Preparo pré-operatório e Complicações pós-operatório Flashcards

1
Q

Risco Anestésico-Cirúrgico: Fatores que influenciam o risco anestésico-cirúrgico

  • 1 a 5 são relacionados ao procedimento
  • 6-9 relacionados ao paciente
A
  1. Duração >4 horas
  2. Perda sanguínea >1.500 ml
  3. Invasão de cavidades (peritoneal, pleural)
  4. Anestesia geral ou bloqueio neuraxial
  5. Cirurgia de emergência
  6. Idade >70 anos
  7. DCV, pulmonar, metabólica (DM), renal ou hepática
  8. Baixa capacidade funcional
  9. Instabilidade CV ou respiratória
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2
Q

Preparo Pré-Operatório

*Controlar e identificar fatores com impacto na evolução cirúrgica

A
  1. É fundamental para reduzir a morbimortalidade peri e pós-operatória tardia
  2. Avaliam cirurgias eletivas
  3. Avaliação do risco CV
  4. Capacidade funcional (METs)
  5. ASA: resumo do estado clínico
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3
Q

Risco Anestésico Pré-operatório - ASA

*Se emergência acrescentar o sufixo E (depois de ASA)

A
  1. ASA 1: Saudável
  2. ASA 2: Doença sistêmica sem limitações (DM, HAS)
  3. ASA 3: Doença limita mas não incapacita (DM, HAS não controlada)
  4. ASA 4: Doença limita e incapacita
  5. ASA 5: Paciente moribundo (↑ expectativa de óbito)
  6. ASA 6: paciente com morte cerebral que será operado para retirada de órgãos para doação.
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4
Q

ASA I

A
  1. Pcte sem nenhum distúrbio orgânico psiquiátrico, fisiológico
  2. Paciente saudável, não tabagista, sem consumo de álcool ou apenas consumo leve
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5
Q

ASA II

A
  1. Paciente com doença sistêmica LEVE
  2. HAS bem controlada
  3. DM sem complicação vascular
  4. Obesidade (30 < IMC < 40)
  5. Gestação
  6. TABAGISMO
  7. Consumo social de álcool
  8. Doença pulmonar leve
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6
Q

ASA III

A
  1. Paciente com doença sistêmica GRAVE
  2. Doenças que impõe limitação funcional significativa, mas não são incapacitante
  3. DM com complicação vascular ou pobremente controlado;
  4. Hx de IAM > 3 meses; Hx doença coronariana com uso de stent >3 meses; hx de AVC ou AIT > 3 meses
  5. Angina pectoris estável; HAS não controlada; ↓ moderada da FE; marca-passo implantado
  6. IRC em diálise; obesidade mórbida (IMC>40); hepatite crônica; abuso/dependência de álcool; DPOC*
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7
Q

ASA IV

A
  1. Paciente com doença sistêmica GRAVE que representa AMEAÇA constante À VIDA
  2. Hx de IAM; DC c/ stent; hx de AVC/AIT < 3 meses
  3. Isquemia coronariana em curso (angina instável), disfunção valvar grave; ↓ grave da FE
  4. Sepses, CIVD, IRA, DR terminal não dialisando regularmente; DPOC agudizado*
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8
Q

ASA V

A
  1. Paciente moribundo, ou seja, não é esperado que sobreviva com ou sem a cirurgia proposta
  2. Rotura de aneurisma aórtico
  3. Politrauma; hemorragia IC com efeito de massa
  4. Isquemia instestinal na vigência de patologia cardíaca significativa ou de disfunção sistêmica de múltiplos órgãos.
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9
Q

Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) ou Índice de Lee

  • Se cardiopatia ativa não operar antes de tratar (ICC descomp; angina instável; arritmia grave; valvopatia grave)
  • Se <2 dos seguintes preditores pode ir para cx
  • Se ≥2 avaliar capacidade funcional e teste cardíaco não invasivo farmacológico (se anormal fazer antes revascularização e depois de 4-6 sem cirurgia)
A
  1. Cx de alto risco: torácica, abdominal ou vascular suprainguinal
  2. Coronariopatia isquêmica: IAM prévio, angina ou uso de nitrato SL, teste provocativo de isquemia +, revascularização prévia
  3. Insuf. Cardiaca: hx EAP, dispneia cardiogênica, 3ª bulha ou estertores pulmonares, Rx c/ Edema pulmão
  4. Dç cerebrovascular: AVC ou AIT prévio
  5. DM em uso de insulina
  6. DRC: Cr >2mg/dl
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10
Q

Estratificação de risco cardíaco para procedimento não cardíacos

A
  1. Alto risco (≥5%): cx vascular de grande porte (aorta e ramos); cx arterial periférica; grandes cx de emergências; cx prolongadas c/ perda sanguínea
  2. Médico risco (>1% e <5%): cx intraperitoniais e intratorácicas; endarterectomia de carótida e correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal; cx ortopédica, prostática e cabeça e pescoço
  3. Baixo risco (<1%): procedimentos endoscópicos e ambulatoriais; cx oftalmológica, plástica, mama, herniorrafias
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11
Q

