Trauma Musculoesquelético Flashcards
V ou F
- No trauma musculoesquelético, a alteração de prioridades do ABCDE é necessária.
- Lesões por esmagamento grave podem causar falência renal pelo excesso de liberação de mioglobina.
- F (não justifica mudar)
2. V
Qual a melhor forma de controlar a hemorragia?
Compressão direta
Se a fratura for exposta, qual a melhor forma de controlar a hemorragia?
Curativo compressivo estéril
Quais os 4 principais sinais clínicos de comprometimento por hemorragia arterial grave de um membro acometido por trauma ?
- Perda de pulso palpável
- Mudança na qualidade do pulso
- Extremidade fria e pálida
- Hematoma em rápida expansão.
Como e para que é calculado o índice tornozelo/braquial? Qual o valor de referência?
- Mensurar valor de PAS no tornozelo do MI lesionado e dividir pela PAS do MS não lesionado.
- Avalia presença de hemorragia arterial grave.
- Se < 0,9 indica fluxo arterial anormal ou DAP.
Diante de um trauma musculoesquelético, em doente com hemorragia arterial grave e/ou amputação traumática de membro, quais os passos sequenciais no tratamento inicial?
- Pressão manual direta
- Curativo compressivo com gaze
- Pressão direta na artéria
- Torniquete manual ou pneumático
Os riscos com uso do torniquete __________ (reduzem/aumentam) com o tempo. Se paciente _______ (instável/estável), pode ser desinsuflado o torniquete após 1h de uso.
Aumentam
Estável
A aplicação de clamp vascular em ferimentos abertos com hemorragia ativa ______ (é/ não é) recomendada’.
Não é recomendada
* a não ser que um vaso superficial seja claramente visualizado.
Em caso de amputação traumática de MS, qual a conduta diante do membro perdido?
- Lavagem abundante do membro amputado com SF ou SRL
- Envolver em gaze estéril umedecida
- Colocar em sacola plástica
- Transporte junto ao doente em recipiente com gelo picado (cuidado para não congelar)
Em pacientes que apresentam trauma com significativa lesão muscular por esmagamento, mais frequentemente coxa e panturrilha, quais as 2 complicações associadas mais comuns e qual nome dessa síndrome ?
A Síndrome de Crush ou Rabdomiólise traumática
Em doentes com fratura exposta, devemos fazer 2 ações inicialmente:
- Remover contaminação
2. Antibiótico precoce (cafalosporina de 1ª geração)
Se a redução não for realizada com sucesso, deve-se:
Imobilizar articulação na posição em que ela foi encontrada.
A avaliação da extremidade no trauma musculoesquelético engloba 4 partes:
- Pele
- Função neuromuscular
- Estado circulatório
- Integridade de ossos e ligamentos
Qual as 02 únicas razões para não se realizar estudo radiográfico antes de realizar redução de luxação ou fratura?
- Presença de comprometimento vascular ou
2. Ruptura iminente da pele.
V ou F
- Embolia gordurosa é muito comum, e é complicação potencialmente fatal de fraturas de ossos curtos.
- Hemorragia abundante pode ser encontrada em fraturas instáveis de pelve e exposta de fêmur;
- F (incomum/ ossos longos)
4. V
V ou F
- A Síndrome compartimental pode ser causada pelo edema de compartimentos musculofasciais intactos.
- Um doente politraumatizado que precisa de reanimação agressiva e/ou cirurgia de emergência, não é um candidato a reimplante
- Diante de fratura exposta, não devemos alinhar o osso exposto para dentro do ferimento, mas sim aguardar o debridamento cirúrgico.
- V
- V
- V
V ou F
- Numa fratura, os esforços para imobilização devem ter prioridade sobre a reanimação.
- Diante de possível fratura/luxação, caso haja demora na obtenção do RX, deve-se realizar redução ou realinhamento imediato da extremidade, para restabelecer o suprimento neurovascular e reduzir a pressão sobre a pele.
