anos

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11
Q

Quais são as 3 maneiras de determinar o peso em uma criança?

A

1) Perguntando a alguma cuidador, caso esse esteja presente.
2) Utilizando uma faixa de reposição baseada na altura.
3) Utilizando a seguinte fórmula: ([2x idade em anos] + 10).

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12
Q

Cite, em ordem de preferência, quais são os sítios de acesso venoso em crianças.

A

1) Acesso periférico (antecubital ou safena)
2) Acesso intraósseo (tíbia distal, abaixo da tuberosidade da tíbia, ou fêmur distal em último caso)
3) Veia femoral (percutâneo)
4) Jugular externa, interna ou subclávia (percutâneo)
5) Safena dissecada (tornozelo).

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13
Q

Complete:
Hipóxia é a causa mais comum de parada cardíaca em crianças. Nesse sentido, a frequência respiratória normal é de _ a _ em “infants” (<1 ano) e de _ a _ em crianças mais velhas. Ainda, apesar do volume tidal normal ser de _ a _, volumes de 6 a 8 ou até 10 ml/kg podem ser necessário durante a ventilação.

A

30 a 40 vezes/ min
15 a 20 vezes/ min
4 a 6 ml/kg

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14
Q

Quais são os volumes iniciais de infusão de líquidos na estratégia reposição volêmica de uma criança?

A

Os princípios básicos desta estratégia são um bolus inicial de 20mL/kg de cristaloide isotônico seguido por ressuscitação de hemoderivados com 10-20mL/kg de concentrado de hemácias e 10-20mL/kg de plasma fresco congelado e plaquetas, normalmente como parte de um protocolo de transfusão em massa pediátrica.

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15
Q

Que parâmetros/sinais indicam o retorno a normalidade hemodinâmica de uma criança?

A
  • Diminuição da frequência cardíaca (idade apropriada com melhora de outros sinais fisiológicos)
  • Limpeza do sensório
  • Retorno de pulsos periféricos
  • Retorno da cor da pele normal
  • Aumento do calor das extremidades
  • Aumento da pressão arterial sistólica com retorno à apropriado para a idade normal
  • Pressão de pulso aumentada (> 20 mm Hg)
  • Produção urinária de 1 a 2 mL / kg / hora (idade dependente)
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16
Q

Quando está recomendada o uso de máscara com reservatório pediátrica?

A

Para crianças abaixo de 30kg.

17
Q

Em que localização torácica estão indicados os seguintes procedimentos?

(1) Descompressão por agulha em caso de hemo, pneumo ou hemopneumotórax;
(2) Inserção de tubos torácicos.

A

(1) Acima da terceira costela, na linha axilar média.
(2) 5° EIC, anterior a linha axilar média. Importante: criar o túnel sobre a costela acima do local da incisão na pele, direcionando o tubo superiormente e posteriormente na parede torácica.

18
Q

Quais são os critérios para dizer que uma criança não sobreviveu após PCR?

A

Caso não retorne após 15min de RCP no DE ou pupilas fixas na chegada ao DE.

19
Q

Qual o objetivo de débito urinário a ser alcançado para: (1) infants (<1 ano); (2) crianças maiores até adolescência; e (3) adolescentes?

A

1) 1-2 ml/kg/hr
2) 1-1,5 ml/kg/hr
3) 0,5 ml/kg/hr

20
Q

No trauma torácico se sabe que crianças são mais suscetíveis à pneumotórax hipertensivo. Para visualização dessa e de outras injúrias torácicas mais comuns em traumas torácicos pediátricos, qual o exame de eleição?

A

Raio-x de tórax. TC é reservada para quando não for possível visualizar os achados na radiografia.

21
Q

Um tubo gástrico (orogástrico de preferência) e uma cateter urinário são importantes por quais motivos na criança?

A

Pois a distensão gástrica e urinária pode estar relacionada a tensão da parede abdominal.

22
Q

Quando está indicada a TC como um método diagnóstico adjunto? Como deve ser feita?

A

Em trauma contuso em pacientes estáveis quando medicalmente necessário e os resultados mudarem o manejo.
Deve ser feita com contraste IV, sedação se necessário (para previnir movimentação durante o processo), apenas na área de interesse e com a menor dose de radiação possível.