Capacidade Funcional

  • Gasto energético diário do coração
  • Como a anestesia/cirugia demanda 4 METs, se tiver <4 há um alto risco CV
A
  1. < 4 METs: comer, vestir, andar em volta da casa (terreno plano)
  2. 4-10 METs: subir um lance de escada, andar rápido, trabalho doméstico, dançar, jogar golfe
  3. > 10 METs: natação, tênis, futebol (atividade física extenuante)
  4. <4 fazer teste de estresse farmacológico e se anormal fazer antes a cx revascularização miocárdica e cx em 6 semanas, se stent farmacológico após 1 ano
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12
Q

Fluxograma da Avaliação Cardiovascular

  • Se IRCR <2 preditores já pode ir direto p/ cx
  • Se ≥4 METs pode ir p/ cx
  • Se teste cardiaco não invasivo normal por ir p/ cx
A
  1. IRCR (1) coronariopatia isquemica; (2) IC; (3) DRC c/ Cr>2;
    (4) DM c/ insulina; (5) AVC/AIT prévio; (6) Cx abd, torácica ou vascular suprainguinal: ≥ 2 preditores
  2. Capacidade funcional < 4 METs
  3. Teste cardíaco não invasivo
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13
Q

Complicações Pulmonares Pós-Operatórias (CPPO)

  • DM não é fator de risco
  • Interrupção do tabagismo por 2 meses antes da cx
  • Quanto mais próximo a cx do diafragma maior risco de complicações
A
  1. Idade > 60 anos
  2. DPOC
  3. Tabagismo ativo
  4. ASA ≥2
  5. Obesidade*
  6. Apneia obstrutiva do sono
  7. Hipertensão pulmonar
  8. Sepse, perda de peso >10% em 6 meses, albumina <3,5mg/dl, BUN ≥21 mg/dl, Cr >1,5 mg/dl
  9. Cx > 3 h
  10. Operação emergencial e sítio onde a operação será realizada;
  11. Anestesia geral
  12. Transfusão perioperatória
  13. Bloqueio neuromuscular residual
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14
Q

Exames Pré-Operatórios

A
  1. Exames pré-operatórios não se mostram superiores a uma boa anamnese e exame físico
  2. Depende da idade do paciente e do tipo de cirurgia
  3. Perfil laboratorial de 90 a 180 dias antes da cx, desde que normal, não precisa ser repetido
  4. Pedir de rotina em pacientes com retardo mental ou cx de emergência
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15
Q

Exames Pré-Operatórios

  • Outros exames são pedidos na dependência de patologias de base independente da idade (Ex: Dç hepatica, renal, lúpus/autoimunes: hemograma + plaq + eletrólitos, Ur, Cr, glicose, TTP e TP)
  • PFH em doença hepática, uso de anticonvulsivantes
  • Dç resp: Rx tórax
  • Obesidade mórbida: ECG + hemog + plaq + eletrólitos + glicose
A
  1. Idade < 45 anos: NENHUM exame
  2. Idade 45-54 anos: ECG para homens
  3. Idade 55-69 anos: ECG + Hemograma + plaquetas
  4. Idade >70 anos (ou DM, DCV, AVC): ECG + hemograma + plaquetas + eletrólitos (Na, K) + Cr + Ureia + Glicemia
  5. TABAGISMO independente da idade: ECG
  6. MULHER em idade reprodutiva: Beta-hCG urinário na manhã da cirurgia
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16
Q

Exames Pré-Operatórios - Com relação à cirurgia

A
  1. Coagulograma: estimativa de perda >2L de sangue, Neurocirurgia, Cx cardiaca e torácica
  2. Rx tórax: Cx cardíaca e torácica
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17
Q

Medicações de Uso Crônico - as que MANTEM (inclusive no dia da cirurgia)

*Estatinas devem ser prescritas em pctes c/ operações vasculares independente do nível de colesterol

A
  1. Corticoide (>20mg por ≥ 3sem): manter e adicionar Hidrocortisona IV
  2. Anti-Hipertensivo 2.1. DIU suspender no dia da cx pelo risco de hipocalemia/ volemia
    1. IECA/BRA suspender 12h antes ou manter (se não hipotenso)
  3. Insulina: fazer dose mais baixa pois pcte estará em jejeum
    1. NPH: fazer 2/3 da dose habitual
    1. Glargina: 1/2 da dose habitual
  4. Estatinas, broncodilatadores, anti-leucotrienos, anticonvulsivantes, levotiroxina
  5. Mantém betabloqueadores se coronariopatia (exceto se hipotensão) pois sua retirada pode aumentar morbimortalidade
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18
Q

