Trauma Flashcards
Síndrome de Compartimento Abdominal ou Síndrome da hipertensão abdominal
PIA >20mmHg (Grau III) + disfunção orgânica de um ou mais órgãos
- Aumento da pressão inspiratório na VM
- Hipoxemia ou hipercapnia - elevação do diafragma
- Oligúria e queda da filtração glomerular
- Queda do DC (diminui Retorno venoso)
- Aumento da pressão capilar pulmonar
- Hipoperfusão esplênica
- Aumento da PIC (+TCE grave + PIA>20 = DESCOMPRESSÃO)
Trauma Genitourinaria Anterior - Bulbar e Peniano
- Queda em Cavaleiro - esmagamento
(Lesão de uretra anterior em uretra BULBAR)
Contraindicado passagem de cateterismo vesical - Peniano também é anterior mas é por trauma penetrante, fratura de corpo cavernoso ou mordida de animal
- Hematoma em bolsa escrotal
- Uretrorragia e hematuria
- Retenção urinária/vesical
Conduta: urografia retrógrada → Cistostomia
Trauma de Trato Urinário Posterior - membranoso e próstata
- Associada a fraturas e luxações de pelve
- Acometimento maior na uretra masculina
- Uretrorragia, Retenção urinaria e globo vesical palpável (bexigoma)
- Próstata em região alta ao toque
- Conduta: Uretrografia RETRÓGADA com contraste Iodado diluído em soro e radiografia simples durante a infusão do contraste -> realinhamento primário ou cistostomia com posterior correção de estenose uretral
Maus tratos nas crianças
Mais comum: HEMATOMA SUBDURAL
Seguido de: lesão axonal difuso
Politraumatizado
Lesões em 2 ou mais sistemas de órgãos(tórax,abdome,cranioencefálico,
fratura de ossos longos e etc) que representa um risco vital para o doente
Distribuição Trimodal do Trauma
- 50%: LESÃO GRAVISSIMA, morrem em segundos a minutos -> laceração de aorta, tx cardíaco, lesões de medula espinhal e tronco cerebral/apneia -> prevenção de acidentes (sinalização,cinto de segurança)
- 30%: POTENCIAL DE CURA, minutos a horas -> hemorragia de órgãos e fratura ossos-> ATLS
- 20%: COMPLICAÇÕES, horas a semanas -> sepse,disfunção de órgãos -> medicina
Atendimento ao politraumatizado
*se fora do ambiente hospitalar 1o é garantir a segurança do local
A- avaliação e manutenção das VA com restrição de mvto da coluna cervical
B- respiração e ventilação (oximetro e ECG) - máscara facial com 11L/min e ex físico pulmonar
C- circulação c/ controle de hemorragias - acesso periferico calibroso e Riger Lactato a 39oC (não fazer muito pelo risco de acidose hipercloremica -hipotensão permissiva) - 1L em adulto e 20ml/kg crianças
D- incapacidade,estado neurológico (disability)
E- exposição e controle do ambiente (prevenção de HIPOTERMIA)
Colar cervical - Quando retirar?
- Precisa ser retirado para IOT o paciente
- maioria da lesões por TRM ocorre na cervical
Em ambiente hospitalar ECG=15 Sem dor cervical Sem uso de álcool e droga Exame neurológico normal
RX só se: >65a; parestesia em extremidade; mecanismo de trauma perigoso (queda>1m, sobrecarga axial,colisão de veículos/bike); incapacidade de rotacional o pescoço
Causas de óbitos por lesão traumática de coluna:
Luxação do atlas-occipital - Shaken Baby Syndrome - encefalopatia aguda +HSA +hemorragia retiniana
Fraturas de C1-C2
Fratura de Hangerman (avulsão de arcos de C2 e fratura de C2 sobre C3) - 2a fratura cervical associada a fraturas de crânio e mandíbula
*fraturas cervicais baixas de C3-7(trauma raquimedular) são mais comuns que as altas C5 e C6)
- Fratura de Jefferson (explosão de 1a vértebra C1/atlas em 3-4 partes no arco posterior e anterior) - mergulho raso
- Subluxacao rotatória em C1: criancas com torcicolo mantido - NÃO retificar coluna, imobiliza em rotação
- Fratura do Processo Odontoide (luxação atlantoaxial): hiperflexao cervical - tipo 2 é o mais comum de todos
- Fratura do enforcado/Hangman (espondilolistese de C2): hiperextensão-distração
- Lesão se C2-C5 pode causar paralisia de diafragma por inervação e fazer IResp -> IOT
- Lesão acima de T1: tetraplegia (Sd da secção medular) /abaixo de T1: paraplegia
Necessidade de via aérea definitiva às vias aéreas
- Intubação endotraqueal (orotraqueal ou nasotraqueal)
- via aérea cirúrgica: Cricotireoidostomia (memb cricoide) e traqueostomia
*abaixo da traqueia e com cuffing insuflado
Apneia
Proteção da VAinferior contra aspiração de sangue ou conteúdo gástrico
Comprometimento iminente de VA (lesão por inalação, fratura fácil ou convulsões reentrantes)