23
Q

Quando o lavado peritoneal diagnóstico está indicado em crianças?

A

Nos casos em que a criança não pode ser transportada até a TC ou nos casos em que a TC e o FAST não estão disponíveis e em que a presença de sangue irá levar a uma intervenção operatória imediata.

24
Q

Qual a indicação de tratamento cirúrgico (laparotomia) em crianças para controle de hemorragia?

A

Caso a condição hemodinâmica da criança não possa ser normalizada e os procedimentos diagnósticos forem positivos para sangramento.

25
Q

A avaliação da Escala de Coma de Glasgow é extremamente útil na avaliação de pacientes pediátricos. Contudo, a avaliação da resposta verbal deve ser modificada para crianças abaixo de 4 anos. Descreve como analisar a resposta verbal nesses casos.

A

5: Palavras apropriadas, sorriso social, fixa e segue estímulos.
4: Chora, mas consola.
3: Irritação persistente.
2: Inquieto e agitado.
1: Nada.

26
Q

Sobre o FAST, assinale V ou F:

(1) Baixa sensibilidade e alto falso netativo;
(2) Pode haver injúria abdominal significante sem fluido intraperitoneal livre. Assim, o FAST não deve ser usado como teste diagnóstico que sozinho descarte injúria intra-abdominal.
(3) Se houver pequena quantidade de fluido intra-abdominal livre e e a criança estiver hemodinamicamente normal, deve-se obter um raio-x.

A

V
V
F: uma TC.

27
Q

Dentre as indicações de TC de crânio em crianças, constam quais das seguintes?

(1) Vomitos e amnésia pós injúria;
(2) Qualquer atividade convulsiva;
(3) SCG=13 ou outros sinais de status mental alterado;
(4) Fraturas de crânio palpáveis (<2 anos) ou sinais (2 ou mais anos);
(5) Hematoma craniano occipital, parietal ou temporal;
(6) História de perda de consciência;
(7) Mecanismos de trauma severos;
(8) Paciente não está agindo normalmente segundo os pais;
(9) Dor de cabeça severa.

A

1) Falso. Apenas se persistentes ;
2) Verdadeiro.
3) Falso. SCG=14.
4) Verdadeiro.
5) A depender de *, em crianças <2 anos.
6) A depender de *.
7) A depender de *.
8) A depender de *, em crianças <2 anos.
9) A depender de *, em crianças > ou =2 anos.

  • Experiência do médico, achados isolados versus múltiplos, piora dos sinais e sintomas, idade <3 meses ou preferência dos pais.
28
Q

Qual exame inicial para avaliação da coluna cervical pediátrica?

A

Raio-X.

29
Q

Em que locais podemos ter pseudosubluxações na criança que atuam como possíveis confundidores na avaliação do RAIO-x de coluna? O que podemos fazer para evitar que ela ocorra?

A

C2-C3 e C3-C4 (menos comum).

Podemos colocar um coxim que deixe o corpo em um plano mais superior quando comparado à cabeça.

30
Q

Indique V ou F acerca do trauma de extremidades em crianças.

  • A identificação de fraturas e deslocamentos ósseos através de radiografia se torna mais fácil em crianças uma vez que estas apresentam menor mineralização óssea.
  • Instabilidade hemodinâmica na presença de uma fratura de fêmur isolada indica uma avaliação de outras fontes de sangramento.
  • Fratura supracondilar no joelho ou cotovelo tem uma alta propensão injúria da placa de crescimento, mas não para injúria vascular.
  • Uma imobilização simples da extremidade fraturada normalmente é suficiente até que uma avaliação ortopédica seja feita.
A
  • F: Se torna mais difícil
  • V: usualmente a outra fonte de sangramento é o abdome.
  • F: para injúria vascular tbm tem.
  • V: Uma simples tentativa de reduzir a fratura para restaurar o fluxo sanguíneo apropriado, seguido de uma simples imobilização ou tala de tração.
31
Q

Uma TC cervical normal pode ser encontrada em 2/3 das crianças com injúria de medula espinhal. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

32
Q

O que pode haver em comum nas seguintes situações?

1) Fraturas de ossos longos em crianças <3 anos;
2) Fraturas de crânio ou costelas em crianças <2 anos.
3) Injúrias periorais.

A

Possibilidade de maus tratos.