- F
9. V
V ou F
10. Diante de uma fratura aberta, deve-se explorar a ferida.
- F (nunca explorar a ferida)
V ou F
11. Tratar com antibiótico (cefalosporina 1ª geração) todos os doentes com fratura exposta, até 3h do ocorrido.
- V
V ou F
12. Se fratura exposta, não deve ser feita limpeza local da ferida, nem utilizar curativo local.
- F (limpeza o mais cedo possível e colocar curativo umedecido estéril)
V ou F
13. Nas fraturas expostas, não é necessário profilaxia para o tétano.
- F (deve-se fazer conforme esquema vacinal prévio)
No trauma musculoesquelético, quando a pressão no compartimento osteofacial muscular é suficiente para produzir isquemia e necrose subsequente, temos a
Síndrome Compartimental
A ausência de pulso distal palpável é um achado incomum e tardio, e não é necessário para o diagnóstico de :
Síndrome compartimental
Diante da presença da Síndrome compartimental, quais as medidas iniciais a serem tomadas? Qual o único tratamento efetivo?
- Afrouxar curativos, imobilizações e talas da extremidade.
2. Fasciotomia.
Qual a complicação mais comum e direta da síndrome compartimental não tratada em tempo hábil?
Mioglobinúria e Insuficiência renal aguda.
O diagnóstico da Síndrome compartimental é clínico e não requer a mensuração da pressão, sendo medida auxiliar apenas. Dessa forma, cite 4 sinais e sintomas presentes nessa síndrome:
- Dor maior que esperada e desproporcional ao estímulo da lesão.
- Dor ao estiramento passivo da musculatura afetada
- Edema tenso do compartimento
- Parestesia ou alteração da sensibilidade distal ao compartimento afetado.
V ou F
16. As contusões são tratadas por meio da imobilização da parte afetada e de compressa fria local.
- V
Em lesões articulares e de ligamentos, o exame de imagem geralmente não revela nenhuma lesão. No entanto, o exame físico revela 03 sinais característicos:
- Hemartrose
- Instabilidade ligamentar
- Hiperestesia ligamentar
O tratamento com imobilização das fraturas deve incluir, principalmente, da seguinte forma:
- Imobilização articular acima e abaixo da fratura
Nas fraturas de fêmur, a imobilização deve ser feita com uso da:
Tala de tração
Uma contraindicação do uso da tala de tração nas fraturas de fêmur é
Fratura de tíbia ipsilateral associada
V ou F
- Uma maneira de imobilizar um membro inferior é enfaixando-o junto com o membro contralateral.
- Lesões ocultas são comuns em doentes com RNC
- V
18. V
Nas lesões de joelho, como deve ser sua imobilização?
Em flexão de 10 graus, a fim de reduzir o estiramento das estruturas neurovasculares.
Se presença de fratura de fêmur e tíbia ipsilateral associada, a imobilização deve ser feita com:
Imobilização posterior longa + tela gessada na extremidade inferior.
O alívio da dor no trauma musculoesquelético pode ser obtido via endovenosa por 3 classes medicamentosas principais:
- Analgésicos
- Narcóticos
- Bloqueio regional
Os 5 passos para reconhecer e tratar LESÕES ASSOCIADAS no trauma musculoesquelético são:
- Rever história e mecanismo trauma
- Reavaliar extremidades (mãos, punhos, pés, articulações acima e abaixo)
- Examinar dorso, coluna e pelve
- Documentar lesões abertas e penetrantes de partes moles
- Rever exames imagem
O risco de tétano aumenta em:
- Ferimentos que ocorreram há > 6h
- Apresentam contusões/ abrasões
- Apresentam profundidade >1cm
- Produzidos por projéteis de alta velocidade
- Lesões por queimaduras (calor/frio)
- Ferimentos com contaminação agressiva.
Uma fratura de fêmur no adulto pode levar a uma perda sanguínea de até:
1500 ml
Uma complicação incomum, porém bastante fatal de fratura de ossos longos, que pode causar falência pulmonar e comprometimento de função cerebral é:
Embolia gordurosa
Lesões de extremidades potencialmente fatais incluem 3:
- Hemorragia arterial grave
- Fratura de fêmur bilateral
- Síndrome de Crush
Um torniquete deve ser utilizado a 5cm acima da lesão, e sua colocação correta é evidenciada quando
Há oclusão de fluxo arterial
Os riscos do uso do torniquete aumentam com o tempo. Assim, durante sua aplicação, deve-se atentar ao horário de colocação, que, em doentes estáveis, não deve ultrapassar:
01 hora de tempo decorrido.