Medicações de Uso Crônico - SUSPENDER

  • Metformina aumenta risco de IR em cirurgias
  • GLP-1 e DPP-IV podem prolongar íleo pós-op
A
  1. Antidiabéticos orais e injetáveis (GLP1): suspender no dia da cirurgia, exceto se:
    1. Metformina: 24-48h antes da cx
    1. Arcabose: 24h antes da cx
  2. AINEs: 1-3 dias antes devido ação antiplaquetária
  3. Antiagregante plaquetário: 7-10 dias, se coronariopata manter AAS (exceto se neurocx e de próstata)
  4. NOACS: 24-48 horas antes
  5. Warfarina: 4-5 dias antes e operar só se RNI ≤1,5
    1. Iniciar heparina e manter poucas hx antes da cx se pcte com alto risco tromboembólico
    1. HNF: 6h antes da cx
    1. HBPM: 24 horas antes (ideal ajusta doses menores antes da cx por alguns dias)
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19
Q

Medicações de Uso Crônico - Anticoagulantes

A
  1. HNF, HBPM e warfarina pode ser reiniciado em 12-24 horas pós-operatório
  2. Cx de emergência que utilizam warfarin fazer plasma fresco congelado 15 a 20ml/kg e aplicar vitK 10 mg mesmo que efeito tardio (6h) que aumenta atividade de fatores de coagulação
  3. Cx de emergência que usa HNF fazer sulfato de protamina 1mg a cada 100 UI de heparina
  4. Rivaroxabana e dabigatran deve ser suspensa de 2-3 dias antes da cx com reinicio após
  5. Se depois de 5 dias da retirada da varfarina o RNI estiver >1,5 pode infundir vitamina K e controle de RNI em 6 horas
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20
Q

Medicações de Uso Crônico

A
  1. ISRS: interferem na ação antiplaquetária, mas devem ser mantidas na cx exceto neurocx e bloqueio duplo plaquetário
  2. Tricíclicos: depressão leve reduzir progressivamente e grave manter
  3. IMAO: suspensão 2 sem antes da cx
  4. TRH, estrogeno, antiosteoporoese: suspensão 4-6 sem antes da cx
  5. Ginkgo biloba: suspender 36h antes
  6. Erva-de-são-joão: suspender 5 dias antes
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21
Q

Tricotomia e preparo da pele

  • Retirada de pelos da área a ser operada
  • Alergia a látex: banana, kiwi, abacate, pessego, uva, tomate, papaia, mandioca reação alergica mediada por IgE, usar outra luva (polimeros de vinil, neoprene, estireno butadieno)
A
  1. Aumenta a taxa de infecção de sítio cirúrgico (infecção de ferida operatória)
  2. Maior risco se realizado na noite anterior
  3. Melhor momento: imediatamente antes da cirurgia e uso de máquinas elétricas (1,7%) e se uso de cremes de depilação menor taxa.
  4. Preparo da pele no CC: 1º degermante e 2ª solução alcoólica
  5. Higiene e banho com soluções degermantes antissépticas (PVP-I ou clorexidine) na noite anterior
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22
Q

Antibioticoprofilaxia

  • Geralmente dura o tempo da cirurgia (1 dose)
  • Outras que se estendem >24h: cardiotorácicas, neurológicas, vasculares, cabeça-pescoço, contaminação fecal
A
  1. Diminuir a probabilidade de desenvolver infecção de sítio cirúrgico (ferida operatória)
  2. Quanto maior grau de contaminação maior o risco de complicação
  3. Fazer profilático: 30-60’ ANTES da 1ª incisão (geralmente Cefazolina - cefalosp 1ª geração)
  4. DOSE ÚNICA
  5. 120 min antes para vancomicina ou fluoroquinolonas
  6. Se cx ultrapassar tempo suficiente administrar outra dose do ATB
  7. Se hemorragia (>1,5L sangue) fazer dose adicional
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23
Q

Cirurgia Limpa

*Exceto caso de osso, tela e próteses não necessita de ATBprofilaxia

A
  1. Não tramática, sem inflamação
  2. Não há entrado em trato gastrointestinal, biliar, respiratório ou geniturinário
  3. Cirurgia cardíaca, plástica, neurocirurgia, ortopédica, herniorrafia e tireoidectomia
  4. Fazer ATB profilático SÓ se mexer em osso ou colocar prótese (corpo estranho) 30-60’ antes da 1ª incisão.
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24
Q

Cirurgia Limpa-Contaminada ou Potencialmente Contaminada

*Em intervenções em íleo terminal, cólon e reto há necessidade de cobertura para gram - (E. coli) e anaeróbios podendo ser usado cefoxitina (cefalosp 2ª atípica) + metronidazol/ fluoroquinolona ampicilina-sulbactam

A
  1. Penetra/entrada em TGI, resp, biliar, geniturinário sob condições controladas e sem contaminação/ intercorrências/ extravasamento
  2. Cx orofaríngea, esofágica, gástrica, biliar (colecistectomia VDLP), jejunoileal, colorretal*, ginecológica e cesariana
  3. Geralmente usa ATB profilático para gram + (cefalosporina 1ª geração): Cefazolina
  4. Pcte com baixo risco do tipo de cirurgia mas com alta morbidez/mortalidade se benefeciam do uso profilático
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25
Q