TCE com necessidade de hiperventilação
ECG <9
Incapacidade de manter O2 adequado com ventilação sob máscara
IOT DE SEQUÊNCIA RÁPIDA
- Pré-Oxigenação com 100% O2
- Pressão sobre cartilagem cricoide
- Administração de anestésico de ação rápida (etomidato - 0,3mg/Kg)
- Infusão de bloqueador neuromuscular (succinilcolina- 1,2mg/kg)
- Hiperextensao da coluna cervical não é necessária
- Necessidade de capnógrafo para ver se IOT está no local
Indicações de acesso cirúrgico da via aérea
Trauma maxilofacial extenso = não passa nada pro nariz
Presença de distorção anatômica resultante de trauma no pescoço
- Caso não consiga e em crianças <12 anos (CI a crico Cx): fazer de imediata criocotireodismo por punção (aceso transitório a VA) que deve ser feito por no máximo 45 minutos (carbonarcose) e não protege a VA (não definitiva)
Piora inesperada da saturação após IOT pensar em DOPE
Deslocamento do tubo
Obstrução do tubo/cânula
Pneumotórax por VP ou barotrauma
Equipamento com falha ou dobra do tubo
Trauma de pescoço e face
90% são penetrantes
Exploração cirúrgica: sintomas graves que matam rápido (lesão aerodigestiva/enfisema SC/estridor, instabilidade hemodinâmica, sg ativo, hematoma cervical expansivo) ou penetrou o PLATISMA
Exames complementares caso não possua os critérios acima: TC, angioTC, arteriografia, EDA -> trauma fechado/contuso
Fazer ABCDE normal!
Trauma de pescoço: sintomático -> cirurgia
Zonas de pescoço: não indica cirurgia
Zona 1: Fúrcula Esternal até cartilagem cricoide (maior mortalidade - lesão grande vaso)
Zona 2:Cricoide até ângulo da mandíbula (carótida,veias jugulares,artérias vertebrais lá)
Zona 3: Ângulo da manibula até base do crânio (gl submandibular,salivar,faringe,carótida distal)
Trauma de face (Le Fort)
Não é urgência!
Correção TARDIA (melhora edema)
1: disjunção transversa dentoalveolar do palato (fratura de Guerin) - separação da maxila
2: lesão nasomaxilar (separa osso maxilar e nasal do frontal)
3: lesão órbitomaxilar (além do 2) até lateral
Dx com TC*
Pneumotórax Hipertensivo
*Principal causa: VPP c/ lesão pleuropulmonar
Fluxo unidirecional do ar, acumulando na cavidade pleural
Colapso do pulmão ipsilateral, desvio do mediastino, ↓ retorno venoso levando a ↓ do DC com hipotensão/choque, ↑ de pressão intratorácica
Desvio contralateral da traqueia; Enfisema subcutâneo
Hipertimpanismo a percussão do hemitorax acometido; DISPNEIA
Ausência/diminuição do MV; Turgência jugular; Hipotensão ou choque
Dx: CLÍNICO - pode ser feito e-FAST se estiver em mão/rápido
TTO: IMEDIATO: toracocentese do 4o ou 5o EIC em LAM e LAA em adultos e 2o EIC LHA em crianças (borda superior)
DEFINITIVO: toracostomia com drenagem em selo d`água (fechada) após incisão e palpação digital no 5o EIC
Pneumotórax aberto ou ferida torácica aspirativa
Abertura na parede torácica de 2/3 do diâmetro da traqueia, com competição pelo ar.
TTO:
IMEDIATO: curativo de 3 pontas
DEFINITIVO: toracostomia com drenagem em selo d`água
Hemotorax Maciço
Acúmulo de >1.500ml de sangue ou 1/3 da volemia na cavidade torácica com acometimento de vasos sistêmicos ou hilárias
MV ausente; sem desvio de traqueia e jugulares colabadas pela hipovolemia; hipotensão e choque
Percussão maciça
TTO: IMEDIATO: infusão de cristaloide e CH com drenagem intercostal (toracostomia) com dreno no 5o EIC entre LAM e LAA (autotransfusão)
Toracotomia de urgência se saída imediata de ≥1.500ml ou drenagem 200ml/h nas primais 2-4 horas
Lesão da traqueia ou de um brônquico fonte
Potencialmente fatal com falecimento no local do acidente
Maioria dentro de 2,54cm da carina
QC: hemoptise, enfisema SC no pescoço, pneumotórax hipertensivo e/ou cianose
TTO: cirúrgico + alivio do PH + IOT
*Se fizer toracocentese em um PH e nao houver expansão pulmonar e borbulhamento cste no dreno —> levantar suspeite de lesão traqueobrônquico
Estimativa de perda volemica
Classe I (doação de sangue) - NORMOTENSÃO, FC<100
Classe II- NORMOTENSÃO; FC>100 - TALVEZ PRECISE TRANSFUSÃO
Classe III - HIPOTENSÃO; FC>120 - TRANSFUSÃO
Classe IV- HIPOTENSÃO; FC>140 - TRANFUSAO MACIÇA DE SANGUE
Transfusão maciça >10 UI de concentrado de hemácias nas 24h
Uso de ácido tranexamico (transamin) quando faz transfusão maciça -> 1a dose nas 1as 3 horas e dose de reforço em 8 horas após trauma.