- No entanto, se precisar ser mantido por tempo prolongado para assegurar a vida, a escolha da vida em detrimento do membro deve ser feita.
Após a aplicação do torniquete, o uso da arteriografia deve ser feito apenas em
Doentes reanimados que não possuam anormalidades hemodinâmicas
Se houver fratura associada a ferimento aberto, qual conduta?
Realinhar e imobilizar a fratura enquanto uma segunda pessoa aplica pressão direta sobre o ferimento.
O reimplante geralmente é realizado em
Doentes com lesão isolada de extremidade
Quais as 3 opções, em ordem decrescente de indicação, úteis para o controle de hemorragia num trauma musculoesquelético?
- Pressão direta
- Imobilização
- Torniquete
A rabdomiólise é sugestiva quando há Urina de coloração âmbar com CPK >/= 10 mil. Ela pode estar associada a:
- Acidose metabólica
- Hipercalemia
- Hipocalcemia
- CIVD
O tratamento inicial em doente com suspeita de rabdomiólise é:
Reposição volêmica agressiva com fluidos EV +
Bicarbonato EV
A avaliação secundária do trauma musculoesquelético pode ser feita em 5 pontos-chave:
- Mecanismo do trauma
- Ambiente
- Estado anterior ao trauma
- Fatores predisponentes
- Observações e cuidados hospitalares
Sobre os mecanismos do trauma, questionamentos devem ser feitos como:
1 Localização doente antes da colisão
- Localização doente pós colisão
- Veículo danificado externamente?
- Veículo tinha painel danificado?
- Doente caiu? Se sim, qual altura?
- Doente foi esmagado?
- Ocorreu explosão?
- Colisão entre veículo e pedestre?
Sobre os ambiente do trauma, questionamentos devem ser feitos como:
- Doente com fratura exposta?
- Doente exposto a temperaturas extremas?
- Havia fragmentos de vidro quebrado?
- Havia fonte de contaminação como sujeira, fezes animais, água doce ou salgada?
Sobre o estado anterior e fatores predisponente do trauma, questionamentos devem ser feitos como:
Determinar quais as condições de saúde do doente antes da lesão através do SAMPLA
Sobre as observações e cuidados pré-hospitalares do trauma, questionamentos devem ser feitos como:
- Horário
- Posição encontrada
- Hemorragia na cena
- Fraturas expostas
- Ferimentos abertos
- Esmagamento
- Função motora e/ou sensorial preservada
- Alterações na função, perfusão ou RNC
- Redução de fraturas/luxações na retirada ou imobilização na cena
- Curativos realizados/ talas
- Horário torniquete
O exame físico secundário deve ser iniciado com
Doente completamente despido, atentando para evitar hipotermia.
A avaliação das extremidades do doente traumatizado tem 3 objetivos:
- Identificar lesões que podem colocar a vida em risco (avaliação primária)
- Identificar lesões que podem colocar o membro em risco (avaliação primária)
- Revisão sistemática (reavaliação contínua)
Para evitar que alguma lesão passe despercebida, a avaliação da extremidade deve incluir 4 componentes:
- Pele
- Função neuromuscular
- Estado circulatório
- Integridade óssea/ligamentos.
Qualquer ferimento aberto no membro, com fratura associada é considerada como_________________
Fratura exposta
A perda de sensibilidade à dor ou ao toque indica presença de lesão:
Ou medular ou de nervos periféricos
Em doentes estáveis hemodinamicamente, discrepâncias entre pulsos, pele fria, palidez, parestesia e até mesmo anormalidades motoras são sinais sugestivos de:
Lesão arterial
A evidência de fluxo arterial anormal secundário à lesão ou doença vascular periférica é tida, quando o índice tornozelo-braquial for menor que
0,9
O uso de RX deve ser feito em doentes estáveis hemodinamicamente. A única contraindicação para não fazer RX antes de realizar uma redução de luxação ou fratura em doentes estáveis é:
Presença de comprometimento vascular ou ruptura iminente da pele (exemplo mais comum é LUXAÇÃO DE TORNOZELO)
Todos os doentes com fratura exposta devem ser tratados com antibiótico nas primeiras 3 horas, como cefalosporinas de 1ª geração (CEFAZOLINA) de acordo com o peso e feita profilaxia para tétano. Qual a dose desse antibiótico? Se local como água parada, solo contaminado, independente do tamanho da lesão, qual antibiótico fazer?