Cirurgia Contaminada

A
  1. Penetra sem controle, “ites” sem pus, trauma recente
  2. Feridas abertas acidentais recentes, operações com falhas técnicas de assepsia e antissepsia
  3. Extravasamento grosseiro de conteúdo de uma víscera
  4. Presença de inflamação não purulenta (s/ ação da bacteria)
  5. Apendicite aguda inicial (flegmonosa) e colecistite aguda
  6. ATB profilático: cefazolina
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26
Q

Cirurgia Infectada (Suja)

*Se presença de fezes na cavidade (>6h ou com pus) já é classificada como infectada

A
  1. Feridas traumáticas antigas, com retenção de tecido desvitalizado
  2. Presença de infecção clínica ou de víscera perfurada associada à infeccção
  3. “Ite” supurativa c/ complicação do patógeno
  4. Contaminação fecal* (peritonite fecal)
  5. Apendicite aguda complicada (abscesso e/ou perfuração), perfuração traumática de víscera oca com peritonite fecal
  6. ATBTERAPIA
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27
Q

Principais agentes etiológicos de infecção cirúrgica

A
  1. Staphylococcus aureus

2. Staphylococcus coagulase negativo (S. epidermidis)

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28
Q

Avaliação Nutricional e Transfusão de concentrado de hemácias

A
  1. Albumina <2,2 g/dl é mau prognóstico
  2. Níveis séricos reduzidos de transferrina com Fe normal indicam desnutrição
  3. Desnutrição altera a imunidade
  4. Cuidar com a perda de peso não intencional >10% do peso corpóreo em 6 meses
  5. Hb<6 transfusão recomendada e entre 6-7 provavelmente recomendada e depende do tipo da cx
  6. Hb>10 não é recomendada
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29
Q

Cirurgias do Cólon

*Limpa-contaminada

A
  1. Principais bactérias: Bacteroides* e E. Coli
  2. Preparo mecânico + ATB ainda é controverso: laxativos (polietileno glicol, manitol) + ATB oral (neomicina e eritromicina)
  3. Mais feito no BR somete ATB parenteral profilático
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30
Q

Resposta endócrina e metabólica à cirurgia e risco Carduivascular

A
  1. Maior liberação de catecolaminas
  2. Aumento consumo miocárdico de O2 e elevação da pós-carga
  3. Aumento de aldosterona e ADH: pode precipitar IC e congestão pulmonar
  4. Agentes inalatório (halotano): depressão miocárdica (inotropismo)
  5. Preferir anestesia regional (raqui ou peri) se disfunção VE ou Dç pulmonar (deprimem menor fç miocardica e respiratoria)
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31
Q

Doença Cardiovascular, Renal e Hepática

A
  1. PA<180x110 não eleva risco perioperatório, mas ideal manter <140x90
  2. DRC amenta risco de disfunção da hemostasia e a ultima sessão de diálise deve ser realizada dentro de 24h antes da cx para controlar hemostasia (aumenta chance de sangramento)
  3. A calemia deve ser checada pois após cx pode haver hipercalemia pela manipulação de tecidos e transfusões, succinilcolina, preferir o fentanil e fazer diálise pós-op imediato.
  4. Cr>2 aumenta risco isquemia miocárdica
  5. Avaliação do grau nutricional*
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32
Q

Grau de Recomendação/classe (I,II,III) e Nível de Evidência (A,B,C)

A

I. Benefício&raquo_space;> Risco, tto deve ser indicado
IIa. Benefício&raquo_space; Risco, opção pelo tto pode ajudar o pcte
IIb. Benefício ≥ Risco, não está definido se tto ajuda
III. Risco ≥ Benefício, tto NÃO deve ser realizado, pois não ajuda
A. Evidências em várias populações (estudos clínicox randomizados e metanálises)
B. Evidências em limitado grupo, um único ECR ou NR
C. Evidência grupo muito limitado, derivado de consensos e opiniões de especialista, relatos e séries de casos.

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33
Q

DM e cirurgia

  • Alvo entre 110 e 180
  • Metformina deve ser suspensa 24-48 h antes pelo risco de hipoperfusão renal e acidose láctica e reiniciada só se função normal
A
  1. Niveis muito elevado de glicemia (>250) : maior risco de complicações como descência pós-op, desidratação, CAD e infecção sítio cirúrgico (quimiotaxia de neutrófilos prejudicada)
  2. Hipoglicemia (<40): aumento do tônus adrenérgico e maior risco arritmias e complicações cardíacas.
34
Q

Desordens Hepáticas que contraindicam Cx eletivas

A
  1. Hepatite alcoólica
  2. Hepatite viral aguda
  3. Insuf Hepática fulminante
  4. Cirrose classe C de Child-Pugh
  5. Hepatite crônica com histologia grave
  6. Coagulopatia grave (TPP >3s, plaq <50.000)
  7. Complicações graves extra-hepaticas: IRA, cardiomiopatia, IC,, hipoxemia
35
Q

Recomendações sobre procedimentos hepáticos

*Correção da protrombina (adm Vit K), encefalopatia hepática (lactulose), desnutridos (suplementação enteral), ascite (DIU e dieta hiponatrêmica), distúrbios HE