*DIURESE: adulto 0,5ml/kg/h e criança 1ml/kg/h e <1ano/trauma elétrico 2ml/kg/d
Tamponamento Cardíaco
Compressa do saco pericárdio que leva a uma instabilidade hemodinâmica refrataria a reposição de cristaloide (diferencial com choque neurogênico e insuficiência suprarrenal)
Tríade de Beck: Hipotensão + turgência jugular (restrição da diástole)+ abafamento de bulhas cardíacas
Outros: cianose, pulso paradoxal (↓ superior a 10mmHg na PAS ao termino da inspiração), sinal de Kussmaul (↑P intratorácica na inspiração)
Conduta: FAST ou ecocardiograma transtoracico
TTO Imediato: pericardiocentese com retirada de 15-25ml de sangue
TTO definitivo: toracotomia
Cateter urinário - Contraindicação:
*Afere o débito urinário para reposição volemica
- Sangue no meato uretral
- Equimose perineal
- Sangue no escroto
- Fratura de pelve
FAZER: Uretrocistografia Retrógrada -> citostomia suprapubica
SE INSTÁVEL: punção suprapubica para monitorar DU
Estabilização da pelve
Fratura em livro aberto = sangramento venoso
- Amarrar um lençol ao nível de trocanter maior do fêmur
- Se estabilização: sangramento venoso -> fazer fixação externa
- Se manter instabilidade: pensar em sangramento de origem arterial -> arteriografia com embolização
Estabilização da pelve
Fratura em livro aberto -> decorrente de forca AP (Tipo B mais grave) -> sangramento venoso
- Amarrar ao nível de trocanter maior do fêmur com lençol
Se estabilização: sangramento venoso -> fixação externa
Se instabilidade de: sangramento de origem arterial -> arteriografia com embolização
Tipo A (forca lateral), B (AP), C (vertical). A e C fecham a pelve -> maior risco de lesão de vísceras. Tipo I é estável (repouso no leito) e tipo II e III são instáveis com necessidade de cirurgia com fixador externo.
Indicações de Toracotomia
- Hemotorax maciço (>1.500ml ou 200ml/h nas primeiras 2-4h)
- Lesoes penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco
- Ferida da caixa torácica de grandes dimensões
- Lesao de vasos nobres do tórax com instabilidade hemodinâmica
- Lesoes traqueobrônquico extensas
- Evidencias de perfuração esofagianas
Tórax Instavel
Fratura em ≥2 arcos costais CONSECUTIVOS em pelo menos 2 pontos em cada arco
- Respiração paradoxal
- Dor intensa
- Fadiga -> dispneia -> oximetria e gaso arterial
- Conduta: O2 + morfina/analgesia
Se hipoxemia: IOT (satO2<90 ou PaO2<60)
Contusão Pulmonar
Maioria por trauma fechado e mortalidade > em idosos
*Pode estar associada ao tórax instável/fratura de arcos constais
- Hipoxemia
- Consolidação no parênquima pulmonar no Rx ou TC -> resposta inflamatória intensa
- Pode levar a uma SDRA e pneumonia
- Conduta: monitorização continua (ECG,gaso e oximetria)+ Analgesia e O2 (IOT se necessário)
Pneumotorax Simples
Lesão <1/3 da traqueia e nao é hipertensivo
- Nao possui desvio do mediastino
- Conduta: NÃO DRENA, exceto se piora dos sintomas,transporte aéreo (mesmo se pressurizado) ou VM deve ser feito a drenagem com selo d`água (pelo risco de se tornar hipertensivo)
- Critérios para retirar dreno: pulmão totalmente expandido e o nao borbulhamento pelo frasco de drenagem por 48-72h
Quilotorax
- Presença de linfa de origem intestinal em cavidade pleural.
- Composta de quilomicrons (TG) branco-leitoso, linfócitos, eletrólitos, vitaminas lipossolúvel, imunoglobulina e proteínas>3g/dl
- Maioria de origem traumática após cirurgias como esofagotomia, ressecao pulmonar e cardiopatias congênitas, seguido de trauma acidental e nao traumático como linfoma, metástase ou LLC
- No Rx nao consegue diferenciar deve ser feito analise laboratorial
- TTO: drenagem com selo d`água + suporte nutricional