A) Se ferimento < 1cm ou 1-10cm ou Lesão severa:
< 50kg: 1g Q 8h
50-100 kg: 2g Q 8h
> 100kg: 3g Q 8h
B) Piperaciclina/ Tazobactam (gram + e -)
<100 kg: 3,375 g Q 6h
> 100kg: 4,5g Q 6h
Todos os doentes com fratura exposta devem ser tratados com antibiótico nas primeiras 3 horas, como cefalosporinas de 1ª geração (CEFAZOLINA) de acordo com o peso e feita profilaxia para tétano. No entanto, se alergia a penicilina, em local não contaminado, qual antibiótico a se fazer?
A) Se ferimento < 1cm ou 1-10cm ou Lesão severa:
Clindamicina
< 80kg: 600 mg Q 8h
> 80kg: 900 mg Q 8h
Todos os doentes com fratura exposta devem ser tratados com antibiótico nas primeiras 3 horas, como cefalosporinas de 1ª geração (CEFAZOLINA) de acordo com o peso e feita profilaxia para tétano. No entanto, se lesão severa de partes moles e contaminação substancial com lesão vascular associada, e para aumentar a cobertura para Gram -, qual antibiótico a se fazer?
Gentamicina
Dose ataque no PS:
- 2,5 mg/kg para crianças/< 50kg
- 5,0 mg/kg para adultos
A síndrome compartimental ocorre com maior frequência em
Perna Antebraço Pés Mãos Região glútea Coxa
A respeito da lesão neurológica secundária à luxação, o exame físico costuma notar deformidade da extremidade, mas a avaliação neurológica pode ser prejudicada, pois requer um doente cooperativo. Sabendo-se que o aspecto mais importante da avaliação neurológica é a documentação de sua evolução ao longo do tempo, qual o tratamento deve ser instituído nesses casos?
Tentar reduzir e imobilizar a lesão.
A respeito das contusões e lacerações nos membros, em geral, as lacerações requerem:
Desbridamento e fechamento
As contusões são habitualmente reconhecidas pela presença de:
Dor
Edema
Sensibilidade
As contusões são habitualmente tratadas com:
Imobilização
Compressas frias
O tratamento das lesões articulares e ligamentares envolve:
- Imobilização
2. Reavaliação quanto ao estado neurovascular do membro distal à lesão.
Sobre as fraturas, o exame físico geralmente revela:
- Dor
- Edema
- Deformidade
- Hiperestesia
- Crepitação
- Mobilidade anormal no local da fratura
Os estudos radiográficos do provável foco da fratura devem incluir:
Articulações proximais e distais, a fim de descartar luxações ocultas e outras lesões concomitantes.
O tratamento das fraturas envolve:
Imobilização acima e abaixo do foco da lesão.
Nas fraturas de tíbia, devemos______________.
Imobilizar a fratura (gesso)
Nas fraturas de tornozelo, a fim de diminuir a dor e evitar a pressão sobre proeminências ósseas, o melhor tratamento é a imobilização com o uso de
Talas acolchoadas
Sobre as lesões nas mãos, a imobilização pode ser:
Mão em posição anatômica, punho em ligeira flexão dorsal e dedos pouco fletidos em 45 graus no nível das articulações metacarpofalangeanas.
Lesões no antebraço e punho podem ser imobilizadas com
Antebraço e punho estendidos sobre talas acolchoadas
O cotovelo é imobilizado como?
Em posição fletida
O braço costuma ser imobilizado apoiado contra o corpo ou utilizando-se
Tipoia ou faixas
As lesões de ombro costumam ser tratadas com
Tipoia ou faixas ou curativo feito à moda Velpeau