A
  1. Procedimento cx eletivos estão contraindicados em Child Pugh C e MELD >15
  2. Child B e/ou MELD 10-15 não devem se submeter a ressecções hepáticas extensas ou à cx cardíaca.
  3. Child A e/ou MELD <10 resposta praticamente normal a todas as cx; fígado apresenta capacidade normal de regeneração
36
Q

Febre no Pós-Operatório

  • Temp oral: 36 e 37ºC (retal é 0,6ºC a mais)
  • Temp axilar: 36,6 e 37,2ºC
  • Hiperpirexia (>41,5ºC): infecções graves e AVC hemorrágico*
A
  1. Desordem hipotalâmica da termorregulação pela perda de calor (evaporação pela pele, eliminação pelos pulmões) e geração de calor (atividade metabólica dos músculo e do fígado)
  2. Liberação pelos microorganismo (bact,vírus,fungos) de Pirogênios Exógenos (PEx) que em contato com linfócitos, macrófagos e monócitos estimulam a síntese e liberação dessa de Pirôgenios Endógenos (PEd) ou citoquinas pirogênicas (IL-1 e 6, TNF-a,INF-a)
  3. PEd induzem as células endoteliais localizadas no HT a sintetizarem prostaglandinas (PGE2 e PGF-2a) ação no centro regulador (termostato)
  4. Vasoconstrição periférica (desviar sangue da pele p/ órgãos centrais evitando perda calórica por evaporação, “sentindo frio”), abalos musculares (calafrios aumentam geração de calor pelo músculo), termogênese e elevação da temperatura
37
Q

Febre Intraoperatória (durante a cirurgia)

A
  1. Infecção preexistente: doença que motivou a cirurgia (apendicite perfurada ou diverticulite colônica complicada ou manipulação de conteúdo purulento dentro da cavidade abdominal/peritonite)
  2. Reação a droga ou transfusional (incompatibilidade ABO*): febre alta, hipotensão e hemoglobinúria (interromper infusão imediatamente, reposição volêmica e alcalinização da urina)
  3. Hipertermia Maligna (não é considerada febre e sim hipertermia/elevação da temperatura)
38
Q

Febre entre 24-72 horas (1º-3ºdia) pós-operatório

A
  1. Atelectasia: principal e mais
  2. Infecção necrosante de ferida (fasciíte necrosante)
  3. Flebites superficiais
  4. Lesão inadvertida de uma alça intestinal durante cirurgias abertas ou VDLP
39
Q

Atelectasias e Febre entre 24-72 horas

*Fenômenos concorrentes

A
  1. Associada a anestesia geral e cirurgia abdominais altas

2. Quanto mais próximo do diafragma maior chance de atelectasias

40
Q

Infecção necrosante de ferida e febre entre 24-72 horas

A
  1. fasciíte necrosante)
  2. Causada por Streptococcus pyogenes ou Clostridium perfrigens
  3. Episódio raro
  4. Associado bordas necrótica de ferida e crepitação à palpação no entorno.
41
Q

Lesão inadvertida de uma alça intestinal durante cirurgias abertas ou VDL e Febre nas 1ªs 36 horas

A
  1. Consequente ao extravasamento de conteúdo intraluminal p/ cavidade peritoneal, causando peritonite difusa
  2. Elevação da temperatura, distensão abdominal, recusa alimentar e vômitos pós-alimentares
42
Q

Febre >72 horas de pós-operatório

*Principalmente do 5º ao 8º dia pós-operatório

A
  1. Infecção de foco urinário/ITU: cateterização vesical (10 à 3 UFC ou 10 à 5 em não cateterizados) ou procedimento sobre vias urinária
  2. Infecção em ferida operatória: entre 7-10º dia ação do S. aureus* (principal patógeno)
  3. Pneumonia
  4. Parotide Supurativa (S. aureus): aumento da glândula, eritema local, febre e leucocitose em até 2 semanas PO de grande porte por S. aureus
  5. Deiscência anastomótica e contaminação peritoneal: a partir do 5º dia PO
  6. Trombose Venosa Profunda
43
Q

Hipertermia Maligna

  • Síndrome muscular hereditária fármaco-induzida
  • Hipertermia geralmente surge tardiamente
A
  1. Desordem rara do músculo esquelético
  2. Autossômico dominante
  3. Exposição/gatilho a: agentes anestésicos como bloqueadores neuromusculares (succinilcolina), agentes inalatório halogenados (halotano, enflurano) deflagram a crise (não possuem relação com a dose)
  4. Saída abrupta de Ca++ do retículo p/ citoplasma do miócito levando a contração muscular incessante
  5. Aumento do metabolismo muscular (calor e hipertermia), à rigidez muscular e distúrbio metabólicos
44
Q

Hipertermia Maligna

A
  1. Hipermetabolismo muscular: aumento do ácido láctico e da acidose metabólica seguido de morte da células muscular esquelética causando:
  2. Hipercalcemia e hipercalemia
  3. RABDOMIÓLISE
  4. HIPERCAPNIA (acidose)
  5. HIPERTERMIA
  6. Mioglobinúria
  7. Anormalidades ECG
  8. Elevação CPK (12-18h após hipertemia)
45
Q

Hipertermia Maligna

*O início de taquicardia e elevação de [CO2] no gás exalado podem anteceder a hipertermia

A
  1. HM tem início dentro dos 30 minutos de anestesia, mas podem ocorrer em até 24 horas de PO
  2. Sinal mais confiável: desenvolvimento de hipercapnia resistente ao aumento da ventilação minuto
  3. Aumento da [CO] exalado é imediato e taquicardia
  4. Rigidez do masseter, impedindo abertura da boca
  5. Rigidez muscular generalizada o que na presença de bloqueio neuromuscular é patognomônico de HM
  6. Onda T apicular e arritmias
46
Q

Hipertermia Maligna: Manejo

A
  1. Antídoto imediato: DANTROLENE (evitar o bloq. Ca++/ relaxante muscular) em dose de ataque IV
  2. Suspender a cirurgia e cessar exposição e administrar anestesia alternativa
  3. Resfriamento/gelo e cobertores térmicos
  4. HCO3-: tratar acidose
  5. Reposição de volume (prevenção renal)
  6. Infusão de insulina e glicose: controle hipercalemia
  7. Controlar arritmias com betabloq. e lidocaína
  8. Monitorização cnste
47
Q

Hipotermia

*Redução da temperatura corpórea central <35ºC medida por dispositivos especiais (cateter em artéria pulmonar - Swan-Ganz, memb timpânica, esôfago e reto)

A
  1. Neuro-hormônio adrenérgico leva vasoconstrição periférica e à hipoperfusão da pele (reduzir perda calórica por evaporação)
  2. Leva à disfunção plaq. e fatores coagulação c/ risco de sangramento, prejuízo de cicatrização
  3. FR: cx prolongada c/ área corporal exposta, líquidos não aquecidos
  4. TTO: coberto térmico, fontes aquecidas (peritonio)
48
Q

Infecção de Ferida Operatório (FO) ou de sítio cirúrgico

*No sítio da operação ATÉ 30 dias (ou 1 ano se prótese) após procedimento

A
  1. Superficial (pele + SC limitada pela fáscia muscular): Febre + dor + flogose + pus
    1. TTO: retirar pontos, drenar, lavagem, desbridamento + curativo c/ gaze úmida
    1. Não fazer ATB no 1º momento
  2. Profunda (+ fáscia e músculos): idem acima + ATB
  3. Órgão ou cavidade manipulado durante cx: drenagem/ lavagem exaustiva + ATB
49
Q

Seroma

*Complicação mais “benigna” da FO

A
  1. Acúmulo de soro e linfa no tecido SC
  2. Lesão de pequenos canais linfáticos
  3. Cx que envolvem dissecção de linfonodos e/ou grandes descolamentos teciduais (mastectomia, linfadenectomia axilar, herniorrafias incisionais)
  4. Quadro: abaulamento indolor e sem sinais flogísticos da FO, c/s/ drenagem de líquido claro
50
Q

Seroma

*Não faz ATB

A
  1. Manejo: aspiração com agulha na tentativa de oblitera os linfáticos
    1. Reacumulo: drenagem aberta + compressão da ferida com gaze umidificada
    1. Deixar a ferida cicatrizar por 2ª intenção
  2. Se prótese: drenagem aberta em CC + dreno + fechamento posterior
  3. Prevenção: dreno de sucção em áreas de espaço morto
51
Q

Hematoma

*Maior risco de infecção 2ª

A
  1. Acúmulo de sangue e coágulo do tecido subcutâneo
  2. FR: uso de drogas antiplaquetária, anticoagulantes, uso de inib. glicoproteina IIb-IIIa, hepatopatias, doença de von Willebrand
  3. Área com edeme, descoloração azulada ou arroxeada da pele, saída de secreção vermelho-vivo
  4. Dor local
  5. Em região cervical pode comprimir VA
52
Q

Hematoma

*Não faz ATB

A
  1. Coleções volumosas nas 1ªs 24-48 horas devem ser evacuadas c/ abertura das suturas, limpesa, ressutura e sangramento controlado
  2. Hematomas pequenos apenas c/ calor úmido e imobilização ou suporte
53
Q

Deiscência de FO (deiscência aponeurótica)

*Separação dos folhetos músculo-aponeuróticos

A
  1. Pode variar desde uma hérnia incisional até evisceração
  2. Ocorre mais entre 7º-10º dia PO
  3. FR: técnica cx incorreta no fechamento; cx emergência; infecção intra-abdominal, ferida, hematoma, seroma; >idade; PIA; obesidade; corticoide crônico, episódio anterior; desnutrição; radio/quimioterapia; DM; uremia
54
Q

Deiscência de FO (deiscência aponeurótica)

A
  1. Suturas muito próximas das bordas da ferida, muito distantes e sob muita tensao: aumenta o risco
    1. Prevenção: fios monofilamentos e inabsorvível (polipropileno) sutura contínua ou com pontos separados (1 a 1,5 cm de distância)
  2. Infecção profunda é a mais frequente/relacionada à deiscência
55
Q

Deiscência de FO (deiscência aponeurótica)

A
  1. Abaulamento da FO, dor local e saída de secreção cor salmão (sero-hemático ou água de carne) ou mais sanguinolenta
  2. Evisceração pode ser imediata, com protusão de alças intestinais através da sutura ou após retirada da sutura
  3. TTO: CIRURGICO
56
Q

Infecção de Sítio Cirúrgico (ICS) Incisional Superficial

A
  1. Infecção em pele e tecido SC <30 dias + 1 abaixo:
  2. Drenagem purulenta da incisão; cultura + de fluido ou tecido da incisão; dor local, eritema e edema de ferida; dx por médico
  3. Eritema, edema, drenagem purulenta
57
Q

ICS Incisional Profundo

*Necrose de fáscia (Clostridium e Bacterooides) e saída de secreção

A
  1. <30 dias ou até 1 ano se prótese que envolve tecidos moles profundos
  2. Drenagem purulenta; abscesso; deiscência espontânea; febre >38ºC, dor, hipersensibilidade; dx médico
  3. Drenagem de líquida com “água suja”, tecido SC friável e fáscia desvitalizada e pálido
58
Q

ISC de órgaos ou cavidade

A
  1. <30 dias envolve qualquer parte do corpo exceto pele, fáscia e musculo incisionados
  2. Drenagem purulenta; cultura +; abscesso; dx médico
  3. Distensão abdominal, doloroso à palpação,formação hipodensa em TC
59
Q

Fatores de risco para ISC

*Desnutrição, DM, obesidade mórbida, imunossupressão, infecção coexistente

A
  1. ASA ≥ 3
  2. Asite, Inflamação crônica, Obesidade, DM, hipoxemia
  3. Extremos de idade
  4. Hipercolesterolemia, anemia PO, dç vascular periférica, imunossupressão
  5. Infecção à distância ou na pele por Staphylococcus
  6. Antissepsia inadequada, corpo estranho
  7. Drenos
  8. Cx emergencial, prolongada, ATB inadequado
60
Q

Deiscência de Anastomose

*Descontinuidade parcial em algum ponto de uma anastomose em cx do aparelho digestivo

A
  1. Extravasamento de líquidos intestinais ou qualquer estrutura do TGI
  2. Complicações: peritonite difusa, abscessos, fístulas
  3. FR definitivos: tensão excessiva na linha de sutura, suprimento sanguíneo insuficiente, anastomoses pancreaticoentéricos, colorretais, esôfago, sepse, coleção de líquido próximo à anastomose, Dç Crohn
  4. Dor e distensão abdominal, febre e sepse
  5. TTO: dieta zero, exploração cx
61
Q

Fístulas Gastrointestinais

*Deiscência de anastomose é uma importante causa de fístula

A
  1. Comunicação entre um órgão ou víscera oca e outra superfície epitelial (Ex: trato digestivo com pele, bexiga, vagina)
  2. São mais frequentes do TGI, pode ser traumática, espontâneas e pós-operatórias (iatrogênicas*)
  3. Podem ser de alto (>500 ml/24h), médio (200 a 500 ml/24h) ou baixo débito (<200 ml/24h)
  4. Fístulas gastroduodenais são associadas à perda de H+ e K+ e perda de suco pancreatico (rico em Na+ e HCO3-)
62
Q

Fístulas Gastrointestinais

A
  1. Fecham espontâeneo em 40-80% dos casos (pcte BEG, fístula única ou lateral, trajeto >2cm)
  2. Fazer reposição hídrica (alto débito), correção eletrolítica, controle da sepse com ATB , dieta zero e suporte nutricional PARENTERAL*
  3. Cx de fechamento em complexas é realizada de 6-12 meses após operação que deu origem à fístula (exceto se urgência )
  4. Fístulas simples podem depois de 12 semanas
63
Q

Obstrução Intestinal Funcional e Mecânica

A
  1. Atonia intestinal pós-operatório
  2. Retorno tardio da peristalse em: estômago e colon (48-72h)
  3. Funcionais: íleo pós-op (uso de opióides, manipulação de alças, anestesia epidural) e íleo adinâmico/paralítico
  4. Mecânica (<1% rara): aderências (brida), vômito, distensão abd, cólica, se alta biliosos e baixa fecaloides
  5. Manejo funcional: sonda nasogástrica e eritromicina (pró-cinético) + hidratação e correção HE e tirar causa de base
  6. Mecânico: cirurgia
64
Q

Causas de Íleo Adinâmico (paralítico)

A
  1. Pancreatite
  2. Infecção intra-abdominal (peritonite e abscesso)
  3. Hemorragia e inflamação retroperitoneal
  4. Anormalidades eletrolíticas
  5. Cirurgia Prolongada
  6. Medicações (narcóticos e psicotrópicos)
  7. Pneumonia
  8. Hipocalemia
65
Q

Hipertensão Pós-operatória

*Cx torácicas, intra-abd e cardiovasculares

A
  1. É mais frequente no período pós-anestésico imediato
  2. Risco de rotura de anastomoses vasculares e de emergência hipertensiva
  3. Manejo: betabloqueador ou nitroglicerina (meia vida curta)
66
Q

IAM Pós-operatório

A
  1. Ocorre mais nas primeiras 48 horas do PO (dentro do período perioperatório)
  2. É mais grave e mais silencioso
  3. Maioria são sem elevação de ST
67
Q

Complicações Pulmonares

A
  1. 25% é o percentual de complicações respiratórias em pctes cirúrgicos
  2. 25% dos óbitos em cx ocorrem por complicações respiratórias
  3. A capacidade vital (volume de gás expirado após uma inspiração máxima) pode estar diminuido em até 50% nos 2 primeiros dias de PO
  4. Espirometria está indicada em pctes de risco
68
Q

Atelectasia

  • Maior risco em cirurgias no andar superior do abdome
  • Deve ter uma analgesia PO boa pois evita hipoventilação (dor)
A
  1. Colapso alveolar segmetar
  2. Febre baixa e desconforto respiratório (ausência de MV)
  3. Causa mais comum de febre nas 1ªs 48 horas
  4. Colapso alveolar gera diminuição do clareamento das secreções do parênquima podendo levar a uma pneumonia nosocomial (após 5º dia de PO)
  5. Prevenção: fisioterapia respiratória, respirar fundo e tossir
69
Q

Broncoaspiração e Pneumonia

A
  1. Síndrome de Mendelson: pneumonite química pela broncoaspiração do conteúdo ácido do estômago
  2. Vômito, dispneia, sibilância, tosse c/ crepitantes e hipoxemia
  3. Infiltrado bilateral no Rx torax em 2 horas
  4. 12% tem risco de SDRA
  5. TTO: suporte respiratória com IOT, VPP e aspiração de VA
70
Q

Edema Pulmonar e Síndrome de Desconforto Respiratório Agudo

A
  1. EP: admnistração excessiva de líquidos (iatrogneia) e disfunção VE
    1. TTO: O2, DIU, vasodilatadores e IOT
  2. SDRA: insuf. resp. hipoxêmica c/ infiltrados radiológicos bilaterais e c/ PaO2/FiO2 ≤300 relacionado principalmente à sepse
71
Q

Tromboembolismo Pulmonar

A
  1. Dispneia súbita, ausculta limpa
  2. TC helicoidal com contraste
  3. Heparinização sistêmica ou trombólise se maciço
  4. Escore de Caprini dertemina o risco cirúrgico para TEP para uso de profilaxia
72
Q

Fios de Sutura

*Hemostasia e aproximação de tecidos

A
  1. Absorvíveis: perdem gradualmente sua resistência à tração até serem fagocitados ou hidrolisados
    1. Vicryl (poliglactina), categute, poliglecaprone.
  2. Inabsorvíveis: permanecem por mais tempo nos tecidos
    1. algodão, linho, nylon, polipropileno, seda, poliéster
73
Q

Fios de Sutura

A
  1. Monofilamentares: menos maleável e mais dificuldade de confecção do nó, mas traumatizam menos e tem menos infecção.
    1. Nylon, polipropileno, poliéster
  2. Multifilamento: maior flexibilidade, melhor manuseio
    1. Categute, linho, algodão, seda
74
Q

Catgut: absorvíveis

*Usado em: anastomoses GI, sutura peritôneo, bolsa escrotal e períneo

A
  1. Fio natural, multifilamentar
  2. Pode ser simples (absorção mais rápida) ou cromado (mais lenta)
  3. Absorção por fagocitose
  4. Apresenta menor força tênsil
  5. Contraindicado em sutura de ulceras gastroduodenais, biliares e pancreaticojejunais
75
Q

Fio de Poliglactina (Vicryl)

A
  1. Fio sintético violeta ou incolor
  2. Apresenta menor reação inflamatória e taxas de infecções em relação ao catgut
  3. Aproximação de tecido SC
  4. Absorvivel após 42 dias
76
Q

Fatores para ISC

A
  1. Hiperglicemia
  2. Obesidade
  3. Uso de corticoides
77
Q

Fio de Poliamida (NYLON)

A
  1. Monofilamentar (menor reação inflamatória), boa força tensil e não absorvível
  2. Boa para suturar FACE/ROSTO/pele* quanto maior o número melhor
  3. Quanto maior o número menor o calibre e mais zero possui (Ex: 4-0 = 0,0001)
  4. Fio de algodão tem alta reação inflamatória (granuloma)
78
Q

Polipropileno

A
  1. Fechamento de aponeurose (ou absorvível de longa duração como PDS) com fio 1-0
  2. Fio inabsorvivel
79
Q

Fios inabsorviveis

A
  1. Nylon
  2. Polipropileno
  3. Poliéster
  4. Algodão
80
Q

Suturas em pálpebras

A
  1. Retirada dos fios em 3-4 dias